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Como Ser Eleito Em Um Mundo Conectado
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Como Ser Eleito Em Um Mundo Conectado
E-book264 páginas2 horas

Como Ser Eleito Em Um Mundo Conectado

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Sobre este e-book

Em um curto espaço de tempo, transformações profundas redefiniram significativamente nosso cotidiano, alterando a forma como nos comunicamos, realizamos compras, estudamos, trabalhamos e nos relacionamos. Essas mudanças estruturais, inevitavelmente, impactaram a dinâmica das campanhas eleitorais. Diante da avalanche digital e das múltiplas modificações nas normas eleitorais, alcançar resultados positivos em campanhas contemporâneas tornou-se um desafio complexo. Muitos candidatos têm enfrentado dificuldades para compreender e acompanhar essas transformações, recorrendo a táticas ultrapassadas, ações meramente protocolares ou, até mesmo, limitando-se a imitar estratégias adotadas pelos concorrentes. No cenário conectado e altamente competitivo das campanhas modernas, não há espaço para amadorismos. Certamente, não se vence uma eleição apenas com jingles chicletes, carreatas e pinturas em paredes, muito menos jogando diariamente dezenas de fotos em grupos de WhatsApp. É nesse contexto desafiador que surge o livro COMO SER ELEITO EM UM MUNDO CONECTADO , que busca lançar luz sobre a compreensão do que verdadeiramente funciona na chamada nova campanha eleitoral , em meio a um cenário em constante evolução e repleto de possibilidades.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de mar. de 2024
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    Pré-visualização do livro

    Como Ser Eleito Em Um Mundo Conectado - Gilberto Souza

    Copyright 2024 Gilberto Souza

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode

    ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem

    autorização por escrito do detentor do copyright.

    revisão: Ricardo Almeida

    diagramação: Marco Aurélio S. M

    capa: Gilberto Souza

    fotografia: Filipe Dantas

    impressão e acabamento: Clube de Autores Publicações S/A

    Meu profundo agradecimento, em primeiro lugar, a DEUS, por guiar meus passos e me dar força nos momentos desafiadores. À minha amada família, especialmente à minha filha Gisely, de 6 aninhos, que orava sempre para que meu livro ficasse logo pronto para que eu pudesse vender milhões de cópias (rsrsrs), e a todos aqueles que acreditaram no meu trabalho ou contribuíram para que este livro se tornasse realidade.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO: OS CANDIDATOS ANALÓGICOS E AS CAMPANHAS DIGITAIS

    Remendo novo em roupa velha

    CTRL+C, CTRL+V

    O eleitor de hoje

    A nova campanha eleitoral

    CAPÍTULO 1: SEGMENTAÇÃO DE PÚBLICO

    Tipos de segmentação de público na política

    Definindo seu Público-Alvo

    Criando Personas

    Assuma o protagonismo

    Não tenha medo de defender seu público

    CAPÍTULO 2 CHAVES MOTIVACIONAIS

    Chaves Motivacionais na política

    Chaves Motivacionais versus benefícios pessoais

    Chaves Motivacionais na prática

    CAPÍTULO 3: MOVIMENTO DE MOBILIZAÇÃO

    Levando o eleitor a uma experiência

    O efeito adesão

    O tripé do Movimento de Mobilização

    O papel da Landing Page

    Base de Comunicação Direta

    Encontros presenciais

    CAPÍTULO 4: CICLO ELEITORAL DOS 4 C´S

    ETAPA 1 - Contato

    ETAPA 2 - Captura

    ETAPA 3 - Convivência

    ETAPA 4 - Crescimento

    Iniciando o ciclo

    CAPÍTULO 5: EFICIENTE COMUNICAÇÃO

    As 3 regras básicas da comunicação política

    Comunicação persuasiva

    Canais de comunicação

    Criação de conteúdo

    A comunicação e os elementos não verbais

    Discurso presencial

    CAPÍTULO 6: CONSTRUÇÃO DE IMAGEM PESSOAL

    A construção de imagem e o Personal Branding

    Primeiramente, conheça a si mesmo

    Construção de uma imagem positiva na mente dos eleitores

    Conte a sua história, construa sua imagem

    Não basta ser, precisa parecer

    Humanize-se

    Reputação forte, candidato forte

    CAPÍTULO 7: GESTÃO DE EQUIPES

    Montagem de equipes

    Equipes e suas funções

    Deixe claro a função de cada um

    Equipes passivas x equipes de alta performance

    A integração entre as equipes

    A postura do candidato diante de sua equipe

    Ofereça estrutura para sua equipe

    CAPÍTULO 8: LIDERANÇAS

    A evolução das lideranças na era digital

    Recrutamento de lideranças

    Coloque as cartas na mesa desde o início

    Mantendo as lideranças no caminho certo

    CAPÍTULO 9: ESTRATÉGIA

    Análise SWOT

    Estratégia direcionada por dados

    O multiverso estratégico do candidato

    Alvo de votos

    Plano de ação

    Alocação de recursos financeiros

    Poder de reação

    Inclua o adversário em sua estratégia

    Os três períodos estratégicos

    A disciplina na execução

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    INTRODUÇÃO

    OS CANDIDATOS ANALÓGICOS

    E AS CAMPANHAS DIGITAIS

    Certa vez, fui convidado a participar de uma reunião de um pretenso candidato. A reunião tinha o propósito de apresentar os rumos de sua futura candidatura a alguns de seus apoiadores. Ele iniciou sua fala mencionando tudo que havia feito até aquele momento e todos os votos que já havia conquistado. Posso afirmar que os números causariam inveja a qualquer político em exercício. O otimismo estampado em seu rosto contagiou todos os presentes que assistiam atentamente àquela apresentação.

    Tamanha empolgação se justificava pela quantidade extraordinária de votos tidos como garantidos. E, considerando que faltava aproximadamente um ano para a eleição, isso indicava que havia tempo suficiente para conquistar mais apoio. Lembro-me de que alguns saíram de lá proclamando que o candidato estava praticamente eleito e com grande chance de ser o mais votado.

    O tempo passou, o dia da eleição chegou, e nada do que foi imaginado se concretizou. Ao contrário, o resultado expôs um número incrivelmente desapontador em face de todo o otimismo anteriormente projetado.

    Ao longo da minha experiência no marketing político, testemunhei muitos casos assim. Perdi a conta de quantas listas de candidatos, repletas de nomes de eleitores conquistados, transformaram-se em decepção no dia da eleição. A grande pergunta é: por que muitos candidatos, apesar de suas extensas listas de eleitores, estrutura de campanha robusta, cenário favorável, apoiadores entusiasmados e trabalho executado com antecedência, ou seja, com todas as condições ao seu favor não conseguem a vitória nas urnas? Para muitos candidatos, essa é uma questão fácil de responder. A culpa, quase sempre, é colocada nos apoiadores, eleitores ou na falta de dinheiro. Não foram raras as vezes que ouvi justificativas como: Minhas lideranças me traíram, Esses eleitores não estão interessados em bons representantes, Faltou estrutura para fazer a campanha que eu queria ou Não tinha como vencer adversários com tanto dinheiro. Parece até que essas respostas são preparadas e guardadas, prontas para serem usadas em caso de fracasso.

    Entretanto, esses são realmente os verdadeiros motivos para a derrota de um candidato numa campanha eleitoral moderna? Tal questionamento só pode ser respondido considerando todas as mudanças disruptivas que têm ocorrido no mundo nos últimos anos. Desde muito novo, bem antes de iniciar minha graduação ou sonhar em gerenciar o marketing da minha primeira campanha, eu já estava, de certa maneira, fascinado pela efervescência das eleições. Essa paixão foi herança do meu avô materno, que estava sempre envolvido nos bastidores do mundo político. Cresci ouvindo suas histórias ao lado do deputado Nagib Haickel, seu amigo de infância no interior do Maranhão, que ocupou o cargo de deputado estadual por 20 anos e mais oito como deputado federal.

    Este fato possibilitou-me testemunhar e experienciar todas as mudanças resultantes da introdução e popularização da internet, tanto no contexto das campanhas eleitorais como fora delas. Uma revolução que, com uma velocidade impressionante, modificou a maneira como nos comunicamos, compramos, estudamos, trabalhamos, relacionamo-nos e praticamente todas as outras atividades que realizamos.

    É evidente que essas mudanças trariam um impacto considerável nas campanhas eleitorais. Além da influência digital e de todas as inovações tecnológicas dela decorrentes, as regras eleitorais também passaram por transformações significativas durante esse período, implementando novas restrições e proibições a atividades anteriormente consideradas essenciais.

    O processo ocorreu de maneira extremamente rápida e, conforme tais mudanças progrediam, a obtenção de resultados positivos se tornava um desafio crescente. Muitos políticos foram perdendo suas cadeiras cativas, apesar de possuírem bases sólidas e excelente estrutura de campanha.

    Diante dessa realidade, dediquei-me a entender profundamente o que realmente funciona em uma campanha eleitoral da atualidade e a compreender as novas motivações do eleitor conectado. Como entusiasta do neuromarketing, passei a observar o comportamento dos candidatos e o impacto de cada ação de campanha no eleitor. Analisei diversos casos de sucesso e de fracasso, considerando estratégias, comunicação, ações e outros fatores que influenciam diretamente o voto. Com esse conhecimento, entendi que seria possível desenvolver métodos mais eficientes para o contexto atual.

    REMENDO NOVO EM ROUPA VELHA

    Ao longo da minha vivência em campanhas eleitorais e dos estudos sobre o impacto das mudanças impostas pela era digital, identifiquei comportamentos que se repetiam frequentemente. Um deles me chamou particularmente a atenção. Notei que as atitudes e decisões de muitos candidatos e suas equipes, eram, na verdade, reflexos dos métodos e estratégias que norteavam as campanhas do passado. Para entender melhor o que estou falando, precisamos relembrar como eram as campanhas antes da era digital.

    Quem nasceu quando a internet já fazia parte do cotidiano pode encontrar dificuldade em entender como era fazer campanha sem smartphones, aplicativos e toda a tecnologia que permeia nossa vida atual. Um dos maiores desafios de uma campanha da pré-era digital era comunicar-se com o vasto número de eleitores. Lembro-me de, há alguns anos, quando precisei informar a realização de uma reunião para 200 pessoas, a única alternativa era ligar para cada uma delas, tendo que explicar tudo, repetidamente, a cada ligação. Levei dias para completar a tarefa de transmitir uma simples informação. Agora, imagine em uma campanha eleitoral onde é necessário comunicar-se frequentemente com centenas ou até milhares de pessoas em um curto período de tempo.

    Os canais de comunicação em massa tradicionais, como televisão, rádio e revistas, não proporcionavam as oportunidades atuais para ampliar uma campanha. Definitivamente, não era possível investir valores modestos para alcançar o eleitorado, tal como podemos fazer hoje através de anúncios patrocinados ou listas de transmissão e grupos em aplicativos de mensagens.

    Antes da era da internet, a pré-campanha, por diversos motivos, precisava ser bem mais reservada do que na atualidade. Quando o período oficial de campanha finalmente se iniciava, o tempo era escasso. Os candidatos, por necessidade, adotavam uma abordagem muito mais direta. Na tentativa de alcançar o máximo de eleitores no breve tempo disponível, eles acabavam gerando uma mensagem agressiva e muitas vezes até invasiva, chegando sem pedir licença e tentando empurrar sua mensagem de salvação para o povo sofrido a todo custo.

    Posso citar como exemplo os barulhentos carros de som que, anteriormente, não sofriam nenhum tipo de restrição. Podiam ser usados na sua potência máxima, a qualquer hora e na quantidade que desejassem. A presença excessiva desses veículos nas ruas, por vezes, causavam engarrafamentos, resultando em uma poluição sonora ensurdecedora. Muitas vezes, o nível elevado de ruído tornava impossível até mesmo uma simples conversa dentro de casa.

    Ao sair nas ruas, as pessoas eram abordadas por dezenas de militantes entregando santinhos e pedindo votos para seus respectivos candidatos. Parecia haver uma espécie de crença de que quanto mais santinhos um eleitor recebesse, maior seria a probabilidade de ele votar naquele candidato a quem esse material pertencia. Isso pode parecer estranho, mas é importante lembrar que, naquela época, não existia internet para estabelecer um relacionamento direto com o público votante. Portanto, os eleitores frequentemente voltavam para casa com os bolsos repletos de santinhos e a mente saturada de tantos pedidos de voto.

    Uma prática que virou febre entre os candidatos, especialmente os mais afortunados, era o disparo em massa de ligações telefônicas com gravações nas suas próprias vozes. Posso garantir que não era nada agradável receber essas chamadas, algumas delas à noite ou durante o horário de almoço.

    Poderíamos citar inúmeros outros exemplos que mostram o tamanho do desafio de fazer uma campanha eleitoral com as dificuldades da época. Contudo, a era digital chegou, e as limitações deram lugar a um mar de possibilidades inimagináveis até pouco tempo atrás. Hoje a comunicação quase onipresente tornou possível alcançar milhares de pessoas com um único clique e ao mesmo tempo, plataformas permitem a construção de relacionamento direto entre o candidato e seus eleitores, as equipes podem se comunicar e compartilhar arquivos de forma instantânea, e assim poderíamos passar horas falando sobre os novos recursos, já que as novas tecnologias passaram a ser quase que uma extensão do corpo. Isso trouxe muito mais facilidades para a construção de uma campanha vitoriosa, certo? Errado! A era digital ampliou muito os horizontes, trazendo incontáveis possibilidades e recursos extraordinários, mas precisamos considerar que também trouxe consigo uma maior complexidade e a necessidade de conhecimento técnico para colocar essas possibilidades em prática.

    Embora tenhamos enfrentado diversos desafios no passado, a complexidade das ações necessárias era significativamente menor. Não era preciso ser um grande especialista em marketing para lançar uma campanha. Não que tudo era tão simples a ponto de diminuir o trabalho dos estrategistas da época, longe disso, mas analise comigo: pinturas em camisas e muros, confecção de brindes, realização de showmícios em praças públicas, carros de som nas ruas e outras estratégias do passado não exigiam tanto conhecimento técnico, sendo processos mais compreensíveis e mais fáceis de se colocar em prática do que lidar com algoritmos, ranqueamento, landing pages, branding pessoal, segmentação, tráfego pago, inteligência artificial e dezenas de outras ferramentas tecnológicas, plataformas e métodos digitais da atualidade.

    Todos, atualmente, reconhecem a importância de conduzir uma campanha dentro dos moldes modernos e aproveitar as vantagens que as novas ferramentas e recursos digitais oferecem. No entanto, ao se depararem com um cenário tão complexo, onde não existem respostas claras para questões como: quais métodos devem ser empregados? O que funciona ou não em uma campanha na atualidade? Quais ferramentas adotar diante de tantas possibilidades? Como encontrar profissionais que consigam conciliar conhecimento técnico com o conhecimento político? Como integrar eficazmente abordagens presenciais e on-line? Muitos acabam completamente perdidos diante de tantos questionamentos.

    Dan Heath, um destacado autor americano, argumenta que as pessoas não resistem às mudanças, simplesmente, por resistência, mas porque não sabem como fazê-las. Ele destaca que a falta de habilidades e conhecimento específicos pode ser um obstáculo para a mudança, especialmente quando a transformação envolve a adoção de novas tecnologias, processos ou competências ainda desconhecidas. Heath salienta que a sensação de sobrecarga e desânimo diante da perspectiva de aprender coisas novas pode desencorajar as pessoas, fazendo-as abandonar a ideia de mudança, mesmo que inconscientemente.

    Diante da falta de conhecimento e a pressão por ter que fazer uma campanha dentro dos padrões modernos, muitos acabaram recorrendo a uma espécie de fusão de estratégias do passado com a incorporação de alguns recursos digitais. É precisamente aqui que reside o cerne do problema de muitas candidaturas fracassadas, pois basear uma campanha contemporânea em métodos do passado, mesmo que sejam acrescentados a eles alguns elementos da atualidade, é um erro que tem levado muitos candidatos à derrota nas urnas, muitas vezes, sem sequer perceberem que o insucesso é consequência desse equívoco.

    Fazer isso seria como inserir um antigo celular, do tipo tijolão, dentro de uma carcaça de iPhone. Pode chamar a atenção, mas não entregará a mesma performance. Da mesma forma, apenas porque uma campanha está nas redes sociais ou em outros meios digitais, não significa que alcançará os resultados desejados sem a aplicação correta de métodos e recursos.

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