Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Evolução Cega: ensaios de uma teoria (2ª Edição)
Evolução Cega: ensaios de uma teoria (2ª Edição)
Evolução Cega: ensaios de uma teoria (2ª Edição)
E-book181 páginas1 hora

Evolução Cega: ensaios de uma teoria (2ª Edição)

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Esta obra expõe uma nova ótica para produções de cunho intelectual. Qualquer área do conhecimento é também uma composição de fatos do dia a dia, de acontecimentos despretensiosos de um processo anterior... Experiências casuais que extrapolam conceitos técnicos e diretivas acadêmicas.

Seguindo preceitos não-lineares da Psicanálise e uma desordem proposital, os leitores irão perceber que as citações aparentemente complexas, de pensadores como Freud, Lacan e Derrida, basearam-se também em situações simples e corriqueiras.

Esses fragmentos utilizados como referência, "por vezes inconscientes, por vezes inconsequentes", que compõem a vida pregressa do autor, são expostos de maneira fluídica e inteligente, buscando associar passagens pessoais à sua pesquisa psicanalítica ainda em formação... Abertura do escopo de observação em diversas áreas do conhecimento. Narração juvenil como incentivo prematuro a novas descobertas.

("Acentuação de Portugal" – e ortografia tendo como referência o Anexo I do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa/1990, atualizado em dezembro de 2013).
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2023
ISBN9786553554153
Evolução Cega: ensaios de uma teoria (2ª Edição)

Relacionado a Evolução Cega

Ebooks relacionados

Psicologia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Evolução Cega

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Evolução Cega - Lurembergue Pereira

    capaExpedienteRostoCréditos

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    INTRODUÇÃO

    NIGHTCRAWLER

    PORTUGAL: A ORIGEM

    O QUINTO IMPÉRIO

    O CLÃ DAS FORMIGAS

    SOU READY MADE NATURAL, SEM VANITAS

    DISLECHIO

    HIPNOSE E SONHOS NO YOUTUBE

    INSTRUTOR DE TURBINAS

    QUEM INVENTOU O RÁDIO?

    PROJETO EUROPEU

    SARAMAGO E MEIRELLES: EVOLUCIONÁRIOS

    NEUROPLASTICIDADE, UM PRECEDENTE...

    DARE DEVIL, O HOMEM-SEM-MEDO

    MEMÓRIA NÃO-CONSCIENTE

    NEUROPLASTICIDADE COM ENFOQUE NO APRENDIZADO DE IDIOMAS (REGISTROS)

    43º REGISTO: EFEITO COLATERAL, APÓSLEITURA EM BRAILLE

    ANTES

    DEPOIS

    REFERÊNCIAS

    AÇÃO!

    PROPOSTA DE TESE DE DOUTORADO

    SOMBRIOS – LEGIÃO DE IMPERFEITOS

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    TODA PESQUISA TORNA-SE ALEATÓRIA E IRREGULAR; POIS SEGUE MOVIMENTOS POR VEZES INCONSCIENTES, POR VEZES INCONSEQUENTES.

    E COMO ORGANIZAR UM DISCURSO QUE NÃO PODE SER PROFERIDO?

    POR ENIGMAS E DESORDEM.

    INTRODUÇÃO

    É notável a evidência de os seres humanos, por mais que não possam viver em isolamento, considerarem opressivos os sacrifícios que lhes são exigidos pela cultura com o propósito de possibilitar uma vida em comum. (O futuro de uma ilusão, Sigmund Freud).

    NIGHTCRAWLER

    Em 1978, após retornar de Brasília, era um garoto com quase nove anos de idade. Saímos dos concretos planejados de nossa capital federal e do Plano Piloto geométrico, para o crescimento aleatório e periférico de uma megalópole. Bairro de Realengo, zona oeste carioca.

    Anos depois, fiz um trabalho na faculdade Blaise Pascal, sobre o livro la Cité de Dieu, de Paulo Lins (em francês 😣).

    Passagem:

    « Le pouvoir du bandit était revigoré, et il avait des plans pour devenir à nouveau le chef de la Cité de Dieu ; et pour cela il avait déjà prévu avec ses amis de Realengo d’organiser une attaque surprise [...] »

    O poder do bandido estava revigorado, e ele tinha planos para se transformar no novo chefe da Cidade de Deus; e para isto tinha previsto com seus amigos de REALENGO, de organizar um ataque surpresa [...]

    Em sua pesquisa oral, que deu origem ao filme homónimo Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, entre as décadas de 60/70/80, o bairro de Realengo estava inserido no circuito de violência urbana e crime organizado.

    Depois de quatro anos no Distrito Federal, entre 1973 e 1977, continuei a viver o meu faroeste caboclo, só que dessa vez no Rio de Janeiro. Lá passei um grande período de minha infância.

    Problemas à parte, foi ótimo! Futebol nas ruas de paralelepípedo; caçada às rãs para o almoço de domingo - hoje uma iguaria - encanamentos de água estourados, que originavam as piscinas ao ar livre; pipas ou papagaios; bolinhas de vidro, bolas de gude, berlindes. Um paraíso! Mas nada superava o carnaval suburbano. Blocos de rua, marchinhas, bate-bolas, fantasias. Era um verdadeiro show popular.

    - Dico (apelido de infância), vai aonde?

    - MMnnnnn.

    - Tire essa dentadura postiça, menino!

    - Vou brincar com os amigos, Mamãe.

    - Mas assim? Todo azul, cabelo desgrenhado, e essa cauda de diabo. Como fizeste isso? Está horrível, filho.

    - É o Nightcrawler, Mamãe.

    - Quem?!

    C:\Users\Lurembergue\Desktop\lur\livro\desenhos\Capa cortina sagrada volume 2.bmp

    Esse é o meu herói fictício de infância, Nightcrawler, menos conhecido como Noturno. E o seu grupo: os X-Men. Mutantes da Marvel, excluídos e marginalizados. Sim, enquanto os garotos de Realengo (segundo a crença popular, nome originário de Real Engo, nos idos de D. Pedro II) empunhavam o martelo de Thor, as teias do Homem-Aranha, e a capa do Batman; eu era o Demónio Azul, com sobras de tecidos da feira de domingo.

    Mas ainda assim me considerava um herói como eles.

    Kurt Wagner (seu nome de batismo) ainda não participava de animações televisivas. Era possível identificá-lo somente pelas revistas em quadrinhos, banda desenhada com personagens coloridos; o que dificultava a sua popularização. Azul-marinho, seis dedos alongados e cauda em forma de seta. O seu poder? O teletransporte, com um rastro de enxofre no ar. Nada atraente.

    Foi abandonado pelos pais, graças à sua anatomia medonha, e adotado por um monastério alemão. Ser demoníaco, extremamente religioso. Bela antítese..., mas quem se importa.

    - Quem é aquele? - Perguntou o Hulk, ao acariciar os músculos; e por que esse feioso verdolengo está com eles e eu não?

    - Esse é o Dico, da rua Piraquara - afirmou incrédulo Batman ao alinhar o seu cinto de utilidades.

    - Muita coragem dele usar aquilo - murmurou o Homem-Aranha.

    - Certamente é um vilão; ou ele pensa que é Dia das Bruxas - ironizou o Homem-de-Ferro.

    - Calma, rapazes. Vamos tirar isso a limpo - em tom de ordem, o Superman.

    Continuei estático, frente à horda de heróis em minha direção.

    - Que bicho é esse? - Círculo crematório em formação.

    - Nightcrawler.

    - Quem?!

    - Noturno, dos X-Men.

    - Nunca vi mais feio. Parece um demónio.

    O tom ameaçador dos justiceiros me causou mal-estar.

    - Espere um instante. Que cheiro horrível?!?

    Tentei amenizar a constrangedora situação, com uma anedota infantil. E infeliz.

    - O Noturno... Ele deixa um odor de enxofre quando desaparece - Sorriso nervoso, Nightcrawler.

    - Mas o diabinho ainda está por aqui. - Sorriso angular, verdolengo.

    E os heróis destruíram, impiedosos e furiosos, aquilo que eles não compreendiam.

    PORTUGAL: A ORIGEM

    "O que chamamos de ‘desconstrução’ obedece inegavelmente a uma exigência analítica, por vezes critica e analítica. A questão da divisibilidade é um dos mais poderosos instrumentos de formalização ao que chamamos de ‘desconstrução’. Se por hipótese absurda, exista uma única desconstrução, uma única tese de desconstrução, ela consideraria a divisibilidade: a diferença como divisibilidade." (Derrida, Lecteur de Freud e Lacan, René Major - França).

    Os laços culturais entre Brasil-Portugal, em mais de 500 anos de história, causaram marcas profundas ao país colonizado, e influências perenes ao país colonizador. Não obstante marcas e influências perderam a sua identidade e foram naturalmente aculturadas. Dentro desse processo de mutação, evolução e aculturação; uma variável manteve-se constante, presente, unindo Brasil e Portugal em uma só voz: o nosso idioma.

    Porém ele não é imutável, e as características intrínsecas do Português de Portugal e do Português do Brasil trazem delimitações marcantes, calcadas basicamente em pontos congruentes; tais como: circunstâncias históricas, aspectos regionais e evolução linguística.

    Podemos dizer que as circunstâncias históricas se apresentam como origem primaz à disseminação do idioma Português no Brasil; e como razão preponderante para diferenças acentuadas entre as respectivas escritas. Não podemos negar que também a oralidade no Brasil origina-se de Portugal. Isso é uma verdade indelével.

    Historicamente a colonização portuguesa, entre os anos de 1500 e 1822, permeou o nosso país com esse rico acento latino. Isso se deu principalmente porque os lusos, durante a colonização, possuíam o idioma e a força; enquanto o Brasil, os recursos naturais e uma certa dose de primitividade. O Linguista Max Weinreich diz: uma língua é um dialeto com exército e marinha. No descobrimento, fomos dominados por terra, por mar e as nossas expressões indígenas, descentralizadas e segmentadas. Infelizmente, não resistiram à potência do além-mar. O Tupi-guarani capitulou.

    Hoje a escrita portuguesa

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1