As Aventuras do Cão Trovão

De Renan Nunes

Trovão é um cão que mora no Condomínio Vila Romana juntamente a seus amigos cães: Zé da Pulga, Maurício, Lilica, Johnny Be Dog e Felipe (o gato traíra). Juntos passam pelas mais diversas aventuras e confusões em que os bichos vivem em seus cotidianos e que os humanos não percebem. Entre gangues de gatos, cocôs nas gramas dos vizinhos e malandragens caninas, o leitor se identificará com cada bagunça que esses bichos podem aprontar. E eles vão aprontar muitas.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 20 de mar. de 2023
• ISBN: 9786525445236

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Conteúdo © Renan Nunes

Edição © Viseu

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Editor: Thiago Domingues Regina

Projeto gráfico: BookPro

Coordenação Editorial: Giselle Rochaa

Consultoria Editorial: Priscila Zaponi

Copidesque: Giulia Garbo Garcia

Revisão: Carolina Esperança Patrocinio de Lima

Capa: Augusto Figliaggi

Ilustrações: Augusto Figliaggi

Diagramação: Marcio S. Barreto

e-ISBN 978-65-254-4523-6

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Editora Viseu Ltda.

www.editoraviseu.com

Dedicatória

Dedico esta obra à todas as pessoas que identificam a beleza que há entre as diferenças no povo brasileiro.

Capítulo I

Atenção, geral, aqui é o Trovão! Obrigado.

Seguinte, já vou começar mandando a real aqui, que não é por que sou um cão que também sou retardado e fico correndo atrás do rabo, não, pode crer?! O meu humano, que agora tá pagando de escritor por aí, chega em casa e espera um certo comportamento meu, tá ligado?! Aí acham que a gente tem que estar fazendo amor com tapete e cheirando rabo alheio.

Mas, na verdade, no roteiro a história é outra. A gente paga de mané pra ver eles fazerem cara de mané, mas a gente ama eles também, sacou?! Se mexer com eles, se olhar torto ou se alterar a voz a gente vira o cão.

É aqui que a gente mora, o nome é Condomínio Vila Romana. Sofisticação e glamour. O lugarzinho é pacato, tranquilo, mas nas redes sociais o bicho pega, ou melhor, os humanos pegam. Agora tão dando crise por causa dos cocôs, vocês acreditam?! Sim, isso mesmo. Cocôs. Fezes.

Pensa só, estamos cagando há milênios e agora decidiram protestar contra as bostas caninas e felinas. Teve duas madames que quase saíram nos tapas virtuais por causa dos nossos cocôs. Eu fico assim até honrado em saber que nosso defecamento é motivo de tanta nobreza.

Aqui na casa do lado mora uma usurpadora, dizem que é uma cachorra, mas não é não. É um rato que evoluiu. O nome dela é Lilica, e late alto a cadela. Santa madre de los dogs! É estridente; no momento que ela nasceu começou a latir e não parou mais. Ela tá lá agora, latindo. PARA DE LATIR, QUE EU QUERO ESCREVER, PELO AMOR DE DEUS!

Mas depois eu falo mais dela. Dando sequência aqui na literatura, tenho que contar algumas histórias que não podem ser esquecidas, morô?! Esse meu amigo humano, esse cara é figura, gosto demais dele, mas pensa num maluco estranho.

Esses dias mesmo o rapaz lavou as roupas e colocou naqueles varais portáteis. Ah, malandro, passei a vista numa cueca e já concluí que o cara misturou as cores da lavada. Manchou a roupa debaixo. Eu, na maior boa vontade, pulei e consegui com a boca tirar a cueca do varal e iria levar lá pro Maurício, que é um cão aqui do condomínio que manja das gambiarras. Aí tô na boa esperando meu amigo humano chegar do trabalho, o cara abriu o portão e eu corri pelo condomínio com a cueca na boca pra dar tempo do Maurício tirar aquela mancha no mesmo dia, pode crer?! Pô, o humano saiu correndo atrás