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Gravata, Plomo & Plata a vida de Pablo Escobar.
Gravata, Plomo & Plata a vida de Pablo Escobar.
Gravata, Plomo & Plata a vida de Pablo Escobar.
E-book265 páginas6 horas

Gravata, Plomo & Plata a vida de Pablo Escobar.

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Sobre este e-book

Considerado o maior narcotraficante do mundo, ele começou roubando carros e vendendo maconha, até chegar ao topo, traficando 80 toneladas de cocaína por mês, para os Estados Unidos, usando aviões a jato e até... submarinos de controle remoto.
Considerado pela Forbes, a sétima maior fortuna do mundo, Escobar considerava que sua vida era algo especial. Ele queria chegar ao topo; até mesmo à presidência da Colombia, não importando se para isso tivesse que ferir ou matar. Construiu casas populares, estádios de futebol e chegou mesmo a mudar a Constituição Colombiana, acabando com a extradição. Mas, perseguido, resolveu se entregar indo cumprir pena numa prisão de luxo que ele mesmo construiu.
Foragido, foi perseguido até a morte.
Esta, é a aventura apaixonante deste homem que ficará para sempre na história mundial, por ter sido alguém que queria uma boa vida, sem se importar com os métodos ilegais que teria de usar, para conquistá-la.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de nov. de 2011
ISBN9781465816313
Gravata, Plomo & Plata a vida de Pablo Escobar.
Autor

Hosmany Ramos

Hosmany Ramos um dos mais polêmicos personagens da vida social e literária Brasileira, não se sabe onde começa a ficção e termina a realidade. Hosmany, que publicou vários livros por pequenas editoras brasileiras, está sendo relançado internacionalmente com todas suas obras classicas mais varios titulos inéditos nunca publicados e sò disponeiveis em versão digital.

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    Gravata, Plomo & Plata a vida de Pablo Escobar. - Hosmany Ramos

    Gravata, Plomo & Plata

    Hosmany Ramos

    Copyright © 2011 Hosmany Ramos

    Published by Hosmany Ramos at Smashwords

    Todos os direitos reservados.

    Outros livros de Hosmany Ramos:

    Marginalia

    O Goleador

    Sequestro sangrento

    Sindrome da violencia

    O Dossiê Colombiano

    Contos do xadrez

    Pavilhão 9

    Delitos obsessivos

    Olho mágico

    Queima de arquivo

    Ladrões de banco

    Bicho Solto

    a venda em: www.smashwords.com

    O coração dos homens está cheio de maldade e de loucura, durante toda vida

    Eclesiastes 9.3

    Vejo o que é melhor e aprovo, contudo faço o que é pior. Esforçamo-nos por conseguir o que é proibido, e desejamos as coisas que são negadas.

    Ovídio (Século 1º a.C)

    Oh! que é isso que, quando queremos ir para um lado, nos arrasta para o oposto? Somos todos perversos. O que um reprova no outro, ele o achará em seu próprio feito. Vivemos entre perversos, sendo nós mesmos perversos.

    Sêneca (4 a.C – 65 d.C)

    Não vejo falta cometida que eu não a pudesse ter cometido.

    Johann W. Goethe

    A mente humana é muito mais perversa do que se supõe. A qualquer instante, pode irromper o irracional com conseqüências desastrosas. Essas divisões, esses monstros todo mundo guarda dentro de si.

    Fiodor Dostoievsky

    Esta é uma obra de ficção, concebida adaptando o método literário consagrado de misturar fatos, acontecidos com situações imaginárias. Portanto, as instituições e pessoas mencionadas, nada têm a ver com verdadeiras pessoas ou instituições. O leitor atento que aceitar a ficção verificará, que a obra é sobretudo fiel aos fatos e termos de referência. O Autor

    Apresentação

    Certamente, se o companheiro do cárcere de Araraquara, ‘Primo Chê’; naquela páscoa do ano 2003, não tivesse pedido emprestado meu Pavilhão 9, eu não teria concebido este livro. Acho que foi um golpe de destino, que fez com que ele ao devolver o exemplar, me apresentasse a publicação da Internet, abaixo, questionando de forma apaixonada, se a estória não daria um bom romance. Li rapidamente a sinopse que o recorte encerrava, e fiquei de estalo, apaixonado pela estória. Depois, fui relendo aos bocados, entendendo imediatamente, que ela era impressionante

    Pablo Escobar

    Pablo Emilio Escobar Gavíria (January 12, 1949–December 2, 1993) gained world infamy as a Colombian drug lord who became one of the richest men in the world by smuggling cocaine into the United States and countries around the world. Members of the U.S. and Colombian Governments, news reporters and the general public alike considered him to be one of the most brutally ruthless yet ambitious and powerful drug dealers in history.

    O resto do artigo, eu li várias vezes, e uma onda de emoção começou a se formar em algum lugar no fundo da minha mente, isso porque senti estar diante de uma estória sensacional. Escobar faz da sua vida um mito, erguendo uma pesada cortina de riquezas e posses para encobrir uma infinidade de crimes que começaram com roubos de carros e, mais tarde, expandiram-se para narcotráfico em alta escala.

    Li fe

    " Escobar began what would become one of the most successful criminal careers in history as a car thief in the streets of Medelin Colombia while still a teenager. He eventually moved into the cocaine business and began building his drug empire during the 1970s.

    During the 1980s, Escobar became known internationally as his drug network gained notoriety; El Cartel de Medellín, is said to have controlled a large portion of the drugs that entered into Mexico, Puerto Rico, and the Dominican Republic with cocaine base brought mostly from Peru and Bolivia, as Colombian coca was initially of substandard quality. Escobar's product reached many other nations, mostly around the Americas, although it is said that his network reached as far as Asia.

    Escobar was suspected of bribing government officials, judges and other politicians and it is said that he often personally executed uncooperative subordinates and had competitors or others he viewed as a threat assassinated. He had a strategy for persuasion that was referred to as plata o plomo; Spanish for silver or lead, intended to mean accept a bribe or face assassination. He was the prime suspect in the killing of three presidential candidates in Colombia, as well as for the bombing of Avianca Flight 203 and a Bogotá security building in 1989. The Cartel de Medellín was involved in a deadly drug war with Colombia's other main drug cartel, Cartel de Cali.

    At the height of his empire, Escobar was estimated by Forbes magazine to be the seventh richest man in the world1, with his Medellín Cartel controlling 80 percent of the world's cocaine market. Some estimates of the time placed his cartel's wealth at over $28 billion.

    While an enemy of the United States and Colombian governments, Escobar was a hero to many in Medellín; he was a natural at public relations and he worked to create goodwill among Colombia's poor. A lifelong sports fan, he was credited with building little league soccer stadiums and sponsoring little league soccer teams in the city. He also bought gifts and distributed money to the poor. Much of the population worked as volunteer lookouts for Escobar and helped hide information from the authorities. Another advantage of Escobar's positive image among the poor was the ability of his cartel to use them as a recruiting pool.

    In 1991, Escobar turned himself into the Colombian government in order to avoid extradition to the United States or assassination by a rival cartel. Escobar was jailed in his own luxuroius private prison, La Catedral, which he built himself. He negotiated an agreement with the Government of Colombia whereby he would be jailed for a mandatory five-year sentence, and he was guaranteed no extradition to the United States. However, he was often seen outside of the jail, sometimes at parties, soccer games, or other public places. After an article appeared in a local magazine showing photos of his ostentatious jail/residence and claiming that he had murdered business associates when they came to meet him at La Catedral, public opinion forced the government to act. When a government official attempted to move Escobar to another jail on July 22, 1992, he escaped, fearing that he would be extradited to the United States.

    Durante meses, fiquei impressionado com o caso Escobar. As informações de Primo Chê, eram apaixonantes. Senti que necessitava de mais dados e pesquisas, para escrever sobre o caso. Fiquei logo sabendo,

    In 1992, a special police task force, known as the Search Block, was created by the Colombian government and trained by Navy SEALs and Delta Force operators to locate and capture or kill Escobar. Roughly at the same time, a secretive group known as Los Pepes (People Persecuted by Pablo Escobar), carried out a bloody retribution campaign in which more than 300 of Escobar's associates or their relatives were slain. Some observers claim that some agents of U.S. and Colombian intelligence and law enforcement organizations, in their zeal to find and punish Escobar, colluded with members of Los Pepes, mainly by sharing information and sources.

    Escobar was killed on December 2, 1993, while trying to run away from the Search Block, which, using radio triangulation technology provided by U.S. agencies, found him hiding in a middle-class barrio in Medellín. Apparently a shootout between Escobar and the pursuing Search Block personnel ensued. Some claim snipers of the U.S. Command may have taken part in the final hunt for Escobar. Whether Escobar died during the actual shootout or not has always been debated, but his corpse was found on the roof of a house, together with Escobar's two personal handguns."

    que Carlos Alberto Ferrari, fugiu para o Brasil, após a morte de Escobar, com quem viveu os últimos dias, e acabou preso. Convivi com Primo Che, durante dois anos, ganhando sua amizade e escutando seus relatos, a ponto de decidir colocar no papel, sob forma de new-journalism , esta impressionante estória.

    Esta é a trajetória de Pablo Escobar. De início, quando escutei, fiquei sensibilizado e hesitei muito em escrevê-la, por temor de ser acusado de sensacionalista. O julgamento sóbrio, desapaixonado e técnico, que consegui após escutar a narrativa do Ferrari, é o de que Pablo Escobar foi o mais notável, o mais bem-sucedido e o mais brutal criminoso de todos os tempos. Ele ficará para sempre na história, e sua trajetória de vida, é verdadeiramente apaixonante; e envolve família, drogas, mortes, política e amores. Por isso, e apenas por isso, me interessei pelos relatos do Primo Che. Passei a admirar o homem Pablo Escobar, pela transcendência que tinha como Chefão do Cartel, e resolvi me aventurar mostrando para o público, a sua história.

    Foi o destino que colocou Primo Che , no meu caminho. E ninguém melhor que ele – homem de confiança que acompanhou Escobar nas boas e nas horas ruins. Que esteve preso com ele em La Cathedral –, para reviver com sua memória prodigiosa esses episódios memoráveis que as pessoas querem saber. Assim que concordou em relatar o passado, Primo Chê apanhou um álbum de fotos, e me mostrou a clássica fotografia prisional de Escobar – sentenciado nº 128482 – onde ele aparece rindo, num dos seus melhores momentos. Quando concluí o texto que ele leu e aprovou, me cedeu fotos para ilustrar o livro. Foram anos, meses e dias, que passamos juntos entre quatro paredes. Milhões de detalhes passados e transcritos. Às vezes, ele sorria e outras, chorava; não sei se de tristeza ou felicidade. Alí, tínhamos todo o tempo do mundo e eu anotava tudo com riqueza de detalhes. Assim, escutei a impressionante vida de um homem que ganhou milhões de dólares e fez uma fortuna bilionária, com a cocaína. Ele começou sua vida cruzando fronteiras num avião monomotor carregado de drogas, entrando clandestinamente nos Estados Unidos. Foi pego apenas uma vez em Laredo, no México, graças a um engano de Primo Chê. Ele dirigia uma elite de criminosos que desafiava a melhor polícia do mundo, a americana. O FBI, a CIA e o DEA ansiaram durante anos, pegá-lo. Durante vários anos ele perpetrou diversas ações para introdução da cocaína nos Estados Unidos, com sucesso, debaixo das vistas desses poderosos órgãos governamentais. Havia algumas características admiráveis na personalidade de Escobar: Ele adorava sua família, tratava seus comandados como parte da família. Sabia dosar a violência, sabia usá-la em proveito próprio e nunca abandonava um cúmplice. Devido a esta lealdade, executou ações para libertar seu bando de uma prisão mexicana. Primo Chê viveu ao lado desse homem que com todos seus erros e virtudes, astúcia e malícia, colocou uma grande nação em cheque e ludibriou sua segurança. Um homem que jogava dados com o diabo e ganhava sempre. Um homem que amealhou uma fortuna invejável, do nada, e que possuía uma fazenda paradisíaca chamada Nápoles, onde tinha um verdadeiro jardim zoológico, os melhores puro-sangue, e que deixou uma frase lapidar: Cuando esté rodeado y sepa que me van a coger, prefiro el suicídio. Es mejor uma tumba en Colombia a uma cárcel en Estados Unidos. E que morreu trocando tiros com a polícia.

    Ele se elevou acima de todos os fora-da-lei de todos os tempos. Era tão competente no que fazia, que o temível Donald Warren que o perseguia, fraquejou diante de tamanha capacidade. Ele era um gênio do crime. Tinha um cérebro de primeira classe. Controlava o seu império da cocaína, sentado no centro de uma grande teia, que tinha milhares de ramificações. Ele conhecia bem o frêmito de cada uma delas. Ele sozinho fazia muito pouco. Apenas dava ordens. Porém seus cúmplices eram numerosos e magnificamente leais. Com seu poder e dinheiro, acreditava que jamais seria apanhado; mas o destino inexorável que persegue o violador das leis, o alcançou e acabou com ele.

    Com sua morte, enterrou-se o homem e criou-se o mito. Ele acabou se transformando em lenda. Uma lenda que Primo Chê partilhou. Um homem que mesmo acossado a maior parte da sua vida, não vacilou um só instante em amar sua abnegada Maria Victoria. O amigo fiel e leal. Por isso, Primo Chê resolveu passar suas memórias e desnudar o poderoso narcotraficante, para que as pessoas conhecessem ao homem. Conhecessem o verdadeiro Pablo Emílio Escobar Gravíria.

    O texto seguinte, é uma versão romanceada em new-jornalism, minuciosamente exata; lida, relida e aprovada pelo homem que passou mais de vinte anos ao lado de Escobar. Não restou aqui, nada para conjecturas. Uma história que nunca tinha sido contada sobre o impressionante mundo do narcotráfico.

    Esta é a história do Don da Cocaína.

    Prólogo

    Os primeiros raios da manhã já despontavam no horizonte de Medellín, quando Primo Chê, chegou ao Mônaco, para conduzir a família Escobar até a fazenda Nápoles, distante 120 quilometros. Era uma sexta-feira 13 de agosto, dia em que Donald Warren, que esperava do lado de fora da mansão, havia contratado um pistoleiro para eliminar o narcotraficante.

    Enquanto a população de Medellín se movimentava para deixar a cidade e curtir o longo fim de semana, acontecia a apressada reunião entre os comandados de Escobar, que passava as últimas instruções para um carregamento de cinco toneladas de cocaína. Carlos Ferrari também conhecido por Primo Chê, estacionou o carro e dirigiu-se para a cozinha onde o esperava um (?) breakfast, como costumam tomar aqueles prestes a iniciar uma longa viagem.

    Meia hora depois, Pablo Escobar apareceu com sua família, vestido com sua habitual camisa florida e calça jeans desbotada. Com cortesia costumeira, abriu a porta do Mercedes 600 para Maria Victoria, que entrou com os filhos no banco traseiro. Escobar entrou pelo lado direito, sentando-se no banco dianteiro, ao lado do motorista.

    Primo Chê buzinou e as grades de ferro do edifício Mônaco foram abertas. Ele acelerou lentamente o pesado Mercedes blindado e o quadrado da frente do automóvel rolou portão afora. Donald Warren que aguardava do lado de fora, numa moto vermelha, fez um sinal para um pistoleiro encarapitado num edifício em construção, em frente do Mônaco. Donald Warren passara muitos dias preparando pessoalmente o local do assassinato, medindo cada ângulo de tiro, e a fuzilaria para romper a blindagem do veículo. O lugar por ele escolhido, à saída do Mônaco, era por que o Mercedes automaticamente tinha que parar, antes de entrar na rua movimentada. Ele sabia que Escobar preferia o assento carona, quando conduzido pelo seu amigo e homem de confiança Primo Chê, quando podiam trocar idéias, durante a viagem.

    O plano de Warren estabelecia que Cucaracho, encarapitado na construção, abriria fogo com seu FAL-762, após o sinal de Warren. Todos os trinta disparos seriam efetuados em rajadas sobre o lado direito do Mercedes. Segundo os cálculos de Warren, a falta de dispersão dos tiros atingiriam o mesmo lugar, e com isso, anulariam a blindagem ultrapassando o pára-brisa, atingindo Escobar. Ele estaria displicentemente sobre uma motocicleta na esquina. Quando agitasse o braço seria o sinal para os disparos. Cucaracho teria alguns segundos para disparar o fuzil, e evacuar o local, pulando na traseira da moto.

    No outro lado da rua, Donald Warren estava preocupado com um elemento não considerado: os raios do sol. Estava sentindo nas vistas a forte luz solar que ofuscava a visão, mas só saberia que havia menosprezado o sol, semanas depois, quando acabaria caindo nas mãos dos narcotraficantes. Ao confeccionar seu plano para executar Escobar, consultou um calendário mas esqueceu de conferir o horário do nascimento do sol. Esse pequeno deslize, iria melar seu plano.

    Quando percebeu o avanço do Mercedes, fez um sinal com o braço. Do outro lado da rua, encarapitado na construção, Cucaracho, percebeu o sinal e acionou o cano do fuzil. Mal escutou o baque seco do mecanismo da arma, sentiu os raios do sol ofuscando sua visão enquanto o pesado Mercedes piscava a lanterna preparando para tomar a rua. Mesmo sem uma visão perfeita do alvo, Cucaracho abriu fogo. O fato do Mercedes ter recebido quinze balaços; foi uma demonstração da portaria de Cucaracho. Quase todas atingiram o pára-brisa, de fora a fora, como um flash-back, sem entretanto vencer a blindagem do vidro. Foi então que Primo Chê salvou a vida de Pablo Escobar.

    Enquanto o pistoleiro do alto da construção acertava o pára-brisa Primo Chê, gritou para que todos se abaixassem e pisou fundo no acelerador. O Mercedes avançou rápido e fez uma parada brusca no meio da pista. Primo Chê pulou para fora e saiu atirando. Donald Warren notou homens armados saindo do edifício de Escobar, e acelerou a moto, abandonando o local. Os homens da segurança de Escobar, cercaram a construção e prenderam Cucaracho.

    Nenhuma linha sobre o acontecido apareceu nos jornais. A polícia colombiana acompanhada pelo serviço secreto americano iniciava a partir deste incidente, a maior operação anti-narcóticos da história. Dentro de alguns meses iria transformar-se na maior caçada a um narcotraficante, cuja história ficou maquilada, mas que ainda consta nos anais do submundo como a caçada a Pablo Escobar.

    Os homens de Escobar, apertaram e Cucaracho deu o serviço com riqueza de detalhes. Revelou que um homem do DEA, o havia contratado. A caçada silenciosa começou e Escobar queria Donald Warren, custasse o que custasse. Em questão de dias, ele acabou preso pela polícia e entregue aos homens do Cartel. Pablo Escobar, comunicado da prisão, disse enfático: — Essa coisa de atentado já foi longe demais, vamos puni-lo de forma exemplar. Mostrar para os americanos, quem manda na Colombia.

    Fazia um sol de rachar, quando Warren foi retirado para fora da Van e amarrado contra uma árvore de estrada. Encarou com incredulidade uma câmera de vídeo que filmava tudo. Viu um homem rústico aproximar-se empunhando uma faca de açougueiro. Escutou quando o homem disse para ele rezar pela última vez. Depois,o golpe certeiro na glote com exposição da língua, na clássica maneira de matar dos narcotraficantes: a gravata colombiana.

    A morte violenta do agente da DEA, que tinha planejado a execução de Pablo Escobar, devia ser um ponto final – o fim de quaisquer novas maquinações contra a vida do poderoso narcotraficante. Mas, por um capricho do destino, marcou um começo, e, para entender tudo isso, é preciso antes conhecer como e porque, Pablo Escobar acabou tornando-se o Don do narcotráfico, considerado o inimigo público número 1, da nação norte-americana.

    Capitulo 1

    John Condor, também conhecido como 'El Gringo', vestia um modelito texano, colete cheio de bolsos e camisa de brim quadriculada. Mascava seu chiclete de menta e dirigia um Cherokee ‘off-road’ coberto de poeira das estradas. Estacionou seu automóvel nas proximidades de um motel às margens do Rio Grande river. Consultou seu relógio e constatou que dentro de meia hora, um ‘coiote’ apareceria na outra margem do rio. Apanhou a câmera de ar de caminhão, encheu o pisto e ficou de olhos atentos, mascando o seu chicletes. De acordo com o combinado, o coiote apareceria na outra margem com um jipe branco e daria sinal com o piscar dos faróis. Voltou até a Cherokee e apanhou sua caixa de ferramentas. O Cherokee tinha placas frias e era um carro roubado. Na caixa, ao invés de ferramentas, estavam suas armas especiais: rifles escamoteáveis, pistolas de vários calibres, granadas, explosivos e silenciadores. Era um profissional, portanto, tinha o apreço por seus instrumentos.

    Esperava um quarto de hora, quando avistou o Jipe branco na outra margem. O piscar intenso dos faróis, confirmava o esperado. Ele jogou a bóia no rio, sentou por sobre ela e colocou a caixa de ferramentas sobre o colo. Remou com os braços, até a outra margem, sendo ajudado pelo homem do Jipe.

    — Você deve ser Ramón?

    O homem anuiu e disse:

    — E você é o Condor, não é mesmo?

    Ele balançou a cabeça, concordando. Andaram até o Jipe, deram partida e Ramón seguiu na direção da rodovia que levava até El Paso. Condor acomodou a sua caixa de ferramentas entre as pessoas, e relaxou o corpo no confortável banco do carro. Ramón dirigia e Condor roncava, ignorando-se mutuamente com educação. Condor tinha biótipo latino, com pele morena, cabelos negros e olhos esverdeados. Falava vários idiomas fluentemente e havia vivido vários anos em Barcelona, onde adquiriu o vulgo. Ramón não falava muito e era parte da sua missão apenas transportá-lo, sem maiores questionamentos. Havia escutado muitas coisas sobre Condor e sabia que era um homem procurado em vários países, que havia se submetido à várias cirurgias plásticas, usava várias identidades, muitas línguas e muitas faces. Um assassino meticuloso que cumpria à risca os seus contratos, atacava furtivamente e

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