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Retratos na parede
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E-book161 páginas18 minutos

Retratos na parede

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Sobre este e-book

Retratos na parede traz ao leitor cerca de 250 fotos de Brás Martins da Costa, fotógrafo que viveu entre 1866 e 1937, além de um poema de Carlos Drummond de Andrade, que, tocado pelas fotografias reproduzidas nessa obra, escreveu "Imagem, Terra, Memória", seu último poema sobre as memórias de Itabira, produzido exclusivamente para a primeira edição deste livro, lançado no início da década de 1980.

"Ah, o que se perdeu! Ah! o que não se perdeu, o que se guardou, graças à fotografia de Braz Martins da Costa (1866-1937) e à poesia de Drummond ( 1902-1987). Eis uma 'fotoviagem' no tempo-espaço itabirano. Esses padres, essas cruzes, esses enterros, essas donzelas, esses empregados, esses cães, esses cavalos, esses músicos negros, esses chapeus, esses bigodes, esses borzequins, essas casas de pau a pique, esses homens vestidos de preto, essas mulheres de branco, esses Caldeira Brant, esses Alvim, esses Oliveira, esses Martins, esses Lage, esses Drummond, – e aquele menino poeta e sua bicicleta- todos nos mirando imóveis em sua instantânea eternidade."
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de abr. de 2017
ISBN9788582178393
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    Retratos na parede - Altamir José de Barros

    Vista do Pico do Cauê - c. 1899

    Um livro repleto de história

    Altamir José de Barros¹ · Robinson Damasceno dos Reis²

    O objeto que você tem agora em mãos é mais que um livro: é uma cápsula do tempo, repleta de história. Para começar, ele traz das brumas do tempo a figura de Brás Martins da Costa, latinista, jornalista, tabelião, juiz de paz e fotógrafo que viveu entre os anos 1866 e 1937. Acompanhou lá de sua pequena cidade a Guerra do Paraguai, a Abolição da Escravatura, o fim da Monarquia. Ajudou a derrotar o Marechal Hermes da Fonseca na famosa Campanha Civilista, fazendo de Itabira uma das poucas cidades em que o Marechal foi derrotado por Rui Barbosa, no mesmo ano em que o Brasil, boquiaberto, acompanhava a passagem do cometa Halley, visto por muitos como o fim do mundo.

    São dele as fotos deste livro. É bem verdade que, se Brás as visse hoje, possivelmente se assustaria, dada a qualidade alcançada com a tecnologia de que dispomos. Feitas originalmente em chapas de vidro dos Irmãos Lumière, de Paris, as fotos, ou os retratos, como se dizia naqueles tempos, eram de precária qualidade, e saírem borradas ou com pouco foco não era exceção. A Formato Artes Gráficas foi responsável pelo processamento dos negativos de vidro, e agora, depois de digitalizados, eles foram higienizados para que continuem em bom estado. Assim, estão digitalizados 200 negativos e mais de 50 detalhes destacados deles. Foram tratados os arranhões e, em poucos casos, foi restaurada alguma perda parcial da gelatina da emulsão desses negativos, mas a maioria está em ótimo estado de conservação, intacta. O acervo fotográfico, além da máquina fotográfica, a cartola e a bengala, de Brás Martins da Costa nos foi doado por Ana Cândida (Ninita) Martins da Costa, sua filha.

    As fotografias estão indicadas com legendas ao final do livro; contudo, alguns locais e muitas fotografias de adultos e crianças não puderam ser identificadas.

    A invenção do negativo de vidro (negativo seco) emulsionado com um produto gelatinoso fez avançar e desenvolver em muito a fotografia. O sucesso comercial desse processo é testemunhado pela expansão da fotografia no mundo, com novas empresas produtoras de negativos e de papel de impressões.

    Podemos dizer que Brás Martins da Costa era um caçador de luz, com uma máquina presa a um tripé (diga-se de passagem, equipamento pesadíssimo,

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