O Filho Do Sapateiro
De Gayle Ramage
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O Filho Do Sapateiro - Gayle Ramage
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O Filho do Sapateiro
Prólogo nº. 2 da Série do Assassinato
1807
––––––––
Brogan! Brogan!
Mesmo envolto pela cacofonia diária da cidade, Brogan era capaz de distinguir o som dos tons agudos e irlandeses de sua mãe. Ficou onde estava, escondido embaixo da tenda do açougueiro, segurando o nariz a fim de repelir o cheiro de carne fresca.
Brogan Michael O’Malley, se você não me responder agora, você vai dormir na rua hoje à noite!
Conseguia vislumbrar os cabelos grisalhos da mãe dentre o tropel que andava ao longo da rua principal. A cabeça dela movia-se como a de um corvo, de um lado ao outro, à procura do filho. Ele não responderia. Sua única recepção ao chegar em casa seria uma surra do pai. Além disso, a rua após o anoitecer não o assustava. Já tinha quase doze anos, afinal. Definitivamente com idade o bastante para tomar conta de si mesmo.
Esperou até que ela fosse embora e então rastejou para fora de seu esconderijo. O açougueiro, um homem tão corpulento e rosado quanto sua mercadoria, não percebeu Brogan surgir do outro lado da mesa, assim como não o havia percebido entrar ali em primeiro lugar. Contemplou brevemente a ideia de afanar uma das amostras de carne para si, mas a imagem de um garoto que conhecera pendurado na forca semanas atrás por roubar um pão fez o pensamento ir embora. Em vez disso, mergulhou na corrente de pessoas andando na rua inclinada que levava ao castelo. Uma execução havia ocorrido e a multidão ainda estava em dispersão, alguns parando para avaliar as mercadorias em oferta dos vendedores que haviam erguido suas barracas naquela manhã. Brogan nem mesmo se importou em ver o enforcamento. Se já viu um, já viu todos. Ademais, passaria a maior parte do tempo pulando, tentando enxergar algo por dentre as cabeças de todos os outros. Em certos momentos, não era divertido ser baixo.
A estátua de Carlos II montado a cavalo era uma das mais antigas na cidade, localizada no centro da Praça do Parlamento, em frente à Catedral de Santo Egídio. Brogan inclinou-se contra a grade que cercava a estátua, pensando em que delinquência poderia se meter. A decisão surgiu quando, segundo depois, o céu se desfez em uma enxurrada. Esquivando-se do mar de pessoas que se esquivava do mar que caía, cruzou a rua e procurou refúgio debaixo de um dos telhados que saíam da rua principal. Chegou ao outro lado ao mesmo tempo em que duas mulheres corriam, gritando como se as gotas fossem dolorosas. As nuvens acima eram de um cinza sujo, indicando que o mau tempo os faria companhia por algum tempo.
Jesus Cristo
, disse alguém por trás dele. Brogan deu um salto. Não estavam mentindo sobre o clima escocês, não é? É igualzinho à porcaria de Londres.
Ela estava vestida de maneira inteligente, como uma nobre. O casaco de seda roxa e peles caía a seus joelhos e um cinto apertava-o bem alto na cintura. Por baixo, usava um vestido justo rosa pálido de musseline. Sobre os cabelos levemente ondulados repousava um chapéu de abas largas circundado por uma fita roxa. Sua boca, entretanto, seria comparável a de um marinheiro: Bom dia, parceiro
, ela disse, olhando para Brogan. O sotaque parecia estranho. Definitivamente não era irlandês, como o dele, ou escocês. Talvez inglês, então. Ela havia mencionado Londres.
"O tempo não é ruim sempre, ele disse em defesa.
A gente tem sol, de vez em quando."
A mulher riu. Claro que têm.
A cabeça dela inclinou-se e Brogan viu o objeto grosso que parecia um bracelete em seu pulso. Ei, parceiro. É uma pergunta estranha, mas eu vou fazer de qualquer jeito... Que ano é esse?
Ela estava certa, era uma pergunta estranha. Você não sabe qual é o ano?
ele perguntou, franzindo a testa e lembrando-se que já ouvira que alguns membros da nobreza não eram muito inteligentes.
"Eu sei. Que idiota eu sou... esqueci completamente. Então, qual é o ano? Não