Joanna Maranhão: Na raia da superação
De Carlos Lopes
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Joanna Maranhão - Carlos Lopes
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2018 © Carlos Lopes
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M311l
Lopes, Carlos
Joanna Maranhão : na raia da superação / Carlos
Lopes. – Recife : Cepe, 2018.
111p. : il.
1. Maranhão, Joanna, 1987 – Biografia.
2. Nadadoras – Pernambuco – Biografia.
3. Natação – Pernambuco. I. Título.
CDU 92Maranhão, J.
CDD 920
PeR – BPE 18-416
ISBN: 978-85-7858-690-4
Achegada ao Parque Aquático de Atenas ocorreu com algumas horas de antecedência para sua prova. Não por ansiedade. Poderia chegar um pouco mais tarde. Mas queria poder degustar cada segundinho daquele momento ímpar, sonhado desde quando a natação entrou de vez na sua vida. A fisionomia exalava serenidade e confiança. Poderia tranquilamente ser confundida com uma veterana em Jogos Olímpicos, tamanha era a tranquilidade instantes antes da sua primeira participação. No entanto, os traços do rosto ainda de menina, que se contrapunham ao corpo esguio e musculoso de atleta, revelavam que aquela menina havia construído uma história bonita e vencedora até aquele momento mágico, com apenas 17 anos de idade. Quando o sistema de som do parque aquático anunciou os nomes das atletas para a disputa da final olímpica, na prova dos 400 metros Medley, poderia ter anunciado Joanna Maranhão com outro nome e sobrenome: Força e coragem.
Joanna desembarcara para a disputa das Olimpíadas de Atenas com o 12º melhor tempo do mundo nos 400 metros Medley. A conta era aparentemente simples. Para passar adiante nas eliminatórias, o que por si só já seria um estrondoso feito para a natação nacional, era preciso superar quatro adversárias que tinham marcas abaixo da sua. A confiança foi aumentando na medida em que as outras meninas, ao contrário da nadadora brasileira, sentiam o peso dos Jogos Olímpicos. A norte-americana Katie Hoff foi a primeira a fazer um tempo bem superior. A atleta, apontada na época como a grande revelação da natação dos EUA, revelou, pouco depois de sair da piscina do Parque Aquático de Atenas, que o nervosismo tinha atrapalhado bastante a sua apresentação. Outra que teve desempenho bem inferior e ficou longe da melhor marca foi Jennifer Reilly. A australiana foi nove segundos, uma eternidade para uma prova de natação, mais lenta que a sua performance habitual. Uma certeza foi tomando conta de Joanna naqueles momentos que antecediam a sua série: dependeria apenas de si para chegar à final olímpica.
A mesma certeza dominava a argentina Georgina Bardach, poucos metros à direita. As duas se comunicavam por olhares, um leve sorriso no canto do rosto, acompanhado de um balançado de cabeça, como se uma afirmasse para a outra, com todas as palavras: Vamos juntas disputar a final
. Nos quatro anos que antecederam os Jogos de Atenas, a brasileira e a argentina tiveram tudo para criar ferrenha rivalidade. Ambas tinham como especialidade as provas dos 200m e 400m Medley e se transformaram, ao longo daquele ciclo olímpico, nos principais nomes da natação sul-americana na modalidade. O que significava dizer que estariam lado a lado em importantes competições do planeta, como o Multinations e etapas da Copa do Mundo em piscina curta. Além, é claro, dos próprios campeonatos sul-americanos. Até em competições pelas bandas de cá, uma vez que Georgina treinava em clubes brasileiros. A nadadora argentina sempre levava vantagem e chegava na frente. Os quatro anos a mais faziam enorme diferença naquele momento de vida, tanto do ponto de vista físico quanto de maturidade. A supremacia de uma sobre a outra, no entanto, nunca despertou ciúmes ou vaidades, nem instigou sentimentos de rixa. Muito pelo contrário. Elas nutriram, ao longo da convivência antes e durante as competições, respeito e admiração mútuos e desenvolveram uma enorme cumplicidade. Quando não estavam disputando a mesma prova, Joanna torcia por Georgina, e vice-versa.
Ao sair da piscina com o tempo de 4:41.20, a argentina tinha consciência de que já estava na final dos 400m Medley. Ela esticou o braço e fez o sinal de positivo para Joanna, como se dissesse: Agora é a tua vez!
A pernambucana entendeu o recado e se encheu ainda mais de confiança. A sua estratégia era nadar o mais próximo possível da superfavorita Yana Klochkova, a ucraniana recordista mundial, e da norte-americana Kaitlin Sandeno. Não era uma missão das mais simples. Por mais que as duas tivessem tendência natural de se poupar para a final e não dar o máximo numa eliminatória, como fazem os atletas de ponta, não seria fácil manter uma aproximação razoável das duas. Ao contrário. Seria preciso forçar bastante para baixar o seu tempo pessoal e garantir uma vaga na final. Aquela adolescente de