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Três meses de paixão
Três meses de paixão
Três meses de paixão
E-book152 páginas2 horas

Três meses de paixão

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Sobre este e-book

Tinha voltado para ela… para se vingar…
No que dizia respeito a Anna Stockton, Lucio Ventressi só desejava uma coisa: vingar-se pela forma como ela o tinha abandonado.
Sabendo que Anna necessitava de dinheiro urgentemente, Lucio fez-lhe uma oferta: ele dar-lhe-ia dinheiro se ela se tornasse sua amante. Anna não tinha outra alternativa a não ser aceitar. Foi então que descobriu que a paixão podia ser muito doce, mesmo tendo como origem a vingança.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de abr. de 2016
ISBN9788468783260
Três meses de paixão
Autor

Melanie Milburne

Melanie Milburne read her first Harlequin at age seventeen in between studying for her final exams. After completing a Masters Degree in Education she decided to write a novel and thus her career as a romance author was born. Melanie is an ambassador for the Australian Childhood Foundation and is a keen dog lover and trainer and enjoys long walks in the Tasmanian bush. In 2015 Melanie won the HOLT Medallion, a prestigous award honouring outstanding literary talent.

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    Pré-visualização do livro

    Três meses de paixão - Melanie Milburne

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2004 Melanie Milburne

    © 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Três meses de paixão, n.º 883 - Abril 2016

    Título original: The Italian’s Mistress

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Publicado em português em 2005

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-687-8326-0

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Página de título

    Créditos

    Sumário

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Se gostou deste livro…

    Capítulo 1

    Anna olhou para o médico especialista do seu filho com horror.

    – Quer dizer... que vai morrer?

    O médico olhou para ela com gravidade.

    – Se não tiver um seguro privado, receio que o serviço de saúde público demorará pelo menos um ano a dezoito meses a operá-lo.

    – Não me posso permitir um seguro privado – disse Anna com o estômago apertado. – O dinheiro mal chega para comermos.

    – Eu responsabilizo-me por mães solteiras como a senhora que têm que enfrentar problemas – declarou com pouca empatia. – Mas a saúde pública está sobrecarregada, à beira do colapso. A vida do seu filho não corre perigo a curto prazo; no entanto, é preciso reparar o mal coronário antes que se transforme numa lesão crónica. Se pudesse financiá-la, a operação realizar-se-ia este mesmo mês na Unidade de Cirurgia Cardiológica de Melbourne Centre.

    O coração de Anna deu um baque. Mal tinha dinheiro para pagar o eléctrico até à cidade. Como poderia permitir-se uma operação num dos hospitais mais conhecidos do país?

    – Quanto... quanto custaria a intervenção?

    O médico fez um cálculo mental antes de dar uma quantia que quase a fez cair da cadeira.

    – Tanto...? – balbuciou.

    – Receio que sim. Sammy estará no hospital pelo menos dez dias, o que aumenta a despesa consideravelmente. E se surgirem complicações...

    – Complicações? – perguntou, ao mesmo tempo que engolia o nó de receio que sentia na garganta. – Que tipo de complicações?

    – Menina Stockton, qualquer intervenção cirúrgica suporta riscos. Numa criança de três anos uma operação delicada pode ter complicações, entre elas o risco de infecção, para não mencionar reacções adversas aos antibióticos – explicou, ao mesmo tempo que fechava a pasta com o histórico do pequeno paciente e se reclinava na cadeira. – Sugiro-lhe que volte para casa e telefone a todos os seus amigos e familiares até encontrar alguém que a possa ajudar. É a única oportunidade que o seu filho tem de obter uma melhoria rápida – sugeriu com um sorriso.

    Anna suspirou no seu interior enquanto se levantava da cadeira.

    Além da sua irmã, tinha pouquíssimos familiares. E os seus amigos?

    Quando voltou precipitadamente do estrangeiro, há quatro anos, a última coisa em que pensou foi rodear-se de bons amigos; a sua prioridade era ter máxima distância entre a família Ventressi e ela.

    Não passava um dia sem pensar no seu antigo noivo Lucio e o seu irmão Carlo...

    Anna afastou da sua mente aquelas terríveis recordações... o que fizera... aquelas horríveis acusações que ainda ressoavam na sua mente quando se permitia pensar no passado.

    As ruas da cidade estavam muito animadas àquela hora. As pessoas entravam e saíam das lojas e o calor pouco comum nesse mês de Novembro contribuía para aumentar a impaciência geral.

    Anna desejava muito uma bebida fresca. Depois de consultar o relógio, comprovou que faltava pelo menos uma hora para apanhar o eléctrico que a levaria a casa para junto de Sammy, o seu filhinho, e Jenny, a sua irmã mais nova.

    Ao ver um café não longe dali, decidiu entrar. Tinha a garganta seca, a modesta blusa de algodão estava encharcada nas costas e, ao passar por uma montra, viu que estava despenteada, o cabelo loiro pendia em madeixas murchas sobre os ombros. O seu aspecto era o de uma mulher descuidada e abatida.

    Só havia uma mesa livre ao fundo do local. Ficava num canto escuro, portanto, não viu a figura alta até ser demasiado tarde. Estava sentado perto dela, com os olhos cor de chocolate fixos na sua figura.

    Era demasiado tarde para escapar.

    Levantou-se com a graça lânguida que ela aprendera a reconhecer como uma marca característica dos varões da família Ventressi e deteve-se à frente da sua mesa.

    – Olá, Anna!

    A voz profunda e aveludada percorreu as suas costas, libertando uma turba de recordações, quando a sua vida era uma promessa de felicidade, uma promessa que lhe fora arrebatada pouco depois com resultados devastadores.

    – Lucio...

    «Dói-me até ao pronunciar o nome dele», pensou.

    – Posso fazer-te companhia? – perguntou, enquanto se sentava, sem lhe dar hipótese de negar. – Quantos anos passaram? Três? Quatro?

    O comentário tão informal deixou-a aniquilada. Ela poderia dizer o número exacto de dias que tinham passado após ouvir as últimas palavras que lhe dirigira em tom tão irado e que era capaz de reproduzir até à última sílaba.

    Anna levantou o queixo e olhou para ele sobre a pequena mesa que os separava.

    – Não me lembro. Passou tanto tempo.

    – Sim, é verdade – disse, enquanto se reclinava na sua cadeira sem deixar de olhar para o rosto corado da jovem. – Como estás? Pareces...

    Ela baixou os olhos para a toalha.

    – Estou muito bem, obrigada.

    A empregada aproximou-se da mesa e Lucio apressou-se a pedir um copo grande de sumo de laranja para ela e um café muito curto para ele.

    Quando a empregada se afastou, Anna olhou para ele com o sobrolho franzido.

    – Ao menos podias ter-me perguntado o que queria beber.

    – Queres outra coisa?

    – Não, embora não seja essa a questão.

    – E qual é?

    «Qual é?», pensou ela. Era inútil discutir com ele porque ia sempre ganhar, à margem das tácticas que ela pudesse empregar.

    Então, concentrou-se na pequena jarra que havia entre eles.

    – O que te trouxe a Melbourne? – perguntou, com uma indiferença fingida.

    – Negócios. A Ventressi transformou-se numa empresa tão florescente que decidimos abrir filiais aqui e em Sidney. Tirámos partido do boom imobiliário. Portanto, vim inspeccionar os nossos escritórios.

    O olhar oculto de Anna descobriu os olhos de Lucio fixos nela e não conseguiu deixar de pensar que a inspeccionava a ela também.

    Quando a empregada voltou com o pedido, Anna teve a oportunidade de o examinar.

    Ainda se mantinha extraordinariamente arranjado, como todos os varões Ventressi. Mas, enquanto o seu irmão Carlo era mais baixo com tendência a aumentar de peso, Lucio era esbelto e atlético. Tanto o cabelo como os olhos eram escuros, o queixo firme, constantemente sombreado, e a boca também era firme e decidida. Sabia que era uma boca que podia ser muito suave e, às vezes, muito perigosa. E sabia isso por amarga experiência.

    – Quanto tempo vais ficar no país? – perguntou, não por curiosidade mas pela necessidade de cortar o silêncio que se produzira entre ambos.

    – Três meses, talvez um pouco mais – respondeu, olhando directamente para ela.

    Anna bebeu um gole e, em seguida, reparou com irritação que a sua mão tremia ao pôr o copo na mesa.

    – Como está o teu filho?

    Anna quase derrubou o copo. Como sabia que tinha um filho?

    – Ele... ele não está muito bem actualmente.

    – Lamento.

    Anna arqueou uma sobrancelha.

    – A sério? – perguntou com cinismo.

    – É uma criança – replicou ele, sem se alterar. – Nenhuma criança merece estar doente. O que tem?

    Anna esteve prestes a contar-lhe a história toda, mas mordeu o lábio para o evitar. Em vez disso voltou a beber um gole. O silêncio tornou-se mais denso.

    – Quantos anos tem? – voltou a perguntar ele.

    – Três anos.

    – Costuma ver o pai?

    Anna apertou o copo.

    – Não.

    – Onde está?

    – Sammy está... com a minha irmã.

    – Refiro-me ao pai.

    Anna olhou para ele com incerteza.

    – Não sei.

    – Falaste com ele acerca do seu filho?

    – Não, mas fá-lo-ia se algum dia ele precisasse de saber.

    «Nunca o farei», pensou. Carlo seria a última pessoa que saberia da existência de Sammy, ainda que a vida dela ou a do menino dependesse disso.

    – Como está Jenny?

    – A minha irmã está muito bem. Terminou com distinção o seu primeiro ano de Universidade.

    – Isso é positivo.

    «Vá, diz. Diz que é positivo para uma rapariga que mal consegue ouvir o som do seu próprio nome», pensou Anna, embora não o dissesse.

    – Como está a tua mãe? – perguntou com uma expressão impassível.

    – Está muito bem, a desfrutar tremendamente com os seus netos.

    Sentiu o estômago apertado.

    – Tens filhos? – perguntou, sem conseguir evitar.

    – Eu não, são da minha irmã Giulia. Já tem três.

    Anna recordou a irmã dele com um carinho que nem o tempo nem os problemas que a afligiam podiam apagar. Giulia tratara-as sempre afectuosamente em Roma.

    – Pensei que te tinhas casado – disse, ao mesmo tempo que olhava fixamente para o fundo do copo.

    – O casamento já não me atrai.

    Não podia culpá-lo. Tinha todo o direito de pensar com descrença depois do que lhe fizera.

    – Tenho que me ir embora – disse, ao mesmo tempo que afastava o copo vazio e agarrava na mala aos seus pés.

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