O dia dos namorados
De Mary Lyons
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Sobre este e-book
Ao seguir de perto o atraente Leo, Alex percebeu que não só lhe interessava o exclusivo como também o seu amor.
Mary Lyons
Mary Lyons is the pen name of Mary-Jo Wormell (born 1947)a popular British writer of 45 romance novels for Mills & Boon from 1983 to 2001. Wormell, along with two other prolific Mills & Boon authors, launched Heartline Publishing on 14 February 2001. The publishing house was meant to fill the gap between Mills & Boon and mainstream fiction. The publishing house appears to have closed as the website is now defunct.
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O dia dos namorados - Mary Lyons
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 1997 Mary-Jo Wormell
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O dia dos namorados, n.º 478 - março 2019
Título original: The Valentine Affair
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1307-591-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
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Capítulo 1
The London Chronicle, segunda-feira, 4 de Fevereiro
COLUNA SOCIAL DE JAMES BOSWELL
FELIZES PARA SEMPRE?
Aqueles que acompanham o fenómeno social vão gostar de saber que o bonito Leo Hamilton (na foto a jogar pólo) encontrou-se finalmente com o seu destino… e vai casar com Fiona, herdeira da fortuna dos Bliss.
O riquíssimo banqueiro Leo de 31 anos, filho do primeiro casamento de Lady Lucas com o ilustre Jack Hamilton e que conquistou uma medalha de prata na prova de obstáculos nas últimas Olimpíadas, está prestes a casar.
O feliz casal anunciará o seu noivado na semana que vem, no baile do Dia dos Namorados, organizado por Lady Lucas em benefício da Sociedade Nacional para as crianças órfãs.
Leo e Fiona, apesar dos meus esforços, não quiseram comentar esta notícia, mas a mãe de Fiona, Ethel Bliss, declarou-se «muito satisfeita e feliz».
O descapotável cinzento percorreu com cuidado as ruas congestionadas da City, o coração financeiro de Londres, antes de estacionar diante de um grande edifício vitoriano, actualmente sede do império bancário dos Hamilton.
– É todo teu Benson – resmungou o rapaz alto e moreno ao sair do veículo.
O motorista notou o cansaço no seu semblante.
– A festa foi de arromba, senhor Hamilton?
– Nem me fales! – confirmou Leo, subindo rapidamente os degraus do prédio.
– Ah, graças a Deus, senhor Hamilton! – exclamou a sua assistente, que foi ao seu encontro no elevador do primeiro andar. – O seu tio quer falar consigo às dez horas.
– Ele disse porquê?
A funcionária balançou a cabeça.
– A secretária de Lord Hamilton apenas me deu esse recado, mas pode ter algo a ver com a conferência de imprensa marcada para as onze e meia – esforçando-se para acompanhar as passadas largas do patrão, consultava aflita o bloco de apontamentos. – A sua mãe também ligou, está ansiosa para falar consigo. E… gostaria de lhe dar os meus parabéns. Tenho a certeza de que serão muito felizes.
– Hum? – Leo olhou confuso para a secretária, enquanto entrava no santuário: o seu bendito escritório. – Está bem, Dora, aguente todas as chamadas até eu ter tomado pelo menos duas chávenas de café preto. E, se encontrar os meus óculos de sol, vou amá-la para sempre!
Encostou-se na poltrona e fechou os olhos. Pouco depois, a secretária regressou com uma chávena nas mãos.
– Parece que foi uma festa e tanto… – comentou.
– Se foi!
Leo ainda não entendia por que razão comparecera à despedida de solteiro de Alan Morton, que começara na sexta-feira à noite e se estendera por quase todo o fim-de-semana. Talvez a sua mãe tivesse razão ao avisá-lo de que aquelas noitadas, regadas a vinho, mulheres e muita música, acabariam com ele. Talvez estivesse mesmo na hora de abraçar uma tranquila vida doméstica…
– É isto que procura? – a assistente estendeulhe um par de óculos de sol.
– Dora… é um anjo! O que seria de mim sem você?
Com um sorriso nos lábios, a assistente apreciou a figura alta, esguia e de ombros largos. Mesmo de ressaca, Leo Hamilton era, sem dúvida, o homem mais bonito para quem já trabalhara.
Recém-chegado das suas férias numa estação de esqui, ele tinha as feições bronzeadas. Os seus generosos cabelos negros caíam em ondas até à altura do colarinho.
Embora apenas contasse com trinta e um anos, já apresentava alguns fios de cabelo branco nas têmporas. Os olhos verdes e o nariz aquilino sugeriam uma sensualidade que se evidenciava na linha curva da boca grande. Ele era, sem dúvida, o verdadeiro herói dos sonhos de qualquer mulher!
Incrível como os três últimos anos tinham passado num piscar de olhos. Desde que o senhor Hamilton começara a trabalhar no banco fundado por um parente distante e agora dirigido pelo seu tio, Lord Hamilton, a velha sede fora como que varrida por um tufão. Todos viam no seu chefe um playboy irresponsável, mas os anciões corroboravam o contrário.
Comentara com o marido, naquela manhã, a notícia do noivado:
– O que posso dizer é que ele pode divertir-se muito, mas trabalha a valer.
– Eu que o diga! – replicou o sofrido marido. – Talvez agora, com o casamento, não tenhas mais que trabalhar à noite no escritório…
Dora não tinha tanta certeza. Reconhecia à distância um «viciado em trabalho». Reflectiu, diante da pilha de tarefas colocada na sua própria mesa. Apesar da recente contratação de pessoal, o senhor Hamilton continuava sufocado por viagens e reuniões.
Como que para ilustrar o facto, Leo chamou-a.
– Pode dizer-me o que está a acontecer? Acabo de falar com a minha mãe e, francamente, acho que ela está a ficar senil! – passou os esguios dedos bronzeados pelos cabelos negros. – Pelo que entendi, ela está exultante com o meu noivado. Já consultei a minha agenda e não vi nada de extraordinário. Pode esclarecer-me este assunto?
Dora olhou-o atónita por um segundo e então riu.
– Ora, senhor Hamilton! Sei que gosta de brincar, mas considerando que a notícia já saiu nos jornais de hoje, para que serve guardar segredo?
– Que segredo?
– Do seu noivado, claro! – Dora sorriu satisfeita. – E falo em nome de todos no banco, desejo ao senhor e à sua noiva muitas felicidades no casamento e…
A voz dela morreu quando o patrão tirou os óculos escuros, revelando olhos verde-esmeralda faiscantes.
– Felicidades no casamento… – repetiu Leo, tentando controlar-se. – Bem, considerando que estou com uma terrível ressaca, poderia fazer a gentileza de me dizer com quem vou casar-se?
Num minuto, a assistente pô-lo ao corrente de tudo o que se passava.
– Obrigado, Dora. Acho que já percebi.
Esperou que a sua assistente saísse da sala para marcar um número de telefone.
– Ah, Fiona? – exclamou, quando uma voz feminina atendeu. – Acabo de saber sobre o nosso «casamento». Tens alguma ideia de como esta notícia foi parar aos jornais? – descontraído, encostou-se na poltrona e contemplou a delicada aplicação de gesso no tecto. – Eu sei, sim… Acho que nos devemos encontrar para tratarmos do assunto… o mais rapidamente possível!
Desanimada, Alexandra Pemberton olhou para os colegas na sala de reuniões e serenou por não ser a única, naquela manhã de segunda-feira, com ar de moribunda. Graças à epidemia de gripe, que assolara a redacção, como uma das setes pragas do Egipto, não trabalhara quase nada nos últimos dez dias e era com pouco entusiasmo que aguardava o confronto com o editor, Mike Tanner.
Na verdade, nem sabia por que fora convocada para aquela reunião, da qual costumavam apenas participar os jornalistas mais antigos do Chronicle.
– Muito bem, vamos começar! – gritou Mike, impondo silêncio. Tirou o charuto da boca e soltou uma baforada cinzenta sobre a longa mesa. – Convoquei esta reunião extraordinária porque não estou satisfeito com as nossas vendas. Sim, estão a subir mas… – confirmou, diante dos protestos. – Mas não tanto quanto eu gostaria. E, conforme já comentei com a senhora Imogen HallKnightly, não estou a gostar nada do suplemento que sai ao sábado.
Alex tentou manter-se impassível ante a fúria contida no rosto da azeda jornalista veterana, recém-promovida a editora do suplemento do Chronicle on Saturday.
– E o que há, na tua opinião, de mal com o suplemento? – desafiou Imogen.
– Simplesmente tudo – replicou Mike. – É um tédio! Precisa de mais movimento e colorido… artigos mais interessantes. Nada a ver com resenhas de livros de filosofia que os leitores conhecem pouco e pelos quais se interessam menos ainda.
– Há algum mal em tentar educar os leitores?
– Educar?! – explodiu. – Os nossos leitores querem distracção! – concentrou-se no exemplar aberto à sua frente. – Mas, deixando de lado o suplemento, não vão acreditar no que saiu na edição de hoje. Estou envergonhado com este lixo!
No meio de um silêncio mortal, Mike correu a mesa com o olhar e apontou um dedo amarelado de nicotina para a jovem sentada ao lado de Alex.
– Quero uma mudança radical na página de moda, Tessa. O mais depressa possível!
A jovem jornalista estava