Relevo antropogênico
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Relevo antropogênico - CECÍLIA FÉLIX ANDRADE SILVA
Editora Appris Ltda.
1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
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Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO SUSTENTABILIDADE, IMPACTO, DIREITO, GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AGRADECIMENTOS
A Deus, por todas as oportunidades alcançadas.
A minha Maria, meu painho, meu amado e companheiro Jairo e aos meus irmãos.
A minha filha Maria, todo meu amor.
Aos meus mestres, responsáveis pelo meu crescimento pessoal e acadêmico.
Aos meus amigos, pela força e fraternidade.
APRESENTAÇÃO
As ações humanas na superfície terrestre demonstram caraterística peculiares. Feições desenvolvidas ao longo do tempo geológico passam a ser reconstruídas em um tempo histórico, sob forte condicionamento antrópico. É nesse contexto que se insere esta obra, voltada para a análise da interferência da ação humana no relevo e no sistema fluvial naquelas áreas submetidas à explotação do minério de ferro, com enfoque na perspectiva espaçotemporal.
O nosso compromisso, como autores, é discutir como a atividade de mineração de ferro a céu aberto, com longo histórico de explotação, é capaz de alterar e até mesmo inverter processos e feições do relevo na escala do tempo histórico-humano.
O capítulo introdutório faz breve uma explanação que norteia a pesquisa, apresentando o tema, objeto de análise, questões investigadas e a metodologia empregada na execução do estudo.
No segundo capítulo, iniciam-se as discussões quanto à configuração do arcabouço geológico, com seu acervo mineralógico, geomorfológico, a organização da rede hidrográfica, condições climáticas e cobertura vegetal original. Ao final, são apresentadas a configuração espacial do uso e ocupação da terra e a interferência antrópica da área, com intuito de demonstrar a explotação do minério de ferro na região.
O terceiro capítulo apresenta uma revisão bibliográfica que trata do processo de explotação do minério de ferro, bem como de aspectos associados à aquisição do direito de lavra mediante análise da legislação minerária e ambiental vigente. Assim, proporciona o cenário dos impactos e danos ambientais associados à atividade minerária.
O quarto capítulo discute o Tecnógeno, com enfoque sobre relevo antropogênico, interferência da ação humana nas encostas, taludes, rede de drenagem e calhas fluviais. A ação humana é abordada segundo o aprimoramento das tecnologias ao longo do tempo, as quais, além de viabilizaram a alteração da superfície terrestre, acabam por repercutir nas próprias atividades humanas.
O quinto capítulo trata da configuração do relevo antropogênico decorrente da explotação do minério de ferro no Complexo Itabira, nos últimos 62 anos. Essa descrição é baseada na compilação de dados obtidos a partir da interpretação de produtos de sensoriamento remoto, carta topográfica e fotografias aéreas, cujos produtos e análises foram geoprocessados.
O sexto capítulo faz uma discussão acerca da ação antropogênica na rede de drenagem e calhas fluviais, no estudo de caso do Complexo Itabira e área urbanizada do município de Itabira, mediante os esboços geomorfológicos de 1946, 2008 e 2010. O volume de material retirado das cavas nas temporalidades de 1946, 1989 e 2000 foram calculados, com o objetivo de mensurar o montante de material depositado nos barramentos e a jusante do empreendimento. As questões que tratam sobre a ação humana na paisagem ao longo do espaço-tempo devido à atividade minerária, nesse caso o minério de ferro, emergem a partir de dados, análises e sínteses apresentados nos capítulos anteriores. Nesse contexto, esse último capítulo esboça considerações no que se refere (i) à atividade minerária, a exemplo o Complexo Itabira, na dinâmica das encostas e taludes, (ii) à ação antrópica nos processos geomorfológicos e (iii) à configuração do sistema fluvial mediante a extração do minério de ferro no complexo pesquisado.
A autora
PREFÁCIO
Transformações paisagísticas antropogênicas relacionadas à atividade minerária: novos terrenos, novos processos e novos tempos geológicos exigem novas abordagens
Atacaram a terra nas explorações mineiras a céu aberto;
esterilizaram-na com o lastro das grupiaras;
retalharam-na a pontaços de alvião; degradaram-na
com as torrentes revoltas; e deixaram, ao cabo, aqui, ali,
por toda a banda, para sempre áridas, avermelhando
nos ermos com o vivo colorido da argila revolvida, as catas vazias
e tristonhas com o seu aspecto sugestivo de grandes cidades em ruínas...
(Euclides da Cunha, Fazedores de Desertos)
É que a terra farta, desentranhando-se nos minérios anelados, não era um lar, senão um campo de exploração predestinado a próximo abandono quando as grupiaras ricas se transmudassem nas restingas safaras, e fossem avultando, maiores, mais solenes e impressionadoras, sobre a pequenez dos povoados decaídos, as Catas silenciosas e grandes – montões de argila revolvidos tumultuando nos ermos à maneira de ruínas babilônicas...
(Euclides da Cunha, Garimpeiros)
As sugestivas imagens de grandes cidades em ruínas
ou de ruínas babilônicas
usadas por Euclides da Cunha ao caracterizar a paisagem transformada pela atividade de mineração – aliás, ele, Euclides, foi um dos primeiros a caracterizar o ser humano como agente geológico, nefasto
, é certo, em sua opinião – permite-nos introduzir aqui a temática tratada por Cecília Félix Andrade Silva, em sua obra Relevo antropogênico: mineração de ferro e a interferência humana. Trata-se de um aspecto, e certamente não o mais insignificante deles, da extensa transformação da superfície do planeta Terra levada a cabo, ora intencionalmente, frequentemente não, pelos seres humanos ao longo do desenvolvimento de seus processos civilizatórios.
O que caracteriza tal aspecto abordado aqui é a dimensão da criação de novos tipos de terrenos, que têm sido referidos como terrenos artificiais (como na terminologia usada pelo Serviço Geológico Britânico), ou, como é mais comum entre nós, tecnogênicos ou antropogênicos. Seja qual for a designação adotada, ela existe justamente para caracterizar os resultados da ação geológico-geomorfológica humana, escavando, erodindo, depositando materiais ou induzindo que processos da dinâmica superficial se modifiquem. O ser humano, como temos insistido, por meio de