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Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade
Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade
Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade
E-book51 páginas44 minutos

Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade

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Sobre este e-book

Em pleno séc. XVI, a Inquisição lavra as terras de Inglaterra. Numa aldeia remota, um inocente amarrado à fogueira amaldiçoa todos aqueles que o condenaram à morte. As suas palavras acordam os espíritos da Natureza, e as gémeas Alaina e Leanora pressentem-no. Contudo, o que poderão fazer duas curandeiras para os deter? Além disso, ambas escondem um segredo que as poderá matar ‒ o seu próprio amor.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de nov. de 2013
ISBN9781311355003
Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade
Autor

Carina Portugal

Carina Portugal nasceu em Cascais, a 19 de Junho de 1989, e vive actualmente na Amadora. Licenciou-se em Biologia (ramo de Biologia Molecular e Genética), pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.Apaixonada pelo género Fantástico, publicou contos em várias antologias, entre as quais: Vollüspa, com “O Acorde das Almas” (HM Editora, 2012); A Fantástica Literatura Queer, com “Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade” (Tarja Editorial, 2012); Trëma, com o conto “O Cais do Poeta” (2012); Dragões, com o conto “A Alma dos Mil Nomes” (Editora Draco, 2012); recentemente participou na Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia, V. II e III, com os contos “Já Sinto” e “Frio, cada vez mais Frio”, respectivamente (2013).Participou em algumas webzines, como a Revista Abismo Humano (2010) e a Nanozine (2012). Para além disso, publicou os e-books “Os Passos dos Destino”, em co-autoria com a escritora Carla Ribeiro (2009), “O Retrato da Biblioteca” (2012), “Poesia Dispersa” (2013), “Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade” (re-edição, 2013) e “Coração de Corda” (2013).Actualmente colabora no projecto Fantasy & Co., dedicado à publicação e divulgação de contos de jovens escritores portugueses.

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Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade - Carina Portugal

DUAS GOTAS DE SANGUE

E UM CORPO PARA A ETERNIDADE

By

Carina Portugal

SMASHWORDS EDITION

* * * * *

PUBLISHED BY:

Carina Portugal on Smashwords

Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade

Copyright © 2012 by Carina Portugal

Cover © John William Waterhouse

ISBN: 9781311355003

Smashwords Edition, License Notes

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O seu suporte e respeito pela propriedade da autora serão apreciados.

Este conto é pura ficção e qualquer semelhança com pessoas, locais ou eventos é pura coincidência. As personagens são produtos da imaginação da autora.

*****

Um grande agradecimento a todos os leitores beta que se deram ao trabalho de rever este meu conto, à Cristina Lasaitis, ao Rober Pinheiro e à Tarja Editorial por terem sido os primeiros a acreditar no seu potencial, e à Ana Santo por ter ajudado na inspiração das personagens principais.

*****

DUAS GOTAS DE SANGUE

E UM CORPO PARA A ETERNIDADE

*****

Inglaterra, 1594

As línguas de fogo irromperam da palha e da caruma, esticando-se para os farrapos que cobriam o corpo magro do homem. Lamberam-lhe a pele, junto aos pés descalços, arrancando-lhe um grito de dor. Palavras saltavam em seu redor, humilhando-o, chamando-lhe bruxo, assassino, demónio, quando o seu nome verdadeiro era simplesmente Beaumont, o curandeiro. O seu último crime culminara na morte de Victoria, uma parteira que, segundo consta, fora possuída por três demónios que a obrigaram a correr nua pela rua, aos gritos, como se tivesse enlouquecido. Um caçador acabara por matá-la com uma flecha certeira que lhe perfurara o coração.

Alguns dos membros da plateia encolheram-se ao escutar os prantos de dor, por entre a tosse que o sufocava como se lhe quisesse tirar os pulmões do peito. Entre eles encontravam-se duas mulheres ainda jovens, cujo cabelo competia com alguns tons do fogo, e cujos olhos lembravam o verde mais profundo da floresta. Não tivessem o cabelo penteado de forma diferente, seriam o reflexo uma da outra. Estavam de mão dada, com os dedos brancos da força com que se apertavam. Quanto ao coração, que ninguém via, comprimia-se de receio.

– Vamos, Alaina. Não temos que ver isto – murmurou-lhe a irmã, junto ao ouvido.

Puxou-a levemente para que saíssem de entre a multidão que assistia àquele espectáculo sádico. Os pés de Alaina moveram-se automaticamente, arrastando-se da praça. Apesar de terem fugido à visão, não fugiram do que conseguia alcançar a audição.

– Leanora! – O chamamento surgiu por entre a multidão, enquanto alguém abria caminho, infiltrando-se por entre os corpos, até as alcançar.

Ambas o reconheceram pela voz, era Crispian. Ele crescera e brincara com elas, até passarem a idade de crianças e se afastarem um pouco. Os seus olhos castanhos-escuros saltaram de uma para a outra, derramando alívio.

Com um gesto rápido, Leanora levou um dedo até aos lábios, pedindo-lhe para que não chamasse demasiado as atenções sobre elas. Não quando se desenrolava uma execução por bruxaria. Fez-lhe sinal para que também se afastasse com elas, que ele acatou depois de lançar uma mirada rápida ao estrado fúnebre.

Não se tinham afastado mais do que uma dezena de metros quando a voz rouca de Beaumont os alcançou, num grito destinado a toda

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