Super Qi

De Jideon Francisco Marques

Aqui está uma notícia: muitas de suas aulas eram sessões de treinamento de QI veladas, projetadas para prepará-lo para testes padronizados como o SAT e o GRE que medem seu QI. (Realmente, eles fazem; os pesquisadores podem usar as pontuações do SAT dos alunos para prever seu QI com uma precisão de alguns pontos.) Depois de todo esse treinamento, quanto espaço você imagina que seu QI tem para crescer? Para a maioria de nós, o mesmo não acontece com a criatividade, a inteligência emocional e o resto. Ao contrário das atividades do tipo QI que a maioria de nós pratica na escola, o sistema educacional gasta pouco tempo aprimorando essas habilidades que não são de QI. (Por exemplo: quando foi a última vez que alguém explicou a mecânica da intuição para você, ou lhe disse o que a ciência tem a dizer sobre ativá-la? Sim, era o que eu pensava.) habilidades cerebrais sem QI são jarras quase vazias esperando por suco. Então, se você quer ganhar mais alguns pontos em um teste de QI... bem, você sabe o que fazer. Apenas continue fazendo o tipo de treinamento que você tem feito toda a sua vida. Mas se você quiser que seu cérebro funcione melhor de maneiras que importam, pare de tentar espremer dolorosamente mais um ou dois quilômetros por hora de velocidade máxima do seu mecanismo de QI já bem ajustado. Em vez disso, junte-se a mim pensando em como maximizar o QI que você já tem. Aprenda a conduzir sua mente. E não, você não precisa aceitar minha palavra para saber se essas coisas realmente funcionam. Cada afirmação e exercício nestas páginas brotam de entrevistas com alguns dos principais pesquisadores do cérebro do país e estudos publicados em periódicos revisados por pares. Isso é ciência de verdade, pessoal. Aqui você aprenderá o que os principais pesquisadores da psicologia têm a dizer sobre cultivar intuições corretas e equilibrar experiências ruins com boas para que a idade leve à sabedoria. Você aprenderá a limpar a desordem do caminho para uma solução perspicaz e aumentar as habilidades da função executiva: força de vontade, foco e multitarefa. E muito mais. Espero que você até goste. Isso porque este livro conhece a lição da resolução de ano novo: uma promessa de fazer algo que você odeia durará tanto quanto a ressaca de seu ano novo. Em vez disso, a grande maioria dos exercícios nestes capítulos, embora permaneçam cientificamente sólidos, pretendem ser divertidos. Você pode dissecar as citações ilógicas de líderes mundiais, classificar joaninhas, resolver enigmas, interpretar MacGyver, escrever suas próprias rimas e combinar elementos ilustrados em máquinas de Rube Goldberg. Isso não quer dizer que os exercícios deste livro sejam fáceis — se não fossem desafiadores, não fariam bem a você. A moral do campo em expansão da neuroplasticidade é que quanto mais você estica seu cérebro, mais você pode mudar os padrões de sua fiação. E por sua natureza, um caminho simples cria um cérebro simples. Em vez disso, a chave para pensar, imaginar e avaliar com sucesso é, bem, gastar tempo e esforço na experiência alucinante de pensar, imaginar e avaliar. Mas alongar sua mente não precisa ser horrível, frustrante e chato. Talvez a lição mais importante neste livro de lições seja que colocar o motor de sua mente para trabalhar duro pode ser divertido. E enquanto você se diverte colocando seu cérebro à prova, você também estará apontando o Lótus de sua vida para o sucesso.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 6 de set. de 2022

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SUPER QI

SUPER QI: ferramentas científicas para treinar a resolução de problemas, intuição, inteligência emocional, criatividade e muito mais

Por Jideon F. Marques

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CONTEÚDO

Introdução

1. Informações

2. Inteligência prática

3. Solução de problemas

4. Criatividade

5. Intuição

6. Seu cérebro em tecnologia

7. Especialização

8. Memória de Trabalho

9. Mantendo a Inteligência

10. Sabedoria

11. Desempenho sob pressão

12. Inteligência Emocional

13. Força de Vontade

14. Multitarefa

15. Heurísticas e vieses

Respostas de exercícios

INTRODUÇÃO

No filme Pretty Woman, o personagem de Richard Gere dirige inexperientemente a Lotus de um amigo pelas colinas de Hollywood, acelerando as marchas e, eventualmente, para em um sinal vermelho ao lado de um Dodge Colt. A Lotus tem um motor V6 de 3,5 litros supercharged de 345 cavalos de potência, que pode fazer 0-100 mph em 9,9 segundos com uma velocidade máxima de 155 mph. O Colt não. Há uma mulher bonita – não o personagem titular – no banco do passageiro do Colt, e o personagem de Gere levanta uma sobrancelha em sua direção e acelera o motor. A luz fica verde. Gere solta a embreagem... e o Lotus pára quando o Colt o deixa na poeira.

Isso é QI. Você pode ter toda a potência mental do mundo sob o capô, mas se não puder dirigi-lo, estará preso no Hollywood Boulevard em meio à fumaça de uma transmissão em chamas.

Em outras palavras, a inteligência bruta é boa: ajuda a moldar sua velocidade máxima potencial. Mas há muito, muito mais para perceber isso. Este livro de treinamento cerebral para tudo, menos QI, vai ensiná-lo a dirigir sua mente – para obter o máximo do que você tem sob o capô. Informações divertidas o ajudarão a entender o que essas habilidades são e o que não são. Exercícios práticos aumentarão sua sabedoria, insight, força de vontade, resolução de problemas, inteligência emocional, multitarefa e muito mais – todas as coisas que preenchem a lacuna entre a inteligência em sua cabeça e os resultados que você deseja no mundo real.

Por que vale a pena focar nessas habilidades que não são de QI? Bem, o fato é que, embora o QI seja obviamente importante para o sucesso no mundo real, é apenas parte do quadro – e, como você verá nestas páginas, uma parte muito menor do que você imagina. Você não conheceu alguém rico e bem-sucedido que... não parecia ser a lâmpada mais brilhante, no estilo de aprendizado de livros? Ou, vice-versa, alguém que é uma enciclopédia ambulante, mas simplesmente não consegue progredir na vida?

Essas lacunas entre o QI e o sucesso não são apenas sorte estúpida (ou esperta!) — elas se devem à influência de todas essas outras habilidades, muitas vezes imensuráveis. Nos próximos capítulos, você verá vários estudos e cientistas testemunhando esse fato, mas por enquanto, que tal apenas um exemplo rápido: de acordo com um estudo do ex-presidente da American Psychological Association, Robert Sternberg, e seu colaborador frequente , Richard Wagner (nenhuma relação com o compositor!), a inteligência prática é, na verdade, um indicador muito melhor do desempenho no trabalho do que o QI.

E a inteligência prática é apenas uma dessas habilidades não relacionadas ao QI que acaba por importar tanto ou mais do que a própria inteligência. Inteligência emocional, força de vontade, criatividade, motivação, capacidade de atuar sob pressão – tudo isso faz uma enorme diferença em nossas vidas cotidianas. Provavelmente, com um QI de 115 e todas essas habilidades, você será mais feliz, mais bem-sucedido e mais realizado do que um membro da Mensa que não as possui.

Mas essa não é a única razão para se concentrar nessas habilidades que não são de QI. Por mais que todos nós adoraríamos aumentar nosso QI, a má notícia é que você tem ou não tem. Mais precisamente, algo como 80% do seu QI é determinado geneticamente — você pode ajustá-lo, claro, mas em grande parte, o motor com o qual você nasceu é o que você tem.

E as chances são de que você já tenha ajustado seu QI o máximo que puder, mesmo que não perceba. Quantos anos de escolaridade você tem? Doze? Dezesseis? Mais? Aqui está uma notícia: muitas de suas aulas eram sessões de treinamento de QI veladas, projetadas para prepará-lo para testes padronizados como o SAT e o GRE que medem seu QI. (Realmente, eles fazem; os pesquisadores podem usar as pontuações do SAT dos alunos para prever seu QI com uma precisão de alguns pontos.) Depois de todo esse treinamento, quanto espaço você imagina que seu QI tem para crescer?

Para a maioria de nós, o mesmo não acontece com a criatividade, a inteligência emocional e o resto. Ao contrário das atividades do tipo QI que a maioria de nós pratica na escola, o sistema educacional gasta pouco tempo aprimorando essas habilidades que não são de QI. (Por exemplo: quando foi a última vez que alguém explicou a mecânica da intuição para você, ou lhe disse o que a ciência tem a dizer sobre ativá-la? Sim, era o que eu pensava.) habilidades cerebrais sem QI são jarras quase vazias esperando por suco.

Então, se você quer ganhar mais alguns pontos em um teste de QI... bem, você sabe o que fazer. Apenas continue fazendo o tipo de treinamento que você tem feito toda a sua vida. Mas se você quiser que seu cérebro funcione melhor de maneiras que importam, pare de tentar espremer dolorosamente mais um ou dois quilômetros por hora de velocidade máxima do seu mecanismo de QI já bem ajustado. Em vez disso, junte-se a mim pensando em como maximizar o QI que você já tem. Aprenda a conduzir sua mente.

E não, você não precisa aceitar minha palavra para saber se essas coisas realmente funcionam. Cada afirmação e exercício nestas páginas brotam de entrevistas com alguns dos principais pesquisadores do cérebro do país e estudos publicados em periódicos revisados por pares. Isso é ciência de verdade, pessoal. Aqui você aprenderá o que os principais pesquisadores da psicologia têm a dizer sobre cultivar intuições corretas e equilibrar experiências ruins com boas para que a idade leve à sabedoria. Você aprenderá a limpar a desordem do caminho para uma solução perspicaz e aumentar as habilidades da função executiva: força de vontade, foco e multitarefa. E muito mais.

Espero que você até goste. Isso porque este livro conhece a lição da resolução de ano novo: uma promessa de fazer algo que você odeia durará tanto quanto a ressaca de seu ano novo. Em vez disso, a grande maioria dos exercícios nestes capítulos, embora permaneçam cientificamente sólidos, pretendem ser divertidos. Você pode dissecar as citações ilógicas de líderes mundiais, classificar joaninhas, resolver enigmas, interpretar MacGyver, escrever suas próprias rimas e combinar elementos ilustrados em máquinas de Rube Goldberg.

Isso não quer dizer que os exercícios deste livro sejam fáceis — se não fossem desafiadores, não fariam bem a você. A moral do campo em expansão da neuroplasticidade é que quanto mais você estica seu cérebro, mais você pode mudar os padrões de sua fiação. E por sua natureza, um caminho simples cria um cérebro simples. Em vez disso, a chave para pensar, imaginar e avaliar com sucesso é, bem, gastar tempo e esforço na experiência alucinante de pensar, imaginar e avaliar.

Mas alongar sua mente não precisa ser horrível, frustrante e chato. Talvez a lição mais importante neste livro de lições seja que colocar o motor de sua mente para trabalhar duro pode ser divertido. E enquanto você se diverte colocando seu cérebro à prova, você também estará apontando o Lótus de sua vida para o sucesso.

ENTENDIMENTO

Eu estava em uma coisa outra noite com um punhado de outros autores de Boulder, Colorado, ostensivamente para falar sobre coisas de escritor, mas na verdade para beber cerveja e trocar histórias. Depois de um par de Left Hand Brewing Wake Up Dead Stouts, um advogado de defesa que virou biógrafo e virou escritor de crimes chamado Mark contou uma história sobre seu livro em andamento, o quinto de uma série de romances policiais. Situado no sul da Flórida, apresenta assassinos com armas, um cadáver cheio de balas e mais do que uma pitada de drama no tribunal. Mark falou sobre como ele salpicou os primeiros dois terços do livro com pistas que levaram à sua conclusão meticulosamente pré-planejada de que, em retrospectiva e na grande tradição de Sir Arthur Conan Doyle, Perry Mason e Angela Lansbury como detetive amador Jessica Fletcher, não poderia ter ido de outra maneira.

Apenas, ele fez.

Por algumas semanas, no fundo da mente de Mark ficou a decepção de que este quinto livro estava indo na mesma direção que seus quatro primeiros - não os detalhes, em si, mas o mecanismo de distribuição de pistas que eventualmente leva o único lugar que poderia levar: ao verdadeiro assassino. Você sabe, a coisa do romance policial. Certa manhã, ele se sentou para digitar, como sempre faz, imaginando que em algumas horas estaria duas mil palavras mais perto do final do roteiro.

Mas então — bang! — algo aconteceu.

As pistas se juntaram em sua cabeça como a fusão dos dois painéis de um estereograma 3D, só que em vez de focar o rosto do assassino (alerta de spoiler!), a soma dessas pistas não era nada assassina. Os assassinos encontraram um corpo já morto e reivindicaram o crime para receber o pagamento. Mark descreveu sua absoluta confiança de que a curva à esquerda que ele fez se encaixava na teia interconectada de pistas tecidas nas duzentas páginas anteriores de seu romance.

Ele só sabia que estava certo. E nesse estado de conhecimento, as palavras em sua cabeça ultrapassaram suas habilidades de digitação. Ele se viu atacando o teclado em um frenesi para cristalizar sua visão. Um dia e quinze mil palavras depois, Mark tinha seu mais novo romance policial.

O insight do escritor de crimes Mark é o que todos esperamos quando nos deparamos com um problema complicado: uma solução simples e brilhante que aparentemente nos surpreende do nada. Mas parece casual, impossível de recriar.

Na verdade, embora a visão do romance policial de Mark tenha sido fortuita, pois ele não pretendia necessariamente descobrir pistas clicando em novas configurações quando se sentou em seu computador naquela manhã, a visão em si foi tudo menos sorte. Sem saber, ele entrou em um estado de prontidão cerebral e de conhecimento que tornou o insight quase inevitável. Você pode aprender a colocar seu cérebro no mesmo estado.

Primeiro, eis por que o insight pode ser difícil: requer uma mistura paradoxal de experiência com abertura. Normalmente, a experiência leva a formas inabaláveis de fazer as coisas. Normalmente, a abertura só está presente quando você é forçado pela inexperiência a permanecer disponível em sua busca por soluções. Experiência misturada com abertura é um coquetel raro.

Vamos descompactar isso um pouco. Insight é a nova conexão de pedaços distantes de informação flutuando em sua cabeça. E assim, para fazer conexões, você já deve ter as informações necessárias em seu cérebro. Isso é o que consideramos experiência, ou expertise; os pesquisadores chamam isso de conhecimento específico do problema. Esses pedaços de informação e know-how formam os blocos de construção do insight. Se você é um físico, seus insights vêm da combinação de seu conhecimento específico de problemas de fatos físicos de maneiras novas; se você é um chef, um prato perspicaz vem de conhecer os ingredientes e técnicas e, em seguida, fundi-los para fazer algo novo.

Quanto mais conhecimento específico do problema você acumular, mais blocos de construção você terá que usar ao construir insights. Não há pílula que você possa tomar que irá instantaneamente implantá-lo com conhecimento específico do problema - emboraCapítulo 7em expertise pode ajudá-lo a desenvolvê-lo mais cedo ou mais tarde.

Por enquanto, porém, vamos nos concentrar na segunda metade do insight: abertura. Novamente, este segundo passo é o motivo pelo qual o insight é caro: é raro uma pessoa que pode conhecer as soluções antigas, mas mantém a mente aberta para as novas. E acontece que você pode deixar seu cérebro pronto e capaz de conectar qualquer conhecimento específico do problema que você tenha de maneiras novas e perspicazes. Os pesquisadores John Kounios da Drexel University e Mark Jung-Beeman da Northwestern University sabem como. Eles identificaram o estado cerebral de prontidão para o insight observando a massa cinzenta dos sujeitos enquanto eles resolviam problemas de associação remota – por exemplo: qual palavra se funde com cada uma das palavras tanque, colina e segredo para formar uma palavra composta ou comum? frase? Esse tipo de problema de associação remota se entrega a insights ou análises,

Pronto para outro paradoxo? Em vez de abrir sua mente para insights, Kounios e Jung-Beeman mostram que, se você quer insights, a melhor coisa a fazer é fechá-los.

Uma mente fechada aparece em um fMRI como ativação do córtex cingulado anterior, o lar do cérebro para inibir a distração. É como se o seu ACC fosse um par de fones de ouvido com cancelamento de ruído e, com esses fones de ouvido no lugar, você é mais capaz de ouvir os sussurros silenciosos e perspicazes do seu cérebro. Mas o que é ainda mais legal é que o fMRI mostra que esses estados cerebrais provavelmente estão ligados a diferentes tipos de preparação mental, dizem Kounios e Jung-Beeman. Em outras palavras, preparando seu cérebro, você pode aumentar a chance de insight. Os pesquisadores descrevem esse estado como o cérebro fechando os olhos. Aqui está como fazê-lo:

Primeiro, desligue o máximo possível de estímulos externos para que seu cérebro não precise trabalhar para inibi-los. Depois de desligar o mundo exterior, desligue também o mundo interior — libere os pensamentos perturbadores e as tentadoras maçãs douradas das soluções testadas e comprovadas que você conhece por experiência. Então, dizem os pesquisadores, prepare-se para fechar ainda mais sua mente – prepare-se para inibir não apenas as coisas que distraem que já existem dentro e fora do seu crânio, mas também quaisquer novos sussurros falsos que seu cérebro ofereça. Por exemplo, lembre-se das palavras tanque, colina e segredo? Ao olhar para a palavra segredo, o sussurro de serviço pode surgir em sua mente. Claro, faz serviço secreto, mas depois que você descobre que serviço de colina e colina de serviço são bobagens, esteja pronto para inibir a falsa percepção de serviço com a mesma certeza com que inibiu o ruído de fundo e os pensamentos irrelevantes. Enfie-o de forma rápida e segura no cofre de lixo trancado do seu cérebro para que ele não concorra com outros sussurros, possivelmente corretos.

Feche sua mente.

Supondo que você tenha o conhecimento específico do problema, o insight correto está rolando por aí em algum lugar. Seu trabalho é silenciar todo o resto para que você possa ouvir. Esse processo de focar para dentro, inibir pensamentos irrelevantes e se preparar para mudar para novos estilos de pensamento torna você mensuravelmente mais propenso a experimentar um insight repentino, que, no caso de tanque, colina e segredo, é a palavra topo, como em regata, topo de colina e top