Como fechar o Enem: Guia sobre ser bem-sucedido em qualquer Prova ou Concurso
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Sobre este e-book
Com uma linguagem clara e acessível, este guia prático auxilia você a estudar de forma eficiente, personalizando seu método de aprendizado para obter êxito em qualquer concurso ou exame, inclusive o Enem. No final, a autora compartilha seu relato pessoal de como conquistou uma pontuação perfeita na prova objetiva do Enem, inspirando a busca pelo sucesso.
Convidamos você a embarcar nesta jornada de autoaperfeiçoamento e sucesso acadêmico. Este livro não é apenas um guia, mas um companheiro de estudo dedicado a impulsionar sua jornada de aprendizado. Prepare-se para desbloquear seu verdadeiro potencial e conquistar seus objetivos acadêmicos.
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Como fechar o Enem - Aline Guerreiro
Introdução
Escrevi este livro para demonstrar que qualquer pessoa, com planejamento estratégico, foco e dedicação, pode ser aprovado em qualquer concurso, ou prova, ou adquirir qualquer habilidade cognitiva que desejar. Essa afirmação parece absurda para você? Ou parece ser uma afirmação exagerada de marketing ? Ou você está achando que só passa nos concursos mais concorridos quem já nasceu com o QI (Quociente de Inteligência) alto? Eu posso provar que isso não é o caso.
Primeiro, o que é QI? Se você procurar no Google ou em um dicionário, encontrará a definição mais ou menos assim: O QI, ou Quociente de Inteligência, é um teste que tem como objetivo medir a inteligência geral de uma pessoa, incluindo suas habilidades cognitivas, raciocínio lógica, capacidade de resolução de problemas, memória, compreensão verbal e habilidades espaciais
. Geralmente, são essas habilidades medidas em provas e concursos, principalmente relacionadas à memória de assuntos específicos.
O que faz sentido, uma pessoa com alto QI deve ser aprovada com mais facilidade nesses concursos, correto? Esta afirmação é apenas parcialmente correta, pois hoje temos o conhecimento da neuroplasticidade, que basicamente afirma que nosso cérebro não é fixo, como se foi pensado antigamente; podemos moldar nosso cérebro de acordo com nossos hábitos, experiências, habilidades adquiridas e até as mesmas emoções.
Portanto, o QI não é algo fixo; seu QI pode ser X em um momento e Y em outro, podendo aumentar ou diminuir. Tudo depende da Lei do Uso e Desuso (não é Lamarckismo, ok? É só um modo de explicar); as habilidades cognitivas que você usa com mais frequência e intensidade têm uma tendência, em nosso cérebro, de aumentar tanto em tamanho quanto na quantidade de massa neural destinada a uma área do cérebro onde está essa habilidade.
O contrário também é verdade, basta lembrar de alguma habilidade que você conhecia antes, mas que há muito tempo não usa nem evoca em sua memória. Eu, por exemplo, era muito bom em matemática na época da escola, mas há vários anos (décadas, para falar a verdade) que não estudo sobre logaritmo. Agora, se colocar alguma questão de logaritmo para que eu responda, com certeza não irei saber resolver facilmente; você precisa fazer uma boa revisão do assunto. Ou seja, meu cérebro cortou
várias vias de caminho neural para o assunto logaritmo, mas ele ainda está lá, em algum canto; é tanto que eu não precisaria aprender do zero
o assunto, só é bem mais difícil de acessar sem antes revisá-lo.
Então, esse é o primeiro ponto a que eu queria chegar: o QI não é fixo, pode ser aumentado caso você se dedique a isso. Outra coisa é que não existe apenas um tipo de inteligência; existem várias, e o QI não consegue medir todas. Mas a título de academicismo tradicional — que seria mais voltado para provas ou concursos em que são testadas a inteligência lógico-matemática e memória —, o QI é válido considerar nessas situações. Outra coisa, não estou negando, em nenhum momento, a questão da genética, o fato de algumas pessoas já nascerem com uma certa facilidade de aprendizado. Porém, assim como para outras condições associadas à genética, como tendência ao alcoolismo, à obesidade ou à violência, a genética para inteligência funciona como uma tendência do indivíduo (predisposição estatística) a desenvolver com mais facilidade alguma habilidade cognitiva, mas, sem dedicação ao aprendizado, não adianta coisa alguma.
Agora vamos para o segundo ponto. Eu te pergunto: alguém já nasceu sabendo ler e escrever? Ou já nasceu sabendo a Constituição de 1988 decorada? Ou já nasceu sabendo a fisiopatologia da malária? Claro que não. O segundo ponto é que ninguém nasce já sabendo determinadas informações ou habilidades; elas são aprendidas. É necessário estudo (tradicional ou não) para registrar qualquer nova informação no cérebro, para serem criados caminhos neurais que permitam acessar e evocar (lembrar) essa informação ou habilidade específica. E o estudo precisa ser direcionado para isso. Isso significa que você não pode aprender a falar inglês estudando japonês, por exemplo. Você precisa estudar o assunto de maneira mais direcionada e o mais estrategicamente possível, planejando para a prova ou concurso que deseja realizar. Entrarei em mais detalhes sobre esse ponto de planejamento de estudo direcionado no capítulo 2.
E o último tópico desta introdução que queria comentar é que, se você não acredita em si mesmo, na sua capacidade de ser bem-sucedido, provavelmente (não de maneira consciente) você mesmo irá sabotar suas chances de aprovação e sucesso. E todo o seu esforço e planejamento terão sido em vão.
Por isso, a primeira coisa, antes de tudo, é mudar seu mindset, seu conjunto de crenças sobre quem é você e quais são seus limites e capacidades. Existe uma frase de Napoleon Hill que explica bem o que quero dizer: Sua única limitação é aquela que você impõe em sua própria mente
. Portanto, a mente humana (minha, sua e de todos os outros) possui uma