O cruel resgate de uma sombra
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Sobre este e-book
O que teria sido feito do garoto surfista da Zona Sul carioca? O que o teria feito largar sua boa vida e percorrer, junto a um improvável amigo, estradas de chão, matas fachadas, veios de rios e se embrenhar num mundo totalmente inóspito?
As descobertas ao longo dessa jornada, não só transformaram a história dos dois garotos, como também levaram Magda a rever toda sua vida.
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O cruel resgate de uma sombra - Malu Guilhermino
Um olhar cheio de pecados
Antes de também se afastar dos jornalistas para o reencontro com o guia no rio, Apanauan os levou até o interior de uma oca que ficava um pouco distante das demais. Era a "casa" de Wibugu, o cacique da tribo Waiucan. Quando finalmente Magda o viu pela primeira vez, ele estava sentado num canto onde, aparentemente – e para sua surpresa – lia alguma coisa. Um livro, talvez, pensou Magda, que começou a achar interessante aquela situação e já elaborava na cabeça como descreveria aquela cena: um índio seminu, numa oca, no meio da selva amazônica, lendo um livro. O conteúdo dele ela iria identificar mais tarde.
O lugar repetia a arquitetura das demais construções da aldeia. O telhado curvo era totalmente coberto por enormes folhas secas de palmeira, sustentadas por taquaras. Não possuía divisões internas, apenas uma entrada bem larga voltada para o sol, por onde a luz do dia a invadia com abundância. Por incrível que pareça, mesmo sem janelas, seu interior não era totalmente escuro. O cheiro do mato entrava sem cerimônia pelo recinto e deixava no ar uma sensação agradável de primavera ou de terra molhada pela chuva. Tudo era extremamente limpo. Dentro da oca havia apenas alguns troncos cuidadosamente cortados, que faziam as vezes de bancos e mesa (assim analisou, dentro do seu conceito burguês) e três ou quatro redes de cipós e lianas entrelaçadas, estendidas e presas por troncos fincados no chão de terra batida, deixando livre o vão central.
No início, apenas os quatro estavam no interior da oca. Quando o cacique se levantou, Magda viu que, assim como Apanauan, ele era também um homem forte e alto. Após deixar o livro sobre um daqueles troncos, o cacique caminhou na direção deles de um jeito amável, semelhante ao jeito do intérprete nativo. Com o objetivo de melhor expor a melindrosa missão que levava os dois jornalistas àquele lugar tão distante, Apanauan chegou até Wibugu e explicou, quase sussurrando, quem eram os dois visitantes. A Magda pareceu uma mera formalidade, ao pressentir que o cacique estava a par da chegada deles e o que tinham ido fazer naquele lugar. Magda entendeu. Afinal, Wibugu era um cacique e exigia certas formalidades inerentes ao cargo, antes de se encontrar com estranhos. E, ao contrário do que ela imaginava, assim como Apanauan, o cacique os cumprimentou num português claro e fluente:
— Então... você é a jornalista que quer conhecer a minha história?
Disse o cacique estendendo a mão para cumprimentá-la.
— Esta é minha intenção.
— Não sei se ela vale o seu esforço de vir até aqui ou mesmo se ela tem alguma importância...
— Na minha opinião sua história é, não só interessante, como possui passagens que muita gente não sabe – disse Magda tentando justificar sua presença na aldeia e evitar que ele desistisse da entrevista.
— Bom, então vamos lá – disse indicando um tronco para que ela se acomodasse.
Vendo que os dois já estavam se entendendo, Apinauam também os deixou, dizendo que iria se encontrar com Jurandir e voltaria quando ela terminasse a entrevista. Melhor sem intérprete– pensou Magd,a de imediato – o cacique fala nossa língua, sinal de que a entrevista transcorrerá sem dificuldades e logo terminarei o