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Apenas um Pacto
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E-book181 páginas2 horas

Apenas um Pacto

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Sobre este e-book

Seria possível poder viver sonhos, prazeres e fantasias?
Viver um amor sem medir suas responsabilidades ou consequências?
Estaríamos realmente vivendo plenamente com coragem, dispostos a aprender com nossos próprios erros?
Já se perguntou o que de fato seria necessário para que você pudesse fazer isso? Oportunidade, coragem, disciplina, ousadia?
Até onde nossas decisões definem realmente quem somos ou nosso futuro?
Qual seria a real proporção entre a culpa e a responsabilidade?
Em que momento da sua vida você subestimou sua responsabilidade com a sua liberdade?
Descrevo a história narrada por Heitor com a mulher que mudaria sua vida para sempre.
A história fictícia não traz julgamentos, proporciona apenas uma reflexão, que pode mudar sua opinião... ou não.
IdiomaPortuguês
EditoraBookba
Data de lançamento10 de jun. de 2024
ISBN9786552000040
Apenas um Pacto

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    Apenas um Pacto - Milton Mance

    APENAS UM PACTO

    Ao meu pai…

    … o Mala Véia.

    Índice

    Prefácio

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Capítulo 15

    Capítulo 16

    Capítulo 17

    Capítulo 18

    Capítulo 19

    Capítulo 20

    Capítulo 21

    Capítulo 22

    Capítulo 23

    Capítulo 24

    Capítulo 25

    Capítulo 26

    Dedicatória

    Prefácio

    Seria possível poder viver sonhos, prazeres e fantasias?

    Viver um amor sem medir suas responsabilidades ou consequências?

    Estaríamos de verdade vivendo plenamente com coragem, dispostos a aprender com nossos próprios erros?

    Já se perguntou o que de fato seria necessário para que você pudesse fazer isso? Oportunidade, coragem, disciplina, ousadia?

    Até onde nossas decisões definem realmente quem somos ou nosso futuro?

    Qual seria a real proporção entre a culpa e a responsabilidade?

    Em que momento da sua vida você subestimou sua responsabilidade com a sua liberdade?

    Descrevo a história narrada por Heitor com a mulher que mudaria sua vida para sempre.

    A história fictícia não traz julgamentos, proporciona apenas uma reflexão, que pode mudar sua opinião… ou não.

    Capítulo 1

    Avidez

    O fim dos anos noventa estava próximo, e com ele a chegada de um novo milênio. Era verão, mês de dezembro, e fazia um calor insuportável. Eu estava sentado dentro do carro estacionado em uma rua qualquer, sem a mínima pretensão de saber aonde ir, com a mão esquerda no volante e meu cotovelo apoiado na porta. Tinha a minha respiração lenta e profunda e mantinha meu olhar distante diante do vento que assoprava folhas de relva pelo chão. Ao longe os sons de trovões faziam uma menção de uma forte chuva.

    Apesar da luz dourada e alaranjada do Sol se pondo por trás de mim, o relógio já anunciava a noite que caía no horário de verão.

    Meu corpo parecia estar inerte e minha mente se distorcia de tal forma a procurar uma absolvição pessoal diante de um conflito de julgamentos incessantes.

    Eu precisava me acalmar, me recompor, mas quanto mais eu tentava, mais parecia inútil, e por alguns instantes consegui concordar comigo mesmo que parar o carro foi o melhor que eu poderia fazer no momento, pois eu precisava me estabilizar, eu queria isso, eu precisava disso, eu suplicava isso, afinal de contas, eu era apenas um jovem que estava próximo de completar 24 anos.

    Comecei a observar distraidamente pessoas correndo para se abrigar da chuva que estava por vir. Uma mãe carregava sacolas, de mãos dadas com seu filho, contente com seu presente debaixo do braço, ambos sorriam e passaram bem próximo de mim. Mais à frente vejo pessoas apreensivas descendo de um carro, talvez fossem familiares chegando para celebrar o Natal que estava por vir, uma data difícil de esquecer, pois todas as lojas de conveniência e as principais ruas e avenidas das cidades que faziam parte de minha trajetória diária estavam enfeitadas para as cerimônias de final de ano.

    Finalmente a chuva começa a cair, deixando apenas uma visão distorcida no para-brisa do carro; a alteração da temperatura também começa, fazendo o vidro do carro embaçar e apesar do barulho que ela faz não é suficiente para impedir meus pensamentos.

    Por alguns instantes, em um desconsolo profundo, decidi mergulhar em minhas memórias para resgatá-la, mesmo sabendo que o final dessas recordações me traria de volta a esse angustioso momento de aflição.

    Capítulo 2

    Um momento

    Eu ainda estava cursando o segundo ano da faculdade de engenharia quando resolvi me distrair um pouco em uma festa da semana do saco cheio. Para quem não está familiarizado com essa data, a semana do saco cheio também é conhecida como semana de primavera, é uma semana de recesso estudantil adotada por várias instituições de ensino no Brasil. Esse costume começou por volta de 1982 e foi uma invenção de estudantes universitários que já estavam cansados nessa época do semestre. O dia 12 de outubro é feriado de Nossa Senhora Aparecida, e também é celebrado o Dia das Crianças; logo em seguida vem o Dia dos Professores, em 15 de outubro. Reza a lenda que os estudantes decidiram emendar essas datas, e daí surgiu a semana do saco cheio.

    Um evento de entretenimento foi organizado em um local de shows próximo à Represa Billings, uma represa da região metropolitana de onde eu morava, na cidade de São Bernardo do Campo. Tal evento reuniu em um só local diversos alunos de diversas instituições de ensino superior.

    Eu simplesmente acabara de sair do trabalho e não estava nem um pouco à vontade naquele ambiente lotado de pessoas enquanto uma equipe de animação se esforçava ao máximo com músicas consideradas modistas e populares daquela época, músicas que de fato não faziam parte de meu repertório musical, em um palco bem distante de mim.

    Quando decidi sair, resolvi observar um pouco mais o local, retornando por outro caminho; e foi quando me surpreendi com uma visão que me fez parar o suficiente para dizer a mim mesmo que valeu a pena estar ali.

    Fiquei parado até que ela pudesse perceber que eu estava buscando seu olhar. Quando consegui, fixei meus olhos nos seus, para lhe mostrar uma confiança que no momento nem mesmo eu acreditava, mas foi o bastante para ela não me ignorar e consentir com meu desejo.

    Eu confesso que não conseguiria me descrever com definição naquele momento, mas gosto de pensar que estava com um sublime sorriso em meu rosto, sem mostrar os dentes, tentando demonstrar um pouco de maturidade e alegria em revê-la; provavelmente ela me descreveria de outra forma, porém isso é algo de que jamais saberei.

    No momento que a vi, ela estava com as suas mãos para trás, prendendo seus longos cabelos escuros por causa do suor que seu corpo produzia após dançar por um longo período naquela noite. Aparentemente não se sentiu constrangida quando sua blusa se levantou com suas mamas, deixando à mostra seu abdômen. Em seu conjunto de roupas estava uma bermuda jeans, que no mesmo momento deixou uma folga em sua cintura, apesar de estar firme e elegante em seus quadris e em suas coxas, e suas sandálias foram sem dúvida uma péssima escolha em um solo com diversas poças de lama deixadas pela chuva anterior.

    Seu sorriso era muito intrigante com sua boca fechada, talvez ela ainda não tivesse corrigido uma leve abertura entre seus dentes da frente, que eu lembrava e achava simplesmente fascinante, mas isso era uma dúvida que eu estava disposto a esclarecer.

    Aproveitei o som alto e cheguei bem próximo para cumprimentá-la com um beijo do lado direito de seu rosto suado, enquanto minha mão direita procurava sua cintura de forma discreta.

    Minha ousadia resultou em sucesso, pois quando a beijei, percebi que seu sorriso aumentava de forma suave e gradativa, mas eu ainda não tinha visto seus dentes, não que isso fosse extremamente importante, eu apenas estava curioso e esperançoso em rever o mesmo charme que sempre apreciei.

    Confesso que estava preocupado em dizer mais um dos clichês que provavelmente ela já ouvira.

    Então, após beijá-la, eu disse:

    — Que prazer revê-la.

    Ela me respondeu, com os olhos e a cabeça delicadamente voltados para o chão:

    — Você está diferente.

    — Eu me sinto diferente. Tudo bem ser diferente?

    Ela me respondeu com um sorriso tímido balançando a cabeça consentindo comigo, porém eu ainda não havia visto seus dentes.

    Foi quando um babaca bêbado sem camisa e com outros sete ou oito caras chegou perto de nós em direção a ela, gritando:

    — Princesa!

    Ela tinha levado a mão à boca virando seu rosto, sentindo seu mau hálito de bebida alcoólica.

    O pobre coitado estava tão bêbado, que ao tentar se reverenciar para ela, caiu de cara na lama. Enquanto seus amigos riam e o ajudavam a se recompor, aproveitei a deixa e estendi meu braço direito dizendo:

    — Milady.

    Ela dirigiu seu olhar ao meu levantando suas sobrancelhas, mostrando seus olhos negros como seus cabelos e, mantendo seu leve sorriso, aceitou minha reverência simples e tradicional na minha humilde tentativa de me tornar, mesmo que por um simples momento, um cavalheiro para uma momentânea princesa.

    Partimos juntos dessa cena e daqueles caras simplesmente de uma forma fina e elegante.

    Durante nossa saída, ela me perguntou o que estava fazendo por lá, e finalmente percebi que ela ainda mantinha seu charme anterior com seus dentes.

    — Bom, na verdade, eu trabalho aqui perto e pensei em passar aqui só para me distrair um pouco, e eu estava de saída quando me deparei com você.

    Ela me responde, ansiosa:

    — Jura? Puxa, você está de carro?

    — Aham… — afirmei minha resposta com a cabeça.

    — Se importaria de me dar uma carona? Você ainda mora perto de casa, não é?

    — Claro, será um prazer.

    Ela se reportou a um grupo de amigos de sua faculdade que estavam com ela e então seguimos juntos até meu carro.

    Meu carro não era lá grande coisa, era de um modelo ultrapassado, de cor branca, mas em se tratando de ser um jovem de periferia, tendo seu veículo próprio, que você podia contar em te levar de um ponto A a qualquer ponto B, acredite em mim, ele era definitivamente perfeito.

    Ao chegarmos ao carro, estendi meu braço.

    — Milady. Sua carruagem.

    Surpreendentemente ela me respondeu:

    — Humm, perfeito.

    Mesmo com nosso consentimento mútuo sobre meu carro, tivemos uma dificuldade danada de sair daquele atoleiro todo, e no fim das contas foi até melhor sairmos naquele horário, porque se tratava de um lugar um tanto quanto sinistro.

    Durante nosso caminho, eu me antecipei ligando o rádio do carro e perguntando:

    — Se importa?

    E ela me respondeu, com seu cotovelo direito apoiado na porta do carro e com a mão direita na cabeça:

    — Duvido muito que sejam as mesmas músicas que estavam tocando lá.

    O rádio do carro já estava sintonizado com uma estação de rádio que costumava ouvir, e naquela noite as músicas que estavam tocando eram clássicos do rock, ritmo no qual sempre fui completamente fissurado, e então respondi à sua pergunta:

    — É mesmo? É tão evidente assim? Como chegou a essa conclusão?

    Seguida de uma breve risada, ela me respondeu, fazendo uma sucinta análise:

    — Bom… Vejo um cara de cabelo curto, usando jeans azul-claro e uma camiseta branca e tênis. Mais clássico do que isso é impossível.

    Eu agradeci de forma irônica com um olhar sério, abaixando minhas sobrancelhas:

    — Muito obrigado.

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