Integridade: Uma História da Bela e a Fera
De Sonya Writes
3/5
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Sobre este e-book
Adah vê as pessoas como elas são por dentro sempre que toca em uma rosa. Então, quando o príncipe revelou ser na verdade um monstro horrível, Adah sabia que precisava impedir sua melhor amiga de se apaixonar por ele apenas por seu charme e aparência externa.
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Integridade - Sonya Writes
Integridade
Uma História da Bela e a Fera
Sonya Writes
Tradução de Fausto Garcia Faria
Todos os direitos reservados
Copyright 2015 Sonya Writes
~
Era uma vez…
— Me conta a história de novo, papai. — A jovem Adah pulou no colo do pai e sorriu.
Axel e sua esposa Iris olharam um para o outro e sorriram juntos.
— Bom, — ele começou, — tudo começou assim. Sete anos atrás sua mãe e eu estávamos desejando ter um bebê. No dia seguinte teve uma tempestade terrível que fez com que diversas árvores caíssem na floresta. Era meu trabalho ajudar a limpar o caminho das árvores que caíram nas casas das outras pessoas. Conforme a tempestade foi passando, eu comecei a receber cartas urgentes das pessoas que precisavam que as árvores caídas fossem removidas.
— E aí?
— No dia seguinte eu saí para meu primeiro trabalho. Um casal de velhinhos que vivia bem no meio da floresta precisava da minha ajuda. Então eu saí pela floresta e segui a estrada que iria acabar me levando até a cabana deles.
— Quem você encontrou na estrada, papai?
Axel sorriu e bagunçou seu cabelo. — Você sabe a história toda, — ele disse.
— Me conta de novo.
— Primeiro eu encontrei dois homens. Eles estavam rindo de alguma coisa; Eu não sabia do que. Então alguns minutos depois, três crianças passaram com sorrisos felizes em seus rostos. Eu continuei minha caminhada. Eu não tinha andado muito quando escutei o som peculiar de um gemido. Eu parei para ouvir e me dei conta de que alguém estava ferido e tentando chamar ajuda.
Essa era a parte favorita da Adah. Ela olhou para o rosto do pai enquanto ele contava novamente a história.
— Eu segui o som e chamei. 'Onde está você?' Eu perguntei. Os pedidos de ajuda ficaram mais altos e eu continuei procurando. Finalmente eu a encontrei. Era uma senhora idosa que estava presa em baixo de uma árvore caída. Ela não estava longe da estrada. 'Me ajude,' ela disse. Então eu a ajudei. Eu tentei levantar a árvore, mas não consegui. Eu precisei pegar meu machado e cortar a árvore em duas. Eu consegui erguer a metade e a velha senhora estava livre. Eu a ajudei a levantar e perguntei se ela estava bem. Jamais vou me esquecer do que ela disse.
— Cinco pessoas passaram por mim sem nem se importar, — Adah recitou.
Axel fez que sim com a cabeça.
— Na hora eu sabia que ela estava falando dos dois homens e as três crianças que passaram por mim na estrada. Ela perguntou por quê eu parei para ajudá-la. A pergunta me chocou! 'Como eu poderia não parar quando sabia que tinha alguém precisando de ajuda?' Perguntei a ela. 'O senhor não me conhece,' ela disse. E eu disse a ela--
— Isso não a torna menos minha semelhante do que um amigo próximo seria. — Adah sorriu.
— Sim. Então ela me disse, 'Obrigado, meu bom senhor. Em retorno pela sua bondade, eu concedo um dom à sua filha.' Eu disse a ela, 'Mas minha senhora, eu não tenho uma filha!'
Adah deu risada.
— Ah mas o senhor tem' ela me disse. 'Sua esposa está grávida há duas noites, e do seu ventre nascerá a mais bela menina viva.' Ela estava falando do seu coração, é claro—a beleza que conta. Eu caí de joelhos e me curvei diante dela. Eu a agradeci pela sua bondade e contei que sua mãe e eu estávamos rezando há muito tempo por um bebê.
— E depois, o que aconteceu papai?
— Ela me disse que pelo contrário, você não era um presente dela. O presente dela era este: a cada vez que você tocar em uma rosa, você veria as pessoas não pela sua aparência exterior, mas pelo que realmente são em seu interior. Ela disse que você manteria o seu dom para sempre, desde que apenas você, eu e sua mãe fossemos os únicos a saber sobre ele. Se qualquer um de nós contássemos a alguma outra pessoa, seu dom desapareceria.
— Mas você não acreditou nela que eu teria mesmo esse dom, — Adah disse.
— Eu não acreditei. Eu disse a ela que suas palavras me confundiam. Eu perguntei como eu poderia saber que isso era verdade. E ela me disse que quando eu voltasse para casa, encontraria uma roseira em plena floração em frente à nossa casa.
Iris entrou na conversa.
— Eu estava lá quando a roseira apareceu, — ela disse. — Foi a coisa mais fantástica que eu já tinha visto na vida.
— Eu corri para casa, — Axel disse. — Eu precisava saber se suas palavras eram verdade. Quando eu vi a roseira, fiquei admirado. Eu corri para dentro de casa e encontrei sua mãe. Eu disse a ela tudo que havia acontecido, e nós celebramos.
— Nove meses depois, você nasceu, — Iris disse. — Nós te demos o nome de Adah, uma palavra que significa bela.
— E eu sempre amei rosas, não é mamãe?
Iris fez que sim com a cabeça. — Sim. Você sempre amou rosas. Você brincava perto da roseira o tempo todo, e de algum jeito conseguia nunca se machucar com os espinhos.
— Me conte sobre o homem mau, — Adah disse.
Axel fez que sim com a cabeça.
— Sim, — ele disse. — Havia um homem mau que veio até nossa casa quando você tinha dois anos. Ele disse que era um caixeiro viajante que recentemente havia sido roubado e não tinha dinheiro para a pousada. Ele perguntou se poderia passar a noite em nossa casa. Enquanto eu falava com ele, sua mãe a trouxe para perto e eu coloquei uma rosa em sua mão. Você deu uma olhada para ele e começou a berrar! Nós não o convidamos a entrar. Dois dias depois nós descobrimos que ele roubou tudo de valor de outra família durante a noite enquanto eles dormiam. Foi então que tivemos certeza de que seu dom era real.
— E agora você me leva para a cidade com você, papai.
— Sim. Agora eu te levo para a cidade comigo. Eu te levo para quase todo lugar comigo, e você me diz como as pessoas realmente são. Seu dom tem nos abençoado muito.
— Mas nós não podemos contar isso a ninguém.
— Não, Adah. Nós não podemos nunca contar isso a ninguém, ou seu dom desaparecerá.
— Nem mesmo a Danya.
— Não. Nem mesmo sua melhor amiga Danya. Ela nunca poderá saber.
~
três anos depois
O sol aqueceu o rosto de Adah enquanto ela deitava na grama ao lado