Marina
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Marina - Cristina Froes
www.editoraviseu.com
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Marisa Monte
O sol chegava de mansinho na manhã fria de julho. Tão esperado julho, início do recesso escolar. Antigamente, diziam os mais velhos, eram trinta dias de férias, agora só um recesso. Uns quinze dias, só para repor as energias.
Marina andava no acostamento da estrada deserta, sem observar a beleza pálida do novo dia e sem prestar atenção ao cântico festivo dos pássaros que, mais parecia uma algazarra e de que ela tanto gostava.
Andava perdida em seus pensamentos. O passado, o presente e o futuro incerto misturados ao mesmo tempo. Indo, voltando sem ordem ou sequência em sua cabeça. Cabeça de menina. Menina com raiva. Pouca raiva, não. Estava com muita raiva. Caminhava resoluta. Já conhecia bem o caminho, poderia percorrê-lo até de olhos fechados. Desde que se entendia por gente, foi e voltou por esse caminho muitas vezes.
Antes era só uma estrada de terra que, na temporada de chuva, tornava-se uma verdadeira aventura no barro, atolando carros e fazendo gente não preparada escorregar e cair na lama vermelha. E nos dias secos, como aquele, uma poeira fina e rosa se levantava sempre que um carro passava. Era fácil saber quem havia usado o trecho de terra, carros e pessoas chegavam ao seu destino cobertos de poeira.
Nada que um bom banho não resolvesse, tanto para o barro quanto para a poeira. Quando se é criança tudo vira festa, nada é problema e, na maioria das vezes, tudo é diversão. O problema é que a gente cresce.
Marina estava indo para a casa de sua avó, Maria Rosa. Um pequeno sítio distante alguns quilômetros de sua cidade, Santa Rita do Abacate, no interior do estado de Minas Gerais. Uma das coisas que mais a intrigava era a origem dos nomes das cidades. Certa vez seu avô explicou a razão do nome da cidade. Santa Rita é nossa padroeira e aqui antigamente tinha pé de abacate por todo lado. Ela não havia ficado convencida nem um pouco. Era raro ver um pé de abacate na cidade. Onde eles foram parar? Era mais fácil a cidade se chamar Santa Rita do Ipê-amarelo. Na época da florada, era lindo de ver. Para todo lado que se olhava via-se um ipê florido.
Quem nasce em Santa Rita do Abacate como é chamado? Santa-ritense do abacatense? Coisa estranha.
Era uma cidade tão pequena que havia um projeto para anexá-la à cidade de Coronel Getúlio. Que estava em franca expansão, principalmente depois de ter sido escolhida para receber uma grande fábrica de automóveis multinacional em seu território. Na visão de Marina, Coronel Getúlio engoliria Santa Rita. Muitos na cidade pensavam como ela. Era só uma questão de tempo.
A casa da avó Rosa era para ela a continuação do quintal de sua própria casa. Todo o tempo livre de que dispunha havia sido passado lá.
Eram suas melhores lembranças.
Correndo de um lado para o outro com os primos, nadando no riacho, comendo fruta