Comunicação e Universidade: Reflexões Críticas
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Sobre este e-book
A primeira parte da obra,"Pensar a Comunicação e a Universidade" apresenta importantes referenciais teóricos para o entendimento crítico da Comunicação na Universidade. Os artigos de Ângelo Ésther, Eugênia Barichello, Márcio Simeone Henriques, Wilson Bueno e Boanerges Lopes incorporam novas reflexões sobre a instituição no ambiente complexo da contemporaneidade.
A segunda parte, "Retratos da Comunicação na UFJF", é composta por relatos e estudos de caso, que expõem de forma crítica os processos de criação e utilização de produtos e serviços desenvolvidos pelo Setor de Comunicação da UFJF. Três autores contextualizam a Universidade em abordagens de cunho historiográfico: Lola Yazbeck, Christina Musse e Guilherme Fernandes, cujos textos mostram como a comunicação consolida-se como estratégia de gestão.
Outros autores, de forma reflexiva, apresentam as ações comunicacionais. Flávia Lopes, Raul Mourão, Tais Marcato, Juliana Araújo e Frederico Belcavello escrevem sobre as novas plataformas de distribuição de conteúdos e as redes sociais como suportes para a
comunicação. Carolina Nalon Silveira analisa as relações com a imprensa em situações de crise.
As jornalistas Bárbara Duque e Oseir Cassola revela complexa produção de um veículo de jornalismo científico e cultural. Cristiano Rodrigues e Mariana Musse apresentam os bastidores da concepção de campanhas institucionais e o jornalista Zilvan Martins mostra o desafio da comunicação para a divulgação da tecnologia e inovação. Afinal, é um livro único com abordagem polifônica para questões que inquietam todos aqueles interessados nas delicadas relações entre a Comunicação e a Universidade.
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Pré-visualização do livro
Comunicação e Universidade - Christina Ferraz Musse
Sul
Parte I
Pensar a Comunicação e a Universidade
A Universidade Pública Brasileira: trajetória, panorama e debate atual¹
Angelo Brigato Ésther
Introdução
Abordar a Universidade brasileira não é tarefa fácil nem simples. Ao contrário, o tema é complexo, repleto de nuanças e envolve, necessariamente, perspectivas teóricas, epistemológicas e ideológicas diversas. Não há, portanto, uma unanimidade. Isso obriga o autor a assumir determinada posição, por mais que ele tente se manter neutro na discussão.
Como bem argumenta Howard Becker, aquele que escreve sobre algo elabora uma representação acerca desse algo. Ao fazê-lo, toma como ponto de partida o que outros já elaboraram, por mais que se usem fontes primárias. Até porque, mesmo aquele que informa primariamente, também o faz a partir de suas experiências na relação com outras pessoas e situações e assim por diante. Isto implica afirmar, portanto, que não há uma representação ou um único conhecimento real
sobre algo (BECKER, 2009). Assim, este artigo oferece uma descrição e uma interpretação crítica acerca da Universidade Pública brasileira, baseadas naqueles autores que consideramos relevantes. De forma alguma se esgotaram o tema, as perspectivas de discussão e análise e os autores. Entretanto procurou-se fornecer ao leitor uma visão mais ampla, situada no tempo e no espaço, isto é, contextualizada