Sala verde e gepease em uma década de atuação
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Acássia Cristina Souza
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Sala verde e gepease em uma década de atuação - Maria Inêz Oliveira Araujo
Editora Appris Ltda.
1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO SUSTENTABILIDADE, IMPACTO, DIREITO, GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Não há mudança sem sonho como não há sonho sem esperança.
(Paulo Freire)
AGRADECIMENTOS
Comemorando os 10 anos da Sala Verde e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Ambiental do Estado de Sergipe, revivendo os momentos que em parte estão materializados neste livro, não poderíamos esquecer as pessoas e instituições que participaram de alguma forma da construção dessa história.
Agradecemos primeiramente a todos que passaram pelo GEPEASE, pelas ricas trocas de ideias e experiências, por acreditarem e apoiarem sempre a Educação Ambiental, por brindarem com seus inestimáveis apoios em distintos momentos e por suas presenças afetivas. Nosso reconhecido e carinhoso muito obrigada!
Ao professor Ruy Belém, progenitor do Projeto Sala Verde na UFS, companheiro dessa aventura singular, que manteve apoio incondicional, incentivando-nos ao progresso e contagiando-nos com seu entusiasmo e afeto.
Ao professor doutor Marlécio Maknamara, idealizador do GEPEASE, pelos conhecimentos transmitidos e dedicação na sua tarefa de formar educadores ambientais.
À professora doutora Carla Helfemsteller Coelho, pela cumplicidade e apoio indistinto e inexorável, contribuindo sobremaneira na idealização e concretização do Encontro Sergipano de Educação Ambiental - ESEA.
Ao professor doutor Paulo Sérgio Maroti, pela indescritível solidariedade, continuado estímulo e valiosa parceria, hoje materializada no aprender-fazer do cotidiano e na busca da construção de um futuro no tempo presente que a Educação Ambiental nos coloca.
À mestre Acássia Cristina de Souza, por sua competência, participação em discussões, correções, revisões de textos e sugestões, que serviram para o crescimento da Educação Ambiental em Sergipe e do GEPEASE.
Por fim, mas não menos importante, agradecemos institucionalmente à Universidade Federal de Sergipe (UFS), em especial à Pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis (PROEX) e ao Departamento de Educação (DED), pelo incentivo e apoio na tarefa de consolidar a Educação Ambiental nessa instituição e em Sergipe.
Ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), pela oportunidade de difusão, apoio e confiança necessários para a materialização da Sala Verde na UFS.
À Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), pelo apoio financeiro.
APRESENTAÇÃO
Este livro trata da trajetória caminhada pelo grupo GEPEASE ao longo dos seus dez anos de existência. Dessa maneira, os artigos que o compõem retratam experiências desenvolvidas pelos integrantes do grupo e também do projeto Sala Verdes na UFS, referentes a ações de Educação Ambiental. O livro foi dividido em duas partes: a primeira, que trata da abordagem ambiental na formação de diferentes sujeitos, relata experiências desenvolvidas no âmbito formal em diferentes níveis de ensino. A segunda, que apresenta ferramentas metodológicas para a formação ambiental, remete a propostas para a promoção da abordagem ambiental na formação de diferentes sujeitos.
O artigo Vivências de processos formativos de educadores ambientais: desafios e possibilidades da formação docente continuada
tem como escopo analisar as proposições das duas edições do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Ambiental (CAEA) – financiado pelo Ministério da Educação (MEC) por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEED-SE) e ofertado pelo Centro de Educação Superior à Distância, da Universidade Federal de Sergipe (CESAD/UFS), na modalidade semipresencial –, bem como verificar os seus resultados, elencando o êxito logrado ao seu término, constatado nas ações intervencionistas alvitradas pelos cursistas, ao tempo em que também se faz mister observar os desafios enfrentados pela coordenação, pela equipe pedagógica e pelos discentes do curso no universo referente ao ensino a distância e à formação continuada de educadores ambientais.
O artigo Interfaces entre tecnociência, ambiente e educação: caminhos estabelecidos em um curso de formação de educadores/as ambientais
objetivou verificar a forma como estudantes de um Curso de Aperfeiçoamento em Educação Ambiental encaram as problemáticas ambientais vigentes, por meio da aplicação de um questionário semiestruturado. O questionário foi constituído por cinco afirmativas, nas quais os cursistas teriam de assinalar se concordavam plenamente, se concordavam ou discordavam parcialmente ou se discordavam plenamente das afirmativas apresentadas. Por meio da análise, observou-se que, de modo geral, os/as estudantes conseguiram realizar críticas ao fazer científico e aos impactos socioambientais dos seus produtos tecnológicos. Além disso, vislumbraram na educação a possibilidade de se construir caminhos em prol do ambiente. Isso posto, cabe afirmar quão necessárias são as iniciativas de promoção de um olhar crítico acerca da Educação Ambiental e da formação continuada para o aprimoramento da práxis docente.
O artigo Educação Ambiental na escola pública: concepções e práticas pedagógicas
apresenta, em parte, uma pesquisa realizada com os professores do Ensino Fundamental da Escola Municipal Vice-Governador Benedito Figueiredo, localizada na cidade de Itabaiana/SE, que elaboraram e desenvolveram projetos de Educação Ambiental, buscando identificar as concepções dessa área e caracterizar as práticas pedagógicas desenvolvidas nesses projetos. Foram sujeitos dessa pesquisa seis professores do Ensino Fundamental, e os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram entrevistas, observações das práticas pedagógicas e análise documental dos projetos. Os resultados revelaram que as diferentes concepções de Educação Ambiental permearam o discurso, bem como as práticas pedagógicas desenvolvidas. Pode-se afirmar que só haverá concretização dos projetos se os professores participarem do planejamento e da elaboração das propostas de Educação Ambiental, tendo em vista que a estrutura, o funcionamento da Escola e a fragmentação do currículo escolar impõem determinados obstáculos à prática pedagógica da Educação Ambiental na Escola Pública Municipal.
O artigo A dimensão ambiental nas concepções de professores que atuam na educação de jovens e adultos
expõe um estudo de mestrado que buscou compreender como a dimensão ambiental tem sido inserida na Educação de Jovens e Adultos, tomando como referência as concepções dos professores, entendendo que eles são os principais mobilizadores das práticas de Educação Ambiental na escola. Assim, o objetivo do trabalho de pesquisa foi compreender as concepções sobre dimensão ambiental que orientam as práticas dos professores nas turmas da EJA do Ensino Médio (EJAEM) do Centro de Referência de Educação de Jovens e Adultos Prof. Severino Uchôa, uma escola da rede estadual de Sergipe, localizada na cidade de Aracaju.
O artigo Memórias da Sala Verde na UFS: trabalhando Educação Ambiental no interior sergipano
objetivou trazer aspectos fundamentais da implementação e atuação da Sala Verde na UFS, retratando seus feitos e contribuições para a ampliação e o reforço das práticas de Educação Ambiental no estado de Sergipe. O projeto Sala Verde foi implementado na UFS em 2005, e visa a democratização do acesso às informações, materiais e publicações sobre as questões ambientais e também oferecer diversas atividades voltadas à Educação Ambiental, como oficinas, palestras e cursos. Junto à Sala Verde tem-se o GEPEASE, que, em um processo de colaboração, juntos vêm lutando por práticas ambientais consistentes em Sergipe.
O artigo Jogo do mercado: uma simulação da realidade econômica versus recursos naturais
trata de uma breve análise sobre o Jogo do Mercado que foi aplicado com estudantes da licenciatura em Ciências Biológicas da UFS. Essa prática foi conduzida por integrantes do GEPEASE e objetiva a promoção da reflexão crítica sobre a questão ambiental. Com esse trabalho buscou-se proporcionar a reflexão da dualidade desenvolvimento econômico versus recursos naturais mediante a aplicação do Jogo do Mercado, caracterizado como um jogo de Role-Playing Game (RPG). Porém, vale ressaltar que o Jogo do Mercado permitiu aos participantes a reflexão diante da questão ambiental e da lógica do capitalismo frente à economia mundial. Os dados demonstraram a possibilidade de se discutir a temática ambiental, dentre outros temas possíveis, dependendo da criatividade dos jogadores e do desenrolar do jogo.
O artigo Metodologias participativas em Educação Ambiental: a experiência com a Oficina de Futuro
tem como objetivo apresentar essa oficina como uma ferramenta de construção coletiva do conhecimento durante as diversas experiências realizadas pelos membros desse grupo. Para uma melhor compreensão, apresentam-se as bases teóricas e metodológicas que norteiam a Oficina de Futuro, algumas possibilidades de trabalho a partir dela e algumas das experiências de sua execução pelos membros do GEPEASE, como também considerações acerca dessa proposta metodológica.
O artigo Utilizando o Estudo do Meio como ferramenta de conscientização ambiental
revela a importância do uso de metodologias adaptadas à temática ambiental para que ocorra a conscientização dos sujeitos participantes. Para tanto, o trabalho em tela se valeu da aplicação da oficina Estudo do Meio
, com alunos da UFS. Durante a execução da oficina foi possível apreender que os participantes conseguiram perceber no meio a ser estudado a presença de diversos problemas, os quais foram representados, por meio de mapas, para todo o grupo ao final da oficina. Portanto, a partir dos resultados desse trabalho, é possível ponderar como a utilização da oficina de Estudo do Meio
pode contribuir no processo de amadurecimento dos cidadãos que dela participam, a respeito da conscientização ambiental.
Assim, convidamos você para partilhar conosco dessa história de sonhos e realizações da qual é protagonista o desejo pela promoção da Educação Ambiental sergipana, personificado nas ações de todos que compõem esse grupo e daqueles que, a seu tempo e com reconhecida importância, imprimiram suas marcas nessa década de história. Esperamos, assim, que os relatos aqui explicitados possam suscitar novas experiências e propagar pensamentos relativos à reorientação da visão educacional em prol de uma perspectiva ambiental.
Mônica Andrade Modesto
PREFÁCIO
Estas breves palavras buscam esperançosamente fortalecer os caminhos da Educação Ambiental (EA), delineados pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental (GEPEASE) da Universidade Federal de Sergipe, ao qual fiz parte enquanto professor da UFS. Nesses 10 anos de atividades do GEPEASE/UFS destaco a sua relevância quanto às contribuições para o fortalecimento da pesquisa interdisciplinar e aprofundamento teórico-prático em EA; na formação de professores dentro dessa linha de pesquisa e da socialização das vivências em EA, tanto dentro como fora dos muros da UFS.
Falar do GEPEASE nesses seus 10 anos é uma honra e desafio para mim, que apesar de