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Rumo ao desconhecido: expectativas de egressos de Administração e de gestores no ambiente corporativo
Rumo ao desconhecido: expectativas de egressos de Administração e de gestores no ambiente corporativo
Rumo ao desconhecido: expectativas de egressos de Administração e de gestores no ambiente corporativo
E-book206 páginas2 horas

Rumo ao desconhecido: expectativas de egressos de Administração e de gestores no ambiente corporativo

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Sobre este e-book

O livro do Professor Ademir Baldon trata com objetividade e simplicidade um tema sempre importante e, mais do que nunca, atual, quer seja, das expectativas de jovens recém-formados – no caso, em Administração – no início de suas carreiras no mundo corporativo. Em contrapartida, investiga também, por meio de pesquisa qualitativa, as expectativas dos gestores em relação a esses jovens profissionais, nas empresas em que atuam (ou atuavam, à época da pesquisa). Para embasar suas conclusões acerca dos resultados apresentados, o professor Baldon passa brevemente por alguns conceitos teóricos, colocando relevância no recorte geracional, considerando-o fundamental para melhor compreender as diferenças entre as expectativas de ambos os perfis.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de set. de 2023
ISBN9786525289366
Rumo ao desconhecido: expectativas de egressos de Administração e de gestores no ambiente corporativo

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    Rumo ao desconhecido - Ademir Baldon

    capaExpedienteRostoCréditos

    A Márcia, Lucas e Matheus

    AGRADECIMENTOS

    Este livro foi concebido a partir da defesa de minha dissertação para obtenção do título de Mestre em Educação no Centro Universitário Salesiano de São Paulo, em Americana-SP, em 2018, motivado pelo cumprimento daquele rol que dizem ser bom um homem realizar na vida: ter filhos, plantar uma árvore, escrever um livro. Então estou cumprindo a terceira tarefa.

    Muitos concorreram para sua realização. Em primeiro lugar, agradeço a Deus pelo dom da vida, saúde, coragem e inteligência para enfrentar mais este desafio;

    A meu orientador, Prof. Dr. Antonio Carlos Miranda, pela confiança, pelo apoio e pela paciência no desenvolvimento deste trabalho, mas principalmente pela forma simples, amiga e serena de se relacionar com os seus alunos;

    A todos os professores que fizeram parte deste programa de mestrado e que colaboraram com o meu projeto, Prof. Dr. Renato Kraide Soffner, Profa. Dra. Renata Siero Fernandes, Prof. Dr. Francisco Evangelista, Profa. Dra. Fabiana Rodrigues de Sousa e Prof. Dr. Severino Antonio Moreira Barbosa;

    Ao Prof. Dr. Álvaro José Pereira Braga, pela sua importante contribuição na banca de qualificação e de defesa;

    À amiga Vaníria, auxiliar de curso, e a todos os funcionários do Centro Unisal do Campus Maria Auxiliadora, em Americana, com quem tive o prazer de conviver, e que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste estudo;

    A todos os colegas de mestrado com que me relacionei durante este período, pelo incentivo e principalmente pelo compartilhamento do conhecimento;

    Um agradecimento muito especial aos meus pais, Geraldo Baldon e Benedita Pacola Baldon, já falecidos, que mesmo em meio a uma vida extremamente simples, sempre acreditaram que somente com o estudo e através dele seria possível mudar uma realidade de vida;

    E de uma forma muito carinhosa, agradeço à minha esposa Marcia e a meus filhos Lucas e Matheus por serem meus grandes incentivadores e administrarem com sabedoria minhas ausências na família.

    No mundo dos negócios, todos são pagos em duas moedas: em dinheiro e em experiência. Agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois. (Harold Geneen, empresário estadunidense)

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    APRESENTAÇÃO

    A dissertação de mestrado base para este livro teve dois objetivos centrais. Primeiro, tentar entender a percepção de egressos do curso de Administração quanto à aplicação do conteúdo acadêmico aprendido em sua formação no seu dia-a-dia laboral e, em segunda instância, a existência de lacunas entre o perfil desses egressos e o esperado pelas empresas em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico, no âmbito de uma nova sociedade informacional e tecnológica. Por óbvio, é um tema extenso que um único livro ou pesquisa é incapaz de esgotar.

    Estudiosos das ciências humanas, entre eles os da área de administração, além dos próprios atores do mundo corporativo, vivem hoje a chamada Revolução Científico-Tecnológica Internacional (RCTI), representando o que seria uma quarta revolução nos modos de produção e de administração de negócios das últimas décadas, caracterizada pelos impactos da tecnologia e da automação em praticamente todas as áreas da vida.

    Para se ter uma ideia, na esfera do trabalho, essa revolução exigiria, além das capacitações técnicas, não menos que as seguintes qualificações e habilidades dos trabalhadores nesse novo mundo corporativo, cada vez mais dinâmico:

    ✓ Conhecimento técnico robusto sobre a área de atuação, aliado a uma visão geral do negócio

    ✓ Capacidade de liderança, aliada à habilidade de trabalhar em equipe

    ✓ Disposição em dividir conhecimento com a equipe, com os colegas

    ✓ Flexibilidade de horários de trabalho e adaptação a novas formas de remuneração e recompensa pelo trabalho

    ✓ Preparação para enfrentar cenários imprevisíveis e/ou de crise, disposição em enfrentar desafios constantes com resiliência

    ✓ Adaptação a incertezas

    ✓ Conhecimento crescente sobre novas tecnologias

    ✓ E, não menos, investimento contínuo em formação, entre outros.

    Nesse sentido, pode-se imaginar o investimento profissional e pessoal para o alcance de tais expectativas, certamente ainda mais desafiadoras para jovens recém-formados.

    Por isso, se queremos compreender como essas exigências estão presentes nas empresas e, mais importante, quais são as lacunas existentes entre elas e o perfil dos recém-formados, é importante conhecer um pouco melhor esses egressos e as expectativas dos empregadores e gestores. Com a contribuição de ex-alunos de Administração e de gestores, foi realizada uma pesquisa investigatória que resultou nesse trabalho, a partir da dissertação de mestrado Um estudo sobre gerações, egressos e suas expectativas no ambiente corporativo (2018).

    Por meio da referida pesquisa, verificou-se as expectativas dos jovens egressos de uma instituição de ensino superior da Região Metropolitana de Campinas como jovens profissionais, em ascender profissionalmente na empresa, além de identificar, junto a gestores de cinco empresas escolhidas, as exigências relativas a esses jovens e recém-colaboradores, o que os gestores empresariais esperam deles e, finalmente, comparar as percepções e expectativas dos dois perfis, egressos e gestores. Com este livro, pretende-se colaborar para o debate sobre a relação entre as expectativas dos egressos e a dos gestores que os recebem. Do ponto de vista teórico, a partir de variada pesquisa bibliográfica, Peter Senge é um dos autores, entre outros, que contribui para entender teoricamente esse aspecto.

    Segundo Senge (1990), o processo de aprendizagem nos cursos superiores de Administração é de extrema importância para a composição do perfil esperado pelas empresas, colocando em evidência a formação acadêmica desses egressos. Para se alcançar melhores desempenhos profissionais fazem-se necessários alguns ajustes em relação à grade curricular na composição e relação entre as disciplinas teóricas e práticas, entre as básicas e as específicas, o que aponta, entre outros, para a necessidade de melhorar os aspectos curriculares e discentes, considerando o perfil profissional demandado no ambiente corporativo.

    PREFÁCIO

    Toda mudança implica novos desafios. Mas isso não quer dizer que velhos desafios não permaneçam, convivendo com os novos.

    Tendo isso em mente, o Professor Ademir Baldon aborda tema da maior relevância, não apenas para o mundo corporativo, mas também para o acadêmico, já que há uma sinergia natural entre os dois mundos.

    O olhar do Professor Baldon volta-se para os egressos do curso de Administração, isto é, dos recém-formados no mundo do trabalho, os primeiros anos de carreira, os desafios e anseios desses jovens profissionais diante da profissão em que se formaram.

    Não bastassem os velhos desafios, relativos ao aprendizado de novas e inúmeras funções e da capacidade de desenvolvê-las de maneira satisfatória, isto é, de maneira a manterem os cargos pleiteados e, posteriormente, ascenderem na carreira, soma-se ainda a ansiedade intrínseca a essa fase da vida.

    Entretanto, não para por aí. Sendo as contínuas mudanças e inovações intrínsecas à vida em sociedade e, especialmente, ao ambiente corporativo, temos esses jovens egressos diante de uma nova realidade, a da sociedade informacional (tão bem analisada pelo sociólogo Manuel Castells), em que a mudança contínua se dá por novas ferramentas e sob novos conceitos, alterando substancialmente os modos de produção e, por conseguinte, também as expectativas das empresas quanto aos jovens profissionais.

    Nesse sentido, o trabalho do Professor Ademir Baldon ganha relevância bastante atual, servindo para vários questionamentos sobre o velho e o novo mundo corporativo, e como os jovens profissionais de Administração estão nele inseridos.

    Alessandra Olivato

    Mestre em Sociologia

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    CAP. 1. UM NOVO MUNDO

    CAP. 2. JUVENTUDE E GERAÇÕES

    CAP. 3. EGRESSOS E GESTORES

    CAP. 4 NOVO MUNDO, NOVOS DESAFIOS

    REFERÊNCIAS

    GLOSSÁRIO

    APÊNDICE A QUESTIONÁRIO EGRESSOS

    APÊNDICE B QUESTIONÁRIO GESTORES

    APÊNDICE C EGRESSO 1

    APÊNDICE D EGRESSO 2

    APÊNDICE E EGRESSO 3

    APÊNDICE F EGRESSO 4

    APÊNDICE G EGRESSO 5

    APÊNDICE H G1 GESTOR 1

    APÊNDICE I G2 GESTOR 2

    APÊNDICE J G3 GESTOR 3

    APÊNDICE K G4 GESTOR 4

    APÊNDICE L G5 GESTOR 5

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    CAP. 1. UM NOVO MUNDO

    Há décadas as novas tecnologias invadiram as empresas e reconfiguraram o mercado de trabalho. Nesse contexto, podemos perceber a vulnerabilidade das economias mundiais frente à globalização e às mudanças que ocorrem a cada dia, mudanças que afetam diretamente os postos de trabalho e que mostram o quanto estamos vulneráveis ao que acontece, muitas vezes, do outro lado do mundo, e que se refletem certamente na vida dos profissionais e em seu ambiente corporativo.

    Dentro desse contexto, surge uma preocupação. Como os jovens recém-formados – os chamados egressos - podem lidar não apenas com o desafio da sobrevivência como com a ansiedade pelo desenvolvimento profissional e, ainda, pela ascensão profissional, tão cobrada atualmente, diante das inevitáveis frustrações proporcionadas pela dinâmica do mundo corporativo globalizado e cada vez mais dinâmico? O que estão fazendo os gestores desses egressos para lidar com os ânimos e impulsos dos mesmos no ambiente corporativo?

    Essas indagações emergem na medida em que, na prática profissional, nos deparamos com jovens profissionais recém-formados (os egressos) que, supostamente preparados, não conseguem alcançar a tão desejada ascensão no ambiente corporativo, ao menos não no tempo em que anseiam. Afinal, supõe-se que tais jovens saíram de uma universidade que deveria qualificá-los e prepará-los para as tecnologias de ponta, para as novas tendências de mercado e novas relações de trabalho, e que diariamente buscam ingressar nas corporações e alcançar uma ascensão rápida e até imediata na carreira profissional.

    É comum observarmos ou convivermos com jovens cheios de vontade de desafiar o mundo corporativo com atividades empreendedoras, com posturas proativas e com flexibilidade e dinamismo para as novas exigências. Ao mesmo tempo, porém, encontramos jovens desanimados e com postura de perdedores, sem nem mesmo terem iniciado as suas buscas profissionais de forma adequada, sem terem tido experiências suficientes de sucesso ou fracasso que componham sua trajetória rumo ao sucesso.

    Nossa tese é de que há uma grande angústia nessa passagem da vida acadêmica para a vida profissional e de que esse é um dos desafios relevantes para o mundo corporativo atual. Então, é possível mudar esse contexto? De que forma o egresso pode se utilizar dos conhecimentos teóricos apreendidos na universidade, no trabalho, no ambiente corporativo face às possíveis lacunas existentes entre o seu perfil, entregue pelas instituições de ensino e o perfil esperado pelas empresas? Será este um papel da universidade ou dos profissionais que atuam como gestores desses recém-formados? Ou será papel dos jovens frente ao caminho de desenvolvimento profissional e conquistas de longo prazo das realizações profissionais? Como enfrentar todos esses desafios? Como se colocar frente a esse mercado cada vez mais competitivo, especializado e dinâmico?

    Tal contexto motiva a busca de alternativas para entender o que realmente está acontecendo no ambiente corporativo especificamente com colaboradores recém-formados e, em outra instância, propor alternativas para melhorar esse panorama. Nessa pesquisa, pretendemos entender como os egressos se sentem na busca pela realização e pela ascensão profissional, e se conseguem ou não aplicar os conhecimentos da academia no seu ambiente de trabalho – e por quê. Além disso, por que surge uma lacuna entre o perfil do egresso construído pelas instituições de ensino e o que as empresas esperam receber. Que fatores são esses que facilitam ou dificultam a velocidade dessa ascensão profissional? Mas, será ela possível?

    Assim, esse livro pretende apresentar alguns fatores percebidos na trajetória de inserção profissional de egressos no mercado de trabalho a partir de entrevistas com egressos e gestores em empresas na Região Metropolitana de Campinas. Afinal, o crescimento profissional rápido, precoce, desordenado e mal orientado pode vir a se transformar em um grande trauma na vida do jovem profissional, carregando isso pela vida afora.

    A modernidade significa muitas coisas, e sua chegada e avanços podem ser aferidos utilizando-se muitos marcadores diferentes. Uma característica da vida moderna e de seu moderno contexto se impõe, no entanto, talvez como a diferença que faz a diferença; como o atributo crucial que todas as demais características seguem. Esse atributo é a relação cambiante entre espaço e tempo. A modernidade começa quando o espaço e o tempo são separados da prática da vida e entre si, e assim podem ser teorizados como categorias distintas e mutuamente independentes da estratégia e da ação. (BAUMAN, 2000, p. 15).

    A fim de contextualizar a trajetória do egresso, é interessante passar pela constituição das instituições de ensino superior no Brasil, a definição de informação e conhecimento, mesmo sobre a juventude, a aprendizagem no ambiente corporativo – e o contexto dos egressos no mundo corporativo.

    *

    Atualmente, o ambiente corporativo exige uma desenvoltura profissional dos colaboradores que lhes impõem um cenário de busca incessante por desenvolvimento e atualização profissional. Entretanto, o caminho a ser percorrido profissionalmente dentro dessas empresas não acompanha na mesma velocidade a exigência das competências e habilidades solicitadas, gerando uma ansiedade e tensão notórias por ascensão profissional.

    Algumas das limitações que dificultam a superação da dissonância entre a celeridade das exigências do mundo corporativo e o preparo dos recém-formados ingressantes nesse ambiente referem-se aos recursos humanos. Outra, à falta de melhor qualificação dos egressos nas instituições de ensino superior, independente da grade curricular. Isso resultaria em uma lacuna entre as competências aprendidas e o preparo para lidar com os estágios da carreira profissional. Nesse sentido, considerando o pressuposto de que o sucesso profissional é tanto mais provável com a experiência e com o exercício da paciência – que decorrem, por sua vez, da experiência acumulada e do fator temporal, pode-se considerar como tese de fundo deste trabalho, que o perfil das gerações mais novas formadas revela certo desacordo

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