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Sonho Impossível - O Recife e Cervantes: Um Encontro de História, Cultura e Arte
Sonho Impossível - O Recife e Cervantes: Um Encontro de História, Cultura e Arte
Sonho Impossível - O Recife e Cervantes: Um Encontro de História, Cultura e Arte
E-book229 páginas2 horas

Sonho Impossível - O Recife e Cervantes: Um Encontro de História, Cultura e Arte

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Sobre este e-book

Quem lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito.
(Dom Quixote de la Mancha)
Este Sonho Impossível mostra-se profundo e surpreendente. Ao mergulhar nesta experiência, as palavras e imagens reveladas sobre a cidade do Recife e o escritor Miguel de Cervantes, e sobre o livro Dom Quixote de la Mancha e as artes, cativam. Em suas nuances, é possível perceber traços de memorialismo e do cotidiano. A diversidade dos temas narrados conduz o leitor a conhecimentos de considerável apreço. E, na leitura, têm relevo as auxiliares Notas de Rodapé, descritas na dimensão histórica a que se referem. Tudo é para se ler, com proveito... Flanador (flâneur), cavaleiro andante, escudeiro, aviador, carnavalesco, escritor, colecionador, turista, livreiro, santa, pintor, bibliotecária, diplomata, dicionarista e navegador, são figuras presentes, capazes de provocar empatia.
Nesse contexto, o essencial processo cultural tem como um eficaz exemplo a cidade do Recife, a Mauritsstad colonial, de tanta história e pioneirismo, que, em comunhão com Cervantes e os legados do Quixote, são um ânimo à consciência do saber, que nos levam a sonhar, a sonhar e lutar por um mundo melhor, por meio das letras
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de mai. de 2024
ISBN9786525055572
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    Pré-visualização do livro

    Sonho Impossível - O Recife e Cervantes - Francisco Dacal

    17434_Francisco_Henrique_Correia_14,8_x21_Capa.jpg

    Sumário

    APRESENTAÇÃO

    PRÓLOGO

    I

    O RECIFE E SUAS MULTIFACES

    1.1 Recife, uma cidade Cervantina

    1.2 Bairro do Recife, bairro da cultura

    1.3 Ruas que te queremos – 1ª Parte

    1.4 Ruas que te queremos – 2ª Parte

    1.5 A arte de flanar e a Rua do Bom Jesus

    1.6 O parque faz parte da vida

    1.7 O Baobá solitário e o Capibaribe navegável

    1.8 Boas novas da cidade do Recife

    1.9 Recife, verde: o Baobá e a Jaqueira

    1.10 Rio Capibaribe, viver e preservar

    1.11 Bom era o tempo de paz nas ruas

    1.12 O Zeppelin e o Recife

    1.13 Forte do Brum recebe Cervantes e Camões

    1.14 Museu do Estado recebe Fernando Pessoa

    1.15 Livro 7 de la Mancha – 1ª Parte

    1.16 Livro 7 de la Mancha – 2ª Parte

    1.17 Terraço Cultural, uma experiência

    1.18 A Cultura, o Muro e Cervantes

    1.19 O Recife e a memorável visão de um ilustre visitante

    1.20 Homenagem ao Carnaval lírico do Recife, por si

    1.21 Frevo? Espera mais um ano, amor

    1.22 Habemus Carnaval. Vai ter frevo em fevereiro, amor

    1.23 No Recife, uma centenária travessia e a cultura do selo

    1.24 Don Quixote Gordo

    II

    CERVANTES E DOM QUIXOTE, SUAS ÉPOCAS E MULTIPLICAÇÕES

    2.1 O Sonho Impossível

    2.2 Uma obra inestimável

    2.3 Cervantes e a adversidade

    2.4 Dom Quixote 410 anos e o Recife

    2.5 Dom Quixote, literatura e cidadania

    2.6 Dom Quixote do mundo, a metáfora e o embaixador

    2.7 Miguel de Cervantes, uma grande vida

    2.8 A dimensão de Cervantes – 400 anos

    2.9 Cervantes e o Dom Quixote, mais próximos

    Sobre Miguel de Cervantes  

    Sobre o Quixote

    2.10 A História, o antes e o depois (a circunavegação)

    2.11 450 anos da Batalha de Lepanto

    2.12 Santa Teresa de Ávila no Brasil

    2.13 Instituto Cervantes 30 anos

    2.14 Recife, uma cidade cervantina, e os 475 anos de Miguel de Cervantes

    2.15 Cervantes, os aniversários e Canavaggio

    III

    A ARTE EM MOVIMENTOS CERVANTINOS

    3.1 Dia Mundial do Livro – APL e IC

    3.2 O livro

    3.3 A Biblioteca

    3.4 Dia Mundial do Livro 2023: Cervantes e Shakespeare, Proust e Graciliano

    3.5 O cavaleiro Lobato

    3.6 Teoria do Medalhão

    3.7 Carrero – vida, corpo, literatura

    3.8 A milenar arte circense que encanta

    3.9 O homem não é nada; a obra é tudo

    3.10 A arte, a liberdade e a paz

    3.11 Arte, sim. Obscurantismo, não

    3.12 Aurélio, um sábio

    3.13 Graciliano, os livros e a biblioteca

    3.14 Thomas Mann e a visão do literato

    3.15 Júlio Verne, um pioneiro – 195 anos*

    IV

    LUZES DE CERVANTES

    4.1 Uma proposta: Recife Cidade Cervantina

    ARGUMENTOS

    1 ATUAL REDE DE CIDADES CERVANTINAS

    2 COMO SER UMA CIDADE CERVANTINA?

    3 CIDADE DO RECIFE: HISTÓRIA, LIBERDADE E FÉ

    4 ESCRITORES

    5 ACADEMIAS LITERÁRIAS E BIBLIOTECAS

    6 ARTES PLÁSTICAS

    7 MUSEUS

    8 IGREJAS E MONASTÉRIOS

    9 TEATROS

    10 RUAS, PRAÇAS E PARQUES, MAR E RIOS

    11 INSTITUTO CERVANTES RECIFE

    12 MEDIDAS PARA RECIFE CIDADE CERVANTINA

    ÍNDICE ONOMÁSTICO

    Pontos de referência

    Cover

    Sumário

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2024 do autor

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil


    Em memória dos ideais, dos pioneiros e das lutas, do Recife e La Mancha.



    Um dos pecados que mais a Deus ofende é a ingratidão.

    (Dom Quixote de la Mancha)



    APRESENTAÇÃO


    Os trabalhos do espírito excedem os do corpo.

    (Dom Quixote de la Mancha)

    O meu querido e admirado amigo, Francisco Dacal, me convida para escrever a apresentação do seu livro Sonho Impossível O Recife e Cervantes: um encontro de História, Cultura e Arte. Sinto-me honrado pelo convite, pois além de a leitura do texto ser prazerosa, seu conteúdo gira ao redor da figura do escritor Miguel de Cervantes – meu conterrâneo – e sua universal obra, Dom Quixote, à qual dediquei alguns trabalhos na minha pesquisa universitária.

    O autor, qual cavaleiro andante, sabe aproveitar a ocasião para cavalgar por diferentes lugares do Recife e traçar um belo perfil não apenas físico, mas e sobretudo, espiritual – no mais amplo sentido do termo – que fecha o círculo da universalidade fusionando a obra literária com a cidade do Recife – também, às vezes, com a cidade-irmã, Olinda – e seu ambiente cultural, e não apenas tomando como referente a contemporaneidade, mas com anotações históricas.

    Dacal se revela aos olhos do leitor como um humanista, como pessoa instruída em letras humanas que desenvolve uma atitude vital embasada numa concepção integradora dos valores humanos.

    A obra é oriunda de várias crônicas publicadas na imprensa recifense em momentos diferentes. Porém, a unidade da obra não fica comprometida em momento algum. Podemos afirmar que Dacal se utiliza de uma técnica conhecida no mundo das artes como collage, desenvolvimento literário do cubismo artístico, que surgiu na França no começo do século XX, e que quebrava as leis da perspectiva clássica, descompondo os objetos em estruturas geométricas. Já em poesia, o movimento se caracterizou pela utilização da técnica da collage como meio de mostrar a simultaneidade dos fatos da realidade, colocando no mesmo plano fragmentos de origens diversas. Não há melhor forma de representar a universalidade de Cervantes e do Recife, contemporâneo e histórico, em um mesmo plano.

    Nesse sentido, o supracitado humanismo do autor aflora por diversos lugares da obra, por exemplo, quando afirma que livro é para se ler com atenção. Apreciado. Depois guardado, mas sem perder de vista. Bem longe de sensibilidades pós-modernas e líquidas e bem perto do permanente compromisso com a cultura. Já quase no final da obra, mais um exemplo, um grito pelas artes e a liberdade de expressão e da criação – escrito, diga-se de passagem, num momento conturbado da política brasileira: a arte é liberdade; defendamos o livre e pleno exercício do processo de criação. Proclamemos o não ao obscurantismo, à corrida pela desvalorização da cultura, à sistematização da ignorância.

    No exercício do moderno cavaleiro andante, Dacal se debruça – qual Dom Quixote contemporâneo – na cidade do Recife, estabelecendo uma comparação com a descrição que o protagonista de outra das obras fundamentais de Cervantes, O Licenciado de Vidro, fizera das lembranças da cidade de Roma. Assim, nosso autor traça e descreve com grande sensibilidade cenários muito caros para ele – e para o conjunto dos recifenses: o bar, o café, a padaria, o restaurante, a livraria, o clube, aquela esquina, o parque, a praça, a academia, a galeria, o quiosque... o rio Capibaribe, os parques mais importantes. Eis aqui a visão (subjetiva) da arte de flanar, mas não entendida – como às vezes interpreta a crítica literária – como simples e superficial observação da realidade, mas bem ao contrário, como ponto de partida para a reflexão e os sentimentos – próprios e do leitor. O relato é universal, no que cerne ao tempo e ao espaço: mistura magistralmente fatos contemporâneos – como, por exemplo, aquele inusitado ano sem carnaval devido à covid-19 – com efemérides de índole histórica: a chegada ao Recife, no dia 22 de maio de 1930, do dirigível Graf Zeppelin.

    Como profundo cultivador do mundo cultural recifense e universal, Dacal nos oferece, ao longo das páginas do livro, notícias pontuais de férias, exposições, encontros. Nesse sentido, cabe destacar a abertura no Forte do Brum da exposição Cervantes e as Três viagens de Quixote e Camões: uma iconografia, ocorrida em 9 de junho de 2015, ou as referências às tertúlias com conversas otimistas e construtivas, leia-se em liberdade, diálogos sobre cultura geral, no terraço do bangalô de Cacá. Neles, Cervantes, ao lado de outros autores clássicos, foi um dos assuntos tratados.

    Não faltam referências a autores e críticos recifenses, como Gilberto Freyre, ou adotivos, como Ariano Suassuna, que reconheceram o cervantismo como fonte de estímulo das ideias vertidas em algumas das suas respectivas obras. De fato, fica registrada a existência de um Dom Quixote, gordo, o Oliveira Lima, mestre de Gilberto Freyre, que assim caracterizou o ilustre professor, intelectual e diplomata pernambucano, pessoa insuperável na sua independência e do seu sentir, quixotesco ao seu modo. Cabe aqui, a propósito do adjetivo quixotesco usado por Dacal, uma breve referência à expressão espanhola ser um quixote: aplica-se à pessoa que, como o herói cervantino, antepõe seus ideais à sua conveniência e obra de forma desinteressada e comprometida em defesa das causas que considera justas.

    Outra referência importante é representada pela obra Dom Quixote das crianças, de Monteiro Lobato, na qual sintetiza alguns dos episódios das três viagens feitas pelo cavaleiro Dom Quixote. Publicada em 1936, nunca deixou de ser uma obra inspiradora.

    Não faltam ao longo do livro, nessa busca infinita do autor, momentos de criação literária remedando – qual Pierre Menard na ficção borgiana – passagens da universal obra cervantina. Nesse sentido, cabe destacar o belo e emotivo capítulo dedicado à figura de Tarcísio Pereira, tão ligado ao mundo das letras e da cultura no Recife; e, mais adiante, repete o gesto em homenagem ao professor e cervantista francês Jean Canavaggio.

    Também cabe destacar, na qualidade de humanista e de leitor profundo de Cervantes, opiniões de crítico literário em torno à figura de Dom Quixote e à obra em conjunto, salientando como é relevante, verdadeira fonte de ensinamento, o discorrido sobre a cultura, o imaginário, a compreensão dos fatos, o bom coração, a comicidade e a fé. Sobre Cervantes, Dacal o considera – como, de fato, assim foi – um humanista, notável observador e leitor, que conhecia os clássicos, e, mais ainda, as nuanças da vida, que sabia interpretar, representar e enfrentar como poucos.

    Já na quarta parte – ou quarto capítulo – do livro, fechando o círculo proposto na collage, Dacal desenha uma bela proposta para que a cidade do Recife possa ser distinguida como cidade cervantina, a exemplo de outras cidades espalhadas pelo mundo. Necessária referência – não banal, aliás – à existência de uma sede do Instituto

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