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O Agente Do Tempo
O Agente Do Tempo
O Agente Do Tempo
E-book108 páginas1 hora

O Agente Do Tempo

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Sobre este e-book

Ryan é um agente da CIA que foi convocado para um programa secreto do governo. Agora ele terá que realizar missões se deslocando no espaço tempo para o passado e testemunhando crimes antes sem solução, para levar os culpados a julgamento. Em uma de suas missões ele acaba conhecendo e se apaixonando pela jovem e encantadora Rachel, vitima de um misterioso assassinato. Há um porém, ele não pode mudar o que já aconteceu.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de jul. de 2019
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    O Agente Do Tempo - Simei Freitas

    O tempo é um bem precioso que nunca volta atrás. Use-o com sabedoria.

    Capítulo 1

    Quarta-feira, 20 de setembro de 2017

    Nova York

    Quando estamos atrasados, o mundo parece conspirar contra nós. Há dez minutos estou preso nesse engarrafamento interminável. Sirenes de ambulâncias e bombeiros ecoam por toda parte, indicando que houve um acidente grave à frente. Os carros começam a buzinar impacientemente. Verifico o horário no meu celular e percebo que faltam apenas vinte e cinco minutos para a reunião com os agentes. Pego minha carteira, tiro uma nota de cem dólares e entrego ao motorista.

    — Pode ficar com o troco. Vou descer aqui mesmo.

    — Mas são cem dólares, a corrida...

    — Tudo bem, pode ficar com o troco. Obrigado!

    Saio do táxi antes mesmo do motorista terminar de falar e começo a correr, atravessando os carros parados e tentando não esbarrar em outras pessoas atrasadas para seus compromissos. Corro por quatro quarteirões até chegar ao enorme prédio da SYF, a seguradora onde trabalho. As siglas significam Save Your Future, mas o prédio e a empresa são apenas uma fachada para o que realmente fazemos aqui. Apesar de ser uma seguradora, nosso trabalho consiste em investigar crimes não resolvidos, aqueles em que a polícia não conseguiu encontrar provas suficientes ou nunca encontrou o criminoso.

    Entro no salão principal e avisto Elisa atrás do balcão.

    — Bom dia, senhor Ryan! Está tudo bem? Parece que está suado e ofegante.

    — Obrigado pela sua preocupação, Elisa. Estou bem, só precisei vir correndo por causa do engarrafamento.

    — O senhor não veio no seu carro?

    — Infelizmente, tive que deixá-lo na oficina hoje. Peguei um táxi e tive que sair dele a alguns quarteirões daqui porque estava tudo parado no trânsito. Alguém da reunião já chegou?

    — Sim, todos estão aqui. A reunião começa em vinte minutos. Quer que peça outra roupa para o senhor se trocar?

    — Obrigado, Elisa, faça isso! E bom trabalho para você.

    Aperto o botão para chamar o elevador especial exclusivo para membros da CIA. Passo meu cartão de acesso no painel do elevador e solicito o andar trinta e quatro, onde fica minha sala e a de outros membros da CIA com quem trabalho.

    Caminho até o banheiro que temos no andar e tomo um banho rápido. Depois, me troco com a ajuda de Elisa, que trouxe as roupas solicitadas para mim.

    Enquanto caminho em direção à sala de reuniões, sinto meu celular vibrar no bolso, indicando a chegada de uma mensagem. Ao verificar, percebo que se trata de Mia, minha irmã.

    Desculpe desperdiçar 10 segundos da sua vida lendo essa mensagem, só queria avisar que estou indo para sua casa hoje à noite.

    Que maravilha!

    Adentro a sala de reuniões e, aos poucos, os dez membros da equipe começam a chegar. O ambiente é amplo, com uma vista privilegiada da parte norte de Nova York, exibindo prédios altos e elegantes que, de alguma forma, transmitem a ilusão de uma cidade calma e pacífica lá embaixo.

    Por fim, Peter chega e se senta ao meu lado. Somos amigos desde a escola e escolhemos trilhar caminhos profissionais semelhantes, trabalhando neste departamento juntos.

    — E aí, Ryan, está a fim de ir tomar uma cerveja com a gente depois do expediente? — pergunta Peter.

    — Ouvi dizer que a Amanda do RH também vai. — acrescenta Bryan. — Sempre achei que você tinha uma queda por ela.

    — Não sei de onde vocês tiraram essa ideia, mas eu topo sim. Não é por causa da Amanda, mas hoje estou precisando relaxar um pouco. — respondo.

    — Eu sabia que você tinha uma quedinha por ela! — exclama Peter.

    Embora eu de fato achasse Amanda uma mulher atraente, eu era o único a saber que ela mantinha um relacionamento em segredo com outra pessoa da CIA.

    Nesse momento, Jason, nosso chefe de departamento, entra na sala e começa a falar sobre nosso próximo caso a ser investigado. Jason é um homem de idade avançada, próximo de se aposentar, mas seu espírito ainda é jovem.

    A era para discutir o caso do assassinato de Bob, um garoto que foi morto enquanto ia para casa de um amigo. Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio próximo. Apesar de contar com mais recursos que a polícia local e o próprio FBI, é frustrante não conseguir concluir a maioria dos casos que nos são encaminhados. Já ouvi boatos de que até pensam em fechar nosso departamento. Mas, no final das contas, acabamos servindo como uma espécie de treinamento para agentes novatos, como eu e todos que trabalham comigo, que acabam seguindo para outros departamentos mais importantes depois de ganhar experiência.

    Após a reunião, voltei para minha sala para pesquisar sobre o caso de Bob. Fiquei imerso nas investigações, mas fui interrompido pelo toque do meu celular.

    — Oi mãe.

    — Eu sei que você está no trabalho. Liguei somente para você não se esquecer do almoço amanhã.

    Minha mãe adorava fazer almoços em família uma vez por mês em um final de semana. Desde que entrei para a CIA, fazia um bom tempo que eu não comparecia a esses almoços.

    — Sim, dessa vez eu estarei lá, não se preocupe, e pode deixar o vinho por minha conta.

    — Ryan, estou preocupada com você. Você nunca mais apareceu aqui e é difícil você mandar notícias.

    — Eu sei, mãe, mas seu filho cresceu, lembra? Esse trabalho é muito importante para mim, sempre preciso dar o máximo de mim aqui.

    — Mas mande notícias suas, fale se está bem ou não. Ficamos preocupados com você.

    — Eu sei, vou tentar mandar notícias mais vezes. Mas agora preciso ir, nos vemos amanhã à tarde. Beijos e mande um abraço para o pai.

    Desliguei o telefone e voltei a me concentrar no caso de Bob, determinado a solucionar o mistério e trazer justiça para sua família.

    _____

    Ao final do expediente, olho pela janela e vejo o céu tingido com tons de rosa e laranja, indicando que o dia está chegando ao fim. Enquanto observo, começo a notar pontos brilhantes no céu, a lua começando a ganhar seu brilho. A vista daqui é espetacular, especialmente para aqueles que apreciam a paisagem urbana cercada por altos prédios.

    Como combinado, encontro o pessoal em um pub a algumas quadras de distância. Sentamos em uma mesa espaçosa e confortável, o lugar era acolhedor, com um jovem tocando e cantando músicas ao vivo. Uma de minhas músicas favoritas, Here Without You do 3 Doors Down, foi tocada.

    Horas passam enquanto conversamos sobre trabalho, vida, mulheres e o futuro. Quando recebo uma mensagem de Mia dizendo:

    Já estou na sua casa, por favor, traga alguma coisa para comer. Obrigada. De nada.

    Parece que a noite vai ser longa. Não tenho nada contra a minha irmã, adoro ela, mas temos nossas diferenças. Levanto-me e me despeço dos meus amigos. Sinto como se tudo estivesse girando, o álcool está começando a fazer efeito. Acho que exagerei um pouco, já que não sou de beber muito, mas ele faz efeito rapidamente.

    A noite em Nova York é incrível. As luzes, as pessoas, os artistas de rua cantando, tocando e imitando personagens de cinema. Tudo na cidade parece mais intenso à noite, ela nunca para, nunca dorme. Caminho pelas ruas até chegar a um mercadinho, onde compro uma lasanha congelada e duas latas de Coca-Cola. Conheço a Mia o suficiente para saber que ela vai reclamar do que comprei.

    Ao chegar em casa, Mia me espera impaciente.

    — O que você trouxe, Ryan? Estou morrendo de fome. Nunca tem nada de bom na sua geladeira.

    Ela tinha razão. Nunca faço minhas refeições em casa por causa do trabalho.

    — Trouxe uma lasanha congelada para você, irmãzinha. Sei que adora essa iguaria da cozinha contemporânea, não é verdade?

    Ela me lança um olhar de raiva, parecendo que quer me matar. Mas estou rindo por dentro. Adoro provocá-la.

    — Você poderia ter comprado uma pizza, um cachorro-quente. Você sabe o que essas comidas congeladas fazem com a gente, Ryan? Isso é veneno!

    — Lá vem você com essas teorias da conspiração. Anda logo, coloca essa comida no micro-ondas. Estou ouvindo o ronco do seu estômago daqui.

    Sem muita alternativa, ela coloca a comida para esquentar e devora como

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