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A Espada Dourada: As Odisseias de Animândia, #1
A Espada Dourada: As Odisseias de Animândia, #1
A Espada Dourada: As Odisseias de Animândia, #1
E-book551 páginas6 horas

A Espada Dourada: As Odisseias de Animândia, #1

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Sobre este e-book

Carlos descobre acidentalmente a existência de um reino chamado Animândia ao ser transportado magicamente pelo colar que sua mãe o deixou, encantando pelas suas historias e lendas ele decide embarcar em uma odisseia em busca de uma das maiores lendas de Animândia, a Espada Dourada uma espada tão poderosa que poderia derrubar exércitos inteiros, embarcando em uma grande odisseia percorrendo a fantástica terra de Animândia.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de jun. de 2024
ISBN9781005455071
A Espada Dourada: As Odisseias de Animândia, #1

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    Pré-visualização do livro

    A Espada Dourada - Jenilson Manuel Chivinga

    Prólogo

    m todo o mundo, milhares de civilizações, tribos e povos dão a origem da vida cá na terra a seres vindos dentre as estrelas, seres enérgicos com incríveis capacidades e aptidões sobrenaturais, eles contam contos de como a vida começou, mas, todas elas têm algo em comum: todas afirmam que o seu ou os seus criadores visitaram a terra regularmente ao longo da história humana, moldando o nosso futuro e ensinando-nos formas de viver e coisas que até então o homem desconhecia, como a escrita, a arquitectura, o trabalho e outros mais. Por isso nesse livro resolvi contar a história animana...

    Há muito mais muito tempo, antes do tempo ser o tempo e antes do universo chamar-se Universo existia o Nada, o Nada era um grande vazio cósmico um ser sem vida e sem alma, sem luz ou alegria, sem alegria, simplesmente solidão, Nada era o primeiro ser a existir destinado a viver naquela solidão ele suicidou-se, a sua morte deu origem a dois seres, Os Filhos do Nada, Chiwa e Chini, os dois eram o oposto um do outro, Chiwa era a representação do bem do amor da bondade e da vida enquanto que Chini era a representação da maldade, ódio, raiva. Chiwa tinha a forma de uma mulher enquanto que Chini era de um homem, eram os primeiros seres vivos a existir.

    Chini sentia inveja e ódio da sua irmã por não ser como ele, ele queria um lugar que fosse como ele ou que seguisse as suas leis, um universo governado pela maldade, ódio Chiwa discordou da ideia, ela não deveria permitir algo desse género.

    Vendo que não chegariam a lado nenhum, Chini declarou guerra a Chiwa −− a Guerra Primordial −− ela achava que uma guerra era desnecessária, não havia necessidade em lutar ela queria fazer um trato, que beneficiaria as duas partes, mas Chini recusou a oferta só queria livrar-se da irmã, queria só ele como governante.

    Chiwa queria criar um universo em que a vida prosperasse, um que a vida triunfasse que vivesse em harmonia uma com a outra. A primeira coisa que Chiwa fez foi criar os Ômicron seres gigantes com asas, eles seriam os seus mensageiros, o seu exército, os seus servos tinham essas e outras mais funções. Os Omicron com as espadas flamejantes, comandados por Chiwa entraram em batalhas contra Chini e o seu exército de demónios e feras. Foram longas e extremas batalhas.

    Por fim, vendo que essas lutas todas foram desnecessárias ela propôs a paz de uma vez por todas, Chini não teve outra opção a não ser aceitar. Cada um deles ficaria com 50% daquela imensidão negra e poderia fazer o que quisesse com a sua parte sem prejudicar a outra, claro, e ninguém deveria ir à parte do outro, apesar de relutar um pouco Chini concordou, Chiwa ficou feliz por finalmente chegarem a um acordo.

    Chiwa começou o seu grande plano: a criação de um universo reinado pelo amor. Ela estalou as mãos e uma grande explosão, que vocês conhecem por Big Bang aconteceu transformando assim aquele lugar sombrio é um universo, desenhou as várias galáxias que nós hoje vemos no céu, desenhou com tanta delicadeza e paixão.

    Ela caminhou pelo recém-formado universo, parou a frente de uma grande bola de fogo

    amarela, olhou ao redor e um plano foi se elaborando dentro da sua cabeça, juntou as mãos, e delas formou-se uma gigante bola de fogo, ela soprou na bola e arrefeceu mostrando uma grande bola rochosa.

    Ela sorriu, e começou a desenhar na bola, ela não precisava de tinta, a medida que desenha o desenho ganhava cor por si só desenhou uma vasta extensão de terra, cobriu a terra com campos verdes cheios de árvores, desenhou nascentes de água, oceanos, rios, lagos, lagoa, cascatas, desenhou o céu azul, as nuvens brancas, desenhou a atmosfera.

    Ela sorriu ao terminar o desenho e soprou à bola gigante e no mesmo instante o desenho ganhou vida, tudo o que ela desenhou passou a existir.

    Ela tinha acabado de criar um planeta, o nosso planeta, o Planeta Terra todo azul e reluzente.

    Ela desceu ao planeta olhou a paisagem linda que acabara de criar, era realmente um espanto, a grama verde, as plantas virgens, as nascentes frescas os oceanos limpos, o céu azul, e o sol brilhando em seu esplendor, caminhou até as areias do mar e caminhou sobre as águas, estendeu as mãos e uma luz começou a brilhar em sua mão, estendeu as mãos sobre o céu azul e abaixou atirando a luz no fundo do mar, a luz transformou-se numa planta, a Planta da Vida, a planta responsável pela vida cá na terra, sem ela a vida morreria, e também ela criaria novas formas de vida quando a vida cá na terra se sentir ameaçada ou em vias de extinção.

    Depois de plantar a Planta da Vida ela olhou ao redor baixou o olhar esticou a sua mão na terra, fechou os olhos, ao seu redor vário figuras feitas de roxas se ergueram, figuras de diferentes animais dos maiores aos menores, cortou na palma da sua mão e deixou que uma gota do seu sangue caísse na terra dando vida às figuras se ergueram.

    Os animais festejavam e cantavam de alegria, e sim eles falavam e cantavam, tinham acabado de ser criados, Chiwa emocionou-se vendo isso, saber que a sua criação era uma maravilha e chorou de emoção e felicidade.

    Os animais ajoelharam-se em sinal de respeito e agradecimento por tê-los lhes dado a vida, Chiwa também retribuiu o sinal de agradecimentos.

    Após criar os animais ela voltou para o seu Castelo de Ouro, mas você deve estar se perguntando e os seres humanos? Bem já irei chegar lá.

    Anos se passaram e a Planta da Vida, o planeta estava passando por uma fase difícil, os dinossauros tinham sido extintos a terra estava numa fase de renovação, praticamente não existia vida cá na terra, a Planta da Vida libertou pequenos seres vivos que preencheram os mares, esses seres se desenvolveram alongando os seus tamanhos e inteligência, após milhares de anos de desenvolvimento no fundo do mar, alguns saíram da água e passaram por aquilo que nós chamamos Evolução.

    Assim o ser humano passou a habitar a face da terra, esse período da origem dos humanos passou a ser conhecido como a O Primeiro Período. Os primeiros humanos eram burros e menos desenvolvidos que nós, eles viviam em confrontos uns com os

    outros, não falavam, não sabiam como é falar e o que era falar, viviam em grutas e cavernas, e caçavam para poder alimentar-se.

    Chiwa que viu todos esses acontecimentos que eu citei sentiu compaixão pelos humanos, desceu mais uma vez a terra e ajudou no desenvolvimento dos humanos, ensinando várias coisas a eles, desde aprender a falar e várias línguas, arquitectura para construir vários monumentos, medicina, astronomia, comida, e os ensinou a viver em reinos e outras mais, ela os ensinou também a capacidade de controlar a magia, a magia não é qualquer coisa, é um elemento secreto da natureza presente em tudo, é como o átomo e para conseguir manipular ou usar a magia era preciso muito treino e Chiwa ensinou os humanos a como fazê-lo, os humanos construíram grandes coisas usando magia, como as Pirâmides de Gizé e a Esfinge e entre outros.

    Ela passou vários dias com eles, quando chegou o momento da sua partida ela reuniu toda a gente e disse as seguintes palavras:

    Cada ser vivo que habita a terra foi criado de maneira diferente, com pensamentos diferentes, mas todos vocês estão ligados por uma coisa: o amor. Enquanto existir o amor esse mundo irá existir, porque o amor sempre existiu e sempre irá de existir e é também uma das minhas leis mais sagradas.

    Nenhum de vocês é superior ao outro não importa, a sua espécie, etnia ou raça todos são iguais.

    Todos vocês têm o livre arbítrio, o poder de decidir o que querem fazer usem-no com sabedoria.

    Amem-se uns aos outros assim como eu os amo e serão para sempre felizes.

    Ela subiu aos céus em uma carruagem do fogo, e após ela desaparecer entre os céus, surgiu o arco-íris no céu.

    Assim a vida estava criada na terra...

    Anos se passaram desde a última vez que Chiwa esteve na terra. Chiwa estava no seu Castelo de Ouro, apesar de Chini concordar em não vir para o seu universo, no fundo ela temia que ele fosse quebrar isso mais cedo ou mais tarde, era só uma questão de tempo, mas se ele quebrasse o ―que aconteceria com a terra‖? ―Sem ninguém para defendê-la, seria um caos total‖ a terra precisa de guardiões. Apesar de ela ser extremamente poderosa ela não poderia intrometer-se muito com os assuntos da terra, se intrometer-se muito ela estaria violando as Regras de Conduta Universais, que eram um conjunto de regras que ela própria criou para que o Universo possa ser bem regido e que não entrasse em colapso.

    Ela desceu novamente a terra e surpreendeu-se com o que viu, a humanidade estava organizada em vários reinos, tribos, povos e em diferentes tipos de civilizações espalhados pelo mundo todo. Caminhou até a praia, chamou cinco diferentes animais: uma águia, um leão, um tubarão, um urso polar e uma raposa. Os animais a rodearam em um pequeno círculo, ela disse: Sejam Humanos! Automaticamente todos eles

    transformaram-se em humanos normais.

    Após do acontecido os cinco trocaram olhares curiosos e pasmos pelo que tinha acontecido, há 1 minuto eram só simples animais agora eles eram humanos sem pelos ou escamas, eram humanos normais e poderiam falar uns com os outros como humanos. Ninguém dos cinco, conseguiu explicar porque tinham transformando-se em humanos Chiwa simplesmente olhava para eles com ar de satisfação, os cinco olharam para ela, era a única que não era um animal.

    −− Quem é você? −− Perguntou um deles a Chiwa.

    −− Eu sou a pessoa que vos crio −− Ela respondeu.

    −− Como? −− Interrompeu outro.

    −− Magia −− Ela estendeu a mão e fogo apareceu flutuando nela, eles a olharam admirados e apreensivos com o truque −− Eu vos criei usando magia.

    −− Isso é fantástico −− Respondeu o que antes era um tubarão. −− E porque nos criou?

    −− Isso pergunto a vocês, porque acham que eu vos criei? −− Ela fechou a mão apagando o fogo. E os olhou esperando a resposta.

    −− Bem... Para nós viver? −− Respondeu o que era uma raposa. Chiwa sorriu. Alguém bateu no ombro dele para parar de falar.

    −− Bem, é isso mesmo, mas falta algo mais... −− Disse fazendo gestos com os dedos. Ninguém falou todos estavam pensando no que responder −− Alguém sabe? −− Todos continuaram calados. −− Bem sendo assim... Eu vos criei com vários propósitos, como de viver aqui nesse planeta em livre arbítrio, vos criei para que vocês prosperassem e ocupassem o vosso lugar como a terceira espécie a habitar a terra −− Eles olharam-se confusos uns aos outros se questionando isso de terceira espécie.

    −− Desculpe terceira espécie? −− Questionou a que antes era uma águia.

    −− Sim, terceira espécie existe os humanos e os animais e vocês serem os Animanos, seres com a habilidade de serem homens e animais.

    −− Ainda não consegui entender −− Disse o que antes era um urso polar. Chiwa a olhou apreensivo e respondeu:

    −− Vocês agora são humanos, mas não significa que deixaram de serem animais. −− Ele ainda não tinha entendido.

    −− Significa que nós temos a habilidade de transformar-se em animais −− Respondeu o que antes era tubarão.

    −− Ouu, agora sim eu entendi, quer dizer que eu posso voltar a ser um grande urso? −− O que era tubarão mexeu a cabeça, ele ficou alegre e satisfeito com essa novidade.

    −− Eu vos criei com o propósito de serem os guardiões da terra, os seus protectores,

    vocês cinco serão os Anciões, cada um irá representar uma tribo de Animândia, a Tribo do Ar, Tribo da Água, Tribo do Deserto, Tribo da Floresta, Tribo do Gelo. Vocês irão instruir o povo animano, por isso serão bastante importantes para o futuro não só dos animanos como do próprio planeta.

    −− Show!

    −− Eu irei criar uma terra mágica −− Continuou como se não tivesse ouvido o que ele tinha dito. −− Eu irei criar a Animândia, um lugar em que os animanos e diferentes criaturas mágicas possam viver em paz.

    −− E quem irá... Digamos que governar essa terra? −− Perguntou o que antes era tubarão.

    −− Será governado por um rei e por vocês claro −− Respondeu −− Vocês cinco auxiliaram o rei que estiver no poder nas suas decisões, serão o Conselho Supremo dos Animanos.

    −− Quando disseste o motivo de nos teres criados disseste que nós seríamos ―guardiões‖ iremos proteger contra quem? −− O que era tubarão questionou curioso.

    −− Contra Chini −− Chiwa respondeu num tom sombrio −− O meu irmão, ele fará de tudo para conquistar esse universo incluindo a terra, ele me odeia por eu ser diferente dele, ele quer governar tudo e algo me diz que planeja destruir a terra, ele não suporta a minha criação. −− Ninguém comentou nada, simplesmente assentiram a informação. −− Bem uma última coisa antes de terminar, vocês os cinco são imortais −− Eles estranharam ao ouvir isso viver para sempre, era a coisa mais louca e inacreditável que poderiam ouvir −− Agora chega de falar −− Ela levantou-se caminhou até a água, abaixou esticou a palma da sua mão na água, o mar começou a brilhar e milhares de peixes emergiram para a superfície enquanto que da terra um monte de animais vinha em suas direcções.

    Levantou e estendeu as mãos e delas saíram feixes de luz que voaram até os céus iluminando todo ele, os feixes de luzes os rodearam formando um domo, quando o domo desapareceu, eles também tinham sumido.

    Chiwa os teletransportou para Animândia, uma terra única, cheia de encantos naturais, uma terra em que as aves cantavam no céu, em que os peixes nadavam alegremente, uma terra não como as outras, uma terra de céu azul em que o sol brilhava em seu esplendor e glória.

    Chiwa nomeou Zazeu, o ancião que era tubarão para Líder dos Anciões Zazeu reagiu com muita honra e orgulho ao título recebido e prometeu ser um bom líder.

    Chiwa ensinou-os a viver em união, apesar de estarem separados em Cinco Tribos, ajudou a formarem as Cinco Tribos, ela nomeou o primeiro rei e rainha de Animândia: O rei Francisco e a Rainha Vitória. Ela fez com que todos animanos falassem animandês, a língua que ela criou para eles.

    Após viver por alguns anos com eles e ajudar a construir Animândia, ela achou que chegara o momento de retornar, os animanos organizaram uma grande festa de despedida, onde festejaram, dançaram, riram, beberam feito loucos e adoraram a Chiwa agradecendo por tê-los criados e por passar aquele tempo com eles.

    Após a festa Chiwa se despediu falando em Animandês:

    Hoje é um grande dia, hoje é o dia em que eu retornarei para as estrelas, muitos anos se passaram e com ele eu vivi bons momentos com vocês, nós rimos, choramos, festejamos, mas tudo o que é bom, dura pouco. Hoje eu só quero agradecer pelos momentos que passamos foram os melhores momentos da minha vida, e eu já vivi muito, eu quero que vocês vivam em paz e em união que sejam um povo feliz e alegre. Eu hoje irei partir, mas eu sempre estarei com vocês −− após terminar de falar, lágrimas de emoção caíram dos seus olhos, estava bastante comovida.

    Após o discurso caminhou até um monte próximo todos os que estavam na festa se reuniram para vê-la subindo ao céu e desaparecendo entre as estrelas do céu, aquele lugar ficou conhecido como o Monte das Estrelas, em homenagem daquele dia.

    E tal como Chiwa previu Chini enviou os seus monstros e demónios a terra, mas os animanos estavam preparados e quando eles chegaram foi uma batalha mortal naquele dia choveram tantos monstros que o céu ficou negro, por isso essa batalha recebeu o nome de A Batalha do Céu Negro,

    Chini quando soube que Chiwa tinha preparado antecipado a sua jogada de invasão ficou tão furioso que matou cerca de 1000 monstros com a sua fúria.

    Após a batalha os monstros que sobreviveram tiveram que esconder-se para não serem mortos. O número de monstros mortos era tanto que não se conseguia contar, já do lado dos animanos tinham morrido cerca de 300 ou 500, mas isso não é muito importante, o importante é que morreram menos animanos do que monstro. Quando a batalha terminou ninguém festejou, pois sabiam que Chini não iria parar até que eles estivessem mortos e que eles passariam todos os dias tentando sobreviver e de proteger a terra...

    A paz permaneceu em Animândia por muito tempo até que, Zazeu o líder dos anciões estava andando pela terra quando deu de caras com Chini disfarçado e uma criança refugiada, ele sacou a sua espada flamejante, Chini o olhou a espada começou a pesar muito que ele teve que largar ela.

    −− Você sabe quem eu sou? −− Chini perguntou.

    −− Sei você é Chini o maléfico.

    −− Você sabe do que eu sou capaz?

    −− Sim

    −− E mesmo assim querias mim enfrentar. Mortais estúpidos. −− Falou em tom de desprezo −− Assim querias mim enfrentar para que? Para ser chamado de corajoso? Para ser homenageado com uma estátua? Ou para morrer em vão, como um autentico

    idiota?

    −− Não, para livrar esse mundo do mal, quer dizer de você. −− Disse com firmeza na voz.

    −− Mal? Você acha que eu sou o mal? −− Chini riu. −− Não, eu não sou o mal.

    −− E és o que? O bom?

    −− Eu não sou bom e nem mau, quês achar alguém é só olhar para quem você adora.

    −− O que tem Chiwa a ver com isso?

    −− Tudo, você acha que ela é boa? Você acha que um deus que permite o mal é bom? Você acha que um deus que deixa seu próprio povo sofrer é bom? Você acha que um deus que permite a fome, a pobreza é bom? Você acha que alguém que ver a sua própria criação se matando como cão raivoso é bom? Você acha que alguém que permite as guerras, a morte é bom? Alguém que só espera que o seu povo que sofre a cada dia a adore, que não consegue ajudar nem ao seu próprio povo é bom? Alguém que obriga o seu próprio povo a lhe temer é bom? Alguém que só fica lá no alto vendo o sofrimento do seu povo com as suas pipocas celestiais é bom? Não, não é, sabes o que ela é?

    Hipócrita, é isso que ela é. E ainda querem me chamar de mal, eu sou tão inocente como o passarinho que cai do ninho por não saber voar.

    Zazeu não disse nada, apesar de não gostar de Chini ele sabia que lá no fundo tinha razão.

    −− É melhor eu ir, só pense no que eu disse, eu sei que você é inteligente para ver o óbvio −− Apos ter falado, Chini desapareceu numa nuvem de fumaça.

    Zazeu pensou profundamente no que Chini tivera dito, até que não aguentando mais foi decidiu convocar Chiwa para questioná-la sobre o que Chini dissera, os dois tiveram uma grande conversa.

    −− Você acha que ele tem razão? −− Chiwa gritou.

    −− Não, eu acho que ele sempre teve −− Exclamou Zazeu, ele sacou a sua espada flamejante correu até Chiwa que estava de costas virada pronto para dar o golpe, quando uma força invisível o jogou ao longe. Chiwa se virou, ela olhou directamente em sues olhos, os olhos dela lacrimejavam.

    −− Se você acha isso, então só me resta te desejar boa sorte em seu caminho.

    −− Eu não preciso de sorte, muito menos vindo de ti −− Deu de costas e saiu voando do Palácio de Zaka em seu Pégaso.

    Os restantes anciões entraram na sala, encontraram Chiwa deitada no chão chorando. Eles se perguntavam o que tivera acontecido.

    −− O coração de Zazeu foi corrompido pela maldade −− Chiwa disse em tom

    melancólico −− Quando eu o olhei nos olhos não o reconheci mais Zazeu, é como se tivesse desaparecido.

    −− Mas por quê? Ele parecia tão forte −− Perguntou Kazin.

    −− Os corações de quem achamos mais fortes são os mais fáceis de seres enganados.

    A partir daquele momento, Zazeu passou a ser chamado de Hakan, o Príncipe das Trevas, após ser expulso do castelo, Hakan iniciou por aliciar uma vasta horda de discípulos, dentre eles, os animanos, bruxos feiticeiros e outros mais. Para o seu plano ele conseguiu convencer um grandioso exército, os seguidores dele se denominaram de Os filhos das Trevas. Ele iniciou fazendo pequenos ataques dali e outros além ataques que pareciam não ter qualquer ligação.

    Em segredo ele montou um grande exército, um exército tão tenebroso e poderoso nunca antes presenciado, ele iniciou a guerra invadindo Animândia, foram batalhas atrás de batalhas, o mundo animano estava tão perigoso que era impossível andar pelas ruas de Animândia sem ser capturado ou morto. Após anos em guerra o exército animano estava muito enfraquecido. A ruína era inevitável, a esperança tivera morrido.

    Até que os anciões tentaram um ultimo plano, eles atraíram Hakan para uma armadilha usando magia antiga, uma magia tão poderosa que matava todo o mundo que a usasse independentemente de seres imortal, só criaturas com poderes cósmicos poderiam a usar sem morrer, os quatro aceitaram sacrificar as suas imortalidades para poder acorrentar e trancar Hakan em uma prisão mágica nas profundezas da terra. E assim o fizeram, não houve festejo, em memória de todos os que morreram.

    Após a derrota de Hakan a paz voltou a reinar sobre Animândia.

    PARTE 2:

    Uma nova história

    Uma perseguição pelas cavernas

    Quem luta com monstros deve velar para que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti − Friedrich Nietzsche.

    Carlos corria desesperado pela caverna escura e sombria, corria pela sua vida, a sua atrás duas bestas com dentes afiados e todas cheias de fome o perseguiam incansavelmente como leoas perseguem a sua presa cheias de vontade e desejo de comer, olhou para trás viu os seus dentes manchados de sangue e também viu as suas faces sedentas de carne e seus olhos vermelhos brilhantes, sentiu medo tudo o que ele queria era sair de lá.

    Olhou para trás e as bestas ainda o seguiam por onde quer que curve, estava cansado e sem forças para correr, a sua respiração estava pesada, as suas pernas doíam o seu coração batia rapidamente, curvou para a esquerda olhou para trás e as bestas fizeram o mesmo, virou-se para olhar para frente deu de caras com uma pedra pela frente que o fez tropeçar e cair.

    Caiu de barriga para baixo no chão frio, e bateu em uma pedra com a cabeça, a sua cabeça começou a sangrar, virou-se certo de que a morte chegara para ele, é horrível morrer sendo comido por um lobo, sendo comido por qualquer animal, pior mesmo é que quando você está vivo e acordado, você sente os seus dentes afiados e mortais rasgando a sua carne como um simples alimento, o sentes tirando toda a tua força, acredite, é horrível.

    Olhou para trás rapidamente e viu as bestas lutando contra dois lobos, recuou rapidamente olhou de um lado para o outro levantou e saiu correndo em pânico, uma besta conseguiu fugir do lobo que lutara com ele e partiu em direcção a Carlos, ele olhou para trás a besta ainda o seguia estava ficando sem fôlego, sabia que a morte era certa quando deu de caras com um beco sem saída excerto pelo precipício a sua frente, mexeu a cabeça em pânico procurando por uma saída, chegou à beira do precipício, era tão fundo que não se conseguia ver o seu fundo.

    Sem saída, virou-se para olhar a besta que vinha a sua trás, ele pensou em procurar algo que o permitisse usar contra os lobos e não achou nada de útil −− Que ótimo terei de lutar com as minhas próprias mãos −− a besta se aproximava lentamente, com aqueles dentes afiados e mortais pronto para devorar a sua carne, a besta parou concentrou Carlos nos olhos e investiu contra ele, Carlos cambaleou para a esquerda pegou uma roxa no chão, a besta jogou-se em cima dele, Carlos parou o ataque com a pedra a colocando entre os dentes afiados da besta impossibilitando que o mordesse ele sorriu satisfeito, a besta se debatia com a pedra, Carlos atirou a besta ao alto a afastando de perto dele, a besta cuspiu a pedra atirando para longe.

    Olhou com mais raiva para Carlos, agora estava decidido a mata-lo custe o que custar, a expressão de satisfação no rosto de Carlos se transformou em de terror, a besta correu até ele, jogou-se nele deixando que ele caísse de costas, Carlos tentava tirar a besta com

    as mãos evitando que tocasse a sua cara, a besta com as suas grandes garras arranhava sem parar, arranhou as mãos dele e a mão, que logo começaram a sangrar, estava ficando fraco, não conseguia mais resistir, a besta colocou toda a força no seu ataque, Carlos que já estava cansado nada poderia fazer para evitar que a besta mordesse o seu pescoço. Carlos sentiu que todas as suas forças estavam sendo sugadas, igual como um vampiro suga o sangue da vitima, estava cansado, o suor escorria por todo o seu corpo, o seu coração batia rapidamente, a sua respiração estava pesada ele gritava angustiado e clamando por socorro enquanto que a besta só aumentava a intensidade da sua mordida, ele parou de resistir, não sentia mais nada, nem dor nem angustia e nem medo, aceitou o fim, ele aceitou morrer naquele chão frio e escuro daquela caverna sinistra, as suas mãos tocaram o chão lentamente era realmente o fim para ele, o fim que ele nunca desejou.

    A besta que estava em cima de Carlos foi puxada pela cauda e atirada para a parede, com o lobo com quem estava lutando, o lobo correu na sua direcção e atacou-o o mordendo ao pescoço, ele uivou de dor, o lobo continuou mordendo com mais força, ele mais uivava de dor até que parou de dar luta.

    Com as poucas forças que ainda restavam, Carlos arrastou-se até a parede deixando um rasto de sangue, virou-se devagar ficando sentado, tocou no seu pescoço que sangrava muito jogando sangue de um lado para lá, era um milagre ele estar vivo. O lobo parou de morder e largou a besta, o que foi um erro, a besta aproveitou esses segundos e atacou jogando-se por cima do lobo ficando por cima dele, a besta arranhava a cara do lobo e tentava usar os longos dentes afiados, eles estavam à beira do precipício, o vento soprava os seus pelos, o lobo olhou para o precipício e usando todas as suas forças atirou a besta para lá.

    O lobo virou-se ficando na posição de quatro patas e caminhou a direcção a Carlos, a sua respiração estava pesada, o cansaço era visível em todo corpo, nunca tinha transpirado assim na vida e era a primeira vez que lobos ou sei lá o que eram o atacavam ele pegou em uma pedra tentando para tentar defender-se (o que eu considero desnecessário, pois ele não tinha forças suficientes para atirar, mas como dizem o importante é tentar ou é com tentativas que se consegue) ele não sabia as intenções do lobo, por isso era melhor não arriscar o lobo parou de andar e algo estranho aconteceu, o lobo transformou-se em um humano.

    −− Q... Quem... Quem é você?! −− Carlos perguntou gaguejando de medo e pasmo em meio a suspiros. −− Vo... Você fala a minha língua?! −− O homem o analisava da cabeça aos pés, tentando perceber quem era ele.

    −− Meu nome é Jared −− respondeu o homem. Carlos estranhou-se por ele saber falar a sua língua tão perfeitamente. −− E qual é o seu?

    −− Carlos. Você é um bruxo?! −− Carlos perguntou incrédulo.

    −− Não, eu não sou um bruxo −− Respondeu Jared.

    −− É exactamente isso que um bruxo diria −− Respondeu e analisando Jared da cabeça aos pés.

    −− Se eu fosse um bruxo porque que você ainda está vivo? −− Jared ergueu as sobrancelhas, Carlos ficou sem argumento, tentava numa forma de responder.

    −− Sei lá... Talvez tu precises de mim vivo para um ritual macabro e sinistro. −− Respondeu contraindo o ombro.

    −− Talvez... Talvez poderia arranjar outra criança qualquer e não me daria o trabalho de salvar você −− Rebateu. Carlos realmente ficou sem argumento, tentou abrir a boca para rebater, mas não saia nada.

    −− Se não és um bruxo então és o quê? −− Perguntou a única coisa que o veio à mente.

    −− Eu sou um animano, −− Carlos não entendeu muito bem o que aquela palavra

    ―Animano‖ queria dizer, mas pelo jeito que Jared disse deveria ser importante ou um povo muito importante e secreto para não ter menções em nenhum livro de história, ou que nenhum teórico da conspiração mencionar essa sociedade. −− Mas porque tu me perguntaste se eu sou um bruxo?

    −− Pelo facto de que há um minuto eu vi um lobo e agora vejo um homem −− Jared mexeu a cabeça em sinal de entendimento.

    −− Ah isso... Nós fazemos isso muitas vezes. −− Carlos tentava assimilar isso, de alguém que se transforma em animal o ter salvado a vida e da sua dor em seu pescoço.

    −− Vocês com quem? −− Foi então que ele se lembrou do outro lobo que ficou para trás lutando com a besta. −− Não me digas que...

    −− Sim, ela também é animana. −− Respondeu.

    −− Vocês devem ser muitos. −− Carlos teorizou.

    −− Somos milhares.

    −− E como vocês fazem isso?... Como mudam de forma?

    −− Nós chamamos Chin todos animanos têm um Chin.

    −− E o que é isso de Chin?

    −− E a energia que nos permite mudar de forma, que nos permite passar da nossa forma humana para animal, é basicamente a nossa forma animal.

    −− Entendi...

    −− Agora posso ajudar-te?!

    −− Fica onde está! −− Carlos tentou ameaçar com a pedra, mas como já vos tivera dito era inútil, não tinha forças para isso −− Eu não confio em você −− Berrou.

    −− Não precisa confiar −− Disse com a voz mansa e suave −− Basta apenas acreditar −− Ele se aproximou devagar muito lentamente. E tocou na ferida de Carlos, analisou ela de um lado para outro, esticou a mão até o bolo onde tirou um pequeno tubo cheio de

    uma substância azul de nome Águazul e aplicou no ferimento de Carlos.

    −− Ah! Isso dói! −− Berrou, na verdade Águazul fazia a ferida arder, como se estivesse pegando fogo ou qualquer coisa do tipo, a ferida de Carlos começou a curar-se a uma velocidade espantosa.

    −− Isso irá curar num instante −− Carlos não ficou muito espantado por ouvir isso, vindo de uma pessoa que se transforma em lobo achou isso coisa de nenhum espanto.

    Carlos olhou para onde tinha saído e só via a completa escuridão, quis saber onde estava que lugar era esse, se só existia caverna e mais caverna, estava perdido e com fome.

    −− Onde eu estou? −− Perguntou a Jared, Carlos tinha o rosto sem expressão.

    Era essa pergunta que o inquietava muito, ―Onde estou‖? Há dez horas, ele nem pensaria em estar num lugar assim, tudo começou naquela manhã chuvosa de Maio...

    Carlos acordou cansado e fatigado, estava todo quebrado, tinha acabado de ter de novo aqueles sonhos estranhos sobre alguém chamada Chiwa algo assim do género e de uma guerra no céu com seres que pareciam anjos contra Chini, parecia uma recordação como se ele estivesse lá e testemunhado tudo, seus olhos estavam pesados e muito cansado tinha dormido um pouco tarde ontem, resultado do longo castigo que suportara na noite anterior em que na qual teve de limpar as paredes do orfanato depois de ser acusado deliberadamente de grafita-la, coisa que ele não fez e nem sabia quem fizera, por isso teve que arcar com as culpas sozinho.

    Lentamente da cama, tomou banho retirando todo o cansaço que na qual sentia, vestiu roupas limpas e caminhou ate o refeitório, sentia uma tremenda fome.

    O refeitório estava vazio excerto pela presença da irmã Ana, a Irmã Ana era uma excelente cozinheira, ela amava cozinhar tinha um prato pelo qual ela é mais famoso Bolo de Chocolate com coberta de creme de coco e amendoim, Carlos amava esse bolo era muito bom, sobretudo por ser bolo de chocolate, ele amava chocolate, poderia passar o dia todo comendo chocolate. E hoje de manhã ela tinha feito o bolo.

    −− Bom dia −− saudou a Irmã Ana assim que o viu, ela estava sorrindo radiante.

    −− Bom dia −− Carlos respondeu animado assim que a viu.

    −− O que vai querer querido?

    −− Um passarinho me contou que tu fizeste ―o bolo‖! −− Disse dando uma piscadela nos olhos, ela riu.

    −− Bem, esse passarinho está certo.

    −− Yes! −− Disse erguendo os braços festejando. −− Vou querer um, por favor! −− Ela caminhou até a geladeira e tirou um grande bolo de chocolate com a forma de coração, cortou em uma grande metade, e a colocou num prato.

    −− Aqui está −− Disse a entregando a Carlos, ele a recebeu entusiasmado −− Como

    está? −− Perguntou esperando uma opinião, Carlos pegou num garfo dividiu o bolo em pequenos

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