Onde Está Nora?

De Wesley Santos

Uma jovem professora é levada misteriosamente do estacionamento da escola, muitos são suspeitos, mas, ainda há revelações a serem trazidas à tona antes que o investigador deste caso consiga solucionar o mistério. Enquanto isso, os alunos Renan e Letícia se aventuram em uma investigação paralela, tentando descobrir o que teria acontecido com a professora Nora. Entretanto surge o questionamento: estaria o assassino entre nós?

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 13 de mai. de 2024

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ONDE ESTÁ NORA?

Crime na capital mais jovem

Wesley Santos

ONDE ESTÁ NORA?

Crime na capital mais jovem

Wesley Santos

1ª Edição

APRESENTAÇÃO

Nesta narrativa somos levados a uma jornada de suspense e investigação em Palmas, uma cidade onde o sol brilha intensamente, mas onde segredos sombrios também habitam.

Tudo começa com o repentino desaparecimento da professora Nora, uma mulher querida e respeitada por seus alunos e colegas.

Quando ela não retorna para casa após o trabalho, seu marido Carlos fica desesperado e aciona a polícia. Rapidamente, o investigador Vieira e sua equipe mergulham no caso, tentando desvendar o que aconteceu com Nora.

Enquanto isso, os alunos Renan e Letícia sentem-se compelidos a investigar por conta própria. Renan guarda um segredo sobre a professora, enquanto Letícia, determinada e curiosa, quer descobrir a verdade por trás do desaparecimento de sua mentora.

A investigação revela uma teia de relações complexas e revelações chocantes. Os segredos do passado vêm à tona. À medida que a trama se desenrola, o leitor é levado a questionar quem é realmente confiável e o que está por trás de cada ação.

Com reviravoltas inesperadas, o desenrolar da história leva a revelações surpreendentes, e a busca pela verdade se torna uma corrida contra o tempo. Quem é o responsável pelo desaparecimento de Nora? E qual é o verdadeiro motivo por trás desse mistério?

SUMÁRIO

Nora desaparece

10

O carro do morto

18

Sangue no estofado

28

A perspicácia de Renan

34

Junta homocinética

42

Sangue seco e poeira

48

Acusações

54

Caça à cinderela

60

Dente por dente

68

As verdades do crime

76

Surto final

86

À minha esposa, Ingrid.

9

Nora desaparece Todo começo exige de nós coragem e decência, Renan não tinha nem um, nem outro. Sua vida era tão triste e vazia que qualquer faísca de empolgação era agarrada com a violência de quem luta pelo último copo de água gelada no deserto escaldante.

-Repita o que disse! - esbravejou a professora Nora a Renan, que estava com a cabeça abaixada sobre as mãos cruzadas na carteira, enquanto a turma assistia a cena atônita.

-Eu não quero repetir nada - sussurrou.

-Saia da minha sala, seu moleque malcriado!

Renan pegou seu caderno e algumas canetas que estavam em cima da carteira, colocou na bolsa e cruzou as fileiras da sala com um olhar vago e apático.

-E só vou permitir que volte quando eu puder falar com seus pais! - berrou a mulher indignada com a atitude neutra e insensível do aluno.

-Professora!

10

Nora, ainda revoltada nem deu atenção à Letícia que lhe chamou, ela repetiu:

-Professora!

-Diga, Letícia, me desculpem todos! Eu fiquei muito nervosa mas, diga, minha filha.

-Ele não mora com os pais, eles morreram naquele acidente.

A mulher respirou fundo com a informação, enquanto olhava pela porta entreaberta pela qual o menino saiu:

-Isso é… Horrível, de fato, mas não justifica uma atitude daquelas, ele precisa aprender a viver em sociedade, não pode sair falando obscenidades em sala de aula.

Ao fim da tarde, enquanto se preparava para retornar para sua casa, Nora pegou sua bolsa, enquanto equilibrava com uma das mãos um pequeno vaso de flor, que ganhou de sua colega de trabalho e uma pilha de trabalhos para corrigir.

Chegando ao estacionamento vagava seu olhar pelo lugar, enquanto tentava lembrar onde havia estacionado seu veículo. Por fim encontrou, junto ao alambrado, mais ao fundo do lugar. O sol já estava se pondo e o céu escurecia em tom alaranjado, enquanto ouvia-se o som dos pássaros buscando onde pousar para dormirem.

11

Palmas é o tipo de cidade que faz sol o dia inteiro em fevereiro, mas de repente pode chover muito à noite, o cheiro de petricor enchia os pulmões da professora de ciências, enquanto caminhava apressadamente até seu carro.

Ela tentou abrir o veículo, na esperança de que dessa vez estivesse aberto, como frequentemente esquecia de trancá-lo, seria conveniente dada a suas mãos ocupadas demais para procurar as chaves na bolsa.

-Droga! Justo hoje fui lembrar de fechar -

resmungou colocando a bolsa e os papéis em cima do capô.

Mal a professora conseguiu abrir o zíper da bolsa para procurar as chaves, sentiu uma forte pancada em sua nuca, apagando completamente ao lado do carro.

Naquela noite, Carlos o marido de Nora, ligou várias vezes para a secretaria da escola, mas não houve quem atendesse, então decidiu ligar para Kátia, que lhe informou sobre a saída de Nora ainda no final da tarde, depois