Coração Noturno

De Gwendolyn Jensen-Woodard

Lady Jannessa Guillory era filha de um embaixador e, portanto, era seu dever ajudar seu pai a entreter e a administrar a casa, casar-se com sua função... e sempre ser obediente. Contudo, a noite a atraía de tal forma que ela não podia negar. E quando uma voz a encontrou na escuridão, ela sabia que não poderia parar suas próprias paixões.

• Idioma: Português
• Editora: Vanilla Heart Publishing
• Data de lançamento: 24 de jun. de 2016
• ISBN: 9781507145647

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Lady Jannessa Emilie Liliana Guillory não gostava muito do seu nome. Sempre o achou comprido demais, e complicado em muitas maneiras. Seu pai, Sua Excelência Herraoud Guillory, era o embaixador francês de um pequeno país ao sudeste da Hungria. É claro que o país era bom, de onde Jannessa se encontrava. Ela era realmente bem protegida. Ela sabia disso. Sim, era ótimo caminhar por entre as árvores e por entre as bem aparadas sebes da estátua do seu pai; porém, ela também sabia que, além das paredes e da estrada, havia pessoas menos privilegiadas que tinham vidas difíceis. Era por causa desse conhecimento que ela se recusava a ficar pensando no fato de, na verdade, ela ser prisioneira do seu pai. Ele estava trabalhando para arranjar um casamento lucrativo para ela. Bem, o casamento era para ela, mas os lucros eram para ele.

A mãe de Jannessa faleceu quando ela ainda era pequena. Jannessa tinha quase certeza que, por alguma razão, seu pai nunca a perdoou por isso. Ela teve tudo o que precisava ou queria, em termos de bens materiais. Sedas, cetins, bonecas com o mais fino acabamento e, é claro, algumas bijuterias de qualidade que poderiam alimentar uma família no vilarejo por um ano. Contudo, ela nunca teve o amor do seu pai. Ele raramente dirigia-lhe a palavra ou o olhar. Nunca a abraçou ou sequer a acariciou na cabeça. Jannessa obteve excelentes notas nos estudos com seu tutor francês, e ainda assim o Senhor Guillory não disse nem uma vez Bom trabalho ou Estou orgulhoso de você. Em vez disso, ela foi deixada assim num país estranho, enquanto ele estava quase sempre em algum outro lugar. Sua babá Sabine sempre fora carinhosa com ela, mas não era a mesma coisa que um amor de pai.

Jannessa jurou para si mesma que ela faria seu melhor para nunca deixar seus filhos sozinhos ou carentes. Nem se casaria com um homem que não a amasse e que não amaria seus filhos, não importava o que seu pai quisesse. Claro que conseguir isso seria difícil, então ela esperava que ele escolhesse um homem generoso e amoroso. Entretanto, ela não era ingênua, sabia como casamentos diplomáticos funcionavam. Se tratavam de riqueza e de poder, não de amor e de respeito. Jannessa desejava amor e respeito, mas sabia que era muito a se pedir. Suspirando e encarando a escuridão, ela resignava-se com uma vida de obediência matrimonial.

Virando-se para caminhar de