Três meses de paixão
4/5
()
Sobre este e-book
No que dizia respeito a Anna Stockton, Lucio Ventressi só desejava uma coisa: vingar-se pela forma como ela o tinha abandonado.
Sabendo que Anna necessitava de dinheiro urgentemente, Lucio fez-lhe uma oferta: ele dar-lhe-ia dinheiro se ela se tornasse sua amante. Anna não tinha outra alternativa a não ser aceitar. Foi então que descobriu que a paixão podia ser muito doce, mesmo tendo como origem a vingança.
Melanie Milburne
Melanie Milburne read her first Harlequin at age seventeen in between studying for her final exams. After completing a Masters Degree in Education she decided to write a novel and thus her career as a romance author was born. Melanie is an ambassador for the Australian Childhood Foundation and is a keen dog lover and trainer and enjoys long walks in the Tasmanian bush. In 2015 Melanie won the HOLT Medallion, a prestigous award honouring outstanding literary talent.
Autores relacionados
Relacionado a Três meses de paixão
Títulos nesta série (100)
Precisa-se de um pai Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre dois coraçôes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mâe por natureza Nota: 5 de 5 estrelas5/5Por amar-te Nota: 5 de 5 estrelas5/5A esposa fugitiva Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um coração em chamas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAmante temporária Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRegresso a casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mâe secreta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Nas mãos do cupido Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAma por acidente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ao calor da paixâo Nota: 4 de 5 estrelas4/5Vingança pessoal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para sempre Nota: 5 de 5 estrelas5/5Amores cruzados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA divorciada disse sim Nota: 5 de 5 estrelas5/5A mulher perfeita Nota: 4 de 5 estrelas4/5Promessas incumpridas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCasa comigo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm presente inesperado Nota: 4 de 5 estrelas4/5Casamento de conveniência Nota: 5 de 5 estrelas5/5O seu sedutor amigo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma paixão ardente Nota: 4 de 5 estrelas4/5A ilha do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5O preço de um marido Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCasamento... ou nada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDúvidas do coração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSedução no natal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPaixão avassaladora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVingança secreta Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ebooks relacionados
Proposta sedutora Nota: 4 de 5 estrelas4/5O segredo de uma esposa Nota: 3 de 5 estrelas3/5Casamento em Veneza Nota: 4 de 5 estrelas4/5Seis anos depois Nota: 3 de 5 estrelas3/5Uma noite na Grécia Nota: 1 de 5 estrelas1/5A oferta do rebelde Nota: 5 de 5 estrelas5/5Estranhos nas dunas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Entre rumores Nota: 5 de 5 estrelas5/5Refém do grego Nota: 5 de 5 estrelas5/5Noite de liberdade Nota: 3 de 5 estrelas3/5Entre o ódio e a paixão Nota: 5 de 5 estrelas5/5Casada com um milionário Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os segredos do oásis Nota: 4 de 5 estrelas4/5Passados tormentosos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Do dever ao amor Nota: 3 de 5 estrelas3/5O doce sabor do proibido Nota: 4 de 5 estrelas4/5Uma proposta para Amy Nota: 3 de 5 estrelas3/5Uma vida licenciosa Nota: 4 de 5 estrelas4/5A promessa de um amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm acordo permanente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Princesa temporária Nota: 3 de 5 estrelas3/5Esposa em público Nota: 4 de 5 estrelas4/5O preço do prazer Nota: 4 de 5 estrelas4/5O milionário e a camareira Nota: 4 de 5 estrelas4/5O desafio de uma mulher Nota: 4 de 5 estrelas4/5O regresso do estranho Nota: 4 de 5 estrelas4/5A filha do seu irmão Nota: 4 de 5 estrelas4/5Desejos e mentiras Nota: 4 de 5 estrelas4/5A inocência do siciliano Nota: 3 de 5 estrelas3/5Noite de núpcias com o xeque Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Romance para você
Para sempre Nota: 4 de 5 estrelas4/5Orgulho e preconceito Nota: 5 de 5 estrelas5/5A empregada com boquinha de veludo Nota: 4 de 5 estrelas4/5Casamento arranjado: Parte I Nota: 4 de 5 estrelas4/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Perdendo-me Nota: 4 de 5 estrelas4/5O pastor safado e sua assessora santinha Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu te darei o sol Nota: 4 de 5 estrelas4/5Depois de você Nota: 4 de 5 estrelas4/5Simplesmente acontece Nota: 4 de 5 estrelas4/5Contos Eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSr. Delícia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Black: Fugir não vai adiantar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Emma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCasamento arranjado: Parte II Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ligados Pela Tentação Nota: 5 de 5 estrelas5/5Momento Errado Nota: 5 de 5 estrelas5/5Uma Noiva de Mentirinha Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Acordo Nota: 3 de 5 estrelas3/5Entre Dois Bilionários Nota: 5 de 5 estrelas5/5Corninho Nota: 3 de 5 estrelas3/5PRIMEIRO AMOR - Turguêniev Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Proposta Nota: 3 de 5 estrelas3/5Fique comigo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Casei Com Um Bilionário Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Ano em que te conheci Nota: 5 de 5 estrelas5/5PAIS E FILHOS - Turguêniev Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDemais pra mim Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não tem nome Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Três meses de paixão
2 avaliações0 avaliação
Pré-visualização do livro
Três meses de paixão - Melanie Milburne
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Melanie Milburne
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Três meses de paixão, n.º 883 - Abril 2016
Título original: The Italian’s Mistress
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2005
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-8326-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
Anna olhou para o médico especialista do seu filho com horror.
– Quer dizer... que vai morrer?
O médico olhou para ela com gravidade.
– Se não tiver um seguro privado, receio que o serviço de saúde público demorará pelo menos um ano a dezoito meses a operá-lo.
– Não me posso permitir um seguro privado – disse Anna com o estômago apertado. – O dinheiro mal chega para comermos.
– Eu responsabilizo-me por mães solteiras como a senhora que têm que enfrentar problemas – declarou com pouca empatia. – Mas a saúde pública está sobrecarregada, à beira do colapso. A vida do seu filho não corre perigo a curto prazo; no entanto, é preciso reparar o mal coronário antes que se transforme numa lesão crónica. Se pudesse financiá-la, a operação realizar-se-ia este mesmo mês na Unidade de Cirurgia Cardiológica de Melbourne Centre.
O coração de Anna deu um baque. Mal tinha dinheiro para pagar o eléctrico até à cidade. Como poderia permitir-se uma operação num dos hospitais mais conhecidos do país?
– Quanto... quanto custaria a intervenção?
O médico fez um cálculo mental antes de dar uma quantia que quase a fez cair da cadeira.
– Tanto...? – balbuciou.
– Receio que sim. Sammy estará no hospital pelo menos dez dias, o que aumenta a despesa consideravelmente. E se surgirem complicações...
– Complicações? – perguntou, ao mesmo tempo que engolia o nó de receio que sentia na garganta. – Que tipo de complicações?
– Menina Stockton, qualquer intervenção cirúrgica suporta riscos. Numa criança de três anos uma operação delicada pode ter complicações, entre elas o risco de infecção, para não mencionar reacções adversas aos antibióticos – explicou, ao mesmo tempo que fechava a pasta com o histórico do pequeno paciente e se reclinava na cadeira. – Sugiro-lhe que volte para casa e telefone a todos os seus amigos e familiares até encontrar alguém que a possa ajudar. É a única oportunidade que o seu filho tem de obter uma melhoria rápida – sugeriu com um sorriso.
Anna suspirou no seu interior enquanto se levantava da cadeira.
Além da sua irmã, tinha pouquíssimos familiares. E os seus amigos?
Quando voltou precipitadamente do estrangeiro, há quatro anos, a última coisa em que pensou foi rodear-se de bons amigos; a sua prioridade era ter máxima distância entre a família Ventressi e ela.
Não passava um dia sem pensar no seu antigo noivo Lucio e o seu irmão Carlo...
Anna afastou da sua mente aquelas terríveis recordações... o que fizera... aquelas horríveis acusações que ainda ressoavam na sua mente quando se permitia pensar no passado.
As ruas da cidade estavam muito animadas àquela hora. As pessoas entravam e saíam das lojas e o calor pouco comum nesse mês de Novembro contribuía para aumentar a impaciência geral.
Anna desejava muito uma bebida fresca. Depois de consultar o relógio, comprovou que faltava pelo menos uma hora para apanhar o eléctrico que a levaria a casa para junto de Sammy, o seu filhinho, e Jenny, a sua irmã mais nova.
Ao ver um café não longe dali, decidiu entrar. Tinha a garganta seca, a modesta blusa de algodão estava encharcada nas costas e, ao passar por uma montra, viu que estava despenteada, o cabelo loiro pendia em madeixas murchas sobre os ombros. O seu aspecto era o de uma mulher descuidada e abatida.
Só havia uma mesa livre ao fundo do local. Ficava num canto escuro, portanto, não viu a figura alta até ser demasiado tarde. Estava sentado perto dela, com os olhos cor de chocolate fixos na sua figura.
Era demasiado tarde para escapar.
Levantou-se com a graça lânguida que ela aprendera a reconhecer como uma marca característica dos varões da família Ventressi e deteve-se à frente da sua mesa.
– Olá, Anna!
A voz profunda e aveludada percorreu as suas costas, libertando uma turba de recordações, quando a sua vida era uma promessa de felicidade, uma promessa que lhe fora arrebatada pouco depois com resultados devastadores.
– Lucio...
«Dói-me até ao pronunciar o nome dele», pensou.
– Posso fazer-te companhia? – perguntou, enquanto se sentava, sem lhe dar hipótese de negar. – Quantos anos passaram? Três? Quatro?
O comentário tão informal deixou-a aniquilada. Ela poderia dizer o número exacto de dias que tinham passado após ouvir as últimas palavras que lhe dirigira em tom tão irado e que era capaz de reproduzir até à última sílaba.
Anna levantou o queixo e olhou para ele sobre a pequena mesa que os separava.
– Não me lembro. Passou tanto tempo.
– Sim, é verdade – disse, enquanto se reclinava na sua cadeira sem deixar de olhar para o rosto corado da jovem. – Como estás? Pareces...
Ela baixou os olhos para a toalha.
– Estou muito bem, obrigada.
A empregada aproximou-se da mesa e Lucio apressou-se a pedir um copo grande de sumo de laranja para ela e um café muito curto para ele.
Quando a empregada se afastou, Anna olhou para ele com o sobrolho franzido.
– Ao menos podias ter-me perguntado o que queria beber.
– Queres outra coisa?
– Não, embora não seja essa a questão.
– E qual é?
«Qual é?», pensou ela. Era inútil discutir com ele porque ia sempre ganhar, à margem das tácticas que ela pudesse empregar.
Então, concentrou-se na pequena jarra que havia entre eles.
– O que te trouxe a Melbourne? – perguntou, com uma indiferença fingida.
– Negócios. A Ventressi transformou-se numa empresa tão florescente que decidimos abrir filiais aqui e em Sidney. Tirámos partido do boom imobiliário. Portanto, vim inspeccionar os nossos escritórios.
O olhar oculto de Anna descobriu os olhos de Lucio fixos nela e não conseguiu deixar de pensar que a inspeccionava a ela também.
Quando a empregada voltou com o pedido, Anna teve a oportunidade de o examinar.
Ainda se mantinha extraordinariamente arranjado, como todos os varões Ventressi. Mas, enquanto o seu irmão Carlo era mais baixo com tendência a aumentar de peso, Lucio era esbelto e atlético. Tanto o cabelo como os olhos eram escuros, o queixo firme, constantemente sombreado, e a boca também era firme e decidida. Sabia que era uma boca que podia ser muito suave e, às vezes, muito perigosa. E sabia isso por amarga experiência.
– Quanto tempo vais ficar no país? – perguntou, não por curiosidade mas pela necessidade de cortar o silêncio que se produzira entre ambos.
– Três meses, talvez um pouco mais – respondeu, olhando directamente para ela.
Anna bebeu um gole e, em seguida, reparou com irritação que a sua mão tremia ao pôr o copo na mesa.
– Como está o teu filho?
Anna quase derrubou o copo. Como sabia que tinha um filho?
– Ele... ele não está muito bem actualmente.
– Lamento.
Anna arqueou uma sobrancelha.
– A sério? – perguntou com cinismo.
– É uma criança – replicou ele, sem se alterar. – Nenhuma criança merece estar doente. O que tem?
Anna esteve prestes a contar-lhe a história toda, mas mordeu o lábio para o evitar. Em vez disso voltou a beber um gole. O silêncio tornou-se mais denso.
– Quantos anos tem? – voltou a perguntar ele.
– Três anos.
– Costuma ver o pai?
Anna apertou o copo.
– Não.
– Onde está?
– Sammy está... com a minha irmã.
– Refiro-me ao pai.
Anna olhou para ele com incerteza.
– Não sei.
– Falaste com ele acerca do seu filho?
– Não, mas fá-lo-ia se algum dia ele precisasse de saber.
«Nunca o farei», pensou. Carlo seria a última pessoa que saberia da existência de Sammy, ainda que a vida dela ou a do menino dependesse disso.
– Como está Jenny?
– A minha irmã está muito bem. Terminou com distinção o seu primeiro ano de Universidade.
– Isso é positivo.
«Vá, diz. Diz que é positivo para uma rapariga que mal consegue ouvir o som do seu próprio nome», pensou Anna, embora não o dissesse.
– Como está a tua mãe? – perguntou com uma expressão impassível.
– Está muito bem, a desfrutar tremendamente com os seus netos.
Sentiu o estômago apertado.
– Tens filhos? – perguntou, sem conseguir evitar.
– Eu não, são da minha irmã Giulia. Já tem três.
Anna recordou a irmã dele com um carinho que nem o tempo nem os problemas que a afligiam podiam apagar. Giulia tratara-as sempre afectuosamente em Roma.
– Pensei que te tinhas casado – disse, ao mesmo tempo que olhava fixamente para o fundo do copo.
– O casamento já não me atrai.
Não podia culpá-lo. Tinha todo o direito de pensar com descrença depois do que lhe fizera.
– Tenho que me ir embora – disse, ao mesmo tempo que afastava o copo vazio e agarrava na mala aos seus pés.