Atração ardente
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Sobre este e-book
Há anos, Canyon Westmoreland tinha deixado que um terrível mal-entendido se interpusesse entre Keisha Ashford e ele, mas quando Keisha regressou à cidade com um menino de dois anos, chegou o momento de esclarecer as coisas de uma vez por todas.
Entre eles ainda bulia uma atração incandescente e, dessa feita, nada impediria Canyon de conseguir o que lhe pertencia... a sua mulher e o seu filho!
Brenda Jackson
Brenda ist eine eingefleischte Romantikerin, die vor 30 Jahren ihre Sandkastenliebe geheiratet hat und immer noch stolz den Ring trägt, den ihr Freund ihr ansteckte, als sie 15 Jahre alt war. Weil sie sehr früh begann, an die Kraft von Liebe und Romantik zu glauben, verwendet sie ihre ganze Energie darauf, Geschichten mit Happy End zu schreiben. Als Bestsellerautorin von mehr als 10 Liebesromanen wurde sie mit Preisen nur so überschüttet. Zusammen mit ihrem Ehemann lebt sie in Jacksonville, Florida, wo sie auch geboren wurden. Ihre beiden Söhne besuchen bereits das College. Sie hat einen Universitätsabschluss in Betriebswirtschaft und arbeitet derzeit im Management für ein bedeutendes Versicherungsunternehmen. Von der Arbeit nach Hause zu kommen und sich an den Computer zu setzen, um sich Liebesgeschichten auszudenken, ist ihr persönlicher Höhepunkt des Tages. Gemeinsam mit ihrem Ehemann geht sie gern auf Reisen, immer auf der Suche nach romantischen Orten, die sie als Schauplätze in ihren Büchern verwenden kann.
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Atração ardente - Brenda Jackson
Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2013 Brenda Streater Jackson
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
Atração ardente, n.º 1208 - Setembro 2014
Título original: Canyon
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5352-2
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
Capítulo Um
Canyon Westmoreland teve a tentação de sair do carro para esticar as pernas, mas decidiu não o fazer. Se tinha aprendido algo das séries policiais era que, quando estava de vigia, não devia fazer nada que o pudesse delatar. Tinha de se fazer notar o menos possível. E ele estava de vigia, disposto a apurar de uma vez por todas porque Keisha Ashford se negava a vê-lo.
Sabia muito bem que o odiava porque acreditava que a tinha traído com outra mulher. E sabia que essa era a razão pela qual tinha saído da cidade há três anos, cortando qualquer relação com ele. Também por isso, quando regressara a Denver, tinha-se julgado no direito de agir como se ele não existisse.
Mas Canyon já estava farto de aguentar semelhante situação.
Ambos eram advogados corporativos, uma profissão que os tinha unido ao início e continuava a fazer com que se vissem em inúmeras ocasiões. Desde que ela tinha voltado a Denver, há dez meses, tinham-se sentado frente a frente na mesa de negociações mais de uma vez. E a ele incomodava-o que Keisha se comportasse como se não se conhecessem.
Várias vezes tinha tentado aproximar-se dela para esclarecer as coisas, ainda que fosse apenas para poder fechar de uma vez o capítulo da sua relação. No entanto, ela nunca tinha querido ouvi-lo.
Mas isso ia mudar. Canyon negava-se a deixar que ela continuasse a pensar que ele a tinha traído.
Por isso, tinha ido até ao seu escritório de advogados e tinha estacionado à frente. Planeava segui-la até casa e enfrentar-se a ela. Por fim, teriam a conversa da qual ela tinha tentado esquivar-se.
Os seus irmãos, Stern e Riley, tinham-no advertido que Keisha podia chamar a polícia caso se sentisse assediada. Mas Canyon só queria falar com ela.
Olhou para o relógio. Não sabia bem a que horas ela saía do trabalho. Estava há mais de uma hora ali parado. Tinha saído cedo do escritório da empresa familiar, Blue Ridge Land Management, para se assegurar de que Keisha não se lhe escaparia.
Quando se inclinou para mudar de estação de rádio, o seu telemóvel tocou. Ao ver que era o seu irmão, franziu a testa.
– O que queres, Stern?
– Só estava a ligar para ver se te tinham prendido.
– Não me vão prender.
– Não estejas tão certo. As mulheres não gostam que as espiem.
– Não a estou a espiar – negou Canyon, apertando as mãos contra o volante.
– E como chamas ao teu plano de lhe fazer esperas diante do trabalho com a intenção de segui-la até casa?
Canyon remexeu-se.
– Não teria de a seguir se me tivesse dito onde vive.
– Se calhar não to disse porque não quer que saibas. A sua casa é o seu território e talvez não goste que o invadas.
Canyon estava a ponto de responder-lhe que lhe era indiferente que ela não gostasse, quando viu que Keisha saía do edifício com outra mulher. Estavam a conversar e a sorrir, em direção aos respetivos carros. As duas eram bonitas, mas ele só tinha olhos para Keisha. Ao vê-la, pensou o mesmo que da primeira vez em que se tinham encontrado. Era incrivelmente bela.
Tinha uma pele morena e leitosa, um nariz arrebitado e uns enormes olhos pretos. E continuava a usar o cabelo longo, liso e solto com risco ao meio. Ao olhar para os seus sumarentos lábios, recordou-lhes o sabor e o desejo disparou-se.
No entanto, algo tinha mudado na sua figura. Era imaginação sua ou tinha mais curvas do que ele se lembrava?
Remexendo-se no lugar, pensou que havia coisas que não mudavam, como o seu desejo por uma mulher que não o suportava.
No entanto, houvera um tempo em que ela o tinha suportado. Canyon nunca tinha julgado que estaria pronto para assentar a cabeça antes dos trinta e cinco anos, mas tinha-se apaixonado por Keisha dos pés à cabeça e tinha estado disposto a pedir-lhe que se casasse com ele...
Soltando um suspiro, continuou a observá-la, detendo-se nas suas longas pernas, as mesmas que o tinham abraçado enquanto faziam amor...
– Canyon, estás aí?
– Sim, estou – afirmou ele. Quase se tinha esquecido de Stern. – Mas tenho de ir andando. A Keisha acaba de sair e tenho de a seguir.
– Tem cuidado, meu irmão. Há muito tempo que um Westmoreland não vai parar à cadeia. Com certeza que te lembras.
Canyon respirou fundo. Como podia esquecê-lo? Só tinha havido um Westmoreland na cadeia. Em adolescente, o seu irmão Brisbane não parava de se meter em problemas. No presente, no entanto, tinha-se convertido num homem responsável e fazia parte da marinha americana.
– Não chegarei tão longe, Stern. Não sou uma ameaça para a Keisha. Só quero falar com ela.
– Antes também não eras uma ameaça para ela e esteve prestes a pedir uma ordem de afastamento. Olha, Canyon, não é assunto meu, mas...
– Eu sei, eu sei, Stern. Não queres que faça nada para envergonhar a família.
Keisha tinha-se separado da colega e dirigia-se sozinha para o carro. Continuava a ter aquela forma de andar tão sexy. Parecia uma mistura entre modelo de alta costura e profissional de prestígio, com os seus saltos altos e uma pasta na mão.
– Canyon!
– Ligo-te mais tarde, Stern – despediu-se dele e desligou.
Keisha enfiou-se no carro, sem vê-lo. Quando saíra do estacionamento, Canyon dispôs-se a segui-la, mas um carro preto arrancou e saiu disparado também, interpondo-se.
– Diabos! – murmurou ele, pisando o travão.
Para não perder Keisha de vista, Canyon arrancou atrás do carro preto, que parecia estar a segui-la também.
Como advogado, sabia que, às vezes, os clientes da parte contrária não ficavam satisfeitos com a decisão do juiz e queriam expressar o seu desacordo. Talvez fosse isso que se estava a passar.
O seu instinto protetor entrou em ação quando Keisha dobrou uma esquina e apanhou a estrada que saía da povoação e o carro preto também o fez. Não conseguia ver se o condutor era homem ou mulher, porque tinha vidros fumados. Mas conseguia ver a matrícula.
Canyon carregou num botão no volante.
– Sim, senhor Westmoreland, em que o posso ajudar?
– Olá, Samuel. Por favor, passa-me ao Pete Higgins.
Pete, o melhor amigo do seu primo Derringer, trabalhava na esquadra da polícia de Denver.
– Um momento – afirmou Samuel, o seu assistente pessoal.
– É o Higgins.
– Pete, é o Canyon. Preciso que me confiras uma matrícula.
– Porquê?
– Estão a seguir uma mulher.
– E tu como sabes isso?
Canyon mordeu a língua para não blasfemar. Estava a ponto de perder a paciência.
– Eu sei porque eu também a estou a seguir.
– Ah! E porque é que a estás a seguir?
Canyon sempre tinha admirado a plácida forma de ser de Pete. Nesse momento, odiou-a.
– Olha, Pete...
– Não, olha tu, Canyon. Ninguém deveria seguir uma mulher, nem tu nem ninguém. Isso chama-se assédio e pode ser motivo de queixa. Qual é a matrícula?
Nervoso, Canyon deu-lhe o número, perguntando-se como era possível que Keisha não visse que estava a ser seguida por dois veículos.
– Ena, que interessante – murmurou Pete.
– Que foi?
– É uma matrícula roubada.
– Roubada?
O condutor do carro preto era suficientemente inteligente para não se aproximar demasiado de Keisha. Aparentemente, também não se tinha dado conta de que estava a ser seguido por um terceiro.
– Sim. Segundo a nossa base de dados, pertence a um carro que foi roubado esta manhã. Onde estás?
– Agora mesmo estou no cruzamento da Firestone com a Tinsel, em direção a Purcell Park.
– A mulher tem um carro caro e novo?
– Sim, parece que sim. Porquê?
– Estou a pensar que se calhar querem roubar-lho. Vou para aí. Não faças nada estúpido até eu chegar.
Canyon olhou para o céu. Significava que podia fazer algo estúpido quando Pete chegasse?
Só de pensar que alguém perseguia Keisha enfurecia-o, ainda que ele estivesse a fazer isso mesmo. A grande diferença era que ele não pretendia magoá-la. Não podia dizer o mesmo do condutor do outro carro.
O primeiro que tinha de evitar era que o meliante soubesse onde Keisha vivia, matutou ele. Se ela estava a ir para casa, não tinha tempo para esperar por Pete, pois a esquadra era na outra ponta da cidade.
Nesse momento, Canyon tomou uma decisão.
Ocupar-se-ia da situação sozinho.
Keisha movia-se ao ritmo da música do rádio do carro. Adorava aquela emissora, onde passavam as suas canções favoritas todo o dia, sem anúncios. E naquele dia, precisava de se distrair.
Tinha tido um mau dia, tudo tinha começado às dez, no tribunal. Mal tinha tido tempo para comer antes de ter de tratar de outro caso. Perto das três, tinha chegado ao escritório para assistir a uma reunião. Pelo menos, era sexta-feira.
No entanto, também não ia poder descansar muito no fim de semana. Ainda que não devesse ficar desanimada. Ganhara três casos nessa semana e os