O Julgamento de Nuremberga: A investigação de crimes contra a humanidade
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O Julgamento de Nuremberga - Quentin Convard
CONTEXTO
COMO JULGAR A GUERRA?
Desde a segunda metade do século XIX, o armamento tornou-se cada vez mais sofisticado e o exército profissional tem coexistido gradualmente com o exército conscrito, tornando cada vez mais difícil a distinção entre combatentes e civis. A fim de melhor regular a guerra e limitar os abusos, o direito internacional tentou legislar através de tratados que pontuaram a história criminal deste período. A Declaração de Paris de 1856, que regula o combate e o direito marítimo, e a Convenção de Genebra de 1864, que visava melhorar a sorte dos feridos no campo de batalha, faziam parte deste esforço. Para além destes, existiam dois textos fundamentais: as Convenções de Haia de 1899 e 1907, que definiam os direitos e costumes da guerra em terra, insistindo simultaneamente no desarmamento e na prevenção de conflitos.
Contudo, a Primeira Guerra Mundial (1914-1948) e o uso de gás asfixiante, a deportação de populações civis e a guerra submarina quebraram todos estes regulamentos. Embora não tenha sido instaurado qualquer processo judicial no final do conflito, surgiu uma reflexão para determinar as responsabilidades de cada nação. O Tratado de Versalhes de 1919 apontou o dedo a Guilherme II (Rei da Prússia e Imperador da Alemanha, 1859-1941), que foi considerado responsável pela eclosão de hostilidades na sequência da violação da neutralidade da Bélgica e do Luxemburgo. O primeiro-ministro britânico, David Lloyd George (1863-1945), chegou ao ponto de pedir o enforcamento do soberano alemão. Foi feito um pedido de extradição à Holanda para entregar o imperador para que este pudesse ser julgado. Além disso, um artigo do Tratado de Versalhes obriga o governo alemão a entregar às potências aliadas os acusados de terem violado as regras da guerra. Mas a Holanda recusou, e o pedido do Tratado de Versalhes não foi satisfeito. Contudo, o Tribunal do Reich, a mais alta autoridade legal do Império Alemão, foi autorizado a julgar os criminosos de guerra.
Iniciaram-se então os julgamentos de Leipzig, que ocuparam o tribunal de 1921 a 1922. Das 16 acusações, apenas uma resultou numa condenação, a do Tenente Ludwig Dithmar, responsável pelo torpedo de um navio hospital inglês, que foi condenado a quatro anos de prisão. Mas face aos horrores cometidos durante o conflito, os julgamentos foram vistos como uma farsa