Oficina de Escrita Criativa
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Sobre este e-book
O sonho de escrever um livro para a posterioridade é um
dos chamados objetivos de vida. Aparece escrito juntamente
com «plantar uma árvore» e «ter um filho», e a maioria das pessoas
vai casar e ter descendência, além de participar
em campanhas de reflorestação, mas, e o livro?
Passamos por uma livraria ou visitamos uma exposição
de livros de todo o mundo, e ficamos surpreendidos que
alguém possa escrever histórias, recolher biografias de
homens ilustres e também em filmes, os
«Diários», parecem ser o sonho de qualquer jovem
estampados no ecrã.
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Pré-visualização do livro
Oficina de Escrita Criativa - Miguel D'Addario
Escrita Criativa
Métodos, técnicas e exercícios
––––––––
Miguel D’Addario
Quarta edição
CE
2019
Conteúdos
Autor
Prólogo
Iniciar a escrita
Caraterísticas básicas da escrita
Escrita
Escrita
Princípios básicos da escrita
Evolução da escrita
Princípio ideográfico
Princípio da fonética
Linguagem oral e linguagem escrita
Sistemas de escrita
Escrita fonética
Alfabetos
Vocálicos ou consonânticos
Vocálicos ou plurissilábicos
Silábicos
Escrita ideográfica
Funções da escrita
Começar a criar
Conselhos para criar inspiração
Questionar a ideia
Observar uma fotografia
Procurar notícias em jornais ou da atualidade
Escrever sem pensar
Exercício prático Nº 1
Criar um ambiente
Escrever diálogos
Criar personagens credíveis
Géneros literários
Exercício prático Nº 2
Redação de um texto
Significado
Requisitos
Conceitos importantes na escrita
Oração tópica na introdução
Exercício prático Nº 3
Exercício prático Nº 4
Oração principal na declaração
para começar a redação
Exercício prático Nº 5
Exercício prático Nº 6
A palavra chave dentro da oração temática
na redação
Passos para redigir o parágrafo da introdução
Desenvolvimento da redação
A conclusão na redação
Tipos de conclusões
Exercício prático Nº 7
Trabalhar um texto
A inspiração, fonte de sabedoria
Modismos
Criação de personagens
Vamos fabricar a tua personagem
Escolhe os lugares da tua obra criativa
O estilo
Tirar notas e apontamentos
Vamos imaginar
Exercício prático Nº 8
Função dos escritores
A edição
Editoras de autoedição
Concursos literários
Oficina de escrita
Mas, o que é uma Oficina?
Exercício Nº 9
Conselhos a ter em conta na hora de escrever
Ler
Escrever
Pesquisar
Clareza
Não sobrecarregar
Escrever o primeiro rascunho
Rever a ortografia
Descansar
Realimentação
Folha em branco
Rever a estrutura
Forma e conteúdo
Não se deve centrar na linguagem
Escrita profissional e literatura
Para escrever bem, é preciso ler
A escrita e o mundo empresarial
Pontos, pontos, pontos
Esquece os adjetivos e advérbios
Não repitas palavras
Utiliza subtítulos ou cabeçalhos intermédios
Utiliza corretores ortográficos
Sê autêntico
Cria uma estrutura
Deve ter um princípio e um final fortes
Lê muito
Conhece o teu público
Escreve todos os dias
Lê em voz alta
Pede a outra pessoa para ler
Elimina o acessório
Não assumir nada como definitivo
Utiliza números ou tópicos
Evita distrações
Revê duas ou mais vezes
Conselhos para escrever de Chuck Palahniuk
16 conselhos para escrever de Jorge Luís Borges
Os 16 conselhos
Conselhos para escrever de Stephen King
Exercício prático Nº 9
Exercício prático Nº 10
Exercício prático Nº 11
Exercício prático Nº 12
Exercício prático Nº 13
Exercício prático Nº 14
Exercício prático Nº 15
Exercício prático Nº 16
Exercício prático Nº 17
Exercício prático Nº 18
Exercício prático Nº 19
Exercício prático Nº 20
Anexo do Curso de escrita criativa
Glossário de termos literários
Bibliografia
Autor
Miguel D’Addario é italiano, É Licenciado em Jornalismo, Mestrado em Educação Social, Mestrado em Sociologia e Doutorado em Comunicação Social pela Universidade Complutense de Madrid. Desenvolveu a sua experiência em vários campos do ensino, desde a Formação Profissional até ao nível Universitário, tanto na América Latina como na Europa. Publicou uma centena de livros, na sua maioria, técnicos educativos para todos os níveis. Os seus livros encontram-se em diferentes centros de estudos e bibliotecas do mundo, como por exemplo a Universidade San Pablo do Perú, a Universidade de Santo Domingo na República Dominicana, a Universidade San Gregorio do Equador, Universidade de Valência, Biblioteca Nacional de Espanha, Biblioteca Nacional da Argentina, Universidade do Texas, Universidade Complutense de Madrid, Universidade de Toronto, Canadá, Universidade de Deusto, Universidade Nacional Autónoma do México, Universidade Nacional Sénior de São Marcos (Peru), Universidade de Illinois, Universidade do Kansas, Bibliotecas da Comunidade de Madrid, Castela e Leão, Andaluzia e País Basco, Biblioteca Nacional Britânica, Universidade de Harvard e Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. PhD e ensaísta, recebeu prémios e menções de Associações de escritores, Centros Culturais, Universidades, e sedes afins. Também como Orador, Conferencista e Investigador, em Universidades, Centros educativos, públicos e privados. Autor de livros sobre arte: Poesia, Contos e Relatos. Autor de uma quantidade substancial de livros sobre educação, de vários níveis e temas. Autor de livros de filosofia, ontologia e metafísica. Autor de livros de Autoajuda e Coaching.
Os seus livros estão espalhados pelos cinco Continentes, são de consulta assídua em Bibliotecas a nível mundial, e estão inscritos nos catálogos, ISBNs e bases bibliográficas Internacionais. Encontram-se traduzidos em várias línguas e podem ser encontrados em lojas internacionais, tanto em formato de papel como em versão digital.
Links onde poderá conhecer outras obras do autor:
https://g.co/kgs/chsZvi
http://migueldaddariobooks.blogspot.com
Prólogo
O sonho de escrever um livro para a posterioridade é um dos chamados objetivos de vida. Aparece escrito juntamente com «plantar uma árvore» e «ter um filho», e a maioria das pessoas vai casar, constituir família e participar em campanhas de reflorestação, mas... e o livro? Passamos por uma livraria ou visitamos uma exposição de livros de todo o mundo e ficamos surpreendidos por haver quem tenha a capacidade de escrever histórias, recolher biografias de personalidades ilustres... E inclusve nos filmes, os «Diários» parecem ser o sonho de qualquer jovem estampado no ecrã.
Será que é impossível escrever o livro para deixar uma marca da nossa passagem por este mundo?
Deixa-me dizer-te que sim. Que é possível.
Tu consegues fazê-lo estimado aluno.
Não importa a tua preparação anterior, as tuas crenças, ou a cor da tua pele. Todos, sem exceção, são capazes de o fazer.
Queres entrar na arte da escrita?
Vou acompanhar-te em todos os passos.
Em mais de 30 anos como escritor profissional, posso dizer-te que o mundo da literatura é um verdadeiro paraíso para aproveitar.
Vamos começar.
Vamos voar em direção ao mundo da arte.
Iniciar a escrita
É curiosa a forma como catalogamos os escritores como seres estranhos com certos adornos, algo raros, como se viessem de outro planeta.
Imaginamos um Ernest Hemingway com uma cana de pesca na obra «O velho e o mar», colocamos estereótipos muito variados nestes seres humanos tão excêntricos, segundo achamos.
Anton Chevov, tal como outro jovem norteamericano das letras morreu no mesmo lugar, ainda muito novo, mas compilou nos livros toda a sua vida.
Escrever é transmitir para a posteridade uma parte essencial de nós.
Quando escrevemos, uma parte da nossa alma fica impressa em cada uma das páginas. Por isso, é uma arte, porque como dizia o grande D. H. Lawrence, o autor da obra «O amante de Lady Chaterley», quando falava sobre o romance, «o romance é a vida», e a verdade é que constitui uma boa parte de nós que fica marcada em cada redação que escrevemos.
O nosso subconsciente é aquele que ganha forma em cada uma das folhas e em cada letra escrita, como se estivéssemos a travar uma batalha contra os imaginários moinhos de vento. Atreve-te a escrever e vais ver que se abre um enorme leque de possibilidades onde nada é impossível.
Ao escrever, vais encontrar novos mundos, e ao mesmo tempo o teu universo privado, aquele mundo que Antoine de Saint-Exupery encontrou ao retratar em «O principezinho», a epopeia da infância.
Chegou a hora de voar.
Coloca os óculos, liga o motor da imaginação e começa a voar!
Assim como para confecionar um vestido precisas de linha, agulha e tecido, para começar a escrever, também precisas de ferramentas.
Deixa-me apresentá-las, por favor.
A primeira é a imaginação.
«Mas e se eu não tiver muita imaginação, nem criatividade», dirás.
A imaginação é a tua arma poderosa, a melhor, que podes ter.
Costumas planear os teus dias? Estás a criar...!
A criação literária começa na mente das pessoas.
Às vezes, como produto do subconsciente. A incrível Mary Shelley, autora de «Frankenstein», sonhou com o seu monstro antes de lhe dar forma no famoso romance.
Para o falecido Asimov, qualquer cenário da vida quotidiana constituía material para uma nova história. E escreveu centenas de contos e vários romances.
Por isso, vamos utilizar a tua primeira ferramenta: A imaginação.
Vou apresentar um exercício: pega numa folha de papel (ou num quarto, como também lhe chamam), e escreve a primeira coisa que te vier à cabeça.
Com base na citação que te vou entregar, imagina o resto e escreve.
Pode ser um conto, algumas frases, ou qualquer outra coisa que consigas fazer.
«Era de manhã cedo e olhei pela janela...»
Vá!... Escreve.
Vou dar-te mais uma frase, antes de passar para a lição seguinte.
«Na noite estrelada, uma árvore de espelhos sorria».
Caraterísticas básicas da escrita
Existem determinadas caraterísticas que todos aqueles que desejam escrever devem utilizar de forma exata, para obter melhores resultados.
Estas «dicas», permitem a qualquer pessoa que queira ser escritor, cumprir de forma consciente, para que o trabalho alcance os objetivos pretendidos.
Como é evidente, a sua boa utilização dará os melhores resultados.
A primeira caraterística de um escritor é a pesquisa de fontes fidedignas.
Se tratar de escrever sobre um tema, seja uma personagem histórica, um facto consumado, um lugar específico... o escritor deve focar-se em conseguir o maior número de informações, procurando que sejam totalmente verídicas.
A segunda caraterística é a observação consciente.
Quem escreve deve ser muito cuidadoso, como se procurasse respostas para um assunto sério.
De que forma irias atuar se tivesses que defender a tua causa perante qualquer tribunal? De igual forma, devemos ser muito observadores com as informações que reunimos para elaborar o texto.
Outra caraterística é compreender o lugar e a posição do escritor.
O escritor deve ser