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Retalhinhos poesia
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E-book189 páginas49 minutos

Retalhinhos poesia

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Sobre este e-book

livro Retalhinhos é uma obra poética, onde a autora discorre sobre as múltiplas fases de sua vida e de forma singular da vida simples e bucólica da infância, em contato com a natureza. Explora através da poesia, questões ambientais que afligem a vida moderna, desvelando a tênue linha fronteiriça entre a extravagância infinita do homem, frente aos recursos finitos do Planeta. Enfim, expressa a singeleza e a tenacidade da alma, revive as memórias da infância, aborda poeticamente os conflitos sociais e de relacionamentos, sob o prisma metódico ou caótico de suas causas e efeitos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de dez. de 2020
ISBN9786587402109
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    Retalhinhos poesia - Evani Rocha

    Retalhos

    Retalhos

    Fala-me de poesia enquanto estou aqui,

    Fala-me da chuva na encosta da serra, da maciez das tuas terras e da luz do luar.

    Fala-me do cascatear de tuas nascentes, do canto das aves e do sol poente.

    Diz-me do verde das matas, da luz das estrelas ao amanhecer...

    Deixa-me ficar sob teu abrigo, me abrace e me afaste o medo. Deixa-me te pertencer, mostre-me o melhor de mim e me ensine a partilhar o amor.

    Então, fala-me as verdades em forma de poesia, retalhos que compõem a minha vida,

    faça-me entender a dor.

    Mas, conta-me uma história feliz, feche a porta e nunca mais me deixe partir.

    Céu e Mar

    Sinto-me dividida entre o céu e o mar.

    O mar com suas ondas imprevisíveis! Ora serenas e calmas, ora rápidas e turbulentas.

    O céu com suas cores mágicas: dias azuis profundos, dias cinzas e chuvosos, dias ensolarados ou multicores.

    O céu nunca me assusta, mas me acalma e me inspira.

    O mar me testa, me puxa, me desafia.

    Quero ser céu, mas, sou sempre mar!

    Ser céu é um sonho que carrego na mochila, levando onde o destino me deixar.

    Ser mar é a realidade de hoje e o enigma do amanhã.

    Ser céu é poder voar livre como uma ave para qualquer direção.

    Ser mar é a vida: a tempestade e o furacão.

    Ser mar são as noites insones, incertas como um barco a vela, aguardando a direção do vento para aportar!

    Hoje eu Falei de Poesia

    Hoje eu falei de poesia para mim, porque a lua já tinha ido

    dormir e o sol preguiçoso só queria saber de deitar na

    areia da praia e aquecer o mar ...

    Mas eu falei de poesia, porque a qualquer hora e em

    qualquer lugar ela sacia a fome da alma e bota luz onde o

    sol não quis chegar.

    Hoje eu falei de poesia, também, para clarear a manhã

    pálida de janeiro

    No terreiro, somente as nuvens cinzas apareceram...

    Então, eu falei de poesia...

    Fechada Para Balanço

    Andando pela cidade numa avenida movimentada:

    Carros, sinaleiro, pessoas nas calçadas, olhares vazios

    e distantes...

    Eu também caminho nessa cidade olhando para dentro

    de mim.

    Cada gente nessa cidade é apenas mais um, sem Rosto,

    sem história...

    O que eu ou você representa para o outro que caminha

    do seu lado?

    Quem se importa com a dor de alguém que cruza a faixa

    de pedestre?

    Quem estaria disposto ou teria tempo de dar a mão ao

    idoso aguardando para atravessar a faixa?

    Vejo uma placa dizendo: fechada para balanço.

    Fico imaginando, qual seria a paz detrás daquelas

    paredes...

    Será que lá o tempo corre diferente?

    Eu também quero me fechar para balanço!

    O que sobra para contabilizar depois de uma longa

    caminhada por ruas tão cheias e vidas tão vazias?

    O que sobra?

    Eu também quero me fechar para balanço!

    Retrato de Família

    Os olhos já não entendem o que veem, mas a alma sente o frio que corta a pele. No vazio da solidão, somente o ranger das portas e janelas.

    A aurora chega mostrando os primeiros raios de sol...

    São longos os dias, e as noites não são feitas para gente só. Elas pedem gente perto de gente, uma lareira e conversas fora!

    Nem a lareira se incomoda com o silêncio dos corredores!

    Ela quer apenas dormir sossegada...

    Ando nos corredores olhando os quadros antigos e as pinturas desgastadas! Um retrato de família na parede, daqueles onde as pessoas quase não cabiam no espaço, era muita

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