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Cristalyn
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E-book271 páginas3 horas

Cristalyn

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Sobre este e-book

Após a morte de sua mãe, Cristalyn vai em busca de seu pai. O que ela ainda não sabe é que sua chegada causará muito alvoroço. Junto ao seu pai, tentará fugir dos olhares e da perseguição de militares e ufólogos curiosos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de jan. de 2022
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    Pré-visualização do livro

    Cristalyn - Marcelo Mena

    MARCELO LEMES MENA

    CRISTALYN

    Uma Filha de Outro Mundo

    ISBN: 978-65-00-01473-0

    1° edição

    São Paulo

    Edição do autor

    2020

    MARCELO LEMES MENA

    DEDICATÓRIA

    Dedico este livro à minha família, amigos, alunos e todos os apaixonados por ficção.

    2

    UMA FILHA DE OUTRO MUNDO

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço a Deus pela oportunidade de escrever, pois é escrevendo que encontro uma nova dimensão em que a mente se transporta pra um mundo novo e diferente, e assim espero que você leitor consiga viajar.

    Quero também agradecer às minhas filhas Débora pela correção, Mareliza pela arte criada e minha esposa pela paciência de me ver quieto na frente do notebook escrevendo e, ainda, aos meus alunos, amigos e família que me inspiraram a escrever esta obra.

    3

    MARCELO LEMES MENA

    Índice

    Visita Inesperada...........................................................05

    Base Secreta do Exército...............................................13

    A Vinda para a Terra.....................................................17

    Hambúrguer e Pizza......................................................24

    Um Jantar......................................................................35

    Os Ufólogos..................................................................41

    Fusca Branco.................................................................50

    Os Avós........................................................................63

    Guarda Nacional...........................................................85

    O Presidente.................................................................102

    Morando juntos............................................................117

    O Aniversário...............................................................127

    Na Escola......................................................................137

    Entrando em Contato....................................................143

    Gratidão Eterna.............................................................153

    4

    UMA FILHA DE OUTRO MUNDO

    Capítulo 1

    Visita Inesperada

    Aquela manhã para Marcus era apenas mais uma, como qualquer outra, já que há uns oito anos tinha se mudado para uma nova cidade. O emprego que conseguiu na estação de meteorologia dá para pagar o aluguel, as contas e ainda dá para se beneficiar do convênio médico. Tudo o que faz é monitorar frentes frias, chuvas, tempestades ou qualquer mudança climática. Para alguém que adora viver sozinho, é um ótimo lugar. As coisas ocorrem normalmente. Como todos os dias, toma seu café e se prepara para sair, quando a campainha toca:

    — Já vou! Disse Marcus, pegando sua mochila.

    — Vamos, Marcus, você não precisa bater cartão como eu dentro daquela empresa. Disse Osvaldo, vizinho que sempre dá carona ao Marcus.

    — Todos os dias a mesma história, Osvaldo, você é que chega atrasado aqui.

    — Aquela cadela da vizinha late a noite toda, acabo rodando. – Disse Osvaldo, colocando o capacete e ligando a moto.

    — Falando assim, parece meio ofensivo.

    — Pouco importa! Aquela cadela acaba com minha noite.

    A estação meteorológica fica no caminho da empresa de ferramentas que Osvaldo trabalha. Vinte minutos depois, chegam à estação.

    — Cara, não esqueça do jantar em minha casa, precisamos assistir ao jogo.

    Disse Osvaldo, levantando o protetor do capacete.

    — Espero que seja só o jogo. – Falou Marcus, descendo da moto.

    — Você sabe que a Keli deve ter chamado a amiga dela, pois ela espera que vocês dois possam namorar. Falou Osvaldo, dando um sorriso sarcástico.

    — Eu sabia! Ela é bacana, cara, mas não quero me envolver.

    — Você nunca se envolve com ninguém, Marcus. Desde que te conheço, com quantas você namorou?

    — Não sei dizer!

    — Eu sei, nenhuma.

    — É que sou meio estranho, tenho meu jeito e as pessoas não me entendem.

    — Cara, eu acho que você e a amiga da minha esposa vão dar muito certo.

    Ela é bonitinha, mas muito estranha também.

    — Ela é professora e muito inteligente.

    — Hum... Já está defendendo. Não sei, não... Marcus garanhão!

    — Pare de ser besta. Você não estava atrasado?

    — Tem razão. Vai precisar de carona na volta?

    — Não se preocupe. Hoje vou voltar mais cedo e pego um taxi. Disse Marcus, amarrando o capacete na garupa.

    5

    MARCELO LEMES MENA

    — Está bem! Então até a noite. Saiu Osvaldo, empinando a moto.

    A sala onde Marcus trabalha é pequena, possui uns três computadores que ficam ligados o dia todo. Assim que entra, já faz uma análise dos dados e repassa a uma central. Sempre que há alguma mudança climática que pode ser preocupante, ele liga e conversa com Luana, uma pessoa simpática que sempre o atende de bom humor. Ao verificar os dados, percebeu uma frente fria se aproximando da costa, podendo causar ventania e tempestade. Então, ele disca para a central e fica aguardando o atendimento.

    — Eles precisam mudar essa musiquinha chata de quando a gente liga. É

    uma tortura, que coisa horrível!

    — Alô? Quem é horrível?

    — Desculpa, Luana, eu estava falando comigo mesmo sobre essa musiquinha da chamada.

    — Fui eu que escolhi, você achou horrível?

    — Não, de forma nenhuma. Eu estava falando como é horrível ficar em uma sala sem música. Poderiam deixar tocando essa na sala como som ambiente.

    — Ai, Marcus, você é péssimo para mentir, não consegue nem disfarçar. Eu estava brincando sobre a música. Foi nosso chefão que escolheu.

    — Me desculpa, Luana.

    — Está bem, querido, eu sei que quando você liga é porque tem algo, certo?

    — Isso mesmo. Tem uma frente fria se aproximando da costa e pelo jeito é forte. Há risco de tempestade e ventania.

    — Me passe os dados. Avisarei a central. A sua base é a número 178, certo?

    — Sim, isso mesmo.

    — Mais alguma coisa, Marcus?

    — Por enquanto é só.

    — Aproveitando, você ficou sabendo de uma aeronave não identificada que passou por aí?

    — Não fiquei sabendo. Como assim? Aeronave?

    — Queridinho, você precisa ver mais noticiário. Uma pessoa filmou umas luzes no céu que logo desapareceu.

    — Isso é coisa de quem tem falta do que fazer, Luana.

    — Pode até ser, mas com certeza é bom verificar as câmeras de vigilância da sua base. Se tiver algo, nos envie as imagens, pois a hora que o Chefão chegar vai te pedir.

    — Com certeza! Ele é fissurado em óvnis.

    — Ele é capaz de ir aí se achar algo.

    — Vou verificar e aviso. Você tem ideia do horário?

    — Olha, meu amor, deve ter sido umas três horas da manhã, eu acho.

    6

    UMA FILHA DE OUTRO MUNDO

    — Beleza! Até mais, Luana!

    — Até, querido!

    Marcus começa a verificar as câmeras e nada encontra, somente alguns insetos voando. Faz uma pesquisa na internet e encontra o vídeo do suposto óvni. Mas a imagem apenas mostra algumas luzes no céu em movimento que mais parecia uma pequena estrela cadente, queimando no céu e desaparecendo entre algumas árvores. O telefone toca.

    — Marcus, base 178, bom dia!

    — Olá, Marcus, aqui é o Gutierres, a Luana falou com você sobre o Óvni?

    — Sim, chefe, verifiquei todas as câmeras, mas não apareceu nada.

    — Entendo, deve ter sido apenas um meteorito.

    — Eu vi o vídeo e acredito que sim.

    — Ótimo, Marcus, qualquer novidade, me avise.

    — Pode deixar.

    Após verificar todos os sensores, analisar os dados e investigar tudo que suas atribuições determinam, resta apenas duas horas pra encerrar o expediente.

    Ele entra na base e pega um saco de biscoitos, senta-se e olha para o monitor verificando a presença da frente fria, em tempo real pelo satélite. Então, alguém bate à porta. O que pra ele é muito estranho já que ninguém vem a base, e, quando recebe alguma visita, é necessário agendamento prévio.

    Além de tudo isso, ainda é necessário passar pelo portão para chegar até a porta, que fica trancada, onde existe um interfone. Ele rapidamente olha para as câmeras de segurança e verifica uma criança.

    — Uma criança? Só pode ter pulado a cerca por causa de pipa que caiu no terreno.

    Ao abrir a porta, vê uma menina de aproximadamente uns onze anos, com cabelos castanho escuro e olhos bem azuis, com uma roupa maior que ela e descalça.

    — Oi, você é o Marcus?

    — Sim. E você, quem é e o que faz aqui?

    — Sou a Cristalyn! Como é bom ver alguém semelhante. Preciso te dizer: você é meu pai!

    — O quê? Está maluca menina? Eu não tenho filha.

    — Zalom disse que você não lembraria.

    — Quem é Zalom? E como entrou aqui?

    — Estou com fome, tem algo para comer?

    — Menina, eu não te conheço. Preciso de explicações. Pode comer estes biscoitos, fique com o saco.

    Ela começou a comer muito rápido e não parava.

    7

    MARCELO LEMES MENA

    — Que isso? Vai se engasgar! Isso tudo é fome?

    — Eu estou com muita fome. Desde ontem que não como, caminhei muito até chegar aqui. Meus pés estão doendo. – Disse Cristalyn, levantando um dos pés que estava meio cortado.

    — Menina, sente aqui. Deixe-me ver esse machucado.

    Marcus puxa uma cadeira de rodinhas, vai até um armário, pega uma caixa de primeiros socorros e se senta na frente da menina que não para de comer os biscoitos. Ela levanta seu pé direito e já não possui machucado algum.

    — Errei o pé. Deixe-me ver o outro, pois pelo que percebi está com um corte profundo.

    Pegando o outro pé também não havia corte algum.

    — Como assim? Eu vi um corte.

    — Deve ter cicatrizado.

    — Assim tão rápido?

    — Meu metabolismo é diferente do seu, me cicatrizo mais rápido.

    — Impossível! Acho que devo ter visto errado, mas me diga como entrou aqui.

    — Eu apenas abri o cadeado e passei pelo portão.

    — Caramba, esqueci de fechar o cadeado. Vamos fazer o seguinte, já que não está machucada, pode levar o saco de biscoito e volte pra sua casa, seus pais devem estar preocupados.

    — Eu não posso voltar, meu tio Zalom já voltou pra Terásic e minha mãe já é falecida.

    — Sinto muito por sua mãe, mas aqui você não pode ficar. Ligue pro seu tio e peça pra ele voltar. Passa o número dele que eu ligo.

    — Mas você é meu pai, vou ter que morar com você.

    — Menina, não sei de onde tirou essa ideia, mas eu nunca tive uma filha.

    — Você pode não acreditar, pois sua mente foi apagada, mas eu posso te ajudar a lembrar.

    — Menina você enlouqueceu? Agora sofro de amnésia?

    — Deixe-me te ajudar, segure minha mão e olhe nos meus olhos.

    — Eu acho que você está carente por perder a sua mãe e pensa que posso ser seu pai. Pare com isso.

    — Vamos fazer assim: você segura minha mão e olha nos meus olhos. Se não se lembrar, eu vou embora.

    — Ótimo, então você vai embora, depois de eu segurar sua mão e olhar em seus olhos?

    — Se você não se lembrar, eu vou embora.

    — Está bem.

    8

    UMA FILHA DE OUTRO MUNDO

    Ele se senta de frente com a menina, segura suas mãos pequenas e olha em seus olhos. Nesse instante, os olhos dela parecerem clarear e iluminar. Em alguns segundos, parece ter apagado ou desmaiado. Quando Marcus retoma os sentidos, ela ainda está a sua frente com um sorriso e comendo o biscoito.

    — E aí, lembrou?

    — Minha cabeça está doendo, o que tenho que lembrar?

    — Lembre-se de uns doze anos atrás, quando você estava em um acampamento.

    — Espera! Eu sabia que tinha alguma coisa errada comigo. Todos os meus amigos lembravam daquele acampamento, onde montamos nossos telescópios para ver a passagem do cometa. Eu me lembrava somente de ter chegado ao local e depois de ter acordado na mata e, segundo os meus amigos, fiquei perdido alguns dias.

    — Isso, force a sua mente, você vai lembrar.

    — Meu Deus, estou me lembrando. Então foi isso?

    — Vai! Conte o que aconteceu.

    — Nós chegamos em um sítio na cidade de São Miguel Arcanjo, estávamos em cinco pessoas. Montamos nossas barracas em um campo de futebol, próximo ao casarão, e o céu estava bem estrelado. Com o telescópio conseguiríamos ver o cometa. Então, fomos convidados a entrar no casarão pra jantarmos, o casal que morava neste sítio eram os pais de um amigo.

    Quando entrei, a mesa era bem grande e a janta estava posta sobre ela. Pensei em tirar uma foto e lembrei que havia deixado o celular na minha mochila, dentro da barraca. Voltei correndo para pegar. Quando estava saindo da barraca para voltar ao casarão, escutei um barulho estranho na mata. Acendi a luz do celular e vi como se fosse um rosto e resolvi me aproximar, acreditando que seria alguém querendo aprontar uma pegadinha. Então gritei: Saia daí quem quer que seja! Não ouvi resposta, então me aproximei e alguém segurou o meu braço. De repente, fui arrastado pra dentro da mata.

    Havia três seres meio esverdeados, bem altos, possuíam olhos grandes e seus braços eram compridos e finos. Minha admiração era tamanha que nem consegui gritar. Fui então levado para uma nave cheia de luzes coloridas e lá dentro fui preso em uma mesa gelada. Eles ficavam me observando. Falavam entre eles por meio de um som meio estranho.

    — Eram três cientistas. Minha mãe, Anira, era um deles.

    — Como assim cientistas?

    — Eles vieram para analisar os humanos e queriam saber mais sobre anatomia, DNA, organismos e tudo mais. Por favor, continue lembrando.

    — Eles cortaram minhas roupas e ligaram uns fios em mim, usavam como se 9

    MARCELO LEMES MENA

    fossem umas luzes nos meus olhos. Algumas vezes, utilizavam agulhas e doía. Eu pedia para que parassem, mas não havia respostas. Uma hora, eles me colocaram dentro de uma gaiola e, ao lado, vi um cachorro e uma vaca, também presos em gaiolas. Eu imaginava que iria morrer. Tentei sair de lá, mas minhas tentativas foram em vão. O tempo foi passando e estava morrendo de sede, foi então que um daqueles seres veio ao meu encontro e em um copo de metal me deu um líquido para beber. Eu bebi e outro ser se aproximou, falando uma língua esquisita. Parecia brigar com o outro por me dar algo a beber.

    — Era minha mãe. Foi ela que deu de beber a você, pois me falou que ficou preocupada com sua desidratação. Os amigos dela queriam ver quanto tempo você conseguiria ficar sem beber água.

    — Eles queriam que eu morresse?

    — Lembra do cachorro?

    — Sim. Ele morreu no outro dia.

    — Eles o deixaram vários dias sem comer e beber. Isso aconteceria com você também.

    — Que absurdo!

    — Minha mãe disse que você era diferente e ela se sentiu atraída.

    — O rosto dela era diferente dos outros, era mais arredondado.

    — Sim, porque ela era do sexo feminino.

    — Certo, entendi. No segundo dia, depois que o cachorro morreu, eles me colocaram na mesa novamente e usaram um tipo de geleia sobre mim. Aquilo fedia e parecia queimar no meu corpo. Depois, me tiraram e jogaram dentro de um tanque cheio de outro líquido azul, fazendo toda aquela geleia sair e refrescar meu corpo. Novamente fui colocado na gaiola e, mais tarde, essa Anira veio e me trouxe algo para comer, com sabor de batata. Aquilo me revigorou. Ela então me puxou e me deu um beijo na testa. Percebi que ela queria me ajudar.

    — Foi o que eu disse. Ela se apaixonou por você. Sempre dizia que teus olhos a cativaram e que os meus olhos eram muito parecidos com os seus.

    Vai, continua, eu gosto de ouvir esta história. Quando minha mãe contava, sempre imaginava que um dia eu veria teus olhos, mas continue.

    — No outro dia, parece que a nave pousou em outro lugar e os dois desceram. Acredito que iriam raptar algum animal ou algo semelhante.

    Assim, quando a porta se fechou ela se aproximou da gaiola e falou na minha língua:

    — Não precisa ficar com medo, eu vou te ajudar, eles foram ver se conseguem pegar outra espécie. Não posso te soltar agora, mas quando 10

    UMA FILHA DE OUTRO MUNDO

    chegar o momento, vou deixar a gaiola sem trava. Você sai e aperta aquele botão próximo à porta. Assim que abrir, você poderá sair correndo.

    — Eles poderão me pegar.

    — Na próxima parada iremos descer e a nave ficará sozinha por um bom tempo. Se você escapar, só vão saber quando voltar e aí será tarde.

    — E por que você está me ajudando?

    — Gostei de você. Não merece servir de cobaia.

    — Nesse instante, eles voltaram trazendo uma jaguatirica desmaiada e colocaram na gaiola do cachorro morto. Passou alguns dias e ela sempre me trazia comida e água. Às vezes, parava e sentava próximo à mim e me fazia alguns carinhos. Parecia realmente estar apaixonada por mim. Vou te dizer que me sentia atraído por ela também, mas não falava, pois acho que tinha certo receio dos outros.

    — A minha mãe dizia que se eles pegassem ela novamente com você, ela seria banida das viagens espaciais, mas continua.

    — A jaguatirica que estava com fome acabou comendo o cachorro morto.

    Depois que ela o havia devorado, eles jogaram uma luz que a deixou paralisada. Então, a pegaram e saíram carregando pra fora da nave e, quando a porta se fechou, Anira abriu a gaiola, me abraçou, começou a me beijar e...

    — Me poupe destes detalhes. Não preciso saber disto.

    — Desculpe. Quando voltaram, brigaram com ela, pois encontraram um pote com comida ao lado da minha gaiola.

    — Percebi que ela mudou a sua fisionomia e parecia triste.

    — Sim. Eles disseram que ela estava atrapalhando o experimento e que iriam passar aos seus superiores e nunca mais poderia ser aceita no meio científico.

    — Em um determinado dia, eles se prepararam para sair e, quando ela passou por mim, me olhou e mexeu a cabeça, dando sinal de que aquele era

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