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Liberdade: Uma História de Rapunzel
Liberdade: Uma História de Rapunzel
Liberdade: Uma História de Rapunzel
E-book84 páginas1 hora

Liberdade: Uma História de Rapunzel

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Sobre este e-book

Quando a princesa Rapunzel e sua babá, Gisele, são trancadas em uma torre, Gisele logo cria um plano: deixar o cabelo de ambas crescer, até atingir o comprimento suficiente para que possam usá-los para escapar.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de mai. de 2016
ISBN9781310694813
Liberdade: Uma História de Rapunzel

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    Liberdade - Sonya Writes

    Liberdade

    Uma História de Rapunzel

    Sonya Writes

    Tradução de Mario Bertachini

    Todos os direitos reservados

    Copyright 2015 Sonya Writes

    Era uma vez…

    Um reino governado por um Rei corrupto e sua Rainha. Eles eram odiados por todos os súditos, mas, ainda assim, todos celebraram quando a Rainha teve uma filha.

    Comemoraram, não por qualquer sentimento de partilha na felicidade do casal tirano, mas por conta de uma profecia antiga, que estabelecera que esta criança iria pôr fim ao ciclo de desespero que há muito os dominava.

    A princesa Rapunzel era uma rara expressão de beleza, com cabelos dourados e olhos de safira, e um farol de esperança para todos os que acreditavam que a profecia era verdadeira. E, quando há poucos motivos para sonhos, a maioria das pessoas prefere acreditar.

    E assim acreditavam que Rapunzel um dia salvaria o reino e governaria com benevolência, ao contrário de seus antecessores.

    Quando a criança completou três meses de idade, o Rei e a Rainha deram um banquete em sua honra. Todo o povo se apresentou trazendo presentes para a jovem princesa, em parte porque desejavam, mas principalmente porque o Rei assim o exigia.

    Se o Rei considerava algum presente abaixo da sua dignidade, ele humilhava o infeliz súdito satirizando-o, para diversão da corte, e em seguida enviava-o para as masmorras por um dia.

    Quando o banquete se aproximava finalmente do fim, uma mulher vestida com uma capa escura e um capuz sobre o rosto avançou, saindo das sombras.

    Sua voz ecoou por todo o salão, quando ela declarou que também ela tinha um presente para a jovem princesa.

    - Aproxime-se então, para entregar seu presente- o Rei ordenou.

    - Não preciso, majestade- ela disse - Pois o meu presente é uma maldição.

    Um silêncio caiu sobre a multidão.

    O Rei levantou as mãos para chamar seus guardas, mas a mulher continuou, interrompendo-o antes que ele dissesse qualquer coisa:

    - Meu presente é uma maldição - ela repetiu - não contra a jovem princesa, mas contra qualquer um que tentar causar-lhe dano. Ouçam bem, todos vocês: todo aquele que tentar machucar Rapunzel de alguma forma, terá as mesmas dores e desconfortos infligidos sobre seu corpo e sua alma.

    Todos os presentes vibraram em exclamações e elogios entusiasmados ao ouvir esta proclamação; sua crença na profecia era toda a esperança que tinham, e saber que Rapunzel era agora assim protegida, significava muito para todos.

    E, enquanto a multidão vibrava em alegria, a mulher desapareceu silenciosamente do salão.

    ~

    Quando Madame Gothel retornou para casa, não encontrou sua filha na cama, onde deveria estar àquela hora da noite.

    Saiu então à sua procura no campo de girassóis. A lua cheia iluminava o céu, lançando um brilho azulado sobre as várias linhas de flores. Madame Gothel procurou-a até encontrá-la e a levou para dentro, para poderem conversar.

    - O que há, mamãe? - Gisele era uma jovem alegre, de quinze anos, com longos cabelos negros, que ela adorava trançar. Elas seguiram para a cozinha, e prontamente Gisele começou servir chá para sua mãe.

    - Gisele, querida, tenho um pedido para você - Madame Gothel começou - a Rainha não vai querer cuidar da princesa. Ela é egoísta demais para tomar conta de alguém além de si própria; por isso, quero que você vá para o palácio amanhã bem cedo, para oferecer seus serviços como babá para Rapunzel.

    O estranho pedido espantou Gisele, que esperava uma bronca da mãe por ter ficado no campo até tão tarde da noite. Em vez disso, sua mãe estava solicitando algo que, ela acreditava, estava muito além da sua capacidade.

    - Babá?!? - ela disse – mas, mãe, eu nunca fui babá para ninguém. Eu não tenho nenhuma experiência com crianças!

    - Bobagem, Gisele. Você tem muita experiência. Afinal, você sempre cuidou de você mesma e de seu irmão Lucien. Ele tem apenas seis anos e você sempre lidou muito bem com ele. Acredite-me, você tem toda a experiência de que precisa.

    - Sim, mamãe, cuidei de nós dois, mas ainda assim não tenho certeza de conseguir cuidar de um bebê.

    - Confie em mim, Gisele. No momento em que precisar, você saberá como agir. Virá naturalmente para você – a mãe respondeu, enquanto tomava o chá - você conhece a profecia, Gisele. Rapunzel é a criança que vai devolver a paz a esta terra; ela deve ser protegida. Eu quero que você seja a única protegendo-a. Não há melhor maneira para eu ter a certeza da sua segurança.

    Gisele baixou a cabeça.

    - Está bem, mamãe - ela disse – mas, por que a Rainha iria querer me contratar? Eu tenho medo que ela zombe de mim, e depois me expulse do palácio. Além do mais, como vou continuar a estudar?

    - Daremos um jeito para você levar os trabalhos da escola com você; assim, você pode estudar durante os cochilos de Sua Alteza ou sempre que você estiver sem serviço. Quanto à Rainha, Sua Majestade terá esta noite um sonho avisando-a de que qualquer negligência para com Rapunzel será o mesmo que prejudicá-la intencionalmente. O Rei não acredita em profecias e maldições, mas a Rainha sim. Seu medo da maldição vai levá-la a procurar alguém para tomar conta da criança enquanto ela cuida dela mesma. Será um trabalho de tempo integral, Gisele, mas eu sei que você pode lidar com isso.

    - Maldição? - perguntou Gisele, sentando-se - que maldição?

    - A maldição lançada hoje durante o banquete: todo aquele que causar danos ou mesmo tiver a intenção de causar danos à jovem Rapunzel vai experimentar o mesmo.

    Gisele estreitou os olhos, olhando fixamente para sua mãe:

    - Mamãe, não foi você que lançou a maldição, foi?

    Madame Gothel riu, mas não respondeu à pergunta.

    - Então, como foi a escola, querida? – ela perguntou, mudando de assunto.

    - Foi tudo bem - Gisele respondeu, animada - sabe aquele garoto sobre quem te falei? Aquele de quem

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