Falando sério - 100 brincadeiras
De Dalila Jucá
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Falando sério - 100 brincadeiras - Dalila Jucá
BRINCADEIRA É COISA SÉRIA
A infância, conforme expressam documentos oficiais que regem a educação infantil no país, é vista como um tempo de desenvolver todas as potencialidades afetivas, cognitivas e motoras, devendo ser atendida no que diz respeito aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. Nessa perspectiva, a educação infantil não pode ser vista de forma isolada de outras etapas da educação, uma vez que ambas acontecem num mesmo espaço social.
De acordo com a Política de Educação Infantil do MEC, essa etapa da educação deve ser oferecida como complementação à ação da família e propiciar condições adequadas de desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social da criança, ampliando suas experiências e seus conhecimentos. A organização da rotina nas instituições de educação infantil deve levar em conta a faixa etária das crianças, o número de horas que elas permanecem na unidade, seu ritmo e interesse pelas atividades cotidianas, voltadas para o educare.¹ Vale lembrar que o desenvolvimento da criança depende fundamentalmente do clima da instituição, que deve ser afetivo, democrático, com cooperação entre os profissionais e respeito às necessidades das crianças.
A rotina diária das creches e pré-escolas precisa contemplar os diversos tipos de linguagem e, principalmente, as brincadeiras, que devem ser realizadas em diversos ambientes, internos e externos, ampliando a criatividade e a autonomia das crianças. É claro que grande parte dos educadores dedica algum tempo da rotina à realização de atividades lúdicas, mas isso não basta. É necessário saber por que a brincadeira é tão importante, permitir que ela aconteça e utilizá-la como recurso no processo de aprendizagem da criança.
No Brasil, a faixa etária das crianças atendidas em creches varia de zero a três anos. Assim, pode-se considerar que a maioria delas está vivenciando a aprendizagem motora elementar, isto é, encontra-se no estágio sensório-motor do desenvolvimento, segundo a teoria piagetiana. Piaget foi quem primeiro despertou para a importância da motricidade. Embora ele não estivesse estudando como a criança aprende com o movimento – seu objeto de estudo era a gênese do pensamento humano – para entender o desenvolvimento da inteligência, o biólogo suíço percebeu que, desde o nascimento, a criança já tem um tipo de inteligência, que é anterior à linguagem. Em outras palavras, existe uma inteligência motora, que é prática e a primeira que o ser humano desenvolve.
Para Piaget (1997), a criança tem uma bagagem genética (movimentos reflexos) e, a partir do contato com o ambiente, vai construindo um movimento intencional. Assim, até por volta dos dois anos de idade, mais ou menos, ela constrói essa inteligência sensório-motora, que pode ser definida como a capacidade de perceber a intencionalidade e a consequência dos gestos, recursos que ela tem para interagir com o meio. O autor afirma que a inteligência é um processo contínuo de equilibração, definido como um processo regulador interno de diferenciação e coordenação que tende sempre para uma melhor adaptação (KAMII, 1991, p. 30). É através dos mecanismos de assimilação e acomodação que a criança desenvolve sua inteligência prática ou sensório-motora. Nessa perspectiva, é fundamental que as crianças experimentem desafios, situações que gerem a necessidade de novas adaptações, o que implica uso de diferentes materiais, jogos e brincadeiras.
É comum pais e educadores comentarem que as crianças não param um minuto. Em casa ou na instituição de educação infantil, as crianças gesticulam sem parar, deitam-se, sentam, levantam, exploram o espaço e os objetos. O predomínio da inteligência motora nas crianças que frequentam creches, visto na teoria de Piaget, pode explicar a dificuldade que elas têm em permanecerem paradas.