Metodologia do Voleibol

De André Gava

É com grande entusiasmo que apresentamos "Metodologia do Voleibol", uma obra dedicada integralmente à preparação de estudantes e profissionais de educação física que buscam aprimorar seus conhecimentos e habilidades no ensino e na prática do voleibol.
Este livro surge como uma ferramenta essencial para todos aqueles que desejam não apenas compreender a teoria por trás desse esporte apaixonante, mas também aplicar técnicas eficazes que possam contribuir para o desenvolvimento de jogadores em todos os níveis.
Parte da história do voleibol, passando por fundamentos, metodologias de ensino, regras, táticas, estruturação do time e finaliza falando do vôlei de praia e vôlei sentado.

• Idioma: Português
• Editora: Freitas Bastos
• Data de lançamento: 19 de abr. de 2024
• ISBN: 9786556753935

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METODOLOGIA DO VOLEIBOL

ORGANIZADOR

André Gava

METODOLOGIA DO VOLEIBOL

Copyright © 2024 by Maria Augusta Delgado Livraria,

Distribuidora e Editora

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Direitos exclusivos da edição e distribuição em língua portuguesa:

Maria Augusta Delgado Livraria, Distribuidora e Editora

Direção Editorial: Isaac D. Abulafia

Gerência Editorial: Marisol Soto

Revisão: Tatiana Lopes de Paiva

Diagramação e Capa: Madalena Araújo

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

de acordo com ISBD

Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410

Índice para catálogo sistemático:

1. Esportes 796

2. Esportes 796

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www.freitasbastos.com.br

Sumário

1 VOLEIBOL E sOCIEDADE

1.1 O Voleibol em sociedade

1.2 História do voleibol no Brasil

1.3 Origem e crescimento da modalidade

1.3.1 A evolução como modalidade esportiva

1.4 Fatores educacionais

1.4.1 Desenvolvimento físico

2 FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL

2.1 Posição de expectativa

2.2 Saque (serviço)

2.3 Recepção (passe)

2.4 Levantamento

2.5 Ataque

2.6 Bloqueio

2.7 Defesa

2.8 Classificação dos fundamentos por ordem de aprendizado

3 METODOLOGIAS DE ENSINO ESPORTIVO APLICADAS AO VOLEIBOL

3.1 Alguns métodos possíveis

3.2 A metodologia do minivoleibol

4 REGRAS E ARBITRAGEM

4.1 As principais regras do voleibol

4.2 O árbitro de voleibol e suas atribuições

5 TÁTICA DE JOGO

5.1 Formações (sistemas) de jogo

5.1.1 Sistema 6x6 (ou 6x0)

5.1.2 Sistema 4x2

5.1.3 Sistema 6x2 (ou 4x2 com infiltração)

5.1.4 Sistema 5x1

5.2. Táticas defensivas

5.2.1 Sistemas de recepção de saque

5.2.2 Sistemas defensivos

5.3 Táticas ofensivas

6 DIREÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE EQUIPES DE VOLEIBOL

6.1 Planejamento anual

6.1.1 Estruturação do macrociclo no voleibol

6.1.2 Fatores a considerar dentro do planejamento anual

6.2 Preparação física

6.3 Aspectos táticos

6.3.1 Plano tático ofensivo

6.3.2 Plano tático defensivo

6.4 Aspectos técnicos

6.4.1 Fundamentos da análise de movimento no voleibol

6.4.2 Técnicas Utilizadas na Análise de Movimento

6.4.3 Aplicação prática no treinamento

6.5 Aspectos psicológicos

6.6 Estatística

6.7 Condução/liderança de equipes de voleibol

6.7.1 Tipos de liderança

6.7.2 Atuação do treinador de voleibol em dias de jogo

7 VÔLEI DE PRAIA

7.1 Origem

7.2 História do vôlei de praia no Brasil

7.3 Forma de disputa e diferenças para o voleibol de quadra

8 VÔLEI SENTADO

8.1 Origem e desenvolvimento da modalidade

8.2 História e crescimento do vôlei sentado no Brasil

8.3 Forma de disputa

Caros alunos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

André Gava, amante do esporte, em especial do voleibol, é professor de educação física há mais de 20 anos. É especializado em voleibol pela Unyleya, professor do curso de graduação na cadeira Metodologia do Voleibol na UNINASSAU (Rio de Janeiro) desde 2018, mestre em Educação pela UERJ, treinador Nível III certificado pela Confederação Brasileira de Voleibol e treinador de voleibol atuante (2024) na categoria Sub-17 Feminino no Grajaú Tênis Clube (Rio de Janeiro).

1 VOLEIBOL E sOCIEDADE

Figura 1: Criador do voleibol, William Morgan

Fonte: https://www.esportesc.com.br/comemoracao-dos-121-anos-da-criacao-do-voleibol/

Inicialmente este capítulo tratará da influência social do voleibol. Em seguida, será abordada a motivação de William George Morgan para criar a modalidade esportiva, sua evolução ao longo do tempo em diferentes continentes e sua chegada ao Brasil, onde se estabeleceu como uma prática esportiva relevante entre pessoas de diversas classes sociais. Outro aspecto a ser destacado ainda neste capítulo são os fatores educacionais que envolvem o voleibol.

1.1 O Voleibol em sociedade

O voleibol, esporte com mais de cem anos de trajetória, destaca-se como uma das modalidades esportivas mais difundidas e praticadas globalmente. Originário dos Estados Unidos, sua expansão ocorreu de maneira acelerada pela Europa, Ásia e Américas desde o início do século XX. No Brasil, o vôlei iniciou sua jornada algumas décadas após sua criação e, embora tenha demorado, consolidou-se como uma das maiores paixões do país a partir da década de 1980, impulsionado por vitórias notáveis e cobertura intensiva da mídia.

Devido a sua popularidade nacional, alguns acontecimentos no mundo do vôlei vão além das quadras e promovem debates entre a população via mídia e mesmo no meio acadêmico. Um exemplo claro é a inclusão de atletas transgênero no esporte de alto rendimento (caso Tiffany), bem como os lamentáveis atos de homofobia (caso Michael) e de injúria racial (Wallace). A seguir, vamos discutir um pouco mais sobre esses casos específicos que geraram calorosos debates na sociedade brasileira.

Caso Tiffany:

O caso de Tiffany Abreu no voleibol é um exemplo notável na discussão sobre a inclusão de atletas transgênero no esporte competitivo. Tiffany, uma jogadora de voleibol transgênero, entrou para a história ao ser a primeira a participar da Superliga Feminina de Vôlei no Brasil.

Antes de sua transição de gênero, Tiffany jogou profissionalmente no vôlei masculino, tanto no Brasil quanto no exterior. Após sua transição, Tiffany continuou sua carreira no voleibol, agora em ligas femininas. Sua entrada na Superliga Feminina gerou um amplo debate sobre justiça e equidade no esporte. Por um lado, defende-se a inclusão e o respeito à identidade de gênero de cada atleta. Por outro, há questionamentos sobre possíveis vantagens físicas que poderiam impactar a competição.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem diretrizes para a participação de atletas transgênero, estipulando, por exemplo, limites para os níveis de testosterona. No caso de Tiffany, ela cumpre todas as regras estabelecidas para competir nas categorias femininas.

A trajetória de Tiffany Abreu no voleibol não é apenas uma história sobre esporte, mas também sobre direitos humanos, inclusão e a luta contra o preconceito. Sua presença nas quadras desafia as concepções tradicionais de gênero no esporte e promove um diálogo mais amplo sobre diversidade e respeito nas competições esportivas.

Caso Michael:

A homofobia contra Michael, jogador de voleibol da equipe do Vôlei Futuro (temporada 2010/2011) é um episódio que destaca a persistência da discriminação com base na orientação sexual no esporte profissional. Esse caso específico, ocorrido na competição nacional de voleibol masculino (Superliga de Voleibol), serve como um exemplo crucial das dificuldades que atletas LGBTQIA+ enfrentam, mesmo em níveis competitivos elevados.

O incidente: o episódio em questão envolveu um jogador abertamente gay da equipe do Vôlei Futuro, que foi alvo de cantos e insultos homofóbicos por parte da torcida adversária durante uma partida importante. Esse tipo de hostilidade não apenas afeta o atleta visado, mas também envia uma mensagem negativa para a comunidade LGBTQIA+ no esporte.

Repercussões e condenação: a homofobia no incidente gerou uma ampla condenação, tanto do público quanto de organizações esportivas. A equipe do Vôlei Futuro e outras entidades ligadas ao voleibol expressaram seu apoio ao jogador e repudiaram os atos de discriminação, destacando a necessidade de um ambiente esportivo mais inclusivo e respeitoso.

Desafios para atletas LGBTQIA+: este caso ilustra os desafios que muitos atletas LGBTQIA+ enfrentam, incluindo a exposição a ambientes hostis, o medo de serem julgados por sua orientação sexual e a pressão para se conformarem a normas heteronormativas.

Movimento por mudança: após o incidente, houve um movimento renovado por mudanças nas políticas esportivas, visando a proteção de atletas LGBTQIA+ contra discriminação. Isso incluiu a implementação de medidas mais rigorosas contra a homofobia nos estádios, educação e conscientização sobre diversidade e inclusão.

Educação e conscientização: o caso sublinhou a importância da educação e da conscientização como ferramentas para combater a homofobia no esporte. Campanhas educacionais e iniciativas de conscientização podem ajudar a mudar atitudes e promover um ambiente mais acolhedor para todos os atletas, independentemente de sua orientação sexual.

O Papel das instituições e da comunidade: este incidente também destacou o papel crucial das instituições esportivas e da comunidade em geral na luta contra a homofobia. O apoio dos companheiros de equipe, clubes, federações e fãs é essencial para criar um ambiente seguro e inclusivo para atletas LGBTQIA+.

Em resumo, o caso de homofobia contra o jogador do Vôlei Futuro evidencia a necessidade contínua de combater a discriminação no esporte. Ele serve como um lembrete da importância de construir uma cultura esportiva que não apenas tolera, mas celebra a diversidade e a inclusão em todos os níveis.

Caso Wallace:

O ato de preconceito racial contra o jogador de voleibol Wallace (temporada 2011/2012 da Superliga Masculina de Voleibol) é um incidente significativo que lança luz sobre a persistente questão do racismo no esporte. Wallace, um atleta renomado e respeitado, enfrentou um momento desagradável e inaceitável que reflete os desafios mais amplos enfrentados por atletas negros em muitas disciplinas esportivas.

O incidente: durante um jogo, Wallace foi vítima de comentários racistas, seja por parte de torcedores, jogadores adversários ou por meio das redes sociais. Esses comentários não apenas ofendem o indivíduo, mas também perpetuam estereótipos e preconceitos raciais.

Reação e consequências: a reação a esse ato de preconceito racial geralmente inclui uma condenação pública por parte de organizações esportivas, outros atletas e o público. Além disso, espera-se que haja consequências para os responsáveis, como punições ou medidas disciplinares, para reforçar que tais comportamentos são inaceitáveis.

Impacto no Atleta e na Comunidade: Incidentes de racismo