Vacância: Compêndio Sobre Ganância: Da Escravidão à Morte
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Vacância - Vinicius Capucho
VACÂNCIA
COMPÊNDIO SOBRE GANÂNCIA:
DA ESCRAVIDÃO À MORTE
VINÍCIUS CAPUCHO
Direitos autorais © 2023 Vinícius Capucho
Todos os direitos reservados
Os personagens e eventos retratados neste livro foram utilizados com base nos livros estudados e mencionados no conteúdo.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação, ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a permissão expressa por escrito da editora.
ISBN: 9798389536067
Design da capa por: Vinícius Capucho
Fotografias por: Lyvie
Número de controle da Biblioteca do Congresso: 2018675309
DEDICATÓRIA
Para meus pais, Nara e Damião, meus geradores e primeiros educadores. Meus pais tão amados.
Para Patrícia, minha esposa, minha companheira diária e um porto seguro em meio a tranquilidade, e também tempestades, neste oceano chamado vida
.
A Deus, meu Senhor!
A Jesus Cristo, meu Salvador!
Ao Espírito Santo, Santificador!
A Santa Igreja Católica!
Por todas as bençãos maravilhosas que tem me concedido durante minha vida terrena.
TOMO I
DINHEIRO E MERCADO: PURAMENTE COMPORTAMENTAL
DEDICATÓRIA
PREFÁCIO
1. DO FIM À ORIGEM
2. PERDI TUDO! O MUNDO ACABOU.
3. OURO, GOLD, ORO
4. DESMISTIFICANDO O DÓLAR
5. CUNHO FORÇADO
6. ECONOMIA HUMANA
7. MESTRES ENSINANDO
8. REMANDO CONTRA A MARÉ
9. DESESPERO MENTAL
10. DA EUFORIA AO MEDO
11. PARÁBOLA
12. TERAPIA DE MERCADO
13. AUTOCONTROLE
14. ECONOMIA COMPORTAMENTAL
15. MAQUIAGEM NA CHUVA, BORRA!
16. DESENHANDO PORTFÓLIO
17. EPÍLOGO
TOMO II
A CULPA SEMPRE FOI MINHA
E DO BENEFÍCIO SOCIAL
1. PREFÁCIO CARTA A MEU FILHO
2. ENCURRALADOS PELA IGNORÂNCIA
3. RASCUNHO SOBRE A ARTE
4. REAÇÃO INCONSCIENTE E UM POUCO DE MERCADO
5. LIÇÕES VALIOSAS
6. CANALHICE INTELECTUAL
7. SOCIALISMO É A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
8. PARADOXO DA LIBERDADE ECONÔMICA
9. O PORQUÊ
TOMO III
A ÚLTIMA FRONTEIRA
O CAMINHO DA ALMA
1. O PORQUÊ
2. SOBRE A LIBERDADE
3. SOBRE OS CAMINHOS
4. SOBRE O VAZIO
5. CORPO, ALMA, ESPÍRITO
6. SOBRE O SENTIDO
7. SOBRE O FIM
8. SOBRE OS REMÉDIOS
9. SOBRE O INÍCIO
10. SOBRE O MEU INÍCIO
11. NOTAS
TOMO I
DINHEIRO E MERCADO:
PURAMENTE COMPORTAMENTAL
PREFÁCIO
Um pequeno passo é necessário para se conquistar grandes feitos.
Aqui começa os seus pequenos passos.
DO FIM À ORIGEM
Escrever um livro era algo inimaginável, surreal, de um mundo paralelo ao meu. Um humano que não se importava muito com as leituras, de repente, começou comer livros. Como é possível? No início me assustei, duvidei e relutei, mas os próprios livros me usurparam para dentro do seu mundo e me jogaram aqui, nesta introdução.
Como se não bastasse algo tão complexo para minha pessoa, os benditos me carregaram para uma teoria puramente imaginária e comportamental de outro Novo mundo
que eu estava vivendo. Sempre fui muito curioso, ansioso e inquieto para várias questões que, a princípio, é tão comum que parece ter alguma lógica simplista.
A essência fundamentalista sobre dinheiro sempre me causou uma certa intriga interna. Afinal, como era possível algo material ter tanto valor, gerar tantas soluções e tantos problemas ao mesmo tempo? O mesmo dinheiro que surgia com tanto trabalho, estudo e foco, desde que me entendo por gente [genericamente], evaporava das minhas abertas mãos
sem o mínimo esforço. Aquilo começou a intrigar-me de tal maneira que eu só queria encontrar uma solução eficaz, uma mágica, uma resposta plausível para solucionar o caso.
Desde de 2012, particularmente, confrontei-me com tais questionamentos e passei a pensar continuamente no conceito esdrúxulo sobre acúmulo do dinheiro
. Lembro-me que tive meu primeiro contato com uma criptomoeda chamada Bitcoin. Ficava até sem graça em tocar neste assunto pois sempre era taxado como um viajante do tempo
, romanticamente falando, e não me aprofundava em assunto algum. Sentia-me apenas um amante superficial, tratando o dinheiro como um relacionamento passageiro, que vem e vai, sem nenhum remorso emocional. Por que eu sentiria remorso? Fui educado involuntariamente, indiretamente, em todos os contextos sociais e midiáticos que aproveite o hoje!
, rico é rico, pobre é pobre!
, não ligue para nada, você pode morrer amanhã!
, status quo, fuja do mercado! Fuja da bolsa de valores! Fuja do trabalho! Chega de servir!
e tantas outras falácias bombardeadas em nossas mentes. Uma cultura de subserviência irracional arraigada em nossa sociedade, infelizmente.
Em 2015, por um amigo de trabalho, Edson, tive o primeiro contato visual com o, então temido, mercado financeiro. Como a grande maioria popular, tive aversão a ele; ignorei completamente a chance de aprender pois ainda tinha entranhada a crença de que o Edson certamente perderia o suado dinheiro, mais cedo ou mais tarde. Graças a Deus, eu estava errado!
Atravessando 2016 com uma visão mais objetiva em maneiras de ganhar dinheiro. Recordo-me que comprei B$1 Bitcoin (1 BTC) à aproximadamente $650,00 dólares e o vendi a $1100,00 dólares. Comecei a estudar muito sobre Bitcoin, mas pouco sobre economia: conhecia sobre a moeda digital e não investia em sabedoria comportamental. Considero que essa tenha sido a minha primeira derrota no mercado financeiro. Exatamente a falha psicológica em acreditar ter feito um bom negócio sem me aprofundar em conceitos behavioristas, seja entendimento histórico, quanto espiritual.
Admitir as derrotas me ajudaram a correr incessantemente atrás das vitórias baseada na busca pela verdade intrínseca. Continuei estudando sobre as curiosidades dos mercados, mas sem sucesso. Apegava-me explicitamente aos ganhos rápidos baseados em informações de terceiros. A deficiência nos estudos, no conhecimento filosófico, somando com os vícios da ganância e falta das virtudes, influenciavam-me diretamente às perdas, cada vez mais acentuadas. Uma mutilação mental não me deixava enxergar além dos números. Desisti!
Tempos depois, um velho amigo de longa data, Rafael, ingressou-me novamente neste mundo com algumas situações, até então, desconhecidas para mim. Ressabiado com as rachaduras do passado e com a desordenação originada pela distorção do conceito humano moderno, a princípio, resisti qualquer contato íntimo com a palavra investimento
pela segunda vez. A incapacidade mental já tinha se solidificado.
Após algum tempo distante dos estudos de forma, aceitei os conselhos deste amigo e resolvi me dedicar superficialmente sobre alguns conceitos de mercado que ainda não conhecia para não cair nos erros do passado. Enfim, aprofundei-me naquele mundo sobre socioeconômico: contudo, certamente, é um desastre completo para a salvação da alma apegar-se somente à ganância, que traz a vaidade, a soberba e o egoísmo pleno do Ser.
Perca o medo de falar sobre dinheiro. Ele não é seu inimigo, porém, certamente seus vícios internos te destruirão
.
Finalmente consegui encontrar uma motivação suficientemente forte para estourar a bolha ludibriosa que por 30 anos me inseria. Uma direção se formava claramente. Comecei a "comer" incontáveis informações em fontes que me apareciam diariamente. Era incrível como tudo estava interligado e bem diante de mim. De forma rasa e turva, eu conseguia enxergar! Um véu tinha arriado diante dos meus olhos, em princípio no contexto apenas material, quando passei a perceber o mundo de outra perspectiva.
O aprofundamento foi tão intenso, reflexivo, rápido e certeiro, que me senti na obrigação de recuperar todos os anos perdidos. Não me contentava em apenas assistir vídeos, documentários, aulas sobre investimentos e mercados. Eu queria entender a economia que nos movimenta, a macroeconomia governamental e suas políticas intermináveis: eternas. Não me apaziguava em fazer o básico. Era necessário mergulhar fundo e seguir aprendendo sobre as visões dos mais conceituados economistas comportamentais, dos ensinamentos dos principais investidores que este mundo reconhece.
Tudo se voltava para o enriquecimento psicológico, intelectual e filosófico do indivíduo. Criei a percepção de que o dinheiro, em si, é exato, estático, mas o fluxo de sua movimentação [não importando o nível] está intrinsecamente ligado aos costumes, hábitos e ações individuais do sujeito que o detém: diretamente influenciado pelo ambiente social que vive. Todos os paradigmas habituais a serem superados dependem exclusivamente da reorganização psicológica, racional e espiritual do humano envolvido.
Incluí a meta em aprender o máximo possível com os investidores mais respeitados e qualificados durante essa revolução pessoal. E todos são unânimes quando se trata de crescimento econômico: comportamento, racionalidade e autoconhecimento. Além do básico para sustentação da infraestrutura material – natural – do indivíduo, dediquei-me principalmente na infraestrutura imaterial – sobrenatural; metafísica – espiritual.
Dispus-me a zerar o que julgava saber e comecei também a praticar firmemente os valores aprendidos, tanto com os ícones do mercado, quanto filosofias de vida, autoajuda, behaviorismo, relações humanas, mergulhando na História e na vida espiritual ordenada. Lacunas intermináveis que produzem um efeito cascata na vida de qualquer identidade humana.
Contemplei e dividi todas essas fases em uma espécie de trilogia, no qual, estes escritos apresentados contextualizam o primeiro livro, abordando principalmente as características materiais e naturais. No segundo livro [A Culpa Sempre Foi Minha: E do Benefício Social], trato com afinco as observâncias históricas sociais, culturais e rasamente políticas, tentando assim, orientar o indivíduo a obter uma perspectiva mais ampla dos comportamentos humanos quando tão perdidos – apesar de suas riquezas materiais.
Por fim, no terceiro livro [A Última Fronteira: O Caminho da Alma], aprofundo um pouco mais nas referências sobrenaturais do Ser; na sua origem e finalidade metafísica. É de suma importância que o leitor busque estes conhecimentos baseados em fontes seguras, pois somente assim será capaz de Ordenar sua alma para a finalidade criada. Toda imortalidade e completude da alma se findará na sua Origem: e também só há um caminho ordinário que a encaminhará para sua Origem. Há maneiras extraordinárias? Possíveis, porém, raras.
O homem, em sua completa incompletude, nunca se satisfará apenas no meio natural – material. Logo, no fim da trilogia, pretendo elevar um pouco mais a busca por meio das virtudes ordinárias infusas. Todavia, é necessário que o sujeito, de forma plenamente voluntária e individual, exerça algumas das principais virtudes necessárias para elevação do físico para o metafísico: do natural para o sobrenatural. Do seu Fim para a Origem.
Humildade → Obediência → Paciência
Começaremos este Compêndio no contexto Natural – matéria – e terminaremos no Sobrenatural – imaterial:
1. Dinheiro e Mercado: Puramente Comportamental;
2. A Culpa Sempre Foi Minha: E do Benefício Social;
3. A Última Fronteira: O Caminho da Alma.
PERDI TUDO! O MUNDO ACABOU.
Se você não puder se convencer de que ’quando minhas ações estão 25% em baixa, sou um comprado’ e eliminar o pensamento fatal de que ‘quando minhas ações estão 25% em baixa, sou um vencedor’, então você nunca obterá lucro decente com ações
.
Peter Lynch
O MUNDO JÁ ACABOU 10 VEZES
Fazendo uma reflexão um tanto ignorante, só em minha vida de apenas 31 anos, o mundo já acabou no mínimo 10 (dez) vezes. Vou descrevê-las em ordem cronológica para fácil interpretação:
1. Início do Plano Real, em 1994;
2. Bug do Milênio, fim de 1999;
3. Bolha da Nasdaq, ano 2000;
4. Terrorismo de 11 de setembro, ano de 2001;
5. Crise do subprime, fim de 2008;
6. Medo das Eleições Americanas, em 2016; [Diziam que Trump destruiria o mundo!]
7. Guerra Econômica – USA x China, 2018;
8. Pandemia do Covid-19, ano 2020;
9. Medo absurdo [novamente] das Eleições Americanas, 2020;
10. Posso morrer a qualquer momento, então não vale a pena investir.
Como eu queria ter começado a investir desde o meu nascimento, provavelmente hoje eu seria milionário, apesar de tantos fins do mundo. O plano Real continua muito ativo após 26 anos, o Bug do Milênio não passou de uma balela
, a Nasdaq continua a pleno vapor e com ganhos extraordinários [as techs movimentam nossas vidas, inclusive por esse livro que você acompanha], terroristas e lunáticos continuam pelo mundo cometendo suas aberrações, a imensa crise do subprime foi superada e os bancos continuam mais fortes do que nunca, o Presidente Donald Trump não destruiu o mundo [pelo contrário, concluiu vários acordos de paz entre as nações], USA e China continuam comercializando, Covid-19 é uma doença como todas as outras e, até então, ainda não morri. Aliás, se eu soubesse quando chegaria o meu fim terreno, não me importaria nem onde trabalharia, muito menos com dinheiro.
Os sistemas financeiros refletem os valores da sociedade
Ron Chernow
Robert Hagstrom descreve exatamente os acontecimentos vividos ao longo dos anos nos mercados financeiros, onde o humano desvia sua finalidade, tropeça nos hábitos psicológicos destrutivos e se perde momentaneamente a verdadeira atribuição de valor. O mercado se rende e sucumbi nele mesmo. A única maneira de interromper este looping malévolo, é estudando intimamente o caráter mental do indivíduo. Priorizando a essência do juízo de valor real da empresa.
FATOS HISTÓRICOS EM GRÁFICOS
Tentando resumir todos estes fatos citados graficamente no S&P500, Nasdaq e até B3:
PURAMENTE COMPORTAMENTAL
Historicamente, observa-se que, o curso da história é referenciado com crises domésticas [nacionais], entre nações mundiais [generalizadas]. Isso reflete sim o comportamento emocional de grande parte dos indivíduos que compõem os mercados: sejam investidores a curto, médio e longo prazo; instituições financeiras e especuladores de modo geral. Sempre devemos recordar que estes mercados, independentemente do local ou por mais automatizados que sejam, são compostos essencialmente por humanos com fragilidades explícitas, seja por questões financeiras, familiares, espirituais, profissionais, ideológicas, nacionais, políticas ou culturais. O mercado é um sistema extremamente democrático, onde a base psicológica e emocional do sujeito é constantemente testada com fundamentos clássicos em êxodos de massas. A tendência do ser humano é acompanhar o fluxo com medo de ficar para trás, sozinho, mesmo que a massa esteja em direção ao precipício.
É tranquilizador para o indivíduo errar com o coletivo. Isso dá a falsa sensação de que acertou
ao errar, como a maioria. Logo, ele não se sente punido por isso. Seu psicológico se sente confortável, apesar das perdas.
Mesmo conscientemente, o sujeito que atua no mercado sem o aprofundamento do conhecimento mental pessoal, tende a seguir o fluxo da manada baseado nas notícias e sentimentos coletivos.
O QUE OS ÍNDICES DIZEM?
Vivemos em um mundo caótico, incontrolável! Se não temos domínio sob as nossas próprias escolhas, porque insistimos com tamanha petulância em continuar tentando adivinhar o futuro dos mercados? Um contexto muito mais complexo, com infinitas variáveis e recheados de sentimentos [milhões de pessoas] à flor da pele. Cada uma com seu motivo perturbador.
Contudo, é nítido o