O Milagre de Coffeeville - E outras lendas de Natal
De Darrell Case
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Sobre este e-book
Se for como eu, adora a época natalícia. A atmosfera festiva, a árvore, os presentes, os festejos, as canções. As pessoas parecem mais cordiais umas com as outras. Há reuniões com familiares e amigos. No entanto, há também um perigo. Por vezes ficamos tão envolvidos na celebração que nos esquecemos do verdadeiro significado do Natal. Que Cristo veio para nos conceder a vida eterna. De que o bebé na manjedoura foi somente um prelúdio do Salvador na cruz.
Espero que este pequeno livro o ajude a recapturar a alegria desta época. Que Deus o abençoe e que tenha um ótimo Natal.
Darrell Case
Darrell Case grew up during a time when neighbors were respected friends and family was loved and cherished. From an early age his imagination ran wild. He roamed the pastures and fields as an explorer and built cabins out of 10-gallon milk cans and old sheets of tin. He played alone without being lonely. Never an “A” student, Darrell perfected the art of hiding a novel behind a textbook. While his classmates labored over equations, Darrell sailed the seven seas, climbed mountains and fought in foreign wars, all within the confines of the hot, stifling classroom. In high school, his favorite room (yes, he did make it that far) was the library. There he devoured such books as Big Red and Lad of Sunnybrook, among others. To Darrell, an author’s ability to transport his or her reader to another time and place made them larger than life. After high school, Darrell embarked on the lofty career of mowing graveyards. Spending hours alone, he dreamed of what life would hold for him. In 1994 he decided to try his hand at writing. As with most budding authors, Darrell didn’t know how to write. Despite his talent as a vivid storyteller, his lack of attention in school left him with a lot to learn about the technicalities of English usage. Published in 1996, his revised version of Never Ending Spring was one of the first eBooks. An earlier version of it sold six copies. That same year Darrell began writing for a daily devotional titled “Call to Glory.” Today that publication has grown to the point where it’s considered the standard of daily devotions. According to its website, “Call to Glory” prints and distributes well over 30,000 copies per month. Darrell’s time continues to be divided between jail and prison ministry and writing.
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O Milagre de Coffeeville - E outras lendas de Natal - Darrell Case
O Milagre de Coffeeville
E outras lendas de Natal
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Darrell Case
Provérbios 11:30
Leaning Tree Christian Publishers
Post Office Box 6124
Terre Haute, IN 47802
Se for como eu, adora a época natalícia. A atmosfera festiva, a árvore, os presentes, os festejos, as canções. As pessoas parecem mais cordiais umas com as outras. Há reuniões com familiares e amigos. No entanto, há também um perigo. Por vezes ficamos tão envolvidos na celebração que nos esquecemos do verdadeiro significado do Natal. Que Cristo veio para nos conceder a vida eterna. De que o bebé na manjedoura foi somente um prelúdio do Salvador na cruz.
Espero que este pequeno livro o ajude a recapturar a alegria desta época. Que Deus o abençoe e que tenha um ótimo Natal.
Do mesmo autor:
Viva a Vida ao Máximo
Saindo da Escuridão
Primavera Interminável
Pessoas
Rio de Fogo
Justiça Mortal
O Milagre de Coffeeville
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Printed in the United States of America
ISBN: 978-1502402332
––––––––
Saiba mais em:
www.darrellcase.com
Para aqueles que sacrificam o seu próprio conforto
e recursos para tornar especial
o Natal de outros.
Conteúdo
Poeira de Anjo
Uma Reunião de Anjos
O Espelho do Natal
Milagre em Coffeeville
Anjos de Neve
Música da Noite
Maçãs de Ouro
AGRADECIMENTOS
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Cada livro é produzido por pessoas que emprestam o seu tempo e energia para que o mesmo se torne real. Os autores trabalham sozinhos para trazerem as suas histórias para a luz do dia. Asseguram-se de que os diálogos e ações das personagens são credíveis, escrevendo e reescrevendo, polindo até que o livro esteja completo.
Mas quando está terminado é que começa o trabalho a sério. Edição, provas e mais reescrita. A capa certa, que tornará o livro apresentável, impressão a tinta ou eletrónico. Marketing, entrevistas concedidas pelo autor, boas e más críticas dos leitores.
Sem cada um destes passos este livro ou qualquer outro jamais seria impresso. A cada um dos que fizeram parte deste processo, digo um sincero obrigado.
Poeira de Anjo
A escuridão da Sala de Triagem ecoava na dor que Jeff Marlow sentia no coração. Trabalhava sozinho, o barulho da máquina ressoava nas paredes. Os outros tinham ido para casa há horas. Era como devia ser; afinal de contas, todos eles tinham família. Um marido ou esposa estava à sua espera com um beijo e abraço de boas-vindas. As crianças estariam a dançar em volta da árvore repleta de luzinhas coloridas, ansiosos pela manhã seguinte.
Talvez os seus pais cedessem, como ele tinha feito há muitos anos atrás. Cada menino e menina podia escolher um presente para abrir na Véspera de Natal. Fechou os olhos; quase conseguia ouvir os guinchinhos de alegria.
Jeff despejou outro saco de correio na classificadora. Enquanto a máquina trabalhava, deixou a mente vaguear. Depois de lhe dar um beijo de despedida, Barbie sorriu ao ver a pequena Joy beijar o pai e entregou-lhe um lenço para limpar os restos de manteiga de amendoim e geleia que ficaram no rosto. Como ele desejava esse lenço agora. Tinha procurado pelas ruínas, mas apenas tinha encontrado cinzas.
Adoro-te, papá
disse ela, abraçando-o.
Sussurrando na orelha dela, disse:
Também te adoro, Princesa Joy
.
Quando chegares a casa já vai ser Natal, não vai?
Sim, minha querida.
Elas ecoavam na sua mente, as últimas palavras que dissera à sua maravilhosa filha.
Mais um beijo de cada uma e tinha-se posto a caminho. O seu último relance da mulher e da filha nesta vida fora através do espelho retrovisor. Viu-as de pé no alpendre a acenar, com os casacos a protegerem os seus corpos trementes.
Ao virar a esquina, elas desapareceram da sua vida para sempre. Após cinco quarteirões, quando estava parado no trânsito de final de tarde, ouviu a explosão. A conduta de gás mal instalada por alguns funcionários que estavam com pressa de ir para casa para passar o Natal explodiu às 17:49h. A explosão partiu janelas até à Rua Kiddle. A bola de fogo atingiu uma altura de 75 metros, levando consigo todos os sonhos e esperanças de Jeff. Abandonou o carro na lentidão do tráfego e correu os cinco quarteirões, rezando a cada novo passo.
Por favor, meu Deus, que não tenham sido elas, que não tenham sido elas.
Mas ele já o sabia. A casa onde vivia e amava não passava de uma pilha de lixo fumegante. A explosão fez um buraco de três metros no chão. Nunca chegaram a encontrar os corpos delas. Jeff gostava de acreditar que Deus as tinha levado antes de a casa explodir.
E morreu naquela noite. Oh, o corpo dele vivia, ou melhor, existia. No entanto, não existia qualquer felicidade ou alegria para ele.
Pensou que já não tinha mais lágrimas. Mas ainda assim elas apareciam. O seu coração estava seco como um deserto, mas ainda assim as lágrimas rolavam-lhe pela cara. Quarenta e cinco. Porque é que ele tinha vivido tanto? Seis longos anos. Seis anos que pareceram uma eternidade.
Na casa de banho, molhou a cara com água fria e olhou-se no espelho. A sua cara era demasiado longa para ser considerada bonita. Os olhos demasiado próximos e a boca demasiado larga. O constante levantar de encomendas e sacos de correio mantinham-no magro. Não se sentia atraído por mulheres. Não via nelas nada que lhe pudesse interessar. Com isso vivia bem. A única mulher que queria era Barbie, mas ela estava morta há seis anos. Secou a cara, pestanejando através das lágrimas que ameaçavam regressar. Suspirou. Quando é que acabava? Quando é que deixava de doer?
Na doca, carregou os últimos cinco sacos de correio. E gemeu. O pensamento de regressar ao apartamento vazio no terceiro andar fê-lo andar mais devagar. Todas as manhãs de Natal tirava os presentes que tinha escondido no carro, um colar de diamantes para a Barbie e uma boneca para a Joy. Colocava-os em cima da mesa e tocava-lhes. Na sua mente, estava a oferece-los à sua querida esposa e à filha. Via a excitação nos seus rostos. Sentia o beijo de Barb na sua face. Ouvia o riso de Joy. Depois, secava as lágrimas e guardava os presentes durante mais um ano.
No segundo ano após a morte da Barbie, os amigos começaram a convidá-lo para ir às suas casas. Recusou sempre, conhecedor das intenções deles. Inevitavelmente, haveria sempre uma mulher solteira que tinha sido convidada para fazer par com o solitário distribuidor de correio. Alguns disseram-lhe cara a cara que deveria esquecer Barbie. E que conheciam a mulher perfeita. Uma irmã, uma amiga ou alguém que tinham conhecido no supermercado. Finalmente, mesmo os resistentes tinham desistido. À medida que os anos passavam, Jeff tornou-se mais e mais distante. Por fim, ficou sozinho. Não se