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Romance Inesquecível
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E-book217 páginas2 horas

Romance Inesquecível

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Sobre este e-book

Alexandra Eldridge e Blake Olson se conhecem em Yellowstone enquanto participam de um acampamento de verão. Durante trinta dias – e noites - Blake e Alex se tornam inseparáveis criando um vínculo entre eles que continuará a uni-los apesar da distância que os separa e do destino que se empenha em mostrar que pode brincar com eles a seu bel prazer. Assim, eles retornam para suas vidas perdendo contato absoluto, deixando para trás a experiência de ter tido umas férias únicas, um romance inesquecível, ignorando que voltariam a se encontrar no futuro.
Baltashar Eldridge é um homem a quem não escapa nada e é um ás nos negócios, por isto detecta os oportunistas mesmo estando muito longe deles. Ele não suporta a ideia que a sua pequena esteja envolvida com um homem como Gary Lockwood e Alex se recusa a ouvi-lo por causa do erro que ele cometeu no passado. Ele acredita que não resta mais nada além de rezar por um milagre e é quando descobre um passado – ainda latente – entre sua menina e o novo funcionário que seu sócio lhe enviou desde São Francisco. Baltashar percebe então que tem diante de si uma oportunidade perfeita para evitar o casamento da sua filha que, certamente,  terminará em uma catástrofe. Blake Olson é a única carta que ele tem em jogo e deve usá-la bem para alcançar seu objetivo, mesmo que sua filha acabe odiando-o para sempre. Blake se sujeitará a seguir o jogo do Sr. Eldridge para conquistar Alex? Alex estará disposta a reviver seu passado com Blake?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento22 de nov. de 2017
ISBN9781386195962
Romance Inesquecível

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    Romance Inesquecível - Stefania Gil

    Os personagens e eventos descritos neste romance são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é coincidência.

    "O que o céu ordenou que aconteça

    não há diligência nem sabedoria humana que possa evitá-lo."

    - Miguel de Cervantes -

    Prólogo

    Emerick e Alexandra Eldridge se juntaram ao grupo que se transformaria, durante os próximos trinta dias, no mais próximo a uma família.

    Não era a primeira vez que saiam de casa para se divertir em algum acampamento de verão, mas era a primeira vez que estariam longe dos seus pais durante tanto tempo.

    Para os Eldridge era normal tirar umas férias em família durante o verão que lhes permitiria compartilhar momentos que deixariam lembranças agradáveis na vida de todos. Por isto sempre procuravam acampamentos que fossem adequados para pais e filhos, embora ficassem separados em algumas atividades para que cada grupo pudesse ter um pouco de liberdade e viver experiências de acordo com suas respectivas idades.

    Este verão seria diferente para todos.

    Abie e Baltashar Eldridge decidiram enviar seus filhos para longe de casa para poderem conversar com maior liberdade sobre o divórcio. As brigas constantes entre eles e a falta de harmonia no lar que outrora foi «perfeito» estava tornando a vida das crianças um inferno e eles não queriam fazer com que eles sofressem mais. Não era um segredo para ninguém que Baltashar foi o culpado que as coisas chegassem um ponto onde não haveria como voltar atrás porque ele misturou prazer e trabalho com uma das suas estagiárias.

    Baltashar não tinha traído sua esposa antes nem mesmo com a desculpa de quão mal estava seu casamento e que mal se falavam. Mas naquela vez, ele se deixou levar pelos seus instintos viscerais e quando quis desfazer o acontecido, a estagiária já tinha as pernas abertas e ele tinha uma ereção que dificilmente cederia ao seu «Não podemos fazer isto», principalmente depois de ter estado há um bom tempo sem fazer sexo nem com sua mulher nem com mais ninguém.

    E este erro de momento fez com que ele colocasse um ponto final a quase vinte e dois anos de casamento.

    Por este motivo, enquanto eles se comiam vivos entre reclamações e gritos em casa, Emerick e Alexandra desfrutariam de trinta dias ao ar livre com crianças da sua idade e Calvin, o primogênito dos Eldridge, apesar de ter feito até o impossível para ficar em casa e fazer o papel de mediador entre seus pais, eles se recusaram e o obrigaram a entrar no avião que o levaria junto com seus colegas de turma para a tão aguardada viagem de fim de curso em Los Angeles.

    As crianças saíram de casa cabisbaixas, sabendo que ao retornar, a casa, tudo dentro dela e até mesmo suas vidas, estariam divididas. Mesmo alcançando a maioridade, continuariam divididos entre pai e mãe.

    Alexandra tinha muito claro que seu pai, a pessoa que mais admirava na vida, seu herói, a tinha decepcionado. Além da infidelidade, Alexandra sentia que Baltashar decepcionou a todos agindo como sempre disse que não se deveria agir na vida. Era ele quem sempre dizia que as traições, as mentiras e as armadilhas sempre deixavam experiências ruins.

    Ela sabia que sua mãe não era uma mulher de temperamento fácil, que ela também teria uma parte de culpa em tudo que aconteceu e pareceu-lhe justo que ela mesma o confirmasse na conversa «de garotas» que tiveram antes que ela e Emerick partissem para o acampamento. Sua mãe pediu-lhe que, por favor, desse uma oportunidade para Baltashar explicar o que aconteceu porque no final das contas o que acabou foi o casamento deles e que ele continuaria sendo seu pai e ela lhe devia um mínimo de respeito e consideração.

    No entanto, Alexandra pensava de maneira diferente. Não poderia ter um mínimo de respeito e consideração por alguém que não a respeitava. Por acaso não foi seu pai quem lhe ensinou que o mais importante que um ser humano sempre terá serão princípios? Que a tranquilidade depende somente da consciência?

    Crescer e tornar-se um adulto era horrível.

    Seu irmão a abraçou.

    — Vamos nos divertir muito, você vai ver. Tira esta cara e pare de pensar no papai e na mamãe.

    — Eles devem estar de braços cruzados, recusando-se a ceder a casa para o outro.

    Emerick respirou fundo. Não podia deixar de sentir compaixão pela sua irmã. Seu pai era tudo para ela e a notícia da traição a machucou muito.

    Emerick honrava as teorias sobre o filho do meio. Era um ano mais velho que sua irmã e um ano mais novo do que Calvin. Ele recebia a atenção de ambos os pais por igual, mas não com a mesma devoção com que Alexandra recebia por parte do seu pai e Calvin por parte da sua mãe. Ele não se sentia mal por isto, embora percebesse que seus pais tinham preferências pelos seus irmãos, ele sabia muito bem que eles o amavam igual aos outros dois. Só que cada um tem suas pessoas preferidas na vida, como acontecia com ele e Alex.

    Guardava na sua memória lembranças da primeira vez em que carregou Alex quando ele ainda era tão pequeno que nem falava bem. Tinha esta lembrança gravada na sua memória como a melhor do mundo porque sua mãe permitiu que ele carregasse sua pequena irmãzinha e desde que a colocaram nos seus braços, tão quentinha e levinha, Emerick soube que seriam inseparáveis pelo resto da vida. Ela era tão bonita que quis protegê-la desde então e virava um demônio se alguém, não importava se era seu pai ou sua mãe, a magoasse.

    — Ouça, Alex — ele olhou nos seus olhos. — Nada mudará o que acontece entre eles. Papai falhou com todos nós. Algum dia você deverá falar com ele sobre isto porque não pode passar a vida inteira chateada com o que ele fez. Todos cometemos erros e como mamãe disse, ele sempre será nosso pai. — Sabia que Alex não cederia com tanta facilidade, mas devia encontrar uma maneira para que ela parasse de pensar no que acontecia em casa neste momento e pelos próximos trinta dias. Odiava saber que ela estava triste. — Agora é nossa hora de nos divertirmos porque poderemos culpar nossos pais pelo nosso mau comportamento.

    Ela deu um meio sorriso.

    — Não vou me comportar como uma delinquente porque meus pais estão se divorciando.

    Emerick ergueu os ombros ao mesmo tempo em que olhava para ela com malícia.

    — Não vamos exagerar, não vou permitir que você se torne uma delinquente. Quero que você se divirta e pare de pensar neles.

    — O que você acha se vou festejar com um garoto?

    Emerick fez uma careta de desgosto.

    — Parece então que vou me tornar um assassino porque arrancaria a sua cabeça se ele tenta tocá-la. Já tivemos esta conversa em casa a respeito dos garotos, o acampamento e acredito que deixamos isto claro.

    Ela sorriu divertida para ele.

    — Fugirei à noite quando você estiver dormindo.

    Emerick olhou ao seu redor.

    — Vejamos, pequena Alex, não há nenhum garoto que valha a pena tal esforço. Além disso, eu não durmo. Sou um vampiro e te protejo dos monstros que você tem medo, já disse antes.

    — Você está repetindo isto desde que eu tinha cinco anos e tinha medo dos monstros que poderiam sair do armário. O que ainda não consigo compreender é como você sobrevive sem sangue?

    — É porque sou um vampiro bom e me alimento de pequenos animais para que as pessoas não suspeitem de mim.

    — Neste caso, espero que minha pequena Sasi não apareça morta no meio do bosque porque vou ter de deixá-lo no sol ou enfiar uma estaca em você, o que funcionar com você — disse um garoto que estava ao lado deles e que inevitavelmente ouviu toda a conversa. — Sou Blake, aliás. E ela é Sasi — levantou a gaiola para deixar ver uma linda porquinha das Índias.

    Emerick olhou para ele de cima a baixo com cara de poucos.

    Ele devia admitir que sentia um pouco de respeito pelo garoto por se atrever a interromper uma conversa particular com uma piada. Olhou para ele com os olhos semicerrados. O garoto também o examinava, mas não conseguia evitar que seus olhos desviassem para Alex que lhe dava um grande sorriso. Se não fosse por aquele olhar que fixou em Alex e que Emerick reconhecia porque ele também olhava assim para algumas garotas, teria pensando que o tal Blake preferia garotos. Quem diabos com esta idade tinha uma porquinha das Índias como animal de estimação e além disso a chamava de Sasi? Que tipo de nome era esse?

    — É bonita — Alex respondeu interessada. Sua irmã tinha interesse por qualquer animal. Ela olhou para cima e seus olhos se fixaram nos olhos de Blake. Emerick teve um pressentimento de que este garoto ficaria sem cabeça no final do verão. E seu modo de irmão protetor ativou-se de imediato.

    — Vamos que o guia está nos chamando — ele segurou o braço da sua irmã e a afastou do intruso.

    — Vamos nos ver em breve. Irei me encarregar de que o meu animal de estimação não coma o seu — Alex disse para Blake com um tom divertido.

    — Eu agradeço. Fico aliviado ao saber que terei uma aliada na luta contra o mal.

    — O mal vai reencarnar em mim se este imbecil continua dizendo coisas idiotas — Emerick protestou. — E você pare de me chamar de animal de estimação.

    — É que você parece um pit bull raivoso.

    — Sou seu irmão, não um cachorro.

    — Então comporte-se como tal e pare de ser um cavernícola. Se quer que eu esqueça papai e mamãe deveria me dar um pouco de liberdade.

    Emerick virou-se para ver se Blake os seguia com o olhar.

    — Você está me procurando? — o garoto o surpreendeu pelo outro lado fazendo com que Emerick se assustasse. — Começamos mal, não deveria ter me metido na conversa entre você e sua irmã. É que perdi a minha irmã de vista e enquanto tentava localizá-la com o olhar eu os ouvi. Davina, aos cinco anos, acreditava que eu era o Super-Homem. Compreendo o sentimento de irmão mais velho — ele estendeu a mão para cumprimentá-lo de maneira formal. — Comecemos da maneira correta. Sou Blake Olson. Prazer em conhecê-los.

    Emerick baixou a guarda um pouco. Alguém que oferecia uma desculpa tão honorável e falava da sua irmã com o mesmo sentimento que ele tinha por Alex merecia uma oportunidade. Embora continuasse sem compreender sobre o animal de estimação «Sasi» e fez uma anotação mental para perguntar – mais tarde – em que diabos ele estava pensando quando a chamou desta maneira.

    — Somos Emerick e Alexandra Eldridge — ele apertou a mão de Blake.

    — Espero que estejamos no mesmo grupo — Blake disse estendendo a mão para Alex de maneira respeitosa e com um brilho particular no olhar.

    — Eu também espero — ela respondeu sorrindo enquanto semicerrava os olhos para Blake.

    Emerick olhou para os céus e implorou que Blake fosse designado para outro acampamento e melhor ainda se ficasse no outro lado do país.

    ***

    Após três semanas, os irmãos Eldridge e os irmãos Olson poderiam entrar na categoria de bons amigos e «algo mais do que amigos» também.

    Emerick fez todo o possível para não deixar Blake e Alexandra sozinhos embora eles tornassem isto cada vez mais complicado porque eram muito escorregadios e além disso, Davina Olson representava uma séria distração para Emerick já que desde que ele a viu não conseguiu se separar dela. Alexandra identificou de imediato o interesse do seu irmão pela garota e nem se ela fosse tola, aproveitou-se disto para fazer mais atividades com Blake, daquelas que eram adequadas para o público que os cercava e também daquelas que não eram.

    No dia seguinte, após terem se instalado, os organizadores fizeram um almoço especial para dar as boas-vindas as crianças e designar as tarefas cotidianas de cada grupo. Da mesma maneira, falaram da importância de não se separar do grupo durante as expedições e do cuidado que deveriam ter em qualquer área do parque por causa da fauna presente. O principal tema de interesse foram os ursos, linces e lobos.

    Yellowstone era um lugar de contos de fadas e Alexandra sentia-se afortunada por ter conseguido ir a este acampamento porque estava sendo uma experiência incrível em todos os sentidos.

    Todos os dias se levantavam de manhã cedo e após se higienizarem realizavam as tarefas atribuídas por grupos: cozinha, lavanderia, lixo, limpeza das cabanas, limpeza dos banheiros, entre outras coisas.

    Os Eldridge estavam acostumados com as tarefas domésticas porque em casa faziam o mesmo. Apesar de vir de uma família com uma boa situação econômica eles não recebiam um tratamento de reis. Quanto aos Olson, a coisa mudava um pouco. Blake era um pouco desorganizado e as tarefas domésticas eram realizadas com desânimo. Inclusive aquelas que sua irmã lhe pagava para que fizesse por ela porque Davina se recusava a tocar em um objeto de limpeza que estragasse suas mãos.

    Alexandra se divertia com aquelas cenas em que Davina pagava em dinheiro para que Blake limpasse as áreas que lhe correspondia naquele dia e pagava com alguns beijos para que Emerick ajudasse Blake enquanto ela ficava ao ar livre, escondida dos supervisores, imortalizando com sua câmera fotográfica a natureza fantástica do parque.

    Algumas vezes Alexandra se juntava a ela para contemplar a magia do lugar através dos olhos de Davina. Nas instalações do acampamento havia um quarto com luz vermelha que permitia a revelação dos rolos fotográficos que as crianças quisessem fazer. O lugar era de responsabilidade de um dos supervisores, no entanto, ao demonstrar um profissionalismo impecável na revelação das fotos, Davina foi autorizada a fazer isto sozinha. E este era o segundo lugar onde ela poderia ser encontrada enquanto os outros realizavam suas tarefas de limpeza.

    Suas fotos eram impressionantes. Ela chegaria longe com esta paixão que pensava em transformar em carreira quando acabasse o ensino médio. As garotas conversaram sobre seus estudos futuros durante aqueles dias e assim com Davina tinha claro o que queria estudar, Alexandra ainda não sabia. Ela tinha alguns anos para se decidir. Seu pai, desde que ela era muito pequena, esteve tentando seduzi-la com a arquitetura. Ela evitava o assunto sempre que podia porque não queria desapontar seu pai. É claro, tudo isto foi antes que seu progenitor decidisse decepcionar a todos. Ela já não teria remorsos de consciência ao dizer que ele esquecesse que ela

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