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Shadowrise. O amanhecer da escuridão: Shadowrise, #1
Shadowrise. O amanhecer da escuridão: Shadowrise, #1
Shadowrise. O amanhecer da escuridão: Shadowrise, #1
E-book200 páginas3 horas

Shadowrise. O amanhecer da escuridão: Shadowrise, #1

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Sobre este e-book

Alguma vez você já parou para pensar o quão profundamente dependemos da tecnologia e da eletricidade?

 

Você consegue imaginar o que aconteceria se, de repente, tudo parasse de funcionar?

Nosso mundo, a cada dia, a cada hora, a cada minuto, está profundamente entrelaçado com os fios invisíveis da tecnologia. Mas o que aconteceria se todos esses fios fossem abruptamente cortados? Estamos preparados para enfrentar um mundo mergulhado na escuridão, sem as facilidades e confortos aos quais estamos acostumados?

"Shadowrise: O Amanhecer das Trevas" é o primeiro livro de uma série que nos apresenta um cenário tão temível quanto fascinante. Uma cidade que antes transbordava de vida e luz, agora torna-se o palco de um blecaute sem precedentes. Kaelan, um jovem como qualquer outro, de repente se vê no centro dessa realidade apocalíptica, enfrentando um mundo que ele já não reconhece.

Desde os primeiros dias de confusão até os subsequentes de desespero, acompanhamos Kaelan e seus amigos enquanto eles navegam pelos desafios de um mundo onde as regras do passado já não se aplicam. Será que Kaelan conseguirá se adaptar e sobreviver neste novo mundo, ou o amanhecer das trevas será demais para ele?

 

"Shadowrise: O Amanhecer das Trevas" é um chamado para despertarmos nossa consciência, um grito de alerta sobre nossa crescente dependência da tecnologia e uma empolgante exploração do que realmente significa sobreviver. Junte-se a Kaelan e descubra como seria um mundo que de repente é despojado da tecnologia, mergulhado no desespero enquanto tudo o que é conhecido desmorona.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de ago. de 2023
ISBN9798223035848
Shadowrise. O amanhecer da escuridão: Shadowrise, #1

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    Pré-visualização do livro

    Shadowrise. O amanhecer da escuridão - M.K. Hallow

    Capítulo 1: Antes do Silêncio

    O brilho dourado da aurora passava pelas cortinas, tocando suavemente o rosto de Kaelan. Um novo dia havia começado e com ele, a rotina que tanto apreciava. Kaelan, um homem de 28 anos com um olhar enérgico, estava acostumado aos rigorosos desafios do dia a dia. Levantou-se da cama e foi ao banheiro para se arrumar. O banho matinal sempre era um momento de contemplação, uma pausa para refletir sobre as tarefas que o aguardavam. Depois de se limpar e sentir o frescor na pele, Kaelan se aprontou para enfrentar o dia. Vestiu sua roupa de trabalho, uma calça chino azul marinho e uma camisa branca xadrez em azul que destacava sua pele morena e seus olhos verdes. Olhou-se no espelho, satisfeito com sua aparência. Depois de se vestir, foi à cozinha. A luz do dia já havia preenchido o ambiente, trazendo uma sensação quente e acolhedora. Preparou um café da manhã rápido, mas nutritivo, sabendo da energia que precisaria para o dia. Uma xícara de café preto e um par de torradas com geleia de framboesa eram sua escolha habitual, acompanhadas de um copo de suco de laranja para começar o dia com vitaminas. Enquanto comia, um som familiar chamou sua atenção: as patinhas de seu cachorro no assoalho de madeira. Kaelan sorriu, seu dia não poderia começar sem cumprimentar seu fiel amigo.

    —Astron —chamou, e o som das patinhas se aproximando ficou mais intenso.

    Um belo exemplar branco, com pelo espesso e brilhante, entrou na cozinha. Astron era mais que um simples cão para Kaelan, era seu parceiro, amigo e confidente. Apesar de seu grande porte e aparência imponente, Astron era extremamente amigável e afetuoso. O intenso preto de seus olhos mostrava inteligência e lealdade que nunca deixavam de surpreender Kaelan. Suas orelhas, grandes e sempre eretas, davam ao pastor suíço uma nobreza inegável. Kaelan se abaixou e coçou atrás dessas enormes orelhas, sorrindo enquanto o cão se contorcia de prazer.

    —Bom dia, garoto —Kaelan saudou, recebendo um latido animado em resposta.

    As orelhas de Astron se moveram em resposta à sua voz, um gesto familiar que sempre conseguia arrancar um sorriso de Kaelan. Com seu café da manhã terminado e tendo cumprimentado Astron, Kaelan pegou sua pasta e se preparou para ir ao trabalho, pronto para enfrentar o dia que se anunciava.

    Depois de um breve e reconfortante momento com Astron, Kaelan se preparou para o dia de trabalho. Colocou sua gravata e seu paletó formal e pegou sua pasta. Cada gesto era um reflexo automático em sua rotina matinal. Ele saiu da casa que dividia com Yara, sua namorada, uma residência pitoresca em um bairro residencial tranquilo, habitado por famílias de classe média, com casas modestas, mas acolhedoras, e ruas limpas ladeadas por árvores e pequenos jardins. As crianças brincavam nas ruas, os vizinhos se cumprimentavam ao passar e havia um sentido de comunidade que Kaelan sempre valorizou.

    O caminho para o trabalho de Kaelan era uma viagem de carro moderadamente longa, mas agradável, por uma estrada principal, ladeada em alguns trechos por áreas verdes e pequenos parques. Ele sempre apreciava esses momentos de tranquilidade antes de mergulhar na agitação da cidade. O contraste entre seu pacato bairro residencial e a vibrante cidade sempre lhe parecia interessante. Logo que começou a viagem, discou o número de Yara em seu telefone, a tela brilhante refletida em seus óculos escuros. Yara estava em uma viagem de negócios em outra cidade. O som de sua voz, sempre cheia de alegria e carinho, era a melhor maneira de Kaelan começar o dia.

    —Estava pensando nas nossas próximas férias —começou Kaelan —Talvez possamos ir para as montanhas, como sempre planejamos. Aquele lugar que você sempre menciona, com as cabanas de madeira perto do lago.

    A conversa deles girava em torno dos planos para a próxima viagem, cheia de risadas e brincadeiras. Essa troca alegre e cheia de expectativa, contrastando com o dia de trabalho rotineiro que os esperava, era um pequeno oásis de felicidade para ambos, um lembrete das coisas boas que os aguardavam ao final de um dia de trabalho.

    O riso de Yara ainda ecoava em seus ouvidos quando Kaelan chegou ao seu local de trabalho. Estacionou o carro no estacionamento da empresa, um prédio de vidro e aço que se erguia majestosamente entre um conjunto de estruturas similares. A empresa em que trabalhava, chamada CyberGuard, oferecia serviços de cibersegurança para uma variedade de clientes, desde pequenas empresas até grandes corporações. Como engenheiro de informática, Kaelan possuía um sólido conhecimento técnico na área, mas seu verdadeiro talento brilhava no atendimento ao cliente. Fazendo parte da equipe de vendas e atendimento, sua tarefa era explicar as complexidades da cibersegurança de forma compreensível e atraente para os clientes. Seu carisma e simpatia natural eram fundamentais para seu sucesso nesse papel. Ele passou pelo saguão, cumprimentando a equipe de segurança e a recepcionista com um sorriso. Parou na cozinha do escritório para fazer um segundo café antes de ir para sua mesa. Seu espaço de trabalho estava limpo e organizado, com seu laptop, sua xícara de café e uma foto dele com Yara em uma excursão ao lago, emoldurada sobre a mesa. A foto era um lembrete diário do que ele mais valorizava. Sentou-se em sua cadeira e começou a revisar sua lista de tarefas para o dia. Ele tinha algumas reuniões agendadas com clientes atuais e em potencial, e alguns relatórios para redigir.

    Enquanto falava ao telefone com os clientes e digitava no computador, o dia de trabalho de Kaelan estava em pleno andamento e parecia ser apenas mais um dia normal. Estava em uma chamada com um de seus clientes mais antigos, um homem amigável que dirigia uma empresa de tecnologia próspera no centro da cidade. Eles estavam discutindo as últimas atualizações de segurança que a CyberGuard oferecia quando, de repente, todas as luzes se apagaram. A tela de seu computador ficou completamente preta, o telefone parou de transmitir a voz do cliente e o zumbido constante dos sistemas do escritório desapareceu em um silêncio perturbador. O murmúrio do escritório se transformou em um tumulto de exclamações surpresas e murmúrios confusos.

    —Outro blecaute —murmurou um de seus colegas de trabalho no escuro.

    Os blecautes não eram comuns, mas tinham ocorrido duas vezes nos últimos dois meses, cada um durando apenas 10 ou 15 minutos antes que a luz voltasse. Portanto, apesar da surpresa inicial, ninguém parecia muito preocupado. Todos assumiram que a luz voltaria em breve, como antes. Mas conforme os minutos passavam, uma realidade alarmante começou a se manifestar. Kaelan pegou seu celular, esperando ligar para seu cliente e se desculpar pela interrupção. Mas seu telefone, assim como seu computador, estava desligado, com a tela completamente escura. Tentou ligá-lo várias vezes, mas sem sucesso. Olhando em volta, viu seus colegas enfrentando o mesmo problema, parecia que nenhum celular estava funcionando. Apesar da escuridão, ele podia ver a confusão nos rostos de seus colegas. Não era apenas uma simples queda de energia, algo mais estava acontecendo, algo que nenhum deles entendia. A luz natural que entrava pelas janelas era a única iluminação no escritório. As sombras projetadas pelas mesas e as silhuetas de seus colegas criavam uma atmosfera tensa. Todos se perguntavam: o que está acontecendo? Mas ninguém tinha uma resposta. E sem tecnologia para pesquisar na internet ou contatar alguém fora do escritório, estavam presos em sua perplexidade. O desconfortável silêncio que havia tomado conta do escritório foi interrompido por sons vindos de fora. A princípio, eram apenas murmúrios distantes, mas gradualmente se intensificaram até se tornarem gritos e discussões. Kaelan aproximou-se de uma das janelas, tentando ver o que acontecia na rua. Via-se pessoas confusas e agitadas, carros parados no meio da rua e semáforos desligados. Parecia que o apagão havia se espalhado além de seu edifício, afetando toda a cidade. As consequências da súbita perda de eletricidade tornavam-se evidentes no caos que se desenrolava nas ruas. O chefe do escritório, um homem mais velho de cabelos grisalhos, interrompeu a confusão interna.

    —Todos podem ir para casa —anunciou, sua voz calma lutando para se destacar entre os murmúrios —Não podemos fazer nada até que a energia volte... se é que voltará.

    A última parte de sua declaração foi dita em um sussurro. Mas Kaelan ouviu e sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Algo estava muito errado, e seu desconforto só aumentava.

    O escritório começou a esvaziar lentamente. Os elevadores não estavam funcionando, então todos tiveram que usar as escadas. Descendo, a gravidade da situação tornava-se cada vez mais clara. A falta de luz nos corredores, o eco de seus passos nas escadas vazias, as sombras que pairavam em cada canto... Era como se estivessem descendo para a incerteza, e Kaelan não parava de se perguntar o que encontrariam quando finalmente saíssem.

    Quando Kaelan finalmente saiu do prédio, a cena que viu foi ainda mais caótica do que imaginara. Os carros estavam espalhados pela rua em ângulos estranhos, abandonados onde pararam de funcionar. As pessoas discutiam entre si, algumas com sinais visíveis de terem sofrido acidentes. O mar de vozes confusas formava um som de fundo perturbador. Aqueles que trabalhavam nos outros edifícios e lojas também estavam do lado de fora, assim como Kaelan e seus colegas. Seus rostos confusos e desconcertados refletiam a incerteza que todos sentiam. A normalidade com a qual o dia começou havia desaparecido, substituída por um ambiente de desconcerto e medo. Kaelan se aproximou de uma mulher que estava perto, uma mãe com seu filho pequeno pela mão. Ele perguntou se ela sabia o que estava acontecendo. A mulher balançou a cabeça, seus olhos assustados.

    —Não sei, os carros simplesmente pararam —disse ela. —Os semáforos também. É por isso que houve tantos acidentes.

    As palavras da mulher ecoaram em Kaelan, confirmando seus piores medos. Não era apenas o seu escritório, talvez a cidade inteira, e quem sabe o quanto mais estavam vivenciando a mesma perda de energia e tecnologia. Ele olhou para seus colegas de trabalho, seus rostos mostrando a mesma surpresa e confusão que ele sentia. Apenas algumas horas após o início do dia, todos estavam do lado de fora do prédio, cada um tentando processar a estranha realidade que os envolvia. Perguntas passavam por sua mente em turbilhão. O que exatamente estava acontecendo? Era apenas sua cidade que estava afetada ou isso estava ocorrendo além de seus limites? Seria algo temporário ou as coisas estavam mudando de uma maneira mais profunda e permanente? Ninguém tinha respostas, apenas um crescente sentimento de inquietação. O dia começou como qualquer outro, mas agora, estavam à beira de um precipício de incerteza, olhando para o abismo do desconhecido.

    Capítulo 2: O retorno para casa

    No meio da confusão e do caos que se desenrolava ao seu redor, Kaelan sentiu uma onda de pânico misturada com determinação. Decidiu que sua melhor opção era tentar voltar para casa. Com um senso de urgência latente e o coração batendo forte no peito, ele fez seu caminho através da multidão e dirigiu-se ao estacionamento do edifício onde havia deixado seu carro aquela mesma manhã. Ao se aproximar, tentou desativar o alarme com o controle remoto, esperando ouvir o familiar som de desativação. Mas não houve resposta, o carro não emitiu o som de desativação. Ele franziu a testa, um sentimento desconcertante de que algo estava muito errado começou a se insinuar em sua mente. Sem outra opção, ele usou a chave e abriu a porta do seu carro manualmente, sentindo a estranheza deste simples ato. Os rostos confusos de seus colegas de trabalho o observavam enquanto ele tentava, em vão, ligar o motor do carro. Sua frustração aumentou quando o silêncio que se seguiu foi tão desanimador quanto definitivo. Não havia o ronco usual do motor, nem mesmo uma fraca tentativa de partida. Em vez disso, havia apenas um vazio silencioso, um eco do que deveria ter sido. A incompreensão e preocupação começaram a se acumular em seu estômago. Seu carro, assim como toda a tecnologia ao seu redor, simplesmente não respondia. Um rápido olhar ao redor confirmou que ele não era o único enfrentando este problema. Alguns de seus colegas de trabalho chegaram ao estacionamento e também tentavam, sem sucesso, ligar seus próprios carros. Suas expressões frustradas e confusas refletiam a mesma incredulidade e medo que Kaelan sentia. Em pouco tempo, o estacionamento se transformou em uma cena de tentativas fracassadas de fuga, um claro testemunho de que a situação estava fora de controle. A normalidade do dia a dia havia desmoronado, deixando uma sensação de impotência que ecoava em todos os presentes. Kaelan ficou parado ao lado de seu carro imóvel, sua mente tentando assimilar a nova realidade, enquanto uma sombra de incerteza pairava sobre ele e seus colegas.

    A realidade da situação se estabeleceu em Kaelan com um peso inegável. Com seu carro inutilizável e sem outra opção viável de transporte à vista, ele não tinha escolha senão iniciar a longa caminhada de volta para casa. Não era uma tarefa fácil, sua casa estava a uma distância considerável e, embora em um dia normal a viagem de carro fosse rápida, a pé era uma história diferente. Apesar de tudo, Kaelan decidiu enfrentá-lo com otimismo. O sol da manhã ainda estava alto no céu, o dia estava claro, e tinha uma oportunidade única de explorar a cidade de uma forma que nunca antes tinha feito. E mais, se se apressasse, poderia chegar em casa a tempo de almoçar. Assim, com um pouco de resignação, Kaelan se despediu de seus colegas de trabalho. Seus rostos refletiam uma variedade de emoções, do medo e incerteza até uma tênue esperança de que tudo isso pudesse ser apenas um contratempo passageiro. Com uma última olhada em seu carro inutilizado, Kaelan se aventurou nas ruas, preparado para a longa caminhada que tinha pela frente.

    Kaelan sempre considerou sua cidade um lugar seguro e tranquilo. Apesar do seu tamanho médio, havia conseguido manter uma atmosfera de comunidade pacífica. Os bairros pelos quais ele ia caminhar eram familiares para ele, tendo percorrido estas ruas inúmeras vezes, mas sempre do conforto do seu carro. Agora, a familiaridade tinha se tornado estranha e ameaçadora. Na superfície, nada havia mudado. Os edifícios ainda estavam de pé, as ruas estavam limpas, e as pessoas tentavam continuar com sua rotina diária. No entanto, à medida que avançava, os efeitos do apagão se tornavam cada vez mais evidentes, e uma inquietação crescia em seu peito. Os semáforos, normalmente piscando com luzes vermelhas, amarelas e verdes, estavam apagados. As lojas e restaurantes estavam anormalmente silenciosos, com seus letreiros apagados e portas fechadas. Kaelan podia sentir uma tensão palpável no ar que enchia as ruas. Mas o que mais o impactava eram os carros. Ao longo de sua jornada, se deparou com várias cenas de acidentes de trânsito. Carros que tinham batido em postes de luz, outros contra árvores, e alguns em colisões diretas entre eles. As pessoas pareciam andar como se estivessem em estado de choque, falando em voz baixa e olhando com rostos preocupados para seus telefones inúteis. Cada cena que passava deixava uma marca em sua alma, e o ar parecia carregado com uma mistura de medo e desespero. Embora Kaelan tentasse manter seu otimismo inicial, o crescente sentimento de desconforto era difícil de ignorar. Não era apenas a

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