Dicionário De Mitologia Maia E Asteca
De Lenin Soares
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Dicionário De Mitologia Maia E Asteca - Lenin Soares
Dicionário de
Mitologia Maia e
Asteca
1
2
Lenin Soares
Dicionário de
Mitologia Maia e
Asteca
Lenin Campos Soares
2023
3
SOARES,
Lenin
Campos.
Dicionário de Mitologia Maia e Asteca. Natal: LCS, 2023.
ISBN:
1. Mitologia. 2. Maias. 3. Astecas. 4.
Dicionário.
CDD: 299
CDU: 252
4
SUMÁRIO
A Civilização Perdida.........................................007
Os K’uh e as Almas.............................................015
A Morte e a Vida................................................020
As Três Criações.................................................025
Os Deuses Maias................................................029
Entre as Estrelas e a Terra .................................172
O Divino Par e os Sacrifícios...............................176
Os Quatrocentos Deuses...................................182
Os Três Centros Espirituais................................187
Os Deuses Astecas.............................................190
Bibliografia ........................................................306
5
6
A CIVILIZAÇÃO PERDIDA
Os Maias são um povo indígena que habita a região hoje ocupada pelo México, em especial o sul do país, atuais estados de Yucatán, Quintana Roo, Campeche, Tabasco e Chiapas. Contudo, eles não estão contidos no território mexicano, povos maias ocupam as terras altas da Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras.
A designação maia
advém da antiga cidade-estado de Mayapan, última grande cidade do período pós-clássico. Contudo ele engloba uma variedade étnica e linguística que precisa ser colocada. Sob este codnome estão, no México, os povos Yucatec, na península; os Tsotsil e Tseltal, em Chiapas; os Tojolabal e Chol, nas terras baixas e os Chontal, em Tabasco; em Belize temos os Queqchi e Mopan; na Guatemala, os Quiché, Mam, Pocomam, Caqchiquel, Ixil, Queqchi, Tsutuil e Jacaltecas; em Honduras, temos os Chorti. O
grupo mais tradicional são os Lancadon, que evitou contato com os invasores europeus até o século XX, vivendo em pequenos grupos na selva.
7
Estima-se que hoje, no início do século XXI, a população maia seja de 8 milhões de pessoas1.
Algumas,
bastante
integradas
a
cultura
contemporânea nos países em que residem, enquanto outros ainda mantém o seu modo de vida tradicional, inclusive mantendo seu idioma nativo.
Sua civilização começa a sua história em 2600 a.C., quando surgiram os primeiros assentamentos de agricultores na América Central, na região do atual Belize. Com a domesticação do milho, feijão, abóboras e pimentas, surgiram os primeiros conglomerados urbanos2. Inicialmente se acreditava que as cidades-estado maias surgiriam apenas em 750
a.C., contudo pesquisas realizadas com o LIDAR, uma tecnologia ótica que permite fazer um mapa tridimensional do solo da floresta tropical sem precisar derrubar suas árvores, encontraram em Tabasco, México, cidades que são datadas de pelo menos o ano 1000 a.C.3. Não obstante, Nakbé, em 1 NATIONS, James. D. The Maya Tropical Forest: people, parks and ancient cities. Texas: University of Texas, 2010.
2 GENDROP, Paul. A Civilização Maia. Trad: Maria Júlia Goldwasser. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
3 INOMATA, Takeshi, VÁZQUEZ LÓPEZ, V.A., et al.
Monumental architecture at Aguada Fénix and the rise of Maya Civilization. Nature, 582, junho, 2020.
8
Petén, na Guatemala, continua sendo a cidade mais antiga melhor documentada.
No século VI a.C., enquanto os gregos embelezavam Atenas, os Maias levantavam suas cidades na América, não menos impressionantes.
Estas cidades, no entanto, nunca se organizaram em qualquer espécie de império, existindo de forma independente, com seu próprio governo, língua e deuses, até 1697, quando a última, Nojpetén, cai sobre o poderio espanhol 4.
As cidades eram governadas por um rei ( ahau ou ajaw, título que faz parte do nome de vários deuses) que tinha seu poder oriundo dos deuses, agindo como mediador entre os homens e o reino sobrenatural. Ele também era o sumo-sacerdote do patrono da cidade. Este cargo era passado do pai para seu filho mais velho (b’ aah ch’ok), contudo uma nobreza ( ch’ok), formada especialmente pelos familiares deste rei, unida em casamento com outras casas, também tinha grandes poderes políticos.
Somente algumas poucas cidades, como Calakmul, dão destaque a linhagem feminina na sucessão do trono. Poucas cidades mais possuíam rainhas, mesmo apenas como esposa do rei, e um número ainda menor permitia que as rainhas 4 SHARER, Robert J, TRAXLER, Loa P. The Ancient Maya. 6.ed.
Stanford: Stanford University Press, 2006.
9
participassem do governo da cidade ao lado de seu marido.
Esta elite era alfabetizada e registrava sua história com um alfabeto glífico extremamente complexo que os historiadores contemporâneos ainda tentam decifrar completamente. Muita dessa documentação, no entanto, foi destruída pelos invasores espanhóis, especialmente aquilo que se refere aos seus deuses e cultos.
As cidades cresciam desorganizadamente, em torno dos sacbés, caminhos brancos
, as suas ruas e estradas, porém o seu centro era ocupado por um complexo administrativo e cerimonial, os templos e palácios cercavam a praça central da cidade, que também possuía quadras cerimoniais de pok-ta-pok, o jogo dos deuses.
Nestas praças centrais, desde 500 a.C., estas cidades já construíam suas pirâmides monumentais,
com
elaboradas
fachadas
decoradas com estuque e com sua escrita hieroglífica, e planejados a partir das direções cardeais. Nas cidades-estado maias viviam grandes
matemáticos,
os
primeiros
a
desenvolverem o conceito de zero, e astrônomos, além de poetas e escultores de grande talento que trabalhavam com jade e obsidiana. E, apesar das cidades manterem governos independentes, 10
uma importante rede de comércio se instalou pelas estradas centro-americanas.
Duas cidades em especial, Tikal e Calakmul, se tornaram grandes rivais neste comércio. Em 350 a.C,, Tikal já possuía por volta de 16 km²; já Calakmul, o reino da serpente, tinha por volta de 20 km², enquanto Atenas, maior cidade grega, a mesma época, tinha pouco mais de 2,5 km² 5. As duas competiram durante todo o período Clássico (de 250 a.C. até 950 d.C.), especialmente quando Tikal se une aos astecas, participando da rede de alianças com Teotihuacan 6.
Uma guerra, no século VI d.C., entre as duas cidades, exigiu que as outras cidades-estado maias participassem de um sistema de alianças, escolhendo entre Tikal e Calakmul. Os reis das cidades passam a jurar lealdade e tornar-se vassalos ( sajal) dos reis das maiores cidades maias. A guerra entre Calakmul e Palenque, em que o rei Uneh Chan ataca a rainha Yohl Ik’nal, e depois seu filho, Ajen Yohl Mat, demonstra que nem sempre essas alianças eram construídas de formas pacíficas.
5 OLMEDO VERA, Bertina, ARELLANO HERNÁNDES, A., et all.
The mayas of the classic period. Cidade do México: Consejo Nacional para la cultura y las artes, 1997.
6 GENDROP, Paul. A Civilização Maia.
11
O período pós-clássico (950-1200) viu a ascensão de Chichén Itzá, e com isso a expansão do culto a Kulkucan, e a expansão do agressivo reino Quiché, nas terras altas da Guatemala. Ele é marcado
pelo
que
os
historiadores
contemporâneos chamam de colapso maia
, ele é marcado pelo abandono de cidades, com uma migração em massa para a região mais ao norte, especialmente o México.
Os
historiadores
elencam
inúmeros
motivos para este colapso, entre eles a superpopulação das cidades combinado com secas
contínuas.
Contudo,
só
muito
recentemente que o motivo destas secas tem sido explicado. Percebeu-se que, ao mesmo tempo que os maias estavam abandonando suas cidades, os europeus medievais estão lidando com enchentes e invernos extremamente rigorosos após a destruição de toda a cobertura vegetal natural da Europa Ocidental.
No período entre os séculos VIII e XIII, como resultado do desmatamento, a Europa sofreu intensas crises climáticas, e como o clima mundial é completamente conectado, se entende que um dos reflexos é também uma alteração no regime de chuvas do outro lado do Atlântico, o que exigiu que as grandiosas cidades maias fossem abandonadas.
12
No entanto, não são todas. Yucatán, principalmente,
continua
sendo
habitada,
contudo o fim da rede de comércio em que se baseava o poder de Tikal e Calakmul, abre a oportunidade para o aparecimento de novos atores como Chichén Itzá 7.
Chichén Itzá se diferencia das outras cidades-estado maias por ser um centro cosmopolita. Nela foram encontrados estilos arquitetônicos de vários povos maias e não-maias, como toltecas, indicando que a cidade era habitada por povos diferentes, dentre eles os Itzá, que invadiram a cidade por ela ser o centro de rotas comerciais, e impuseram o seu estilo de vida militar.
Chichén Itzá permaneceu como principal centro cultural maia até ser invadida e conquistada pelos exércitos de Hunac Ceel, rei de Mayapan, em 1200.
Esta já é uma nova cidade-estado. Bem menor que as anteriores, com apenas 4,2 km², era cercada por uma longa muralha. Poucas construções existem fora da parede perimetral que possuía doze portões, incluindo sete com entradas abobadadas, e cobria 9,1 km. No entanto 7 MARTIN, Simón, GRUBE, Nikolai. Chronicle of the maya kings and queens: deciphering the dynasties of the Ancient Maya. London: Thames e Hudson, 2000.
13
ainda mantém a sua praça central, que guarda o templo maior, uma pirâmide com quatro escadas e nove terraços; três templos menores, em formato redondo, e o palácio. Ao contrário das outras cidades maias, em Mayapan não existe a quadra de pok-ta-pok. Ela era governada por um conselho formando pelo rei, Jalach Winik, e o sumo-sacerdote, Aj K’in, ambos, no entanto, eram da mesma família, a casa Cocom 8.
Ela expandiu seus contatos comerciais de volta as florestas da Guatemala, Honduras e Belize, além de avançar sobre as ilhas do Caribe, especialmente Cozumel, e manter um profícuo contato com os astecas.
Ela, no entanto, parece ter sido abandonada por volta de 1441, quando o motim dos Xius contra os Cocom culminou na morte de quase toda a linhagem real da cidade. Uma peste pode ter atingido a cidade nos vinte anos subsequentes. Uma vala comum na praça principal da cidade, com corpos ainda com facas em seus peitos ou pélvis, sugerindo sacrifício ritualizado, indica uma tentativa mágica de salvar a cidade que não funcionou.
8 MASSON, Marilyn. Maya colapse cycles. Procceedings of the National Academy of Sicences of The United States of América. 109, p. 37-38, novembro/2012.
14
OS K’UH E AS ALMAS
A religião maia é baseada no conceito de que tudo contém sacralidade, k’uh e k’uhul são os termos para expressar esta força divina que existe em todas as coisas, animadas e inanimadas, uma essência vital que advém do divino. A partir daí, todas as coisas do mundo, a floresta, os animais, a montanha, os rios, o céu e os seres humanos possuem uma santidade que deve ser respeitada e reverenciada.
K’uh também é a palavra maia para divindade (em quiche qabuvil). Os deuses são, portanto, forças existentes dentro de cada criatura, mas também representam aspectos da vida civilizada como a escrita ou a bebida alcoólica. As divindades maias tinham todo tipo de funções sociais, relacionadas a atividades humanas como agricultura, obstetrícia, comércio ou guerra. Além de serem patronos de segmentos sociais como tribos ou distritos das cidades. Estas divindades padroeiras poderiam ser locais ou
nacionais
, sendo adotadas por mais de uma das cidades-estado.
15
Uma multidão de divindades foi registrada pela documentação colonial. Um panteão adorado conjuntamente no México, Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras. Como explica Joshua J. Mark, no entanto, nem todos os deuses eram venerados em todas as cidades-estado, pelo menos, não com o mesmo nome. Um exemplo disso são os vários nomes que o submundo recebia. Os Yucatec, ao norte, em Yucatã, chamavam o mundo dos mortos de Metnal, enquanto os Quiché, ao sul, o chamavam de Xibalba. Contudo, apesar desta diferença, o núcleo do mito é o mesmo. O mundo subterrâneo é descrito da mesma maneira, não importa se é Metnal ou Xibalba.
Havia mais de 250 divindades no panteão maia, contudo, devido a queima em massa dos seus livros sagrados, realizados pelo bispo Diego de Landa, em 1562, muitas informações sobre estes deuses e sobre toda a cultura maia em si foram irremediavelmente perdidas.
Por causa da destruição realizada, alguns deuses permanecem não identificados até hoje, cerca de vinte divindades, e são chamados pelos historiadores por letras. O deus A, o deus K, o deus L são tentativas de nomeação.
Um dos poucos documentos que
sobreviveram a De Landa foi o Popol Vuh.
16
Conhecido como livro da comunidade
, este registro em língua quiche, apesar de usar o alfabeto latino, foi produzido por volta de 1554-1558, e relata a criação do mundo e as aventuras dos heróis gêmeos, Hunahpu e Xbalanque. O livro foi traduzido pela primeira em 1701, pelo frei Francisco Ximénez, e somente publicado em 1861, numa edição em francês.
Outros documentos sobreviventes são quatro códices que resistiram a sanha espanhola: o Códice de Madrid, de Paris, o Códice Grolier e o Códice de Dresden, que é, provavelmente, o documento maia mais antigo.
Dresden foi escrito no alfabeto maia, datado do século XI ou XII, ele foi comprado por Johann Götze, em 1739, enquanto este viajava pela Itália. Provavelmente o documento teria sido dado de presente ao imperador Carlos V por Hernán Cortez, mas se perdeu.
Ele foi redescoberto na cidade de Dresden, na
Alemanha,
guardado
no
Museu
da
Universidade da Saxônia, sendo publicado pela primeira em 1810, mas a primeira publicação completa ocorreu em 1880. Ele tem 78 páginas, escritas frente e verso, e foi primeiramente decifrado pelo bibliotecário de Dresden, Ernst Förstemann, que reconheceu que o material era um
importante
sistema
de
efemérides,
17
detalhando tabelas sobre o movimento da Lua e de Vênus 9.
O segundo estudo sobre o material, organizado por Paulo Schellhas,