Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

De sombras e eternidades
De sombras e eternidades
De sombras e eternidades
E-book98 páginas35 minutos

De sombras e eternidades

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Em seu livro de estreia, Túlio Henriques propõe páginas de refazimentos, possíveis apenas quando se encontram com eternidades nos caminhos sombrios e ao mesmo tempo reluzidos de uma alma inquieta.
É no coração do poema que o amor sem fim mora e é perseguido nos versos intermináveis dessa obra.
O poeta anda com um outro nas entrelinhas e descansa na descoberta da impossibilidade da permanência.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de jul. de 2019
ISBN9788530008567
De sombras e eternidades

Relacionado a De sombras e eternidades

Ebooks relacionados

Poesia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de De sombras e eternidades

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    De sombras e eternidades - Túlio Henriques

    www.eviseu.com

    PREFÁCIO

    Entre sombras, nas páginas da eternidade...

    Túlio Henriques é um homem experimentado pelos reveses que a vida proporciona àqueles que se permitem debruçar-se sobre suas próprias dores e aflições. Como todo bom amante da literatura, ele abriu seus canais perceptivos para as tramas que a linguagem tece no imo de cada um de nós. Fazendo-se artífice e diretor de suas sensibilidades e sensações, transformou os borbulhamentos emocionais que inquietavam sua alma e ousou fazer poesia com o que não continha mais só em si. Amadurece um homem, calejado nas estradas das relações afetivas. Nasce um poeta de sombras e eternidades. Eis que temos em mãos, assim, o primeiro livro de poemas de Túlio, de quem recebo a feliz tarefa de compor este prefácio.

    ‘De sombras e eternidades’ é um livro que nos envolve nas malhas de um poeta intensamente reflexivo que não se contenta em apenas sentir seus desdobramentos emocionais, mas antes, precisa destrinchá-los e situá-los no interstício entre a efemeridade de um instante e a eternidade sensorial com a qual permeia sua linguagem. Folheamos este livro caminhando por entre as densas reflexões sobre o sentir-se, o saber-se, o debruçar-se diante da dor, do abandono, da solidão, da morte, diante do amor e tudo isto que o envolve, enfim. Seus versos convidam o leitor a experimentar a si mesmo, a si mesmo enquanto sensação, enquanto eternidade de percepção interior.

    Na abertura do livro, lemos um poema que diz "Do alto de minha morte declamarei um poema / Um poema de ir embora, de nunca mais e para sempre". O poeta anuncia que o poema de sua morte será um poema de eternidade, assim como todo o seu livro se propõe a ser desde o título. Um livro de ir embora, podemos dizer. Um embora para sempre, que envolve o poeta que fica nas sombras de si mesmo, à mercê apenas de sua linguagem. O poema continua: Contudo, não falará este poema da dor / Será ele a dor mesma. Ousado, o poeta apanha a linguagem pela qual falaria da dor e converte-a na própria dor, e vice-versa, similarmente ao fingidor do qual falou Fernando Pessoa. Este poeta quer que a dor não se limite à palavra que a representa, mas quer fazer de sua linguagem a própria coisa que ele sente. Algo como a dor e a sua inteireza / Pois na vida só a dor de ser é verdadeira.

    A linguagem de Túlio, por sua vez, transita delicadamente entre os domínios da poesia e da prosa. Algumas vezes esta poesia é minuciosa como a linguagem prosaica, mas ainda assim elaborada em torno da subjetividade poética. Algumas vezes explicativa e organizada como a boa prosa, mas algumas vezes subversiva e estranha como a poesia o exige. Inquieto, o poeta percorre os sentimentos que trasbordam de si, mas ao mesmo tempo em que alimenta o sentir-se, demarca a todo instante, lúcido, os limites do conhecimento sobre si próprio, como nos versos: "Um fatalismo seria saber-me / Eu que

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1