Morre. Quem mata e quem não mata.
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Sobre este e-book
Crônicas e artigos, minicontos e argumentações cítricas, cínicas, sóbrias e gerais a respeito da época de transição social dos seres humanos habitantes de um planeta maltratado por esses seres que invariavelmente pioram a cada ciclo, obrigando-o a expurgar tais moradores nocivos com todo o tipo de demonstração de que está insatisfeito com a arrogância desses inúteis.Ou leitura leve parar sorrir e divagar, à sua escolha.
Marcelo Gomes Melo
Professor e escritor de textos fictícios, crônicas e canções, peças teatrais e formas alternativas de escrita para instigar o pensamento livre, bem como observador atento do mundo e seu processo de evolução constante, para o bem e para o mal, procura pontuar a existência humana com humor, ironia fina e realidade, contraposta pelo absurdo excêntrico que se nos apresenta diariamente.
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Morre. Quem mata e quem não mata. - Marcelo Gomes Melo
Morre. Quem mata e quem não mata!
Ascensão e queda das vidas comuns
Marcelo Gomes Melo
... Porque chorar sob a chuva não altera a angústia
.
Chulé........................................................
Agradecimentos:
A todos os sobreviventes nesse período nefasto e sem controle que deixou claro o egocentrismo humano, derrubado facilmente por um inimigo invisível.
À restauração das normas saudáveis de conviência que garantirão a existência dos seres humanos no mundo como o conhecemos.
À minha amada imortal
Chulé!
Aquele maldito chulé determinara o rumo de sua vida. Logo adolescente usando tênis sem meia o dia inteiro e só tirando para dormir, adquirira um odor próprio insuportável até para ele mesmo.
Inquieto e envergonhado com aquele fedor de lama podre com abutres em decomposição, lavava os pés com esmero e aplicava cremes e perfumes, mas não adiantava. Nos lugares públicos evitava ficar próximo a ventiladores pois o odor putrefato se espalhava rapidamente e fazia pessoas passar mal, vomitar e até desmaiar. Tinha que fugir do local antes que descobrissem de onde vinha a fonte dos desprazeres.
Achava os seus pés mergulhados no pântano do inferno, médicos experientes desistiram de trata-lo, outros se recusaram e alguns até sugeriram que os amputasse.
Era impossível namorar porque a proximidade já fazia com que as garotas fugissem traumatizadas. Emprego só como desentupidor de fossas, e a presença dele triplicava o problema.
Pesquisando na internet se dispôs a buscar tratamento no rio sagrado da Índia, mergulhando ao lado de cadáveres; na Antártida congelara os pés a ponto de perde-los, mas o mau cheiro derretera o gelo e mantivera os seus pés intactos.
Na África buscara magia, mas não funcionara. Caminhara sobre brasas em vão, envolvera os pés em placas de concreto... Estava destinado a viver impregnado pelo fedor mortal que afastava moscas, insetos e seres humanos. Infiltrara desodorante nos dedos, esfregara rosas nos pés, já estava desistindo de viver quando um sábio apareceu assegurando a solução para os seus problemas.
Embevecido e emocionado prometeu no homem muito dinheiro caso obtivesse êxito em acabar com aquele chulé indesejável. Depositou metade da quantia prometida e o sábio lhe ofereceu um teste simples. Caso fosse útil garantiria o fim dos maus odores para sempre!
Achou estranho quando recebeu do sábio um pregador de roupas daqueles de madeira. Aquele era o teste?! O homem simplesmente tapou o seu nariz com o pregador por alguns minutos e ele deixou de sentir aquele bafo terrível das fossas do mundo inteiro!
Esperançoso depositou o restante do dinheiro e recebeu uma máscara cirúrgica descartável para utilizar diariamente. Aquele simples gesto resolvera a sua vida! Estava feliz e descuidado sem aquele mau cheiro que o envergonhava. Não percebia mais se as pessoas se afastavam ou despejavam até as tripas para fora na sua presença. Não saberia se o problema estava no seu nariz ou nos seus pés fedorentos. Isso não era mais importante, estava livre para sempre daquele problema aparentemente insuperável e passou a comemorar a própria existência como uma pessoa comum. Soluções simples, eficazes ou psicológicas? Quem dirá?
Marcelo Gomes Melo
Las palabras de amor
Venha. Conte-me a sua história, não omita coisa alguma, não é necessário. Porque não entorna o rum, displicente, manchando a beira do copo com esse batom destacado, que faz com que os seus lábios carnudos pareçam partes de uma maçã promissora, que instiga a fome gulosa que começa a ser satisfeita com os olhos.
Sente-se. Não dê importância ao meu olhar para o seu decote, eu continuo imóvel como uma rocha, embora queime como uma fogueira sem que você perceba.
O que lhe move? Quais são os seus desejos? Está realmente preparada para isso? É o que quer? Tanto quanto eu? Hum, engolir em seco é uma resposta ambígua, mas o arfar do seu peito tomarei como um sim.
Aproxime-se. Está com frio? Esses arrepios na pele nua significam alguma coisa? Esse meio sorriso, o que quer dizer? Minha mão... Por que a segurou tão suavemente? Faz parte do jogo pousá-la em seu colo dessa forma?
Juro que posso sentir o calor das suas coxas sob o tecido macio e fino do vestido! Mais perto, quase sobre... Essa
