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Autismo Feminino-expectativa De Vida 58 Anos
Autismo Feminino-expectativa De Vida 58 Anos
Autismo Feminino-expectativa De Vida 58 Anos
E-book50 páginas39 minutos

Autismo Feminino-expectativa De Vida 58 Anos

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Sobre este e-book

Tenho 54 anos, como a expectativa de vida de autistas mulheres é de 56/58 anos (para os casos mais graves é de 36 anos) considero que estou na 3°idade porque talvez nunca chegarei até lá. Desde os 40 anos comecei a ter vários diagnósticos contraditorios como bipolar, esquizofrênica, agorafobia, transtornos psicótos graves e esquizoafetiva e ninguém pode ser tanta coisa ao mesmo tempo, por conseguinte OCASIONOU O AUMENTO DE REMÉDIOS QUE TOMAVA,CHEGANDO A TOMAR 2 SACOLAS REPLETAS DE REMEDIOS POR MÊS, uma quantidade totalmente absurda de medicações. Na medicina devemos ter uma regra básica: _ Se um doente tomar um remédio e não se observar resultados este remédio deve ser retirado e não apenas prescrever outro para ser acumulado com o anterior . Adquiri uma hesteatose medicamentosa grau III, engordei 15 kgs e adquiri uma grave queimação em minha pele, sentia-me pegando fogo, literalmente. Constatei que os Bullings nas Escolas, os Assédios Morais/sexuais nos empregos e os relacionamentos abusivos foram consequências das características do Autismo. Pensei que este diagnóstico nada ia mudar em minha vida, mas muita coisa, muita coisa mesmo,mudou. Resolvi parar de tomar 2 sacolas repletas de remédios por mês, está decisão repentina não foi correta, mas a fiz devido a hesteatose medicamentosa grau III, com um fígado preto e minha pele queimando,acreditei que talvez fosse alguma alergia medicamentosa e funcionou. Emagreci 15 kgs e com eles se foram a hesteatose e a queimação da pele. Apesar do resultado favorável foi muito difícil, cansativo e solitário fazer isso. Nesse processo de auto conhecimento e auto aceitação cortei meus cabebos compridos bem curtos já que eles estavam me incomodado ao verificar que o casco da minha cabeça sempre foi muito sensível E QUE MUITAS TEXTURAS INCOMODAM MEUS OMBROS. Assistindo um documentário sobre relacionamentos abusivos há 4 anos suspeitei talvez ser autista, comecei a busca pelo diagnostico que foi posteriormente confirmado por uma neuro-psicóloga e duas psiquiatras. Sou formada em Administração de Empresas na Universidade Federal do ES (UFES), já passei em 11°lugar no BANESTES SEGUROS,e também nas prefeituras da Serra e de Vitória e fiquei entre os 5 primeiros numa seleção na Petrobrás, não tomei posse nesses concursos porque na época era dona de Escolas para Adultos. Passei na Caixa Econômica Federal do ES para substituir os terceirizados que trabalhavam na compensação de cheques. O resultado foi a primeira DEMISSÃO DE UMA CONCURSADA da CEF no ES. Lembro que no seminário de Integração, quando os motivadores perguntaram o porquê de querermos trabalhar na CEF, eu responder que queria fazer amigos já que na época pensava não ter amigos porque era a DONA de Escolas. Nenhum dos meus relacionamentos nunca foram contínuos, eles se perdem no caminho e todos eles foram relacionamentos abusivos. Na UFES sempre ficava na biblioteca,nem no restaurante universitário (RU) frequentava porque não suportava o cheiro de pepino , de quento e de carne. Nunca senti reciprocidade em meus relacionamentos amorosos, ou estavam comigo pela minha aparência e era logo substituída pela garota mais simpática e popular,ou porque queriam consegui algo de mim, já que era dona de Escolas e tinha uma uma certa independência financeira. Nos relacionamentos sempre fui muito ingênua. Não percebi, por exemplo, que minha única e melhor amiga gostava do meu primeiro namorado, minha mãe percebeu, infere-se que está amiga casou com aquele namorado. Não percebi que meu ex marido, depois de se formar nas minhas Escolas e começar a trabalhar na Vale do Rio Doce se apaixonou por uma garota da metade da idade dele. Juntos conseguiram provas absurdas, inclusive LAUDOS ERRADOS MEUS e tiraram a guarda dos meus filhos. A PERDA GUARDA DOS MEUS FILHOS LOGO APOS A DEMISSÃO DA CEF foi o golpe fatal. Ali perdi um sorriso que custei muito a aprender a ter. Mas como vai a senhora Mariangela de 54 anos?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de fev. de 2024
Autismo Feminino-expectativa De Vida 58 Anos

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    Autismo Feminino-expectativa De Vida 58 Anos - Mariangela Fernandes Vaz

    AUTISMO: caminhos de uma mulher autista aos 52 anos  

    A sobrevivente  

    Autismo  

    _Caminhos de uma  

    mulher autista aos 54 anos  

    -

    A sobrevivente  

    Mariangela Fernandes Vaz  

    Mariangela Fernandes Vaz  

    AUTISMO: caminhos de uma mulher autista aos 54 anos  

    A sobrevivente  

    Sumário  

    I-  

    Introdução  

    II- Uma

     

    conversa íntima  

    III- Minha

     

    Infância  

    IV- Minha

     

    Adolescência  

    V- Na

     

    fase Adulta  

    VI- Meus

     

    vários diagnósticos  

    VII- Após

     

    os 52  

    VIII- Conclusão  

    2

    Mariangela Fernandes Vaz  

    AUTISMO: caminhos de uma mulher autista aos 54 anos  

    A sobrevivente  

    Este livro é dedicado a meus pais,  

    Geraldo Velasco Vaz e Getúlia  

    Fernandes Vaz, que tiveram a  

    sabedoria de indicar o caminho do  

    mar ao rio que insistia em  

    transbordar às margens...  

    3

    Mariangela Fernandes Vaz  

    AUTISMO: caminhos de uma mulher autista aos 54 anos  

    A sobrevivente  

    I- Introdução  

    Administradora formada pela UFES, trabalhei quinze  

    anos nesta área e este livro é um relato libertador sobre  

    minha jornada nos últimos cinquenta e dois anos. O foco  

    deste estudo é autismo que, quando ocorre em mulheres é  

    muito mais dramático do que as informações atuais deixam  

    transparecer.  

    O autismo feminino em mulheres pode sofrer  

    bullying,  

    assédio  

    moral, discriminação

     

    social  

    e relacionamentos

     

    abusivos  

    A cada passo desta longa jornada quase perdi  

    totalmente a identidade. Quem sou eu afinal?  

    Escrevo para não me perder totalmente, porque em  

    alguns momentos, eu me lembro da Mariangela que fui e  

    começo a pedir desculpas e a explicar que os sintomas da  

    depressão e as características autistas, não devem se  

    confundir comigo.  

    A sensação de culpa me persegue e somente queria  

    encontrar algum ex-aluno, ou ex- funcionário das minhas  

    exescolas ou algum ex-namorado e até um ex- filho, sobre  

    isso também é difícil escrever, mas queria encontrá-los e  

    dizer: "_Olha para mim, sou eu, a Mariangela, você se  

    lembra? _Eu me lembro dela"!  

    Meu último diagnóstico é de ser autista. O autismo  

    é uma característica genética da diversidade humana (como  

    ser branco ou preto; alto ou baixo; gordo ou magro...). O  

    autismo não é compreendido como um problema a ser  

    resolvido, mas como diversas outras características  

    4

    Mariangela Fernandes Vaz  

    AUTISMO: caminhos de uma mulher autista aos 54 anos  

    A sobrevivente  

    corporais, sensoriais, sociais e comportamentais que  

    formam  

    a

    subjetividade do indivíduo. Existe uma  

    invisibilidade das mulheres autistas, que não são  

    consideradas em sua singularidade, ou seja, as mulheres tem  

    características femininas muito diferentes das masculinas,  

    não temos os mesmos órgãos, nem os mesmos gostos,  

    sensações, sentimentos, comportamento e capacidade  

    cognitiva.  

    A preocupação central desta análise é a formação da  

    opinião pública sobre este assunto, buscando a real  

    dimensão do autismo em mulheres. Não se colocou em  

    questão a eficiência deste ou daquele tratamento específico,  

    mas retratar minha longa trajetória marcada  

    fundamentalmente pelo desrespeito aos direitos mínimos de  

    cidadania.  

    Nem tampouco se

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