Técnicas de intervenção psicopedagógica: Para dificuldades e problemas de aprendizagem
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Sobre este e-book
O texto desta obra discorre sobre o aparato teórico que fundamenta a intervenção psicopedagógica e contém exemplos de casos de diferentes distúrbios de aprendizagem. Também são citados exemplos de aplicações de jogos psicopedagógicos.
No aparato teórico deste livro, a autora mostra técnicas de intervenção e sua interpretação operacionalizada, tornando a intervenção psicopedagógica incontestável e, acima de tudo, mostrando o campo e os limites da atuação psicopedagógica.
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Pré-visualização do livro
Técnicas de intervenção psicopedagógica - Leila Sara Jose Chamat
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Chamat, Leila Sara José
Técnicas de intervenção psicopedagógica: para dificuldades
e problemas de aprendizagem / Leila Sara José Chamat. —
1. ed. — São Paulo: Vetor, 2008.
Bibliografia.
1. Crianças - Dificuldades de aprendizagem 2. Psicologia da
aprendizagem 3. Psicologia educacional I. Título.
08-05312 CDD-370.1523
Índices para catálogo sistemático:
1. Aprendizagem: Dificuldades: Intervenção psicopedagógico:
Educação 370.1523 2. Dificuldades de aprendizagem:
Intervenção psicopedagógico: Educação 370.1523
ISBN: 978-65-5374-179-9
Projeto gráfico e diagramação: Patricia Figueiredo
Capa: Ênio Rodrigues
© 2008 – Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por qualquer meio
existente e para qualquer finalidade, sem autorização por escrito dos editores.
Sumário
Agradecimentos
Prefácio
Apresentação
Introdução
1. Fundamentos psicopedagógicos
A criança com dificuldades de aprendizagem
O papel do psicopedagogo
O vínculo e a aprendizagem
2. O desenvolvimento infantil segundo Piaget e neo-piagetianos
Desenvolvimento infantil
Estádios
Comentários
3. Delineamento da intervenção
Esquema
Da problemática
Das sessões de intervenção
Planejamento das atividades
Desenvolvimento das sessões
Pontuação, assinalamento e interpretação operacional
Avaliação
4. Aspectos relevantes da intervenção
Introdutório
Fases da intervenção
As hipóteses
Esquemas de intervenção
A interpretação no real
5. Alterações mais comuns no comportamento do aprendiz
Hiperatividade
Dislexia
Distúrbios de escrita
Déficit de alfabetização
Distúrbios no raciocínio
Deficiência física
Inclusão de alunos com déficits
A criança agressiva
Desordens de atenção
A criança sem limites
Rebaixamento intelectivo
Alterações de comportamento e a importância da disciplina
Outras patologias
6. Casos ilustrativos
Exemplo de sessão com jogos
Déficits na alfabetização
Déficits de raciocínio
7. Jogos e atividades específicas
Implicações psicopedagógicas dos jogos
Situações atípicas
8. Avaliação
O que avaliar?
Considerações finais
Referências bibliográficas
Anexos
Anexo 1
Anexo 2
Anexo 3
Anexo 4
Anexo 5
Anexo 6
Anexo 7
Formação da autora
Agradecimentos
Dedico esta obra ao Prof. Dr. Lino de Macedo (USP), ilustre figura e proeminente no conhecimento
de Jean Piaget, que muito me ensinou sobre Construtivismo.
À minha amiga Mestra Luana Going, autora de Contos para escrever-se, com muito carinho.
Fica toda a minha admiração registrada a vocês.
Dra. Leila Sara
Prefácio
Lendo e refletindo entende-se que este trabalho é um material minucioso que muito pode contribuir com o trabalho pedagógico. Atende também ao profissional em instituição, seja o professor, o pedagogo e ou psicopedagogo. Ressalta-se seu uso como instrumento auxiliar do psicólogo educacional. Essas técnicas de intervenção propostas pela autora, todos conhecem, mas dela se esquecem na ânsia de passar para o conhecimento
formal. Alguns profissionais desconhecem, mas agora ficam alertados sobre sua aplicabilidade.
Após a leitura deste texto o professor incorporará o conteúdo formal e poderá aplicá-lo sob a forma lúdica, facilitando o controle da ansiedade e fazer com que o aluno aprenda de forma repetitiva.
Por outro lado, a família terá de mudar o contato com a criança, dialogando mais e reforçando as partes positivas. Deixa-se bem claro que mesmo clínico, o trabalho para desenvolver o nível de operatoriedade da criança, envolve todo o contexto no qual ela está inserida. Só se pode antecipar a ação se a mente se encontrar em equilíbrio. As manifestações de amor e valorização da criança aumentam sua auto-estima e conduzem ao aprendizado. Manter regras é importante até para a organização do pensamento. Pancadaria só detona o vínculo, enquanto a conversa firme e real conduz a aquisição de conhecimento
.
Sandra Mello
Secretária de Educação de Vilhena
Apresentação
O presente compêndio tem como característica fundamental fornecer um vínculo entre o tratamento psicológico e psicopedagógico, cujas divergências aqui apontadas, poderão ser assimiladas pelo leitor.
Trata-se de material de técnicas de aprendizagem, qualificadas para serem aplicadas de forma acelerada (continuadamente). Subsidia o psicopedagogo da área clínica, institucional e o professor a fim de trabalharem o sujeito ou educando de forma lúdica e diversificada.
As técnicas são relacionadas com os processos de intervenção psicopedagógica e se fundamentam em técnicas aplicadas internacionalmente, inclusive no âmbito clínico. As referidas técnicas são munidas de conteúdos aplicáveis nas áreas de Educação, Psicologia, Psicopedagogia, Recursos Humanos.
Para o aluno com déficit escolar as técnicas relacionadas aos processos de aprendizagem, na intervenção psicopedagógica clínica e ou institucional, principalmente para os processos que se fundamentam em técnicas, os resultados são funcionais. Essa informação se encontra na literatura de outros países, na qual se embasam muitos autores nacionais.
Além disso, o psicopedagogo, muitas vezes, centraliza-se na atividade pedagógica, com reforço escolar, deixando a desejar nos resultados de seu atendimento, que é a construção de estruturas de pensamento e vinculação com o conhecimento
, no Sujeito. Busca-se elucidar a forma pela qual pode ser realizado o tratamento psicopedagógico. Só assim caminhará para a realização pessoal/profissional e, conseqüentemente para o paciente e para a ampliação da psicopedagogia.
Nesse processo de ampliação o psicopedagogo vai estabelecendo cada vez mais suas fronteiras e seu campo de atuação, no trabalho psicopedagógico. Este trabalho resulta de anos de pesquisa e atendimento das dificuldades de aprendizagem e de supervisão de psicólogos e psicopedagogos no tocante à aprendizagem. A diferença entre a atuação de ambos profissionais consiste tanto na formação quanto no campo de atuação.
O psicólogo trata do sujeito como um todo em suas dificuldades emocionais e de estruturação da psique: id, ego e superego
. Por outro lado, o psicopedagogo se restringe às dificuldades e/ou problemas de aprendizagem (como foco) e os aspectos pertinentes na área educacional do sujeito e contexto no qual convive. Trabalha operacionalmente os impulsos e, da mesma forma, a exacerbação ou ausência do que se pode ou não fazer, ampliando a capacidade de discernimento.
O conteúdo exposto norteia rapidamente o leitor sobre o assunto apresentado, tanto no que mostra a Apresentação como na Introdução. Os capítulos se referem ao paciente como a criança, o sujeito, o aluno, algumas vezes falando de uma pessoa do sexo feminino e ou masculino. Deixa-se claro que a denominação independe do sexo do sujeito sobre o qual se está discorrendo ou trabalhando.
A cada tópico desenvolvido objetiva-se direcionar o pensamento do leitor para o conteúdo exposto a ser lido e aplicado.
A autora
Introdução
O trabalho clínico psicopedagógico, após a etapa diagnóstica e efetuada a conscientização e enquadramento com a Família, é o início de uma intervenção, pois se trata de uma forma de tratamento. Depois de efetuado o contrato verbal, inicia-se a intervenção sobre o sujeito. Essa intervenção ou tratamento das dificuldades pertinentes à aprendizagem, no ser que se submete à busca de solução para esse problema do qual o sujeito se faz portador é efetuada por etapas.
A primeira inicia-se pelo diagnóstico (CHAMAT, 2005) que aponta a coleta de dados com o sujeito, família e escola. Estes favorecem uma reciclagem e tomada de consciência do Ser que ensina
e do Ser que aprende
. Para efetuar essa intervenção psicopedagógica, o psicopedagogo necessita de um novo enquadramento do trabalho a ser desenvolvido após ter contato com o conteúdo diagnosticado.
Dá-se ênfase às etapas delineadas pelo profissional, aos aspectos priorizados teoricamente por Jean Piaget (1983) e pelos neo-piagetianos, no que diz respeito à assimilação/acomodação. Enfatiza-se a evolução do pensamento por meio do Construtivismo e dos aspectos pertinentes a essa evolução, tais como: a vinculação afetiva e a estruturação no campo social (VIGOTSKY, 1984).
O livro Epistemologia convergente (VISCA, 1987), no qual procura o autor explicar a forma pela qual a Epistemologia Genética de Piaget (1970) se fundamenta em sua aplicação, está associado aos outros dois elementos: afetividade e socialização. Mostra também Visca (op. cit.), de acordo com Piaget (op. cit.), que o processo de assimilação/acomodação e suas variáveis, aprofundando-se na teoria explicitada pelo último autor, o
Pai do Construtivismo recebe essa denominação pelo fato do
conhecimento" ser assimilado de forma gradativa.
Constrói-se o nível de operatoriedade, a denominação de Construtivismo, que se dá na etapa de intervenção. Munido desses conceitos, o primeiro autor faz pesquisas e divulga suas idéias de penetração no Conhecimento
. Esses três elementos são encontrados tanto no discurso do autor como também nos de seus seguidores. De acordo com Fernández (1984, p. 86), Afetividade e Cognição estão acopladas e caminham juntas
, propiciando a aprendizagem.
Além do exposto, em Relações vinculares (CHAMAT, 1996), mostra que a aprendizagem, na linha de Pichon-Rivière (1981), só ocorre com a união desses elementos. A autora enfoca e salienta o papel das Relações Vinculares na formação, desenvolvimento e fortalecimento do vínculo com o conhecimento
, como aponta este último autor.
Essas idéias são reforçadas por Going (1998), em seu trabalho A arte para escrever-se. Este material constitui uma das principais técnicas de intervenção, porque durante toda a intervenção, o paciente é questionado a ver-se
.
A partir do autoconhecimento
, das relações vinculares e da necessidade de penetração nesse campo, pela motivação, as dificuldades de aprendizagem desaparecem. Os problemas de aprendizagem merecem uma conotação mais acentuada e morosa, envolve prioritariamente o atendimento médico, mas não se pode descartar a intervenção psicopedagógica, que se constitui em elemento importante para a evolução.
Com o conteúdo apresentado fica claro que esta obra, se constitui em um elemento direcionador do trabalho psicopedagógico e auxiliar do trabalho psicológico. Toda a Intervenção deve partir das relações vinculares com as pessoas do contexto social e familiar do Sujeito, Ser que ensina
, para depois se vincular e sentir o desejo pelo Conhecimento
.
O propósito, portanto, é munir o profissional de conhecimentos
, para criar atividades tendo em vista o desenvolvimento do aprendiz. Dessa forma, fica a certeza de que o psicopedagogo terá muito interesse em penetrar no conhecimento
, com o despertar do impulso epistemofílico. Fica a certeza de que após a leitura, o psicopedagogo utilizará as técnicas