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Os Custos Da Inconsequência
Os Custos Da Inconsequência
Os Custos Da Inconsequência
E-book303 páginas5 horas

Os Custos Da Inconsequência

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Sobre este e-book

Quanto pagamos ou quanto se valem, um ato impensado? Quias os custos cobrados? Como se justificar um erro cometido por impulso e ato e ação do momento? Será que somos de fato, os vingadores? De que forma podemos encobrir um ato cometido ainda por cima doloso? Esses dez personagens trazem consigo as certezas de que o agir por impulso nada mais se é do que uma ilusão, leiviandade, e agir por razões desnecessárias.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de dez. de 2021
Os Custos Da Inconsequência

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    Os Custos Da Inconsequência - Jefferson Aquino

    INTRODUÇÃO E SINOPSE

    O Mundo e as suas voltas que ele dar, O destino, a vida e seus princípios nos jogam contra a parede e nos joga no rosto no

    cara a cara, o resultado de nossas ações, se elas forem de uma forma, jeito ou outras boas atitudes somos respaldados pela magnitude de BEM, mas quando nós agimos de forma diferente? Trocamos e optamos ao invés de fazermos e praticarmos o Bem, nós invertemos e agimos pelo impulso, deixamos que a ira que nos consome e nos deixamos levar pela raiva e cometemos tais atos? O que de fato colheremos com isso?

    Vivemos num mundo onde as coisas não são como nós queremos, desejamos e ansiamos que se sejam, as Leis não fazem bem o seu papel, os governantes não desempenham bem ou em nada colaboram para um bom empenho Judicial.

    Aqui dez personagens contam suas histórias umas nos servirão de aprendizado, outras caracterizam e simbolizam nada mais ou nada menos do que peso eterno na consciência e se não em muitos dos casos nos levam a cometer diversas atrocidades, entre elas o agir por impulso, antes de qualquer ato, que venha um pensamento antes, antes de qualquer atitude, que venha o parar para pensar para só assim nos resguardarmos do que se pode vir a gerar ou acontecer no dia de amanhã, só assim nos livraremos da conta ou do boleto a pagar por nossas inadimplência.

    Lembremos sempre de que nós não aplicamos a Lei, mas devemos SIM, segui-la de acordo com seu estilo.

    Pense, repense e reflita antes de qualquer ato para que não se seja tarde demais.

    CAPÍTULO 01 O MUNDO DE WENDELL

    SÃO PAULO

    LINHA FÉRREA = ESTAÇÃO DA LUZ

    Oi meu nome é Wendel tenho hoje meus vinte e quatro anos de idade, atualmente trabalho como atendente de Telemarketing e tenho um pouco da minha história para contar e dividir com vocês, primeiro do que tudo quero deixar bem claro, que não cheguei a esse ponto extremo por revolta ou quem sabe uma quebra de laços fraternos e materiais, mas acho que sim foi por um pouco de cada uma dessas fases de minha vida me serviu de lição e aprendizado para o que eu sou e o que tornei-me hoje.

    ONDE A HISTÓRIA COMEÇA –

    SANTO ANDRÉ ABC PAULISTA

    (Essencialmente entre os anos de 2004 = 2006) Morávamos numa casinha simples , éramos todos simples na verdade, nossa casa não tinha nem muito menos possuíamos nada de moderno ou quem sabe até de última geração , como assim, haviam-se em algumas das casas vizinhas a nós e a nossa casa mesmo muito embora eles, nossos vizinhos fossem simples assim como nós mesmo assim, vez ou outra, eles compravam algo Inovador para suas residências, para ser franco, muita coisa da cidade onde morávamos, não ainda obtinham-se muita tecnologia dentro de si, naquela cidade até aqueles anos tudo ainda era muito pacato A cada semana um de nossos vizinhos alguma família nobre de nosso Bairro comprava algo para seu lar, fossem eles, uma tevê; um sofá uma cama um aparelho de DVD, um refrigerador e outras e outras coisas mais, coisas as quais renovavam e embelezavam suas casas.

    Nossa família era muito pobre minha mãe quando éramos pequenos eu e minha irmã Wêdja nós éramos pequenos e mamãe sempre nos ensinou a sermos felizes com o pouco do mais humilde do que tínhamos dentro de nossa casa e jamais crescermos o olho e cobiçar ou invejar nada dos nossos vizinhos nada de suas coisas boas pois segundo ela, bens materiais não trariam a felicidade.

    Aquilo tudo consumia-me por dentro, muitas das vezes eu perguntava a mim mesmo: Por quê que as famílias de baixa renda assim como nós tinham tantas coisas boas em suas casas e nós lá em casa entrava ano e saia ano, um ano se ia e um outro nascia, e nada nada do nosso lar se modificava eu não sabia ao certo se aquele sentimento rancoroso que eu sentia era de ódio inveja ou talvez dúvidas minha mãe era faxineira, fazia faxinas duas vezes por semana, as quartas e sábados, recebia uma miséria de cinquenta reais por cada diária feita em um mês ela dava Graças e Glória a Deus, pelos seus abençoado e tão aguardado por ela, quatrocentos reais mensais, já meu pai por falta de interesse ou instrução de estudo, trabalhava por negligencia sua, como limpador de fossas um trabalho desgraçado que só lhe rendia dinheiro duas vezes por mês.

    Quando uma fosse, canaleta ou rede de esgotos que conectavam as instalações de nossa residência e residências próximas e vizinhas entupiam, ele era chamado para realizar e fazer os serviços, papai só era chamado pela vizinhança e fazia seus serviços por que cobrava preços camaradas e também pela alta consideração que ele tinha para com seus vizinhos, o que é claro, que nenhum daqueles infelizes tinham ou sentiam por ele, era a chamada CONSIDERAÇÃO papai sempre foi um boca aberta, um cara de paisagem, e babaca com as pessoas de rua, ou de fora de casa, enquanto dentro de casa, bancava o homem bomba, o terrorista, ou o mandão.

    Meu pai trocava suas experiências de bacharel em fezes e xixi de ratos e humanos por duas notas de dez reais, ou quando era dia de sábado ou domingo ele trabalhava no nojento e na merda, em troca de dois litros de cachaça ou negociavelmente dependendo do tempo que se levava no trabalho, e no valor estimado, em troca de uma garrafa de Vodca saía de manhã para realizar as suas tarefas, que para ele, era como se ele trabalhasse como um descobridor de uma mina de diamantes, nojeira para ele, era como se fossem pedras preciosas .

    Talvez fossem essas as razoes pelas quais não termos nada de bom dentro de casa nosso lar e nossa casa ia de mal a pior mamãe não comprava nada que fosse de valor com medo do papai vender ou trocar por cachaça. Nossas vidas e rotinas eram-se essas, mas com a mamãe em casa ficávamos bem e

    protegidos ela era o poder e o alicerce da casa. Lembro-me bem uma noite de sábado mamãe é claro, como toda mãe ativa e trabalhadora ainda dava duro no serviço de casa em casa.

    Já na nossa casa estávamos eu e minha irmã, eu tinha catorze anos, estava quase na casa dos quinze, minha irmã Veja a caçula, estava por fazer seus dez anos, dois dias depois, na segunda feira da semana seguinte, nós não tínhamos amor e carinho paternal, nos dias de segunda, terça, quinta e sexta feira, ele meu pai, e nosso pai, era-se pai ausente na quarta feira ele ficava em casa, só fazia dar-nos ordens e pressões psicológicas aos sábados e nos domingos, ele muito mal ia em casa, em primeiro lugar estavam a bebida, as farras, os amigos do peito, assim como ele e eles se consideravam entre si mamãe chegava em casa muito depois das oito horas da noite, na maioria das vezes, quando ela chegava nós dois, eu e minha irmã estávamos dormindo e nem chegávamos a vê-la chegar, só no dia seguinte.

    UM TRAUMA PSICOLÓGICO

    Como se não bastasse ver meu pai duas vezes por semana e com a cara cheia de cachaça e ter que ser obrigado acostumar-me a ver e ouvir pela calada da madrugada o choro baixo de minha mãe ele batia nela e agia como um completo e absoluto idiota talvez por ela ser mulher frágil e tê-lo acostumado nisso.

    O medo de denuncia-lo , possivelmente fazia-o sentir-se ainda mais patriota e mandão dentro de casa, ele quebrava o tudo do pouco que tínhamos dentro de casa as custas logicamente de nossa mãe, logo acima do fogão, o arroz de terceira e de péssima qualidade, comida da mais simples e barata que se tinha e podia-se se comprar mas servia em abundancia para matar e saciar a nossa fome, o peixe de água doce que em muitas das vezes era dividido em três partes e pedaços para que todos comecem, já que era o alimento mais caro, da feira livre, o ovo frito ou até a caríssima charque assada, no óleo extraído

    das

    gorduras

    do

    couro

    de

    galinha,

    tudo

    absolutamente tudo, era lançado de ralo abaixo, cano de esgoto a dentro, lá dentro nos fundos no quintal da casa.

    Em uma dessas ocasiões, numa madrugada de sábado para o domingo, eu acordei e fui em direção ao banheiro, fui fazer xixi, como de costume, foi quando ao eu abrir a porta do quarto, onde eu minha irmã dormíamos e me dirigi para o encontro do banheiro, que localizava-se na cozinha da casa, nossa casa apesar de ser simples

    ainda assim, era grande, tinha um

    corredor estreito e cumprido que dava acesso a cozinha, ao abrir a porta do quarto, eu ouvir de longe um choro baixo tipo o grunhir de um cãozinho novinho, era o choro baixo de mamãe, na hora, pensei até que de fato tratava-se de um cachorrinho pequeno , que talvez o papai houvesse ou havia trazido de presente para a sua tão querida filha, já que estava-se tão próximo de seu aniversário, e já que ele nem sempre aparecia com uma novidade em casa de início, me animei coisa de adolescente de catorze anos, mais ao ir aos poucos aproximando-me mais e mais fui vendo que o negócio era mais sério do que se imaginava, e bota serio nisto. .

    A REAÇÃO

    Então me aproximei e dei de cara com a minha mãe sentada numa cadeira, mãos para trás, amarrada a uma corda, e os pés cortados e amarrados com outra corda, ambas de nylon cabeça baixa, olhos lacrimejantes, e um dos olhos, o esquerdo, roxo, ela a todo o momento pedia-lhe e falava: Pare por favor isso é mentira, por quê que você não acredita em mim? Eu jamais faria isto", de início, eu não entendi muito bem o porquê daquelas palavras angustiantes, eu fui então me aproximando e fui ao me aproximar e prestar a minha devida atenção eu fui aos poucos entendendo os porquês da tortura? Nosso pai aquele miserável e infeliz suspeitava de que mamãe estivesse a trai-lo ao invés de ir ao trabalho, claro que aquele pensamento de psicopata dele não tinha lógica e muito menos cabimento e sentido logo ela mulher e homem da casa, Arrasada e cansada as mãos calejadas e dolorosas muitas das noites eu presenciei gritos e gemidos de dores dela nas costas e articulações devido ao seu trabalho escravo papai estava pra lá de contrariado, e não era de se esconder ou negar pelo seu semblante facial, ele estava de pé meio que cambaleando e com uma faca de serra em poder de suas mãos.

    Ao deparar-me com aquela cena diante de meus olhos, nem cheguei, nem ousei a pensar duas vezes, em uma descuido dado por ele, eu segurei-o pelas costas e com meu pé direito

    magro e fino, e muito do bem equilibrado o joguei no chão, uma queda tão intensa e dolorida que fez com que eu fosse capaz de ouvir , nem que fosse uma única vez da boca dele:

    Ai que dor maldita, ao ver e me deparar com minha mãe toda machucada , com os olhos e o rosto roxeados, com um olhar de pânico, e em lagrimas, seus lindos olhos e lábios machucados lavados em sangue

    nem pensei duas vezes,

    cravei quase um dedo da faca ao qual eu estava em poder de minhas mãos no peito dele.

    A raiva, a revolta e a indignação tomaram conta de mim, a ira maligna se apoderou-se de mim, e de meu coração, eu me senti como se fosse ela, como se eu estivesse no meu lugar e eu no lugar dela, tentando obviamente salvar-me com toda garra, e força de sua alma e de seu coração na tentativa de me salvar das garras do inimigo.

    Ao cravar-lhe a faca em seu peito não me veio nada mais a mente desde que não fosse mata-lo não que ele desejasse a morte para ele mas ele era uma peste dentro de casa nada dentro de nossa casa enraizava ou se quer tinha frutificação, crescia ou fazia progresso com aquele traste dentro de casa, tudo aquilo fazia com que eu me sentisse e ficasse ainda mais enraivecido com ele, ele não dava um prego numa cocada e o pouco do que mamãe no duro e pesado e sacrificado conseguia, do esforço de seu trabalho, e colocava dentro de casa, o miserável acabava e destruía tudo.

    O IMPULSO E A REVIRA VOLTA

    Mamãe toda machucada ficou aterrorizada com aquela cena aterradora acho que jamais na vida dela ela pensou em presenciar um fato e cena tão loca e sem noção como aquela diante de seus olhos ou talvez se ela viesse a presenciar jamais passaria pela sua cabeça que chegaria ou viria a acontecer dentro de sua casa com seus laços sanguíneos. A todo o momento ela pedia-me para que eu desamarrasse ela estava no mais absoluto estado de choque e eu, nem se fala.

    Fiquei abismado com toda aquela cena trágica não por mim mas por ela e pela a minha irmã caçula, eu pensei e me perguntei a mim mesmo: Que merda acabei com a minha própria vida e da minha família mesmo tendo ele tantos erros ele nunca e jamais iria deixar de ser meu pai e seu sangue

    jamais iria deixar de ser meu pai, e seu sangue paternal jamais iria deixar de pulsar nas minhas veias O que mais me surpreendeu de fato foi a reação de minha família, tudo bem que ele era o todo poderoso da casa, por ser homem, e o pai da gente m mesmo muito embora tendo seus defeitos terrivelmente arbustos, depois de desamarra-la, minha mãe, é claro, ainda em choque torturante, eu fui esculachado por ela e pela a minha irmã.

    Mamãe disse: Wendel meu filho, O que foi que você fez Wendel ele é seu pai não é um boi ou um bode ou qualquer outro animal que as pessoas por necessidades matam para se comer nossa casa tornou-se então um verdadeiro cenário de algazarra infernal, e quase que sem fim com o barulho do alto tom de voz de nossa mãe, fez com que minha irmã de dez anos se acordasse e levantasse-se da cama apavorada Ao se levantar ela correu em direção a cozinha onde lá a cena de terror estava montada ao deparar-se com o episódio, ela nem pensou duas vezes, começou então a gritar e se espernear.

    Mesmo com o nosso pai sendo assim tão mal e um imprestável como pai, ela era muito apegada a ele, um amor incondicional por entre os dois.

    A todo o momento ela, em um ato de desespero, se perguntava a ela mesma e ao corpo dele exposto e caído ali ao chão, ele que ainda estava meio que inconsciente porem não oficialmente morto, apenas inconsciente, e então a todo o momento a Wêdja perguntava: Papai, papai, quem fez isso com o Senhor? Diga-me papai por favor eu preciso saber.

    Ao deparar-me e presenciar aquela cena fiquei e me sentir num jogo cruzado fechei os meus olhos que estavam-se lacrimejando em lagrimas, minha irmã em um ato de desespero e no intuito de salvar a vida de nosso pai abriu a porta de entrada da casa e saiu como louca desvalida as plenas três e meia da madrugada correndo pelo meio da rua pedindo socorro aos vizinhos ou a quem passasse pela rua.

    DUAS HORAS APÓS O ATO CONSUMADO

    Papai então teve a sorte de ser socorrido pela equipe de socorristas dos profissionais do SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e foi então conduzido pela equipe medica para um Hospital nas proximidades do bairro.

    Na nossa casa ficaram alguns peritos a fazermo-nos perguntas tanto as pessoas da casa como também aos vizinhos das redondezas tinham-se alguns dos vizinhos mais chegados que logicamente viram-nos eu e minha irmã nascermos e até crescermos e que lá estavam presentes dentro da nossa casa prestando-nos suas sinceras solidariedades a nós minha mãe que também estava bastante machucada foi também e porem levada pela equipe do SAMU, para também atendimento devido medico, lá, ao se consultar com o médico, ela então narrou passo a passo o que e como de fato e exato tudo aconteceu.

    Lá ela mesmo sem que eu soubesse assumiu toda a culpa disse que ela mesma havia sido a autora do esfaqueamento mas deixou bem claro, que foi por legítima defesa não mais aguentava segundo ela as sessões de espancamentos cometidos por ele o seu esposo mamãe então foi submetida a uma pilha de exames, inclusive de cabeça, alguns psicológicos, fizeram-se sessões de aulas de terapias com ela precisavam saber e ter certeza de que ela realmente tinha algum distúrbio mental, sim ou não , para dali então ser tomadas as medidas cabíveis mas o inesperado aconteceu foram-se realizados perícias e estudos digitais no tal objeto cortante, onde nele foi então detectado e constatado que segundo as impressões digitais, que o autor e não ela, como assim ela havia oficializado na Delegacia, até pelo tamanho e medida tirada da mão, até estudo das mãos, polegadas, e digitais dela foram tiradas e realizadas e não só nas mãos dela, como também na de papai também , na minha e na de minha irmã.

    Papai deu entrada e permaneceu na Ala vermelha não falava não batia os olhos completamente imóvel, e cheio de aparelhos respiratórios.

    Em casa estava eu no mais absoluto estado de pânico e silencio eu havia destruído por completo e de uma vez por todas a minha família e minha vida me sentia o vilão da casa.

    UMA NOTÍCIA INESPERADA E TRÁGICA =

    10 DE AGOSTO DE 2004

    Era manhã linda de terça feira faltavam-se poucos dias para o dia dos Pais mesmo sendo ele um péssimo Pai, mas aquele mês e dia era dedicado totalmente a ele o Domingo estava prestes a chegar faltavam-se poucos dias para se comemorar esta data tão especial. Em especial para a minha irmã sempre tão fã do papai, e sempre passava e fazia vista grossa nas más ações cometidas por ele.

    Mesmo o papai sendo tão torturador manipulava a mente dela de um jeito inacreditável, na segunda feira a tarde, um dia antes ela Wêdja junto com uma de suas amiguinhas de escola foram sem que soubéssemos ao Shopping já se haviam as duas largado da aula lá com alguns trocados que ela juntava no seu porquinho finalmente para ela havia chegado, o grande dia o dia de estoura-lo no chão

    No Shopping, ela com suas economias de mais da metade do ano, naquele ano ela nem ousou comprar vestidos de quadrilha, o São João era a festa que ela mais gostava, mas naquele ano, ela fez diferente, ela nem fez tanta questão, não quis gastar, economizou até seu último centavo para então poder comprar o presente de papai, e assim ela fez, foi uma boutique masculina, e comprou num precinho acessível , um par de sapato, um terno, blazer e gravata para o seu herói, ela queria muito que ele participasse da Missa dedicada aos Pais, na Capela de Santa Rita de Cássia, ela sonhava com uma possível e futura cura de papai dos vícios.

    Ela tinha fé que ele um dia se curaria do vício do álcool e renasceria um belo homem ela era coroe-te da Capela e todos os Cristãos ali presentes se preparavam para essa festividade do Domingo Na terça feira bem cedo, ela e eu, fomos para o Hospital como éramos ainda de menor idade, não podíamos ficarmos com acompanhantes dos nossos pais, mas nossa mãe estava perto dele ela era o papel principal naquele momento ela dividia-se em duas paciente e cuidadora ao mesmo tempo.

    Ficamos porém eu e Wêdja na recepção do hospital esperando pela mamãe após uma espera de meia hora, ela finalmente apareceu Pelo seu semblante facial, fomos capazes de captar que algo não tão bom estava acontecendo, ela porém por algum motivo não tocava no assunto ainda mais no que se dizia

    respeito ao seu marido, e nosso pai, mas eu procurava ao máximo conter meus ânimos , meu coração passou a acelerar e acelerar. ., meu maior medo era de que viesse a ser de mim e acontecer comigo se ele viesse a morrer?, Minha irmã estava ansiosa em ver papai, também não era para menos ele era mesmo que ser um rubi para ela.

    UM MOMENTO DE DESESPERO

    No relógio logo acima na parede da recepção indicavam exatas nove e quarenta e cinco da manhã estávamos conversando em um pequeno espaço de tempo momento e questão de segundos íntimos e risonhos de nossas vidas. Depois de tantos momentos tristes pelo ao menos uns seguidinhos de bons sorrisos logo veio à tona a notícia um rapaz de boa aparência estatura mediana e de bata branca e com um estetoscópio sobre o pescoço aproximou-se de nós e então deu-nos a triste e lamentável notícia, Deu-nos a crer que aquele rapaz seria um médico então aproximou-se de nós e deu-nos a notícia com uma feição de meio tristonho, e falou : Dona Wednéia, eu acabo de sair da sala de emergência onde encontra-se o seu marido e tenho uma notícia para lhe dar, Mamãe como sempre nervosa, começou a tremer as pernas e mãos, ficando então ela muito inquieta respondeu-lhe: Claro, tudo bem Doutor, me permita conduzir meus filhos até seus devidos assentos, eu volto bem rapidinho, na minha modéstia concepção e no meu entender de criança preá adolescente, quando uma mãe ou um pai, ou alguém tira pessoas menores de idade para que não ouçam ou saibam de determinados assuntos, é por que talvez boas coisas não se é, ou estão para serem tratadas

    meu coração foi ao chão, minhas mãos

    gelaram, meu corpo físico por completo desmoronou eu tinha uma ordem judicial a ser cumprida caso meu pai morresse, eu iria direto para o xadrez.

    Como ainda eu era de menor idade, não poderia ir para a cadeia mais isso não queria se dizer que eu não iria pagar devido e enquadrada por meus erros eu iria para o Juizado de menores. Eu li e fui capaz de ler por completo os lábios do Doutor, e entender claramente, fiquei por dentro do assunto, o Doutor falava: Seu esposo teve complicações durante os exames houve uma queda de pressão arterial chegando a saturar em quatro, tentamos pulso, mais a queda rápida e inesperada da pressão causou-lhe uma convulsão levando-o a

    uma parada cardiorrespiratória ao qual levou o seu esposo a óbito eu sinto muito.

    Mamãe ficou desolada e sem chão respondeu: Claro, Obrigada!

    Pode deixar eu vou procurar o máximo de cautela para repassar esta dolorosa noticia aos meus filhos.

    Meu mundo desmoronou o que eu iria fazer desde então?

    Destruí por completo a minha vida e a de minha família naquele instante não me veio outra pessoa em minha mente outra pessoa que não fosse a minha irmã qual seria a reação dela?

    Sua forma de agir na hora que ela soubesse do desastre cometido por mim, mamãe aproximou-se de nós dois com palavras entrecortadas e coração partido, ela então deu-nos a triste e dolorosa notícia: Meus filhos eu tenho uma notícia a dar a vocês" minha irmã logo lacrimejou os seus olhos e perguntou: O papai já recebeu alta? Já pode ele e nós voltarmos para casa? E mamãe respirou fundo e profundamente fechou os seus olhos e respondeu: Não Querida infelizmente não o papai ele, ele acabou de ser chamado por Deus ele agora descansa em paz ao ouvir todas aquelas palavras eu não pensei em outra coisa desde que não fosse e viesse a mente em tirar a minha própria vida e dar um fim e uma pedra bem grande naquele massacre e desalinho ao qual estava o meu coração.

    Eu confesso, que só de ouvir aqueles inocentes pedidos e palavras da minha irmã de apenas dez anos perguntando se o nosso pai já estava ou havia recebido alta mal sabia ela que nosso pai havia morrido, eu entrei em desespero intenso para ela uma criança o mundo havia acabado a partir daquele momento nada para ela tinha sentido.

    UM ADEUS FORÇADO E UM NOVO RUMO DE VIDA O corpo de nosso pai foi levado para o Instituto de Medicina Legal para estudo do caso, de lá ele iria ser transportado para o Cemitério da Cidade o que mais me doeu foi ver os abraços e os lamentos que minha mãe e minha irmã receberam A todo o momento pessoas de longe ou de perto vinham prestar-lhes solidariedades e o último adeus ao meu pai, pessoas as quais nos conheciam e nos viram eu e minha irmã nascermos e crescermos e ficaram apavorados com a ação acometido por mim Durante todo o momento eu me mantive e posicionei-me de pé e de cabeça baixa o receio e o medo de olhar para

    frente e para os lados , ver as pessoas cochichando umas com as outras sobre o fato ocorrido ou talvez a me encararem tudo aquilo doía-me a alma e o coração.

    Enfim, demos o último adeus ao nosso pai, ao alicerce da casa ao todo poderoso o lunar do nosso lar, pelo ao menos era assim que mamãe e minha irmã enxergava-o, enquanto para mim e na minha modéstia opinião ele era nada mais nada menos, e não passava de um cafajeste , e para que a dor de minha mãe fosse ainda maior, eu tive que dar o último adeus ao meu pai de mãos algemadas e de cabeça baixa após o sepultamento eu fui obrigado a fazer meu trabalho com as mãos algemadas, face lavada em lagrimas, eu me aproximei de minha mãe e de minha irmã e pedi-lhes minhas sinceras e dolorosas desculpas: Mamãe por favor, me desculpe eu não fiz por mal, não foi minha intenção desestruturar a nossa família, e você também Wêdja, peço-lhe minhas sinceras e sentimentais desculpas, peço que me perdoe eu preciso de seu perdão e de sua força agora.

    Mamãe olhou-me fixa e confiante no meu rosto e nos meus olhos e me respondeu:

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