Laguna é a terra de Anita Garibaldi. A pequena cidade, a 122 quilômetros da capital, Florianópolis, banhada pelo Oceano Atlântico e pelas lagoas Santo Antônio dos Anjos, Imaruí e Mirim, tornou-se um dos polos de pesca do estado de Santa Catarina. Todos os anos, turistas e comerciantes de diferentes regiões do estado e do Brasil visitam Laguna, em busca de bons pescados por preços convidativos.
Os pescadores artesanais fazem um espetáculo à parte. Em suas pequenas canoas ou lado a lado com a água na altura dos joelhos, eles jogam as tarrafas para a magia acontecer. Há de se saber que, respeitando as leis e o propósito da natureza, a fartura nem sempre é certa, mas é justamente o que deixa a pesca ainda mais interessante. No passeio pelos Molhes da Barra – quebra-mar com 1 quilômetro de extensão, onde é possível ver a divisão entre lagoa e oceano –, a sinergia entre homens e botos na atividade da pesca é de deixar qualquer um boquiaberto. “Os botos saltam em sinal de perseguição ao cardume, com isso os pescadores são alertados sobre o exato momento de jogar a tarrafa. O boto vê os peixes encurralados e sabe que aquela é a hora perfeita para ficar com a presa que não foi capturada