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Rivalidade: uma História de Cinderela
Rivalidade: uma História de Cinderela
Rivalidade: uma História de Cinderela
E-book123 páginas1 hora

Rivalidade: uma História de Cinderela

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Sobre este e-book

Quando o príncipe se apresenta para devolver o sapatinho de cristal de Cinderela, é sua irmã gêmea, Marcella, quem o atende. Atormentada por uma infância infeliz e desesperada por Amor, Marcella decide então fingir para o príncipe que ela é a "Ella" que ele procura, e se entrega, feliz, a este perigoso jogo.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de jun. de 2016
ISBN9781311975485
Rivalidade: uma História de Cinderela

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    Rivalidade - Sonya Writes

    Rivalidade

    Uma História de Cinderela

    Sonya Writes

    Tradução de Mario Bertachini

    Todos os direitos reservados

    Copyright 2015 Sonya Writes

    ~

    Era uma vez…

    Edmund abriu a porta de sua casa e entrou, segurando atrás das costas um buquê de rosas para sua amada esposa Azura.

    A casa estava em silêncio.

    - Azura! - Ele chamou.

    A criada de Azura, Anceline, veio correndo ao encontro dele.

    - Oh Edmund! Sir Edmund! O bebê está chegando!

    Edmund deixou cair as rosas no limiar da porta e correu atrás da criada. Ela o levou pelo corredor até a sala de estar, onde Azura estava de joelhos, respirando profundamente, enquanto a parteira se ajoelhava atrás dela, observando e esperando.

    Azura olhou para Edmund e deu-lhe um sorriso rápido, e desviou novamente seu olhar, para se concentrar apenas em sua própria respiração.

    - A cabeça está quase aparecendo! - Anceline sussurrou para Edmund.

    - Silêncio, por favor! - Azura exigiu, e então soltou um longo gemido, esforçando-se por empurrar. A parteira manteve as mãos prontas, e lançou um olhar a Anceline e Edmund, claramente mandando-os sair.

    Edmund entendeu o recado. Ele acenou rapidamente e saiu da sala. Anceline também abandonou o cômodo e seguiu para a cozinha para preparar uma refeição para mais tarde, ansiosa por algo em que ocupar sua mente e suas as mãos nesta hora tão tensa. Edmund caminhava pelo hall, e não pôde evitar de pensar novamente na primeira gravidez e consequente trabalho de parto de Azura. Naquela ocasião, ela também exigira silêncio absoluto, e ele desejou que a atmosfera semelhante não fosse uma indicação de um resultado igual. Seu primeiro filho morreu por conta de uma doença poucos dias depois, e Azura mergulhou em uma profunda depressão por meses.

    Esta criança tinha de viver, ou a casa inteira cairia em desespero.

    Um momento depois, ele ouviu o grito de uma criança.

    Ele sorriu e correu de volta para a sala.

    - É uma menina - disse a parteira - Uma linda menina!

    Edmund mal podia ouvir a voz da parteira em meio aos gritos da criança, mas ele podia ver que o bebê era uma menina, e passou a amá-la neste exato instante. A parteira embrulhou a criança em um cobertor e a entregou a ele. Em seguida, ela ajudou Azura a mover-se para uma posição mais confortável, enquanto aguardavam a placenta sair. Enquanto isso, a criança continuou a gritar.

    - Seus gritos são um bom sinal - a parteira assegurou a ambos. - Eu tive que cortar o cordão imediatamente, pois estava enrolado em volta do pescoço em duas voltas, mas com uma voz tão potente podemos ter certeza de que os pulmões não foram danificados.

    - Ela tem o grito de uma guerreira! - Disse Edmund.

    Ele olhou para ela, pensativo.

    - Vamos chamá-la ... Marcella.

    Azura assentiu com a cabeça e deu um sorriso fraco. Ela fechou os olhos e começou a respirar rápido mais uma vez, pelo nariz, e então soltou outro gemido alto e levantou-se, colocando-se novamente de joelhos. Ela começou a gritar de dor, mas a parteira tranquilizou-os:

    - É apenas a placenta - ela disse – Tudo vai terminar logo.

    Marcella continuava a gritar, e Edmund achou melhor levá-la para fora da sala. Ele ajeitou o cobertor em volta dela, o cobertor que tinham reservado para esta ocasião especial, e então ele a olhou com carinho.

    - Minha linda Marcella - ele disse - Você se parece com a sua mãe: cabelos negros, e o nariz pequeno e mais bonito que eu já vi.

    Sua voz pareceu acalmá-la. O tom dos seus gritos diminuiu, mas ela não se acalmou completamente. Ele sorriu para ela.

    - Pronto, pronto, Marcella. Está tudo bem.

    Então, da sala, ouviu-se o grito alegre da parteira:

    - Outra criança! - A parteira gritava - É mais uma criança!

    Edmund correu de volta para a sala e viu o segundo bebê nascendo. Ele sorriu e depois recuou para o corredor.

    - Anceline! - Ele chamou – traga-nos outro cobertor! Nós temos gêmeos!

    Marcella pareceu contrariada com a notícia, pois seus gritos elevaram-se novamente tão logo ele terminou esta declaração. Edmund embalou Marcella em seus braços e tentou acalmá-la.

    - Você agora é uma irmã, Marcella! E a irmã mais velha. Embora eu tenha a certeza de que você sabia disso, antes mesmo de nós.

    Ele continuou a sorrir para ela, mesmo ela continuando a chorar.

    O segundo filho foi outra filha. A placenta veio logo depois, e Azura sentou contra a parede para descansar, apoiada em almofadas confortáveis. As duas crianças pareciam exatamente iguais, de modo que a parteira amarrou um pedaço de fita azul em volta do calcanhar da segunda filha que Azura agora segurava, para diferenciá-las.

    Anceline veio correndo com mais um cobertor. Ela embrulhou o bebê nele e entregou-o a Azura.

    Azura deu uma olhada para a criança e riu.

    - Anceline, eu acredito que você pegou o cobertor que eu sem querer derrubei na lareira nesta manhã. Esta pobre criança está agora coberta de cinzas!

    O rosto de Edmund ficou vermelho, mas Azura o acalmou.

    - Não, não querido. Está tudo bem. É perfeito realmente. Cinderela. Minha linda Cinderela.

    Ela olhou para sua filha querida e sentiu-se ligada a ela instantaneamente. Cinderela mantinha-se calma e tranquila a partir do momento em que nascera. Azura sentiu que os olhos da criança falavam diretamente ao seu coração e ela olhou para eles durante o que pareceu um longo tempo. Azura começou a amamentar Cinderela, mas Marcella continuava a chorar.

    - Amamente a menina mais velha em primeiro lugar - a parteira sugeriu - Ela está angustiada desde o nascimento, e precisa de mais carinho. Ao que tudo indica, a mais nova não vai se incomodar em esperar.

    Azura assentiu com a cabeça e seguiu a sugestão da parteira. Levou vários minutos antes que Marcella se acalmasse, e mesmo quando ela o fez, a criança não parecia feliz, e mal olhava para o rosto da mãe. Azura continuou amamentando Marcella até sentir que era o suficiente, e em seguida, passou-a de volta para Edmund, para que ela pudesse voltar a cuidar de Cinderela. Marcella começou a gritar de novo, e Edmund a embalou até que ela dormiu, e então a levou para o quarto em frente, colocando-a no berço.

    Azura olhou para o rosto de Cinderela mais uma vez e sorriu.

    A criança era tão perfeita, tão pacífica. Ela se agarrava à mãe com facilidade e a olhava como se não houvesse ninguém mais importante no mundo. O coração de Azura derreteu-se, mas à medida em que a amamentava, Azura sentiu um pouco de remorso por não sentir-se da mesma maneira com Marcella.

    Procurou colocar o sentimento de lado e disse a si mesma que com o tempo tudo ficaria bem. Concentrou então sua atenção em Cinderela, e se permitiu ser tomada pelo amor materno que ela inspirava.

    Enquanto Azura ocupava-se em amamentar, aos poucos pegando o jeito, Anceline e a parteira trabalharam juntas para limpar todos os vestígios do nascimento, com a parteira parando várias vezes para verificar se Azura e as gêmeas estavam em bom estado de saúde. Felizmente, elas estavam.

    - Você tem duas crianças saudáveis - ela disse - E você fez um excelente trabalho, trazendo-as à luz.

    - Obrigada...

    Azura sentiu-se aliviada. Perder outra criança seria devastador. Ela estava feliz em saber que estas duas eram saudáveis. Então, ela pensou, por um momento, sobre Marcella, e a culpa que sentira antes.

    - Entretanto, você tem certeza de que a mais velha está bem? Ela chora tanto. Estou preocupada de que algo possa estar errado.

    - Não vejo nenhum sinal de problemas de saúde - disse a parteira - Pode ser o estresse do nascimento, ou talvez seu temperamento, que a leva às lágrimas mais facilmente.

    - Seu temperamento? - Azura perguntou.

    - Sim, seu temperamento. Alguns bebês são naturalmente calmos, e outros são mais facilmente perturbados. Se for esse o caso, as emoções fazem parte de quem ela é, e você terá que aprender a conviver com elas. Mas, não se preocupe; muitos pais aprendem a lidar bem com isso e estou certa de que você não será uma exceção.

    Ela continuou a arrumar as coisas ao redor da sala e deu instruções a Anceline para os próximos dias. Anceline era uma pequena mulher com cabelo curto loiro que ondulava ligeiramente nas extremidades. Ela tinha um rosto maternal, que lhe dava um ar muito mais maduro do que ela realmente era, e uma voz suave, que despertava facilmente a confiança de quem a ouvia.

    Anceline ouviu atentamente as instruções da parteira e garantiu que iria

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