E-book110 páginas17 minutos
Avenidas da alma
De Júlio Araújo
Nota: 0 de 5 estrelas
()
Sobre este e-book
Que coisa é a alma? De que substância é composta? Como tornar apreensível algo que é sopro, espírito, matéria diáfana? Pois Júlio, generosamente, entrega um mapa de sua alma nesses poemas, na esperança de que os leitores encontrem seus próprios mapas para dentro de si mesmos.
A alma é uma cidade, às vezes com prédios em ruínas, insistentes, sonhando com a permanência, nem que seja de uma nesga da memória dos que por ali transitaram. A cada página, a cada poema, o leitor é convidado a percorrer becos, ruas (algumas com ladeiras), praças, avenidas… Não suportando a imobilidade, a alma se rebela contra qualquer gesto de aprisionamento, contra qualquer pedaço de arame farpado. Se insurge até mesmo contra a poesia, que não suporta travessões porque não quer o diálogo. A alma perambula entre passado, presente e futuro como quem procura resquícios de dor e de luz. Mas, será que o corpo vai junto nessa dança? Será que o corpo sonha liberdade? Será que o corpo se entrega ao rio e ao mar com desejo de ser imensidão?
Há uma música nos poemas de Júlio. Consigo escutá-la nos movimentos, no ruído e no marulhar, no vento que sopra sobre a palavra seu bafo morno de vida. A poesia-música de Júlio é feita de som e silêncio, tem uma gradação de cores que vão do pálido cinza até o laranja crepuscular. É assim que vejo e escuto essa poesia. Sinestesia pura. A recorrente metalinguagem nesses textos e o uso de neologismos revelam o desejo do autor de fazer do poema um objeto lúdico, na certa, para mostrar que somos homo ludens mais do que homo sapiens.
E nada escapa ao olhar crítico dessa alma peregrina de si mesma, inclusive, quando coloca em cena os sujeitos que se perdem nas redes sociais da vida, que esquecem de saborear a comida para melhor mostrá-la, que se tornam simulacros de si mesmos nas insistentes selfies, que se perdem numa viagem dentro de uma tela, seja do celular, seja de um computador.
Ah, caro Júlio! Que esse livro possa fazer muitos leitores abandonarem urgentemente os espaços fechados em que se meteram, sabe-se lá por quê, e se lancem nas avenidas largas e infinitas da Alma.
Claudicélio Rodrigues, Professor de Literatura Brasileira, UFC
A alma é uma cidade, às vezes com prédios em ruínas, insistentes, sonhando com a permanência, nem que seja de uma nesga da memória dos que por ali transitaram. A cada página, a cada poema, o leitor é convidado a percorrer becos, ruas (algumas com ladeiras), praças, avenidas… Não suportando a imobilidade, a alma se rebela contra qualquer gesto de aprisionamento, contra qualquer pedaço de arame farpado. Se insurge até mesmo contra a poesia, que não suporta travessões porque não quer o diálogo. A alma perambula entre passado, presente e futuro como quem procura resquícios de dor e de luz. Mas, será que o corpo vai junto nessa dança? Será que o corpo sonha liberdade? Será que o corpo se entrega ao rio e ao mar com desejo de ser imensidão?
Há uma música nos poemas de Júlio. Consigo escutá-la nos movimentos, no ruído e no marulhar, no vento que sopra sobre a palavra seu bafo morno de vida. A poesia-música de Júlio é feita de som e silêncio, tem uma gradação de cores que vão do pálido cinza até o laranja crepuscular. É assim que vejo e escuto essa poesia. Sinestesia pura. A recorrente metalinguagem nesses textos e o uso de neologismos revelam o desejo do autor de fazer do poema um objeto lúdico, na certa, para mostrar que somos homo ludens mais do que homo sapiens.
E nada escapa ao olhar crítico dessa alma peregrina de si mesma, inclusive, quando coloca em cena os sujeitos que se perdem nas redes sociais da vida, que esquecem de saborear a comida para melhor mostrá-la, que se tornam simulacros de si mesmos nas insistentes selfies, que se perdem numa viagem dentro de uma tela, seja do celular, seja de um computador.
Ah, caro Júlio! Que esse livro possa fazer muitos leitores abandonarem urgentemente os espaços fechados em que se meteram, sabe-se lá por quê, e se lancem nas avenidas largas e infinitas da Alma.
Claudicélio Rodrigues, Professor de Literatura Brasileira, UFC
Relacionado a Avenidas da alma
Ebooks relacionados
Lágrimas De Palavras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNenúfares Sob O Luar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDas coisas anteriores às palavras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSimplesmente Metáforas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDevaneios II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Voo Da Cotovia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA FADA DAS CORES Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCafés Poéticos, Excessos Expressos & Versos Pingados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuando a Alma Fala Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLivro Dos Poetas De Torres Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPortal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRetalhinhos poesia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cântaro Das Horas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrilogia do Poema Bruto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO salgueiro da minha infância Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas e Contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas Ao Silêncio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDedos De La Poesía Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRio De Janeiro Por Onde Andas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO lírio intangível e outros poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOpúsculo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTempo Sem Tempo E Espaço Sem Espaço Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÚnico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCova Rasa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma Voz Inaudível Nota: 0 de 5 estrelas0 notasXícara De Poema Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntologia Poética - Pequenos Nomes, Grandes Talentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasY: Ideograma de partida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLira dos 20 anos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesia & Outras Poesias Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Avenidas da alma
Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Avenidas da alma - Júlio Araújo
Está gostando da amostra?
Página 1 de 1