A mulher que quero
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Sobre este e-book
O empresário australiano Sebastien Castellano estava acostumado a que as mulheres caíssem rendidas aos seus pés… não ao contrário!
Ella Martinez andava há anos a limpar o pó às fotografias de Sebastien e não compreendia os motivos que o levaram de volta a França, à casa onde foi criado. Para o filho de Ella Martinez, Sebastien converteu-se num herói e Ella apaixonou-se perdidamente pelo homem que a fez passar um Verão inolvidável.
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A mulher que quero - Nina Harrington
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2011 Nina Harrington
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
A mulher que quero, n.º 1292 - Setembro 2016
Título original: The Last Summer of Being Single
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2011
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-8555-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
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Capítulo 1
– Vá lá, casa-te comigo. Sabes que te interessa.
Ella Jayne Bailey Martinez bateu com os dedos no seu lábio inferior e abanou a cabeça, como se estivesse a pensar na proposta.
Henri animou-se.
– Tenho meio de transporte próprio. Poderás ir onde quiseres. Vá lá, o que me dizes, querida? Podíamos divertir-nos muito!
– Certamente, a oferta é tentadora. Mas… o senhor Dubois prometeu que vai emprestar-me o seu passe e é muito difícil rejeitar esse tipo de ofertas.
– Dubois? Promessas, promessas, promessas. A minha oferta é real, querida – respondeu Henri, piscando-lhe um olho.
– Sim, era o que receava. Eu sou monógama e ontem à noite vi-te a seduzir a recepcionista do hotel. Bonito, mas mulherengo! Enfim, vemo-nos mais tarde.
Henri deixou cair a mão no braço da sua cadeira de rodas e praguejou em francês antes de encolher os ombros e responder a Ella em inglês:
– Bolas, apanhaste-me!
Ella sorriu e passou-lhe carinhosamente a mão pelo pouco cabelo que lhe restava antes de se afastar pelo corredor em direcção à cozinha, deixando para trás o Romeu grisalho.
Com um sorriso, Henri fez virar a sua cadeira de rodas e, com uma velocidade surpreendente, foi à sala de jantar. Lá, foi recebido por uma explosão de gargalhadas.
– Espero que os meus hóspedes não estejam a deixar-te cansada.
Ella sorriu para a sua amiga Sandrine, a directora do hotel onde ela trabalhava como pianista sempre que podia. Também, de vez em quando, dava uma ajuda com os almoços.
– São óptimos! Podia passar o dia a falar com eles sobre jazz clássico. Cresci a ouvir essa música. Sabias que Henri passou três anos em Nova Orleães? E os seus amigos acabaram de comer três dos meus bolos! Os músicos são todos iguais, sejam de onde forem. Depois da música, é a comida. Em França também é assim.
Sandrine pôs-lhe um braço sobre o ombro e sorriu.
– Obrigada por vires outra vez para me ajudar. Não sei o que teria feito sem ti.
– Não foi um problema para mim. É um prazer poder ajudar. Tens o hotel cheio no fim-de-semana que vem?
– Todos os quartos ocupados! É a primeira vez que tenho quarenta hóspedes num fim-de-semana.
Sandrine deu um abraço à sua amiga e, ao soltá-la, sorriu e acrescentou:
– E sei que é graças a ti. Descobri que foste tu que recomendaste este hotel a Nicole, depois de decidir celebrar o seu aniversário aqui no próximo fim-de-semana. Virá gente de todo o lado do mundo. Enfim, muito obrigada.
– Perguntou-me qual era o melhor hotel da cidade e, naturalmente, disse-lhe a verdade: este. Não sabes como me alegro por Nicole ter decidido celebrar o seu aniversário na sua casa de campo em vez de ficar em Paris. Ultimamente, quase nunca vem.
– Essa é uma das vantagens de cuidar da sua casa de campo, não é? Vives em tua casa sozinha durante a maior parte do ano. Enquanto isso, Nicole está em Paris ou a viajar.
Ella fechou os olhos e sorriu.
– Sim, tens razão. Eu adoro a casa. Não me imagino a viver noutro lugar, à excepção de Mas Tournesol. Temos muita sorte – então, abriu os olhos. – Nicole merece uma festa de aniversário maravilhosa e vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que assim seja. Ao fim e ao cabo, só se é uma jovem de sessenta anos uma vez na vida.
– Certamente! E não te esqueças, conta comigo para o que for preciso.
Ella deu um beijo à sua amiga e sorriu.
– És um amor. Enfim, vou-me embora porque quero estar em casa quando Dan chegar da escola. Até amanhã.
– A PSN Media apresentou uma oferta melhor, mas continuam a querer reduzir a equipa. Não sei se vamos poder continuar a pressioná-los a respeito disso – explicou Matt, exasperado, pelo telemóvel.
Sebastien Castellano bateu com os dedos de ambas as mãos no banco de couro do carro desportivo italiano enquanto tentava manter a calma. Tinha os olhos fixos nas fileiras de parreiras que se prolongavam desde o lugar da estrada onde parara o carro até se perderem numas colinas verdes no meio do Languedoc.
Passara a noite inteira e parte de quinta-feira a trabalhar com Matt e uma equipa de negociadores da PSN Media numa sala de conferências em Montpellier com o fim de salvar as centenas de postos de trabalho que constituíam a Castellano Tech na Austrália.
E a PSN Media continuava a recusar-se a levá-los a sério.
Era verdade que era a empresa de comunicações mais importante do mundo no seu campo, mas a Castellano Tech era a sua empresa, uma empresa que criara do nada.
Conhecia os seus empregados pessoalmente e muitos estavam na empresa desde o começo. A sua equipa transformara a Castellano Tech numa das empresas de sistemas de comunicação mais importantes da Austrália e não ia abandoná-los por um punhado de dólares. Os seus empregados tinham sido fiéis e ele devia-lhes essa mesma fidelidade.
Era uma pena que a PSN Media não o visse assim. E a menos que mudassem de atitude, ele não assinaria o acordo na segunda-feira. O director executivo da PSN teria de se ir embora de Montpellier no seu iate com as mãos vazias.
– Matt, sei que trabalhaste muito nisto, mas deixámos a nossa posição muito clara: ou a PSN Media garante não reduzir a equipa e manter os contratos de trabalho tal como estão ou não assinarei o contrato. Ponto final.
O director financeiro da empresa suspirou.
– Podia custar-te muito dinheiro, meu amigo.
Seb também emitiu um suspiro. Na PSN Media pensavam que todos os indivíduos tinham um preço e que podiam pagá-lo. Mas enganavam-se, Sebastien Castellano não ia deixar-se comprar e ia demonstrar-lhos.
Seb sabia que Matt só estava a cumprir com o seu trabalho, como o seu braço direito. Trabalhara as mesmas horas que ele durante as duas últimas semanas. Ambos precisavam de um descanso.
– Há algumas horas dissemos à PSN Media que tinha o fim-de-semana para preparar a proposta final. Lamento, Matt, mas não mudou nada desde que vim para o Languedoc. É simples.
– Tão teimoso como sempre – respondeu Matt, com um suspiro. – Deixa-me telefonar-lhes. Depois, penso que ambos merecemos descansar.
– A melhor ideia que ouvi em todo o dia – declarou Seb, num tom leve. – Tira o resto do dia e falaremos amanhã.
– Está bem, não falaremos mais. Talvez vá ver esses flamingos selvagens de que me falaste. Ah e cumprimenta Nicole da minha parte. Deve ter-se alegrado muito por estares em França e poderes ir ao seu aniversário. Bom, até amanhã.
Finalizada a chamada, Sebastien guardou o telefone sentindo-se excitado e frustrado ao mesmo tempo. Numa questão de seis meses, o sistema de comunicações desenhado pela sua equipa e por ele numa garagem de Sidney poderia ser usado em todo o mundo.
Estava muito perto de alcançar o seu sonho.
E conseguiria fazê-lo sozinho. No entanto, juntar-se à PSN Media era a melhor forma e mais rápida de vender a sua tecnologia.
Depois de dez anos de trabalho árduo, estava a um passo de obter o sucesso.
É claro, pagara um preço alto pela sua dedicação ao trabalho: relações sentimentais falhadas e falta de atenção à sua família, em Sidney.
Mas valera a pena.
Numa questão de dias, a Castellano Tech poderia fazer parte de uma multinacional e ocupar um lugar na direcção, com novas responsabilidades e um futuro brilhante na esfera profissional. Trabalharia em Sidney, nos escritórios da sua empresa. E disporia do tempo e do dinheiro necessários para trabalhar em projectos especiais.
O dinheiro da venda da Castellano Tech proporcionar-lhe-ia os meios técnicos e financeiros para financiar a Helene Castellano Foundation. As sondagens por toda a Oceânia já tinham demonstrado que o acesso à tecnologia moderna e aos sistemas de comunicação contribuía para uma melhoria na qualidade de vida das pessoas nas zonas mais remotas do planeta.
A sua mãe, Helene, teria adorado a ideia.
Desejava voltar para Sidney para começar a trabalhar. Já tinha uma equipa e fizera planos, só lhe faltava luz verde e uma boa parte da quantia de nove dígitos que a PSN Media ia pagar pela sua empresa.
Mas isso seria na semana seguinte.
Naquele dia, tinha uma coisa mais agradável para fazer.
Naquele dia, ia reunir-se com Nicole Lambert, a mulher encantadora que fora a sua madrasta durante doze anos turbulentos antes de se divorciar do seu pai, sair de Sidney e voltar para Paris. Na adolescência, causara-lhe muitos problemas, mas Nicole sempre o apoiara em tudo, apesar de ele, naquela época, nunca lhe ter agradecido. A sua