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Entre Telescópios e Potes De Barro: Expedições Científicas do Eclipse Solar na Comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral – CE / 1919
Entre Telescópios e Potes De Barro: Expedições Científicas do Eclipse Solar na Comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral – CE / 1919
Entre Telescópios e Potes De Barro: Expedições Científicas do Eclipse Solar na Comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral – CE / 1919
E-book264 páginas4 horas

Entre Telescópios e Potes De Barro: Expedições Científicas do Eclipse Solar na Comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral – CE / 1919

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Sobre este e-book

29 de maio de 1919, a cidade de Sobral preparava-se para viver o dia que mudaria a perspectiva física e filosófica da existência no planeta Terra. Para que isso ocorresse, seus habitantes testemunharam a chegada de grandes instrumentos, o peso dos equipamentos de verificação, o vai e vem de homens diferentes a falar estranhas línguas [...]. A pesquisa de Joyce Mota apresenta a experiência desses dias na cidade de Sobral com sensibilidade e a partir de rigorosa pesquisa em relatórios científicos, diários de cientistas, jornais locais e internacionais. Seu olhar atento, não somente para o que mobilizava cientistas naqueles dias de maio, mas principalmente para o que transformava o cotidiano da cidade. O que de fato atraía tanta gente diferente para a cidade de Sobral? Seria o fim do mundo ou o começo de uma nova era? Joyce assevera a curiosidade e angústia da população em face ao movimento. A experiência de várias temporalidades num mesmo espaço, capturada pela pesquisa de Joyce, põe em relevo a legitimidade do diverso que orienta a vida. O equipamento de "última geração", fincado nas ruas da cidade, contrastava com a falta de luz elétrica e água na maioria das casas de Sobral. E o discurso científico proclamado em línguas tão estranhas não calava, afinal, o estribilho do terço rezado pelas senhoras no meio da praça, rogando para que o mundo não tivesse fim naqueles dias. O moderno e o considerado atrasado faziam daquele dia a comprovação mais sólida da relatividade. O dia 29 de maio de 1919 acordou com céu parcialmente nublado [...]. Enquanto isso, astrônomos vestidos de branco movimentavam suas lunetas e microscópios sob um calor inclemente. Depois de muitos dias de movimentação a população iria, finalmente, descobrir o desfecho do evento. Einstein tinha razão. Sobral conseguiu provar a lei da relatividade. A preocupação da autora em contar o eclipse solar de 1919 a partir de vários olhares orienta o entendimento da relatividade numa espécie de metatexto em que se conectam Telescópios e Potes de Barro. Experiências que contam de maneira plural a história do Eclipse Solar de 1919 na cidade de Sobral/Ce.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de jun. de 2019
ISBN9788547330262
Entre Telescópios e Potes De Barro: Expedições Científicas do Eclipse Solar na Comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral – CE / 1919

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    Entre Telescópios e Potes De Barro - Joyce Mota Rodrigues

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS - SEÇÃO HISTÓRIA

    Para minha mãe, Ana Maria (in memorian),

    pelos primeiros passos e por me deixar andar sozinha.

    Obrigada por ter financiado a sua expedição.

    Ao meu querido irmão, Jorge Luis,

    que de pequenininho se tornou um grande amigo.

    Uma verdadeira luz em minha vida.

    Nam Myoho Rengue Kyo, sempre!

    AGRADECIMENTOS

    Registrar a minha gratidão diante de uma etapa cumprida é motivo de contentamento. Em primeiro lugar, é preciso agradecer a Capes/Propag/Reuni, pelo financiamento da pesquisa durante dois anos (2010-2012). Isso possibilitou viagens para pesquisas, compra de livros, xérox... Tudo teria sido mais difícil se não fosse o financiamento da pesquisa dissertativa. À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Ivone Cordeiro Barbosa, obrigada.

    À Prof.ª Dr.ª Kênia Sousa Rios sou grata desde o momento da qualificação até as sugestões finais. Lembro-me de seu olhar atento e das perguntas pertinentes sobre o meu projeto de pesquisa no dia da seleção da turma do mestrado 2010. Obrigada por ter acompanhado desde o início a pesquisa, passando pela qualificação até a defesa e agora transformada em livro.

    Igualmente importante foi o apoio da minha mãe, Ana Maria Custódio Mota Rodrigues (in memoriam), pelo financiamento da sua pequena-grande expedição, que se iniciou em Sobral e direcionou-se para Fortaleza. Obrigada por fazer da minha vida intelectual sinônimo de crescimento a cada incentivo e palavra de conforto. Agradeço ao meu irmão, Jorge Luis Mota Rodrigues, pela confiança e companheirismo em todas as etapas da minha vida. Eu sou parte de você e você faz parte de mim. Agradeço ao meu sobrinho, Murilo Mota, por ser curioso e estar atento ao mundo ao redor. Aos primos: Lurdiana Bezerra Custódio Mota, Pérola Custódio Francelino, Átila Mota Paraguassú e Edmilson Barbosa Francelino Filho, vocês são minha inspiração. À Ayla Custódio Mota Paraguassú e Anamélia Custódio Mota, por serem minha referência de família, obrigada!

    Agradeço aos professores e aos colegas de mestrado das linhas de pesquisa: Cultura e Poder, Trabalho e Migração, por diferentes contribuições em momentos pontuais. Em especial à Renata Felipe Monteiro. Obrigada pela amizade e pelos momentos compartilhados na cidade de Fortaleza.

    Ao meu amigo Delano Pessoa Carneiro Barbosa, pelo momento intenso e constante, obrigada! Deixo registrada minha gratidão à Maria do Carmo Carneiro Barbosa e João Batista Barbosa, pela acolhida na minha chegada a Fortaleza e o apoio em momentos cruciais. Meus pais por escolha, obrigada!

    Agradeço ao professor Emerson Ferreira de Almeida, grande incentivador da pesquisa e que acompanhou de perto todo o processo. Sempre com algum livro para emprestar e uma fotografia para me ceder. Obrigada pelo retorno aos e-mails sempre escritos com perguntas sobre expedições, Sobral e o Museu do Eclipse. Obrigada por manter a curiosidade em alerta e fazer da pesquisa um trabalho historiográfico, diante de tantos dados físicos e matemáticos.

    Joyce Mota

    De domingo para segunda-feira.

    Precisamente às 5h.

    19/11/2012.

    A atmosfera estava tensa, exatamente como nas tragédias gregas: éramos

    o coro comentando a decisão do destino revelado no desenvolvimento de um incidente supremo; havia essa qualidade dramática em toda a encenação – a cerimónia tradicional, e lá no fundo o retrato de Newton para nos lembrar que a maior das generalizações científicas estava agora, depois de dois séculos, a receber as suas primeiras modificações.

    (Whitehead, Alfred North. Science and the Modern Word, 1948. p. 10)

    Whitehead descreve o dia em que foi confirmado a Teoria da Relatividade na Inglaterra em 6 de novembro de 1920 na sessão conjunta da Royal Society e da Royal Astronomical Society quando anunciaram os resultados das Expedições que foram registrar o Eclipse Solar de 1919, em Sobral.

    Anunciaram e garantiram

    Que o mundo ia se acabar

    Por causa disso a minha gente

    Lá em casa, começou a rezar

    Até disseram que o sol ia nascer

    Antes da madrugada

    Por causa disso, nesta noite

    Lá no morro não se fez batucada...

    E o mundo não se acabou (1938) – Assis Valente

    PREFÁCIO

    O Céu de Sobral abriu-se para mundo

    29 de maio de 1919, a cidade de Sobral preparava-se para viver o dia que mudaria a perspectiva física e filosófica da existência no planeta Terra. Para que isso ocorresse, seus habitantes testemunharam a chegada de grandes instrumentos, o peso dos equipamentos de verificação, o vai e vem de homens diferentes a falar estranhas línguas e o português também falado em termos pouco inteligíveis. Algo no ar indicava que aquele eclipse seria diferente. Não por sua realização como fenômeno da natureza, afinal, como aquele, Sobral já tinha visto alguns.

    O eclipse de 1919 era diferente pelo espetáculo científico que há dias vinha transformando a cidade no palco de um dos episódios mais marcantes da teoria científica do século XX. O chamado efeito Einstein colocaria por terra verdades únicas e o autoritarismo exagerado de determinados grupos e ideias. A Teoria da Relatividade, uma vez comprovada, modificaria não só a forma de olhar para o céu, mas também o jeito de existir na Terra.

    O pensamento moderno se abriria, rasgando o véu do conhecimento estável e absoluto. A ciência tentava provar que o movimento é a lei dos viventes, entre humanos e não humanos. Tudo depende de onde você está. E, claro, a cidade de Sobral olhava tudo aquilo de um modo muito próprio. A partir de seu campo de visão.

    A pesquisa de Joyce Mota apresenta a experiência desses dias na cidade de Sobral com sensibilidade e a partir de rigorosa pesquisa em relatórios científicos, diários de cientistas, jornais locais e internacionais. Seu olhar atento não somente para o que mobilizava cientistas naqueles dias de maio, mas principalmente para o que transformava o cotidiano da cidade. Como o dia a dia sobralense foi modificado com a presença da expedição científica e seus aparelhos nada familiares.

    O que de fato atraía tanta gente diferente para a cidade de Sobral? Seria o fim do mundo ou o começo de uma nova era? Joyce assevera a curiosidade e angústia da população em face ao movimento:

    A cidade estava movimentada como era de costume, contudo as conversas com tons de sabedoria e adivinhação sobre o que aconteceria naquele mês eram recorrentes. Cada um, à sua maneira, procurava entender e explicar aos demais o que estaria por vir no mês de maio de 1919. Afinal, não era todo dia que visitantes de outros países e do Rio de Janeiro chegavam a Sobral em busca de conhecer e intervir numa cidade que, apesar do acesso por ferrovia, não possuía eletricidade, tampouco atrativos para tal visitação.

    A experiência de várias temporalidades num mesmo espaço, capturada pela pesquisa de Joyce, põe em relevo a legitimidade do diverso que orienta a vida. O equipamento de última geração, fincado nas ruas da cidade, contrastava com a falta de luz elétrica na maioria das casas de Sobral. E o discurso científico proclamado em línguas tão estranhas não calava, afinal, o estribilho do terço rezado pelas senhoras no meio da praça, rogando para que o mundo não tivesse fim naqueles dias. O moderno e o considerado atrasado faziam daquele dia a comprovação mais sólida da relatividade. Como infere Joyce:

    As representações construídas pelos habitantes de Sobral e os integrantes das expedições sobre o evento de 1919 ressaltam, de um lado, apreensão, medo catastrófico – anunciava-se a possibilidade do fim do mundo (uma escuridão entrando pelo dia) –, expectativa com os visitantes e curiosidade sobre o que iria acontecer e, de um outro, narrativas que observam o cotidiano de uma cidade tomada por grupos estrangeiros e que apontam um nível de civilidade adequado à apreciação do fenômeno.

    O dia 29 de maio acordou com céu parcialmente nublado, o que preocupou os cientistas. As gentes da redondeza chegavam a Sobral para ver de perto o que iria acontecer. Churrascos, almoços entre amigos, quermesses, festejos variados animavam o dia dos que chegavam e dos moradores da cidade. Enquanto isso, astrônomos vestidos de branco movimentavam suas lunetas e microscópios sob um calor inclemente. Depois de muitos dias de movimentação a população iria, finalmente, descobrir o desfecho do evento.

    A curiosidade sobre o eclipse solar já era alimentada há dias pela imprensa local. A pesquisa de Joyce Mota apura as recomendações publicadas nos jornais; o que deixava a população ainda mais excitada e curiosa sobre o que estava por vir:

    [...] várias recomendações foram feitas pela imprensa local. Uma delas orientava o espectador para o momento da totalidade do eclipse: Para observar o eclipse antes e depois da totalidade, basta olhar o sol atravez de um vidro escuro, ou simplesmente enfumaçado, de maneira que os raios solares não possam damnificar a vista.

    A boa intenção do jornal, ao advertir sobre o uso de vidro escuro, não podia prever que muitos moradores teriam suas janelas quebradas por obediência à recomendação. Todos queriam olhar para o eclipse sem danificar a vista. O fato criou confusão, e os moradores mais abastados tiveram que arcar com o prejuízo, pois como ressalta Joyce,

    [...] o dia do eclipse pode ter sido de aborrecimento também, principalmente, para quem teve suas janelas depredadas: A casa de um nosso vizinho, na sua ausência, pois andava também vendo o eclypse, sofreu um terrível ataque, e uma das portas de sua linda habitação ficou sem duas lâminas das maiores e mais preciosas.

    E enquanto a teoria científica – que há tempos buscava sua confirmação – conseguia a prova necessária, outra dificuldade agora aparecia: onde a população encontrou tantos pedaços de vidro, pois quase, sem exceção, todas as pessoas vistas na rua traziam seu pequeno caco de vidro.

    No dia seguinte, os jornais do País confirmaram o sucesso da expedição científica e aquilo que a população não viu foi comemorado pelos cientistas. Einstein tinha razão. Sobral conseguiu provar a lei da relatividade. Como afirmou Paul Johnson, historiador inglês citado por Joyce, O mundo moderno começou no dia 29 de maio de 1919.

    E mesmo com o caso das janelas quebradas, todos entenderam que o desfecho era positivo e que o resultado deveria ser comemorado com [...] vivas, músicas, bandeiras e fogos. [...] A celebração do astro solar no momento do eclipse foi aproveitada com [...] café e redes armadas nos cajueiros. A expectativa foi concretizada com animação e festividade.

    A preocupação da autora em contar o eclipse solar de 1919, a partir de vários olhares, orienta o entendimento da relatividade numa espécie de metatexto em que se conectam Telescópios e Potes de Barro. Experiências que contam de maneira plural a história do Eclipse Solar de 1919 na cidade de Sobral/CE.

    Prof.ª Dr.ª Kênia Sousa Rios

    Universidade Federal do Ceará.

    APRESENTAÇÃO

    Quando me foi solicitado este prazer que é fazer o comentário inicial da pesquisa de Joyce Mota, pensei que a melhor maneira de fazê-lo seria com a impressão que tive do evento em torno do qual gira este texto, a observação do Eclipse Total do Sol por equipes de astrônomos brasileiros e estrangeiros, na cidade de Sobral-Ceará, no dia 29 de maio de 1919, quando da primeira vez que ouvi falar dele, há muitos anos, em minha juventude. Na época imaginei duas culturas encontrando-se, uma plenamente desenvolvida e instruída, para a sua época, vinculada a um mundo de ideias que reformavam seu entendimento do mundo e o transformavam, e outra, em vias de formação, mas ainda amarrada a um mundo que parecia mudar muito devagar, e é dessa maneira que creio ser melhor fazer esta apresentação. Antes da época que convencionamos chamar de científica, os seres humanos tinham uma grande variedade de interpretações dos fenômenos da natureza, algumas ainda sobrevivem em diversas tradições culturais mundo afora. Um dos mais atraentes e misteriosos desses eventos naturais era o eclipse do Sol, particularmente o eclipse total, aquela visão enigmática, única e que, em geral, provocava medo; do Sol, a fonte da luz do mundo, lentamente desaparecendo de sua posição no céu, obliterando a rotina e tudo que aquelas pessoas tinham como certo sobre o mundo ao seu redor, devia ser amedrontadora e, pelo que sabemos de diversas tradições culturais, de fato, o era. Com ajuda de observações antigas, a crescente capacidade de previsão utilizando a linguagem da matemática e novos equipamentos, como o telescópio, que ampliaram nossos sentidos, aprendemos que era a Lua, de nosso ponto de vista, passando em frente ao Sol, às vezes somente uma parte, às vezes totalmente, e às vezes a Lua passava dentro da sombra projetada pela Terra, às vezes totalmente e às vezes parcialmente. O conhecimento tornou-se comum, e o eclipse tornou-se um raro espetáculo para aqueles que tinham esse conhecimento; mas, para uma grande parcela da população, ainda era algo pertencente ao reino dos deuses e demônios e assim continuou e continua em diversas tradições. No começo do século XX da era comum, um conjunto de desenvolvimentos sobre a nossa interpretação da natureza veio à luz nos trabalhos de um jovem físico alemão de nome Albert Einstein, usando de uma nova linguagem matemática e considerações da física, em parte previamente apresentadas por ele próprio, ele começa a descrever um universo, autointerativo, composto de espaço, tempo e energia em que o espaço e o tempo são coisas que podem ser manipuladas pela energia. Ele idealizou um experimento em que uma manifestação dessa manipulação poderia ser observada. O teste do eclipse da relatividade geral, até os dias de hoje, continua a ser um dos mais difíceis experimentos astronômicos por conta dos diversos fatores, que tornam o experimento ideal e que não podem ser controlados diretamente pelos experimentadores. Houve algumas tentativas, uma em 1912, no Brasil, outras duas em 1914, na Rússia, por fatores diversos elas fracassaram. Contudo, em 1919, uma expedição britânica, com uma equipe estacionada na Ilha do Príncipe, golfo da Guiné e outra na cidade de Sobral no interior do Ceará, conseguiu sucesso em seu objetivo de tirar fotos da posição das estrelas próximas às bordas do Sol durante o eclipse solar total do dia 29 de maio de 1919. Aqui, nesta obra, são apresentados os trabalhos e impressões dos observadores dessas duas distintas culturas, dos grupos de astrônomos que se deslocaram para a cidade de Sobral, dos homens que de longe vieram para uma cidade do nordeste brasileiro, rica das tradições culturais do passado, mas procurando dominar as conquistas de sua época e das pessoas dessa comunidade, observando esses estrangeiros, vindos de tão longe, atrás de algo fantástico,

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