Um fim-de-semana especial
De Laura Wright
5/5
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Sobre este e-book
Abby McGrady era uma jovem bonita e independente, que organizava a correspondência da empresa e detestava o seu insuportável e lindíssimo chefe.
Para começar, não estavam precisamente feitos um para o outro, mas não podiam resistir à atracção que sentiam. Uma paixão assim era motivo suficiente para aceitar converter-se em sua "sócia" embora fosse só temporariamente...
Laura Wright
Laura has spent most of her life immersed in the worlds of acting, singing, and competitive ballroom dancing. But when she started writing, she knew she'd found the true desire of her heart! Although born and raised in Minneapolis, Minn., Laura has also lived in New York, Milwaukee, and Columbus, Ohio. Currently, she is happy to have set down her bags and made Los Angeles her home. And a blissful home it is - one that she shares with her theatrical production manager husband, Daniel, and three spoiled dogs. During those few hours of downtime from her beloved writing, Laura enjoys going to art galleries and movies, cooking for her hubby, walking in the woods, lazing around lakes, puttering in the kitchen, and frolicking with her animals.
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Um fim-de-semana especial - Laura Wright
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2002 Laura Wright
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Um fim-de-semana especial, n.º 497 - dezembro 2018
Título original: Cinderella & the Playboy
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1307-322-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
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Capítulo Um
– Precisas de uma esposa.
O conselho era tão ridículo que C.K. Tanner levantou uma sobrancelha antes de responder:
– Estás despedido.
– Não podes despedir-me – disse Jeff Rhodes a rir. Sou demasiado valioso… como gerente e como amigo – acrescentou, mostrando-lhe um fax. – E falando como tal, não vejo outra saída. Há outras duas firmas dispostas a comprar e os proprietários são casados. A mim parece-me que Frank Swanson procura um homem tradicional, alguém como ele, casado e com filhos. Se estás empenhado em adquirir a empresa de chocolates Swanson, tens de começar a pensar imediatamente em arranjar uma esposa.
Tanner virou-se na cadeira. Conseguia ver toda a cidade de Los Angeles a partir da sua janela, no trigésimo primeiro andar. Era uma manhã clara de Outubro, sem poluição, com um sol maravilhoso, mas ele mal dava por isso. Estava à procura de outra solução para o seu problema. Queria aquela empresa. Que raio, queria qualquer empresa que fosse um desafio. Essas aquisições pareciam encher o vazio que havia no seu interior… mesmo que fosse só de uma forma temporária.
Mas Jeff tinha razão Comprar a firma Swanson requeria algo mais do que uma estratégia inteligente.
Na sexta-feira de manhã iria a Minneapolis. Era o último comprador a ir lá e, como os restantes, passaria um fim-de-semana com os Swanson. Era uma oportunidade para ver como é que eles dirigiam a empresa, visitar o complexo industrial e conhecer a família que há vários anos fabricava chocolates.
– Falei com o Harrison esta manhã – disse Jeff, interrompendo os seus pensamentos.
Tanner deixou escapar um suspiro. Mitchell Harrison era um duro homem de negócios. Também ele queria comprar a empresa Swanson e estava disposto a pagar o preço que fosse preciso para eliminar a concorrência do mercado. Mas tinha-se divorciado três vezes e era um grande mulherengo. Pelos vistos, Swanson não queria saber da sua oferta e Tanner tinha a certeza de que era por causa da sua reputação.
Jeff aclarou a garganta.
– Está disposto a pagar-te o que quiseres assim que compres a empresa ao Swanson.
– Ainda estou a ponderar essa proposta.
Tanner cerrou os dentes. O que é que ele estava a ponderar? Comprar e vender. Era isso que ele fazia. Mas naquele caso, comprar o trabalho de toda uma vida para o vender à melhor oferta, a alguém que só queria desmantelar a empresa… por alguma razão, não lhe agradava a ideia.
Durante quarenta e dois anos, Frank Swanson tinha investido tudo na sua firma, criada desde o zero com o apoio da sua família. Queria retirar-se e as suas duas filhas, casadas, não tinham interesse em seguir com o negócio. Estava disposto a vender, mas parecia óbvio que queria escolher um comprador com os mesmos valores tradicionais que ele.
Tanner passou uma mão pelo queixo. Por que é que um homem decidia casar-se e ter filhos era algo incompreensível para ele. Isso só acarretava falta de liberdade e nenhum benefício. Talvez se uma pessoa conseguisse ler o coração da outra pessoa, entender as suas motivações… assim o casamento poderia funcionar. Mas isso era impossível.
Ele tinha opiniões muito claras a respeito desse tema, mas se precisava de uma esposa para comprar a empresa Swanson, ia ter uma esposa.
– Então, a questão é quem.
– Que tal a Olivia? – perguntou Jeff
– Não.
– A Karen?
– Demasiado agressiva.
– E essa actriz com quem tens saído?
A rir, Tanner levantou-se da cadeira.
– E reduzir toda a conversa a lipoaspirações, gorduras e calorias? Não, obrigado – sorriu, aproximando-se do bar. – A mulher que eu escolher não pode ser alguém do meu círculo habitual. Não quero que as minhas amigas pensem que estou disposto a casar. Preciso de uma mulher simples, doce e elegante. Educada, mas não afectada. E nada de raparigas demasiado alegres.
Jeff deu uma gargalhada.
– Estamos em Los Angeles, Tanner. Onde é que vais procurar essa mulher, nalguma biblioteca?
– Por que não? – perguntou ele, servindo-se de um copo de água mineral. Posso transformar um patinho feio num cisne se for necessário.
– Se queres um patinho feio, por que é que não procuras no departamento de correio?
– O que é que há no departamento de correio?
– A minha secretária disse que as raparigas da distribuição do correio são o teu clube de fãs. Todas menos uma, aparentemente.
Tanner sentou-se na beira da secretária, fascinado com os conhecimentos de Jeff sobre as coscuvilhices dos seus empregados.
– Ah, sim? E quem é ela?
– Abby não sei quê.
Uma ruiva de olhos verdes e lábios apetitosos, recordou vagamente Tanner. Amável e tímida, uma rapariga muito bonita que lhe levava o correio todos os dias, mas que nunca tentava atrair a sua atenção. Usava roupa clássica e discreta, como se quisesse esconder o que tinha por baixo… e ele tinha a sensação de que o que havia por baixo valia a pena.
Mas nunca o saberia. Aquela ruiva era das que procuram um marido e um lar. E Tanner fugia desse tipo de raparigas.
– Seria perfeita, chefe – disse Jeff a sorrir, com um brilho malandro nos olhos.
– Perfeita para quê?
– Para fazer o papel de tua esposa. Acho que é muito doce e muito simples. Não é alguém a quem possas encontrar nas festas. E também não te pedirá mais nada porque, segundo os rumores, tu não lhe agradas – disse o gerente a rir. – Nunca pensei que uma mulher pudesse resistir aos encantos do grande C.K Tanner. Acho que eu próprio acabo de me apaixonar por ti.
Tanner fez uma careta.
– Que tal se eu te der dois minutos para voltares para o teu escritório antes de te despedir?
Jeff levantou-se, a rir.
– Está bem, está bem. Era só uma ideia. Mas suponho que não precisas da minha ajuda para procurar uma esposa. As mulheres sempre caíram nos teus braços.
– De facto… – suspirou Tanner.
No entanto, aquela ideia continuava a dar voltas na sua cabeça.
Que tal uma mulher que não gostasse dele? Sem compromissos, sem telefonemas posteriores. Apenas um acordo comercial. Isso facilitaria as coisas quando chegasse o momento do «divórcio».
Então, olhou para o arquivo de Swanson que estava sobre a mesa. Os desafios faziam com que a vida fosse mais interessante. Se o primeiro desafio era convencer Frank Swanson a que lhe vendesse a empresa, por que é que não aceitava o desafio de procurar uma esposa que o ajudasse a levar a cabo o seu objectivo?
Com um sorriso de satisfação, Tanner espreitou para o arquivo enquanto esperava a chegada do correio do dia com uma expectativa pouco usual.
As notas de um samba ressoavam na sala de correio da empresa Tanner. Abby McGrady, movendo ritmicamente o traseiro, dirigia-se ao elevador com um carrito cheio de pacotes e cartas.
– Dá cumprimentos ao meu namorado – disse Dixie Watts a rir. – Diz ao senhor Tanner que pode esperar por mim às sete, como tínhamos combinado.
Janice Miggs deitou mais achas para a fogueira:
– E como ele muda de namorada todas as semanas, diz-lhe que estou livre na sexta-feira.
– Todas as semanas? – perguntou Mary Larson entre risos. – A cada hora queres tu dizer. Diz-lhe que estou livre dentro de duas horas. Pode telefonar-me quando quiser.
– Não se metam com ela – ralhou Alice Balton. – Vocês já sabem que a Abby não gosta disso.
Dixie levantou uma sobrancelha.
– E ela já sabe que nós gostamos muito.
Abby virou-se, com um sorriso nos lábios.
– Estou aqui para vos salvar de vocês próprias, queridas. C.K. Tanner não vos merece.
Mas quando as portas do elevador se fecharam, o sorriso desapareceu.
Realmente, C.K. Tanner era um dos homens mais bonitos que jamais tinha visto, mas também era o mais arrogante. Nem sequer via alguém que não tivesse um título académico unido ao apelido e de certeza que não lhe tinha dito mais de três palavras durante os catorze meses que