Peter Pan. Aventura Contada Por Dona Benta. Edição Ilustrada. (coleção Historinhas Coloridas)
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Peter Pan. Aventura Contada Por Dona Benta. Edição Ilustrada. (coleção Historinhas Coloridas) - Moneiro Lobato
Coleção Historinhas Coloridas
Historinhas Coloridas [500pxl].pngPETER PAN
AVENTURA CONTADA POR DONA BENTA
Monteiro Lobato
Mafra Editions [Black on White Logo].pngmafraeditions.com
@mafraeditions
Monteiro Lobato foi um renomado escritor e editor brasileiro, nascido em 1882, no município de Taubaté, estado de São Paulo. Formado em Direito, Lobato abandonou a advocacia para se dedicar à literatura e à promoção da cultura no Brasil. Em 1920, fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia., contribuindo significativamente para o desenvolvimento do mercado editorial no país.
Sua obra mais conhecida é a série de livros infantis O Sítio do Pica-pau Amarelo
, que foi publicada pela primeira vez em 1920. Essa coleção tornou-se um clássico da literatura infantojuvenil brasileira, apresentando personagens memoráveis como Emília, Narizinho, Pedrinho e Visconde de Sabugosa. Além de suas contribuições à literatura infantil, Monteiro Lobato também escreveu obras para adultos, abordando temas sociais e políticos, destacando-se o livro O Presidente Negro
, publicado em 1926.
Lobato foi um defensor entusiasta da valorização da cultura nacional e do desenvolvimento da indústria editorial brasileira. Ele deixou um legado duradouro como escritor e editor, sendo reconhecido como um dos grandes nomes da literatura brasileira do século XX. Monteiro Lobato faleceu em 1948, mas seu trabalho continua a influenciar gerações de leitores e escritores no Brasil.
Peter Pan
, escrito por James M. Barrie, é uma obra clássica que encanta leitores de todas as idades ao redor do mundo. No universo do Sítio do Pica-Pau Amarelo
, a narrativa ganha uma nova perspectiva pelas palavras cativantes de Dona Benta, a matriarca da família que adora compartilhar histórias com seus netos.
Dona Benta narra as aventuras mágicas de Peter Pan, o garoto que se recusa a crescer, e seus fiéis amigos, como a fada Sininho e os irmãos Darling. A história se desenrola na Terra do Nunca, um lugar onde a imaginação reina, e os personagens enfrentam o temível Capitão Gancho e seus piratas. A narrativa aborda temas atemporais, como a importância da imaginação, a inocência da infância e a resistência em aceitar a passagem do tempo.
Através da voz envolvente de Dona Benta, a história de Peter Pan ganha vida de maneira especial, transportando os leitores do Sítio do Pica-Pau Amarelo para um mundo mágico e intemporal, onde a aventura e a fantasia se entrelaçam em uma narrativa que transcende gerações.
Peter Pan
Quem já leu as Reinações de Narizinho deve estar lembrado daquela noite de circo, no Pica-pau Amarelo, em que o palhaço havia desaparecido misteriosamente. Com certeza fora raptado. Mas raptado por quem? Todos ficaram na dúvida, sem saber o que pensar do estranho acontecimento. Todos, menos o gato Félix. Esse figurão afirmava que o autor do rapto só poderia ter sido uma criatura — Peter Pan.
— Foi ele! — dizia o gato Félix. — Juro como foi Peter Pan.
Mas quem era Peter Pan? Ninguém sabia, nem a própria Dona Benta, a velha mais sabida de quantas há. Quando Emília a ouviu declarar que não sabia, botou as mãos na cinturinha e:
— Pois se não sabe trate de saber. Não podemos ficar assim na ignorância. Onde já se viu uma velha de óculos de ouro ignorar o que um gato sabe?
Dona Benta calou-se, achando que era mesmo uma vergonha que o gato Félix soubesse quem era Peter Pan e ela não — e escreveu a uma livraria de S. Paulo pedindo que lhe mandasse a história do tal Peter Pan. Dias depois recebeu um lindo livro em inglês, cheio de gravuras coloridas, do grande escritor inglês J. M. Barrie. O título dessa obra era Peter Pan and Wendy.
Dona Benta leu o livro inteirinho e depois disse:
— Pronto! Já sei quem é o Senhor Peter Pan, e sei melhor do que o gato Félix, pois duvido que ele haja lido este livro.
— Está claro que não leu — observou Emília. — Ele só lê ratos — com os dentes...
— Se leu, conte, vovó! — gritou Narizinho. — Andamos ansiosos por ouvir a história desse famoso menino.
— Muito bem — disse Dona Benta. — Como hoje já é muito tarde, começarei a história amanhã às sete horas. Fiquem todos avisados.
No dia seguinte, de tardinha, a curiosidade dos meninos começou a crescer. Às seis e meia já estavam todos na sala, em redor da mesa, à espera da contadeira. Emília olhava para o relógio pensativamente. Quem entrasse em sua cabeça havia de encontrar lá esta asneirinha: Que pena os relógios não andarem de galope, como os cavalos! Nada me enjoa tanto como esta maçada de esperar que chegue a hora das coisas — a hora de brincar, a hora de dormir, a hora de ouvir histórias...
Pedrinho matava o tempo arrepiando xises no veludo de uma velha almofada — com o dedo. E Narizinho, no seu vestido novo de rosinhas cor- de-rosa, fazia exercício de parar de pensar
— uma coisa que parece fácil mas não é. A gente, por mais que faça, pensa sem querer.
Faltava o Visconde. O velho sábio, depois que se meteu a estudar matemática, fazia tudo com precisão matemática
, que é como se diz das pessoas que não fazem as coisas mais ou menos, e sim certinho. Quando bateu sete horas ele entrou, em sete passadas, cada uma correspondendo a uma pancada do relógio. Logo depois surgiu Dona Benta.
— Viva vovó! — gritaram os meninos.
— Viva a história que ela vai contar! — berrou Emília.
Dona Benta sentou-se na sua cadeira de pernas serradas, subiu para a testa os óculos de aro de ouro e começou:
— Era uma vez uma família inglesa...
— Espere, Sinhá! Não Comece ainda — gritou lá da copa tia Nastácia.
— Eu também faço questão de conhecer a história desse pestinha. Estou acabando de lavar as panelas e já vou.
Dona